Wesley e Samanta, melhores amigos para sempre escrita por Phoenix


Capítulo 1
Sobre a vida


Notas iniciais do capítulo

Rodada 1, tema: “Queria saber, depois de que se é feliz, o que acontece?” - Clarisse Lispector



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— “A vida é realmente interessante, indecifrável e inconstante. A gente corre durante toda ela, praticamente procurando pela tal da felicidade, mas essa é um tanto quanto escorregadia. É como se não gostasse de ficar presa às pessoas e nos deixa para trás, para corrermos novamente em sua direção. Por isso eu digo, a vida não pode ser completamente triste ou feliz, pois ela é feita de momentos. Momentos que rimos, momentos que choramos, momentos que compartilhamos e momentos que estamos só. Então, respondendo à pergunta da maravilhosa Clarisse Lispector: “Queria saber, depois de que se é feliz, o que acontece?” Acontece que a gente aproveita e se prepara para a próxima batalha. É isso!

Ouvi palmas da turma de letras da Universidade. Mas somente meu amigo Wesley entendia do que eu estava falando. Ele me conhecia desde criança, sabia de toda a vontade que eu tinha de ser escritora bem sucedida, estilo a J.K. Rowling e leu todas as “fanfics” absurdas que escrevi. Talvez por serem tão absurdas, despertaram em meu amigo esse desejo de cursar letras também. Nós temos um projeto de história em quadrinhos, que com certeza nos tirará dessa pindaíba de vida universitária que nos consome. Estamos apostando nisso. A aula terminou e voltamos para casa juntos, afinal, moramos no mesmo prédio.

— Essa sua resposta, tem a ver com “aquela” situação? – Perguntou-me com aquele olhar atrevido que somente ele tinha coragem e ousadia o suficiente para me lançar.

— Talvez. – Respondi dando de ombros, mas ele entendeu bem, que me referia aquilo.

A situação é a seguinte, a muito tempo atrás paquerava um cara da nossa turma, nada de novo sob o Sol, porém, eu meio que estava me apaixonando realmente. Achava. Engatamos um relacionamento e eu estava bem feliz e satisfeita, estava pensando até em apresenta-lo para minha família. Ele era perfeito, tão sensível, apoiava o movimento feminista, LGBTQ+, não fazia aquelas piadas ridículas e racistas, perfeito demais. Até que um dia ele disse que gostaria de me contar algo muito importante, que gostaria de compartilhar esse sentimento apenas comigo e eu tive a certeza, ele finalmente diria que me amava.

Marcamos um motel chique, apesar dele dizer que não precisava, eu fiz questão, inclusive pagaria, pois ele finalmente pronunciaria as três palavras que a maior parte dos seres humanos desejam ouvir: Eu te amo.

— Bom Samanta, eu estou um pouco nervoso, minhas mão estão até suando. – Arthur segurou minhas mãos com as suas fortes, suadas e maravilhosas.

— Eu também tenho algo a lhe dizer, acho que já estava mais que na hora de falarmos o que já sabemos, não é?

— Então você já sabe?

— Claro! Me sinto igual a você, compartilho do mesmo tipo de sentimento. Vamos dizer juntos. 3, 2, 1... Eu te amo!

— Eu sou gay!

*

— Samanta acorda. Parece que revive o momento quando falamos disso.

— Sim, revivo. Por isso digo, devemos aproveitar ao máximo nossa felicidade momentânea, pois ela pode se declarar homossexual. Ele não poderia ser bissexual?

— Você é uma figura, Samanta.


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Notas finais do capítulo

Espero que gostem.



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