— E o que uma mulher como você poderia me oferecer, Bernarda? - cruzou os braços.

— Um desafio de casas de modas!!! - os olhos estavam em puro êxtase. - A minha contra a sua. - se aproximou mais dela. - Pensa que eu me esqueci como me humilhou no dia que resolveu dar as caras por aqui?

Victória sorriu agora com desdém.

— Deveria esquecer afinal quem escolheu passar vergonha na frente de todos foi você, quando achou que poderia se passar por mim!!! - a olhou de cima a baixo. - Nem se vestir você sabe e acha que pode competir comigo? - sorriu.

Bernarda sentiu seu rosto queimar com as palavras dela e disse tentando mostrar que não ficou afetada.

— Isso podemos resolver na passarela!!!

Victória riu mais uma vez do modo dela e arrumando os cabelos disse:

— Pois bem, se assim você quer. Eu não vou me negar a mostrar mais uma vez quem é Victória Sandoval e sua casa de modas!!! - estendeu a mão a ela que pegou rapidamente. - Que comece o desafio!!!

— Que comece o desafio, Victória!!! - soltou a mão dela e limpou como se aquilo fosse ofender Victória. 

Victória sabia que era arriscado aceitar um desafio como aquele sem saber as consequências ou recompensas, mas sabia que Bernarda estava tramando alguma coisa e usaria o desfile para descobrir, sorriu mais uma vez pra ela e disse:

— O que vai pedir se a caso ganhar esse desafio? - cruzou os braços. 

Bernarda era uma cobra, mas não sabia pensar, ou melhor, não sabia pensar sobre pressão, mas ali ela já estava munida de um discurso que tinha ensaiado varias vezes em frente ao espelho e toda possível pergunta de Victória, ela já tinha uma resposta formada e para aquele desafio ela tinha pensado em algo bem especial e assim disse:

— Quero que suma do mercado e tudo isso aqui fique pra mim, afinal só pode existir uma rainha da moda nessa cidade!!! - estufou o peito.

Victória já intuía que ela iria pedir aquilo, Bernarda era peixe pequeno e tinha alguém por trás dela e ela apenas iria dar a ela o que queria e depois a desmascararia na frente de todos. 

— E se perder? - jogava com ela de um modo simples e ela nem percebia ou não queria perceber. 

— Acho que o justo seja eu me retirar desse mercado!!! - estava tão confiante de si.

— Justo!!! - caminhou para sua mesa. - Agora saia de minha sala e só volte quando for convidada!!! 

— Nós veremos em breve Sandoval!!! - virou as costas e dali se foi. 

Pepino fechou a porta e se aproximou de sua rainha sem acreditar que ela daria créditos aquela louca, Victória o olhou e olhou para Antonieta que também estava ali parada apenas olhando e esperando que ela dissesse algo.

— Prestem bem atenção ao que vou dizer a vocês dois!!! - sentou em sua cadeira e eles também sentaram frente a ela e Victória começou a narrar o que queria.

Eles ficaram ali conversando por quase uma hora e logo se retiraram assim como Victória que saiu para ir atrás de sua filha e foi avisada que ela estava no camarim, caminhou até lá e antes que tocasse a maçaneta ouviu vozes vindas de dentro e esperou para identificar, os olhos de Victória arregalaram ao perceber o que a filha estava fazendo ali e levou a mão aos lábios. Maria estava com Max e os sons que saiam dali eram mais que evidente que eles estavam transando e ela pensou em entrar e acabar com a graça e a pouca vergonha dela em fazer ali, mas se lembrou que já tinha feito o mesmo com Heriberto e apenas virou saindo dali os deixando mais a vontade mesmo sabendo que ali não era lugar para estar de safadeza.  

— Max, você tem que parar com isso!!! - estava grudada na parede e ele entrava e saia de dentro dela com força e do jeito que ela gostava. 

— Você não me parece querer isso mesmo!!! - chupou o pescoço dela. - Eu estava com saudades de você... - ia cada vez mais intenso e ela revirou os olhos tinha o mesmo fogo da mãe com o pai e ali era a prova. 

— Se minha mãe nós pega aqui... - gemeu sentindo o corpo todo tremer e o gozo se aproximar. 

Max a beijou para que ela parasse de falar e a levou para o pequeno sofá e ali foi ainda mais intenso para dentro dela até que o jogo chegou para os dois e ele sorriu safado querendo mais e ela apenas ofegava. 

— Você é maluco!!! - passou a mão no rosto e ele a beijou novamente a induzindo a mais. - Max, para aqui mais não!!! - gemia com as caricias dele. 

— Já estamos no fogo... - sugou o seio dela que não tinha força para fazê-lo parar. - Vamos arder nessa paixão!!! - riu e continuou as caricias por onde conseguia e ela se perdeu. 

Maria se perdeu nos braços de seu amor e quando por fim estavam os dois acabados dentro daquele camarim, ela se levantou ou dormiria ali já tinha extrapolado e com toda certeza tomaria bronca se alguém tivesse passado por ali e não entrado devido ao barulho que tinham feito. Eles se vestiram e ela se olhou no espelho e ele a abraçou por trás beijando seu pescoço. 

— Acho que está na hora de conversar mais uma vez com seus pais. - ela se virou o olhando. 

— Sabe que meu pai não gosta de você!!! - respirou fundo ainda sentindo as pernas bambas.

— Eu quero poder dormir na sua casa!! - falou todo amoroso. - Somos namorados e futuramente serei seu esposo!!! 

Maria sorriu e o beijou mais uma vez. 

— Então vamos até minha casa!! - deu um monte de selinhos nele. 

— Vamos agora mesmo!!! - sorriu e a soltou.

Maria pegou suas coisas e ao abrir a porta deu de cara com Pepino, Antonieta e Victória que ele tinha ido buscar para ver o que Maria estava fazendo e mesmo que Victória o mandasse sair dali, ali estavam os três para aquela cena que deixou Maria mais vermelha que um tomate e Max sorriu sem vergonha alguma. 

— M-Mamãe... - Maria gaguejou.

— Vamos embora minha filha!!! - Victória saiu andando na frente. 

— Pouca vergonha!!! - Pepino bufou. - Onde todas as meninas passam Maria? Vou ter que mandar jogar fora tudo que tem ai. 

— Me desculpe!!! - ela falou sem jeito e puxou Max para sair dali e ele foi ao lado dela rindo daquela situação. 

Antonieta olhou para Pepino e os dois começaram a rir. 

— Você não presta!!!

— Pra ela aprender a não fazer inveja pra gente!!! - arrumou o bigode e olhou o camarim não querendo entrar mais ali e saiu puxando sua amiga. 

Maria passou pela mãe e mandou Max descer e esperar ela lá embaixo e logo voltou e pariu frente a mãe. 

— Mamãe, me perdoe!!! - estava bem envergonhada. 

— Não é porque você é minha filha que pode fazer uma coisa dessas!!! - entrou para sua sala. - Você é quem tem que dar exemplo aqui, Maria. 

— Eu sei disso, mas...

— Mas é jovem e os hormônios gritam para que seja saciado!!! - sentou. - Está se cuidando?

— Às vezes... - falou com receio e sentou perto dela. - Max não tem medo do perigo e quando é assim é...

— Eu não quero detalhes minha filha. - segurou a mão dela. - Apenas quero que se cuide, você é nova e eu não te quero grávida sem terminar sua faculdade, seu pai acaba com a raça dele!!

— Eu vou tomar mais cuidado!!! - respirou fundo. 

— Agora vá pra casa e tire esse cheiro. - beijou o rosto dela e Maria se levantou. 

— Eu te amo mãe!!

— Eu também te amo minha filha!!! - sorriu mandando beijo e esperou ela sair. 

Victória deu um meio riso e virou em sua cadeira pegando o telefone e sem pensar duas vezes ligou para seu amor. 

— Oi meu amor!!! - ele atendeu no segundo toque. 

— Está muito ocupado? - mordeu a ponta da unha com os pensamentos mais pecaminosos que poderia ter. 

— Agora estou em minha sala só relendo uns documentos por quê? - se arrumou melhor em sua cadeira. 

— Estou indo ai então!!! - ficou de pé. - Quero fazer amor!!!

— Victória... - deu uma gargalhada. 

— Até daqui a pouco!!! - e sem que ele falasse mais nada ela desligou e pegou suas coisas e foi direto para o hospital com um sorriso no rosto...