Heriberto sorriu para sua menina que saiu os deixando ter privacidade e Heriberto levou Victória para o sofá e a sentou em seu colo acariciando suas costas para que ela ficasse calma.

— Meu amor...

— Eu não quero saber nada agora. - o olhou. - Só me deixe ficar aqui ouvindo seu coração e acalmando o meu por esse susto.

Ele sorriu e apenas assentiu com ela voltando a deitar em seu peito e os dois ficaram ali em completo silêncio por um longo tempo...

(...)

NA FAZENDA...

João chegou soltando fogo e de imediato foi ao quarto de sua mãe e ao entrar a viu vestindo a blusa e no meio de suas costas a marca que ele mesmo tinha feito por ela se meter em sua vida. Bernarda se assustou e tratou de vestir a blusa imediatamente sentindo vergonha.

— Por que entra assim no meu quarto? - os olhos estavam-nos dele e ela sentiu o quanto ele estava nervos.

— Sabe o que é isso aqui? - mostrou a pasta para ela que deu um passo para trás quando ele se aproximou.

— Obviamente que não já que esta em suas mãos!!! - foi rude e ele se aproximou mais dela.

— Isso é a nossa vida nas mãos do seu filhinho!!! - estava com ódio e jogou a pasta em cima dela. - Eu deveria ter acertado o tiro em sua cabeça, mas preferi que morresse lentamente a agora o resultado está ai!!! - passou as mãos no cabelo nervoso enquanto andava de um lado a outro.

— E o que eu tenho a ver com isso? - segurava a pasta nas mãos enquanto as folheava. - Santo Deus...

— Esse seu maldito Deus que tanto roga não é de nada!!! - rosnou. - A culpa disso tudo é sua!!! - gritou e ela o encarou.

— Minha culpa? - gritou como ele. - Você que é um fraco que só escolhe vagabunda para ter ao lado e a culpa é minha? Eu tentei de todas as maneiras te proteger e te guiar para o caminho certo, mas você sempre escolheu uma pior que a outra e a prova disso é a marca que eu carrego nas costas por seus erros!!!

Ele foi a ela como um animal e ela não se intimidou tinha carregado as "verdades" todas nas costas sempre e ele sempre escolhia o caminho errado, muitas vezes ela dizia as coisas e ele não acreditava e depois o resultado era o que ela tinha dito a ele. João estava furioso e porque não descontar sua raiva nela? Era um homem criado para o mal e Bernarda tinha contribuído muito e também tinha recebido o castigo das próprias mãos dele por tudo que tinha feito.

— Vai bater na sua própria mãe? - o peitou. - Anda mostra que eu te criei tão bem que você vai agredir mais uma vez a sua mãe e tudo por uma vagabunda!!!

— Eu odeio você!!! - gritou. - Odeio!!!

— E eu amo você!!! - fez o sinal da cruz por ele dizer aquelas palavras. - Eu sempre fiz tudo pelo bem de vocês dois e o que eu ganho é somente isso... Mas um dia você vai me dar razão e pode ser tarde demais. - se afastou dele. - Agora saia de meu quarto!!!

João a olhou e respirou fundo pra não perder a cabeça e dali saiu batendo porta procurou por sua mulher e não deixou que ela falasse nada quando a encontrou e a levou para o quarto, a jogou na cama rasgando sua roupa e mesmo que ela pedisse para ele ir mais devagar e ter calma ele não a ouviu e a possuiu deixando no corpo dela as marcas de sua frustração e um coração machucado mais uma vez...

(...)

NA CASA DE VICTÓRIA...

— E foi por isso que sumi... - ele terminou de narrar o que tinha acontecido com João.

— Você se arriscou demais!!! - ainda estava sentada no colo dele e o olhava nos olhos.

— Mas eu precisava deixar vocês em segurança nem que seja somente por um tempo enquanto eu penso em outra coisa!!! - tocou seu rosto e com a outra mão segurou a mão dela e levou aos lábios beijando. - Mãozinha pesada essa... - brincou.

Ela suspirou e com a mão que estava na dele levou ao rosto onde tinha batido.

— Me desculpe, eu não gosto de ser agressiva, mas eu estava preocupada e somente fiz... - beijou seu rosto muitas vezes e ele riu. - Eu te amo e não quero te perder.

— Essas são as palavras mais gostosas de ouvir. - falou rindo. - Eu também te amo muito e por isso fiz o que fiz e farei muito mais para que eles não cheguem perto de você ou de nossos filhos. - beijou os lábios dela.

Victória o abraçou e o encheu de beijos por todos os cantos aonde seus lábios chegaram e cada vez mais os corpos esquentavam e ele passou a acariciar o corpo dela até que suas mãos chegaram dentro de seu vestido e ele parou o beijo a olhando nos olhos.

— Quer um carinho? - sorriu de lado.

— De você, eu quero tudo, mas sei que dois berrezinhos vão querer mamar em alguns minutos... - sorriu cheia de fogo.

— Hummm... - cheirou o pescoço dela e invadiu sua calcinha a vendo controlar o gemido que saia de seus lábios. - Temos então alguns minutos pra mamãe gozar antes de que possamos terminar nossa brincadeira. - sorriu no ouvido dela a fazendo se arrepiar.

Victória nada disse apenas abriu um pouco mais as pernas e sentiu os dedos de seu amor trabalhar com afinco em sua intimidade, num vai e vem e a fez jogar a cabeça para trás e morder os lábios para que não fossem descobertos ali fazendo aquela safadeza. Ele adentrou a intimidade dela com dois dedos enquanto o dedão estimulava seu clitóris e não precisou de muito para que ela o arranhasse e gemesse em seu ouvido o prazer que tomou seu corpo com aquele gozo...

Ele sorriu e tirou os dedos dela e sem cerimônia alguma levou aos lábios e lambeu, ela tinha um gosto maravilhoso e queria que aquele orgasmo tivesse sido em sua boca, mas sabia que se começasse daquele modo não pararia mais e os filhos iriam querer atenção e ele teria que parar. Ele sorriu para ela que arfava em seus braços e a beijou com tanto prazer que o membro latejou dentro de suas calças.

— Vamos subir e os pegamos para mamar e depois você é minha... - falou safado e ela apenas assentiu.

Heriberto levantou com ela em seus braços e os dois subiram para o quarto e ele a deixou sobre a cama e saiu para pegar os filhos que choraram assim que ele entrou no quarto o fazendo rir, ele pegou os dois e levou para Victória que já estava pronta e devidamente posicionada para dar o alimento deles, Heriberto amava aqueles momentos e sentou lado dela observando aquele milagre da vida e tendo a certeza que sempre faria de tudo por aqueles dois também.

Victória o beijou por várias vezes e sorria com aquele olhar de amor que ele sempre dedicava a eles, era o homem de sua vida e ficaria com ele para sempre. Eles ficaram ali conversando e cuidado dos bebês e quando terminaram achando que os dois iriam dormir para dar a eles a chance de fazer amor, não foi assim e eles riram muito dando a atenção aos bebês que eles tanto queriam e logo Maria se juntou aos quatro e o momento de amor ficou ainda mais completo...

(...)

DIAS DEPOIS...

Victória estava em sua sala trabalhando com Antonieta em sua nova coleção, Maria estava na passarela treinando junto a outras modelos e a Pepino que achava maravilhoso o modo como elas "flutuavam" pela passarela com seus modelos. Ele batia palma e hora ou outra secava o cantinho dos olhos como se estivesse chorando.

— Pepino, precisamos de água!! - Maria falou parando cansada.

— Vocês têm cinco minutos enquanto eu vou falar com minha rainha. - piscou para elas e saiu quase que correndo dali com seu jeito avoado.

Elas riram e foram para o camarim sentar um pouco e beber a água enquanto ele ia até Victória. Quando chegou a recepção que dava a sala dela viu um rosto conhecido sair do elevador e parou no mesmo momento fazendo cara feia.

— Mais é muita cara de pau vir até aqui!!! - ele rosnou as palavras arrumando o bigode.

Ela sorriu com desdém e tirou os óculos dizendo.

— Você pombinha branca vá chamar sua patroa que quero conversar com gente grande não empregado. - revirou os olhos.

Pepino sentiu vontade de pular no pescoço dela, mas se controlou.

— Eu não sou garoto recado e Victória somente recebe com hora marcada!!! - virou as costas para ela e se encaminhou para a sala de Victória.

A mulher não perdeu tempo e o seguiu invadindo a sala de Victória que a olhou de cima a baixo não acreditando que ela tinha a cara de pau de se apresentar ali depois do que tinha feito. Victória ficou de pé deixando a caneta sobre a mesa e a encarou.

— O que está fazendo aqui? - elevou uma sobrancelha.

Ela sorriu com total desprezo como se fosse alguém grande naquele mundo.

— Vim propor um desafio a grande Victória Sandoval!! - sorriu de lado.

Victória sorriu saindo de trás da mesa.

— E o que uma mulher como você poderia me oferecer, Bernarda? - cruzou os braços.

— Um desafio de casas de modas!!! - os olhos estavam em puro êxtase. - A minha contra a sua. - se aproximou mais dela. - Pensa que eu me esqueci como me humilhou no dia que resolveu dar as caras por aqui?

Victória sorriu agora com desdém.

— Deveria esquecer afinal quem escolheu passar vergonha na frente de todos foi você, quando achou que poderia se passar por mim!!! - a olhou de cima a baixo. - Nem se vestir você sabe e acha que pode competir comigo? - sorriu.

Bernarda sentiu seu rosto queimar com as palavras dela e disse tentando mostrar que não ficou afetada.

— Isso podemos resolver na passarela!!!

Victória riu mais uma vez do modo dela e arrumando os cabelos disse:

— Pois bem, se assim você quer. Eu não vou me negar a mostrar mais uma vez quem é Victória Sandoval e sua casa de modas!!! - estendeu a mão a ela que pegou rapidamente. - Que comece o desafio!!!