Crisálida escrita por valentinaLB


Capítulo 32
Capítulo 32 - TERRITÓRIO MARCADO


Notas iniciais do capítulo

OI MENINAS!! ESTE É O PENÚLTIMO CAPÍTULO DA FIC. COMO JÁ PODEM IMAGINAR, É O PDV DO EDWARD DO CAP. ANTERIOR.ESPERO QUE GOSTEM.BEIJÃO BEM GRANDE PRA VCS.



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CAPÍTULO 32 – TERRITÓRIO MARCADO


POV EDWARD

O Que Será (À Flor da Pele)

Chico Buarque


O que será que me dá
Que me bole por dentro, será que me dá
Que brota à flor da pele, será que me dá
E que me sobe às faces e me faz corar
E que me salta aos olhos a me atraiçoar
E que me aperta o peito e me faz confessar
O que não tem mais jeito de dissimular
E que nem é direito ninguém recusar
E que me faz mentir e me faz suplicar
O que não tem medida, nem nunca terá
O que não tem remédio, nem nunca terá
O que não tem receita

O que será que será
Que dá dentro da gente e que não devia
Que desacata a gente, que é revelia
Que é feito uma aguardente que não sacia
Que é feito estar doente de uma folia
Que nem dez mandamentos vão conciliar
Nem todos os ungüentos vão aliviar
Nem todos os quebrantos, toda alquimia
Que nem todos os santos, será que será
O que não tem descanso, nem nunca terá
O que não tem cansaço, nem nunca terá
O que não tem limite

O que será que me dá
Que me queima por dentro, será que me dá
Que me perturba o sono, será que me dá
Que todos os ardores me vêm atiçar
Que todos os tremores me vêm agitar
E todos os suores me vêm encharcar
E todos os meus nervos estão a rogar
E todos os meus órgãos estão a clamar
E uma aflição medonha me faz suplicar
O que não tem vergonha, nem nunca terá
O que não tem governo, nem nunca terá
O que não tem juízo



Minha vontade era gritar para o mundo todo ouvir que eu era o homem mais feliz do mundo!

Tudo vinha dando certo na minha vida. Profissionalmente eu estava fazendo meu mestrado e me especializando cada vez mais em psiquiatria, área da medicina que escolhi e na qual adorava clinicar; sentimentalmente eu não podia desejar mais nada. Já tinha ao meu lado a mulher dos meus sonhos, a mais linda e doce criatura que existia na terra.

Isabella, a menina dos olhos de chocolate, finalmente era minha.

Ela agora se entregava sem reservas ao nosso amor. Seu corpo já não tinha mais segredos para mim. Aceitava minhas carícias e toques sem pudor, sem timidez. Ainda era inexperiente, isso era fato, mas com o tempo ela certamente se sentiria mais confiante e abandonaria sua atitude passiva na cama. Porém nada disso me importava, estar com ela era maravilhoso de qualquer maneira. Fazer amor com Isabella me deixava alucinado.

Depois da nossa segunda noite minha intenção era amá-la todos os dias.

Amanheci pensando nela. As marcas no lençol eram a prova de que ela realmente tinha estado comigo na minha cama.

Tínhamos combinado que na tarde do dia seguinte eu a buscaria em sua casa, já que eu não tinha aula, e viríamos assistir filme em meu apartamento. É claro que isso era só uma desculpa. Minhas intenções, e acredito que as dela também, eram outras.

Sem atraso fui pegá-la. Isabella entrou no carro um pouco estranha. Pensei em perguntar o que estava acontecendo, mas achei melhor esperar mais para ver se não era só impressão minha.

Assim que chegamos, ela foi direto para a prateleira escolher o filme.

Abracei-a por trás e falei bem pertinho de seu ouvido.

– Escolhe um filme bem romântico pra inspirar a gente. Se bem que só esse perfume maravilhoso que exala de sua pele já me deixa louco, Isabella – falei, beijando seu pescoço e já sentindo meu corpo reagindo à sua presença.

– Edward, eu preciso te falar uma coisa. – Ela se esquivou um pouco. Parecia tímida novamente.

– Algum problema, Isabella? – Perguntei, tentando entender o que se passava naquela cabecinha. Só faltava ela querer que voltássemos apenas aos beijos.

– É... hã... mais ou menos. – O que será que aquelas bochechas vermelhas significavam?

– Agora você me deixou preocupado. O que está acontecendo?

– É que a gente não vai poder... fazer amor. É que eu menstruei. – Ela falou tão baixinho que eu quase não ouvi. Estava super envergonhada.

– Ah! – Falei, sentindo a decepção tomar conta das minhas células. – Você está com cólica? – Talvez ela nem quisesse estar comigo, e eu lá, forçando a barra.

– Não, eu não tenho cólica. – Praticamente sussurrou.

– Pelo visto, nem TPM, pois não percebi nenhuma mudança em seu humor nesses dias que se passaram. – falei rindo.

– Também não tenho isso não. Só sinto dor nas costas e nas pernas.

– Quer tomar algum remédio, tenho muitas amostras grátis comigo. – Tinha pena das mulheres, menstruar devia ser algo bem desagradável.

– Não precisa, já me acostumei com a dor. Só aparece no primeiro dia, amanhã já estarei melhor.

Ela estava toda encabulada por estar falando daquele assunto comigo. Era melhor parar com tantas perguntas.

– Então escolhe o filme. Podemos assisti-lo abraçadinhos ali no sofá – falei. – É melhor que não seja tão romântico... Que tal um de guerra? – Eu estava subindo nas paredes. Tudo que não precisava agora era de mais estímulos.

Isabella riu da minha sugestão e acabou escolhendo novamente “Bastardos Inglórios”. As lembranças da primeira vez que “quase” o assistimos invadiram minha mente. Deus do céu, eu ia ter de me controlar muito!!!!!

Fomos para o sofá e ficamos juntinhos. Em minha cabeça eu só conseguia pensar em quantos dias durava o ciclo de Isabella. Se fosse mais de três eu pularia pela janela.

Durou mais de três. Não pulei pela janela... Mas tive vontade.

Ainda assim demos uns bons “amassos”, mas não era suficiente.

Seis dias depois marcamos um jantarzinho japonês. Imaginei que já poderíamos voltar a fazer amor, mas fiquei sem jeito de perguntar a Isabela se sua menstruação tinha acabado. Preferi esperar que ela mesma falasse.

Busquei-a na hora marcada e viemos direto pro apartamento.

Na sala mesmo eu já comecei a abraçá-la e demonstrar minhas intenções. Sua reação foi como “um balde de água fria” sobre minha cabeça. Pelo visto não ia rolar nada, pelo menos não de imediato.

– Calma, Edward. Estou com fome. Vamos comer alguma coisa primeiro – falou, se mostrando pouco interessada em ir para o quarto comigo.

A decepção devia estar estampada em minha cara, pois não conseguia disfarçar, nem se quisesse.

– Tudo bem, Isabella, desculpe-me se estou sendo muito ansioso, é que estou morrendo de saudades de fazer amor com você – me expliquei.

– Eu sei, Edward, mas vamos comer primeiro.

Isabella nunca foi de comer muito, mas hoje ela parecia que ia comer, lentamente, aquele barco inteiro. Barco nada, para mim aquilo mais parecia o Titanic, de tão grande, e eu, o Leonardo DiCaprio, segurando num pedaço de madeira, morrendo de... frio, ou melhor, de tesão. Que demora, meu Deus!!!

Quando finalmente terminou e eu pensei que enfim iríamos para o quarto, ela disse que ia ao banheiro. Até aí tudo bem, se não fosse o fato de ter pegado a bolsa antes de ir. Mulher quando leva bolsa no banheiro só pode ser uma coisa: trocar absorvente! Hoje não era “o nosso dia”, melhor eu aceitar isso...

Antes, Isabella colocou um CD para tocar. Sua música favorita ecoou pela sala. The Only Exception, do Paramore, era a cara dela. Eu adorava ouvi-la.

Isabella demorou um tempão no banheiro, quase me levando a ter um ataque de ansiedade.

Sentei no sofá, joguei a cabeça pra trás e fechei os olhos. Se antes já era difícil me controlar, agora, que já sabia como era sentir-me dentro de dela, era quase impossível ...

De repente Isabella saiu do banheiro vestida numa roupa vermelha de dançarina do ventre. Ela estava fascinante. Pensei que desmaiaria diante de tanta beleza e sensualidade. Eu não podia acreditar que ela ia dançar pra mim.

Levantei-me e fui até ela. Precisava tocá-la para me certificar de que não era uma visão.

Isabella mordeu os lábios, dando o golpe fatal, e me empurrou com as duas mãos, me jogando sentado no sofá.

– Quieto! – Impôs.

Senti minha pele se arrepiando. Uma onda de excitação e desejo tomou conta de mim. Ela estava no comando, Pai Amado!

A música começou e seu corpo foi se contorcendo sensualmente, acompanhando o ritmo da melodia. Seus olhos me fitavam provocativos. Aquilo não era mulher, meu Deus, era uma serpente e eu estava completamente hipnotizado por ela.

Eu nem sequer piscava, não querendo perder um único momento daquele belo show pagão que tinha diante de mim.

Já havia visto Isabella dançar, mas hoje ela estava se superando. Era para mim que dançava, eram meus olhos que fitava, era eu quem ela desejava... E meu corpo a desejava desesperadamente também. Já era impossível esconder o volume que se pronunciava entre minhas pernas, nem eu fazia questão disso. Queria mesmo que ela soubesse que a queria mais que tudo, que ela seria minha assim que aquela música terminasse... Ou talvez eu que fosse ser dela...

Na verdade fomos um do outro.

Mal a dança terminou, eu a puxei para meu colo e a beijei cheio de lascívia. Em pouco tempo estávamos fazendo amor.

Isabella parecia a Deusa do Sexo, me guiando freneticamente, como se fosse eu o inexperiente. O que deu naquela menina, meu Deus? Ela me fez urrar de prazer. Tive o orgasmo mais intenso de toda minha vida, e parece que ela também.

Descobrimos formas de nos amarmos que eu nem imaginava. Em certo momento, enquanto explodíamos em êxtase, olhei para Isabella e parecia que ela estava flutuando em outra dimensão, mergulhada numa felicidade que extrapolava os limites daquela sala. Podia jurar que ela voava além dali.

– Você quer me matar, Isabella? – Perguntei, ainda ofegante, mas com um sorriso maroto no rosto.

Estávamos abraçados, deitados no sofá, nos recuperando de todo o esforço que acabávamos de fazer.

– Você gostou? – Ela perguntou, aparentando orgulho pelo desempenho demonstrado.

– Se eu gostei?? Isabella, tem idéia do estado em que você acabou de me deixar? O que foi isso? – Seja lá o que for que tinha naquele peixe, ela devia comer sempre.

Isabella me encarou por um tempo, pensando no que responder, mas pareceu desistir. Apenas sorriu, acariciando meu rosto com sua doçura costumeira.

– Só queria te mostrar o quanto te amo, Edward.

Como era bom ouvir aquilo! Era a forma falada do que seu corpo tinha acabado de me dizer.

Nos beijamos apaixonadamente, sorvendo cada gota de sabor daquele beijo.

– Edward, e que não reste nenhuma dúvida que não só sua cama, mas também este sofá agora é meu. Não preciso te perguntar de quem vai lembrar quando olhar para ele, preciso? – Falou, toda segura de si.

Dei uma gargalhada. Ela tinha acabado de marcar seu território naquela sala.

– Não, Isabella, não precisa.

Mais do que de meus móveis, ela já era dona de todo meu coração.



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