Nem Se Fosse Combinado #NoPau #BBB #PaulaBreno escrita por Maria Ester


Capítulo 3
Capítulo 3




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/763032/chapter/3

Paula se espreguiçou em sua cama king. Seu corpo estava cansado. No entanto, sentia-se mais viva do que nunca.

Por quê?

Como tinha acabo de acordar, ela não pensava com muita clareza, nem sabia direito onde estava até que se virou na cama e se pegou murmurando o nome do Breno.

O que foi que eu fiz?

Aos poucos, as lembranças foram surgindo, e ela foi entrando em pânico, com medo até de olhar para o lado.

Em seguida, ela prendeu a respiração e deu uma olhada rápida, mas Breno não estava ali. Escondendo o corpo com o lençol, ela sentou na cama e olhou em volta do quarto. Nenhum sinal dele, ela estava sozinha.

Aliviada, ela se deitou novamente e riu da situação. Mal podia acreditar no que tinha acontecido, nem na facilidade com que se entregou nos braços dele. Lembrou de como se beijaram na boate, do prazer incontrolável e da estranha sensação de ter encontrado o seu lugar.

Ela olhou para o teto do quarto, tentando controlar seus pensamentos e suas emoções. Todas as mulheres que se deitaram com ele devem ter sentido a mesma coisa, ela pensou. O homem era um mestre na sedução!

Como foi que ela se deixou levar assim? Não conseguia encontrar uma resposta para tanta fraqueza. Ela parecia estar enfeitiçada, parecia ter se transformado em outra pessoa. Uma hora ela estava sendo racional, mas logo depois...

Todas as lembranças voltaram, Breno a pegando no colo e trazendo para o quarto.

Ficou impressionada com a falta de controle dela. Sempre teve tanta certeza de que isso não ia acontecer com ela, ainda mais com o arquiteto com quem tinha fechado negócio. Ela nunca misturava o trabalho com a diversão!

Ela o queria tanto que só pensava naquele momento.

Paula sentiu um calor tão grande no corpo que jogou para o lado o lençol e saiu da cama.

Era melhor não remoer mais esse assunto. De fato, foi uma noite de loucura, mas as pessoas faziam isso. Não era nada demais, até porque, não voltaria a acontecer.

Mas pensar assim não melhorou em nada o que sentia.

Ele poderia ao menos deixar um bilhete. -Ela pensou.

Era melhor esquecer esse assunto, - ela repetiu para si mesma.

Na certa, o Breno já tinha esquecido isso e se ocupava agora de assuntos mais importantes.

Provavelmente para um homem como ele, sexo era apenas diversão e para ela não era diferente. Os negócios estavam em primeiro lugar.

Paula se encaminhou para o banheiro, da suíte, entrou no chuveiro e abriu a torneira. Agora ela também se concentraria no trabalho. Esperava que quando se sentasse diante do Breno para a entrega do projeto, todas essas sensações desaparecessem.

Ao sair do chuveiro, ela pegou uma toalha e se envolveu nela. Foi para a cozinha preparar um café. Na bancada da sala, avistou um bilhete no qual estava escrito;

“Adorei nossa noite e espero que você tenha gostado tanto quanto eu, pois eu quero muito repetir, deixei meu número pessoal no final da folha, vou esperar você me ligar. Beijo e bom dia!”

Paula não entendeu o porquê dele mesmo não tomar a iniciativa de ligar para ela e o motivo dele ter se ausentado com ela ainda dormindo.

Mas, relevou. Por um momento ficou analisando o bilhete dele.

Que letra linda!

Depois guardou-o, tomou seu café e se arrumou para terminar de resolver as pendencias antes de viajar.

###

Breno acordou de ressaca como sempre, mas pela primeira vez com uma sensação de leveza na alma que ele não sabia explicar, talvez pelo fato da Nina ainda não ter acordado e estar abraçada a ele na cama.

Ela sempre procurava pelo pai na cama antes do amanhecer. Esse foi um dos motivos dele ter saindo da casa da Paula antes que ela acordasse. Mas tinha deixado um bilhete e não iria forçar nada, se ela quisesse repetir a dose era só ligar. Ele não costumava correr atrás. Se ela desse algum sinal de interesse, ótimo. Se não, iria ficar por isso mesmo.

Ele pegou o celular para ver o horário e viu que já tinha passado das oito. Perdeu o horário completamente, pelo visto Nina também, o que era estranho, ela tinha o relógio biológico certo e nunca se atrasava.

Já não dava mais tempo dela pegar o primeiro tempo da escola, então deixou que dormisse mais um pouco e se permitiu ficar mais um tempo na cama, agarrado a sua filha como a tempos não fazia. Só teria reunião a tarde, então poderia chegar mais tarde no escritório.

Deu um beijinho na testa da Nina e fez carinho em sua cabeça. Sorriu olhando-a dormir, ela era linda. De pele morena, cabelo liso bem preto e olhinhos negros puxados. Fisicamente não se parecia nada com ele, mas tinha o seu caráter, sua honestidade, lealdade e paixão por tudo que fazia. Nina poderia não ter seu gene, mas herdara de outras vidas todos os seus valores e ele se orgulhava dela em tudo que ela fazia ou aprendia.

Ele lembrou do dia que ela aprendeu as letras e emcada lugar que via uma mostrava para ele e dizia qual era e batia palma quando ele a parabenizava pelo feito.

Breno não se imaginava sem ela. E mesmo quando teve que vir morar no Rio, não cogitou a possibilidade de deixa-la com a avó e a tia em Goiânia. Sabia que iria sofrer mais do que ela. Eram só eles dois e pretendia ser assim por muito tempo.

Ele conheceu Nina com apenas seis meses de vida em uma expedição que fez ao Camboja, a menina era órfã e vítima da guerra. Ela iria ser entregue a um dos muitos abrigos que tinham no país. Ele que conhecia sua história e conviveu durante um mês na mesma aldeia de onde a menina viera, se viu muito apegado a ela para deixa-la para trás quando voltasse para o Brasil. O processo de adoção foi longo, mas recompensador.

Durante essas horas na cama, Breno pegou-se imaginando se a Nina iria gostar da Paula,acaso algum dia elas se conhecessem.Provavelmente sim. Elas eram duas pessoas leves, e gente assim tinham a mesma sintonia.

Tá louco Breno? Que pensamento insano é esse? Você só ficou uma vez com a mulher e provavelmente a única. Além disso ela é sua cliente no escritório.

Levantando-se da cama e cobrindo a Nina, foi até a cozinha ver se a empregada já tinha preparado o café.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Nem Se Fosse Combinado #NoPau #BBB #PaulaBreno" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.