Florescer escrita por Bruninhazinha


Capítulo 9
O jardim de Perséfone


Notas iniciais do capítulo

Oie, gente! Como vocês estão? Eu poderia usar milhões de desculpas, mas a verdade é que esse capítulo demorou por preguiça mesmo OAKSPAKOS desculpa, gente.
De qualquer forma, espero que gostem. Pensei que vocês não gostariam do capítulo "O pedido da Noite", mas vi que gostaram e fico feliz demais com isso!
Eu criei uma playlist com músicas instrumentais para escrever os capítulos, músicas que acredito combinar com a história. Se quiserem, posso disponibilizar o link para vocês.
A todos que comentaram, favoritaram e estão acompanhando, um muito obrigada! Vocês são demais!
Boa leitura a todos!



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O jardim de Perséfone

— Pensei que faríamos algo divertido. — Perséfone apoiou o cotovelo no braço da poltrona, suspirando pesadamente. Hades, por outro lado, mantinha o olhar cravado no tabuleiro calculando as próximas jogadas como se aquilo fosse realmente importante. — Ao menos, foi o que você disse.

— Isso é divertido.

— Não. Não é.

— Tem uma sugestão melhor? — ela não respondeu e ele abriu um sorriso imperceptível ao notar o rosto dela. Perséfone estava enfezada, porém, o semblante irritado não a deixava menos bonita. O deus acomodou-se melhor na poltrona e relaxou a coluna, a encarando diretamente. Então, moveu uma das peças. — Sua vez.

O casal estava em uma saleta – um cômodo grande, contendo decoração bonita e masculina, de cores escuras. Haviam prateleiras encostadas nas paredes, quadros enfeitando todo o local e duas poltronas escuras ao centro, ambas colocadas sobre um tapete redondo. Entre as duas poltronas, foi posto uma mesa engavetada que o deus usava para guardar jogos de todos os tipos, incluindo damas, baralho e dominós.

— Eu vou perder de novo! — a deusa reclamou, apontando para o tabuleiro. — Olha isso! Não tem mais jeito!

— Está desistindo rápido demais, Perséfone. — Hades exprimiu, achando a ocasião engraçada. Ele, individualmente, não gostava de perder. Só isso. Perséfone, por outro lado, considerava a derrota algo detestável.  — O jogo ainda não acabou. Pense, meu bem. Você está sendo pessimista antes da hora.

— Não estou sendo pessimista. — disse, descrente, quase levantando as mãos para o alto em um sinal de desistência. — Sou péssima com jogos, principalmente xadrez.

— Xadrez é um jogo simples. Basta ter estratégia. Analise bem as jogadas, os furos, olhe para o tabuleiro — aconselhou. — e pense “qual jogada ele fará?”, “o que pode acontecer se eu colocar minha peça aqui?”. Dê margem de erro ao adversário.

— Não poderíamos fazer outra coisa? — ela já tinha aceitado a derrota.

— Como?

— Como, por exemplo, conversar. — sorriu, cheia de segundas intensões; Hades soube o que estava por vir. — Você pode me contar o porquê de ter me sequestrado.

Ele a fitou longamente como se pensasse e isso a deixou esperançosa. Estava no Submundo há pouco mais de uma semana – ela ainda não tinha noção de como o tempo passava naquele lugar. Até então, Hades não parecia ter qualquer pretensão de lhe levar para casa.

Nos primeiros dias, a deusa se empenhou em esperar o tempo dele. Agora, sentia-se impaciente e com saudades de casa – mesmo que, no fundo, gostasse de estar no Mundo Inferior. Claro, isso jamais admitiria em voz alta. Perséfone era naturalmente curiosa, como tal apreciava conhecer lugares novos.

— Não. — negou, por fim, e abriu um sorriso mínimo ao admirar o semblante dela transformar-se na mais pura fúria.

— Sabe que vou continuar insistindo, não sabe?

— Sei, sim. — respondeu tranquilamente, mantendo a expressão neutra. — Independente do que faça, a resposta continuará a mesma.

— Você é insuportável. — murmurou, entredentes, como uma criança emburrada, os braços cruzados e o olhar voltado para um canto qualquer do cômodo.

Sabia que não havia verdade em suas palavras. Ele podia ser tudo, menos insuportável – e esse era o problema. Perséfone não tinha motivos para ficar brava, mas ela queria ficar. Queria sentir raiva, poder esfregar algumas verdades na cara dele, gritar, berrar. Mas como trata-lo dessa forma, logo ele, que estava fazendo de tudo para agradá-la – até mesmo deixando o trabalho de lado para jogar aquele maldito xadrez só porque ela estava entediada?

Ele não foi correto quando a sequestrou. Mas o que mais Hades fez de errado, além disso?

— Acabou? — a voz masculina a trouxe de volta para o mundo real. Ele estava com as sobrancelhas arqueadas, analisando cada movimento seu. — Se está tão entediada assim, podemos fazer outra coisa.

— Você precisa parar com isso.

— Isso o quê? — ele pareceu confuso. Na realidade, não era só ele quem estava confuso com as coisas.  

— Isso!

— Não estou entendendo.

— Você precisa parar com isso, Hades. — ela estava quase bufando outra vez, com a indignação entalada na garganta. —  Quando eu estava em perigo, você foi lá e salvou a minha vida. Desde que cheguei me tratou como se eu fosse uma princesa, como se eu fosse especial. Então, hoje fiquei entediada e você deixou de trabalhar para tentar me divertir. Tudo depois de ter me sequestrado! Quem não está entendendo nada aqui, sou eu!

— Deixa-me tentar compreender a situação. — fez uma pausa, contemplativo, com o olhar intenso e a bochecha apoiada em uma das mãos. O cotovelo repousava no braço da poltrona e a expressão no rosto másculo era neutra, sem qualquer evidência emocional. — Você, basicamente, quer que eu te trate mal.

— É!  — exclamou. — Quer dizer, não! Não foi isso que eu disse!

— Foi exatamente isso que você falou.

— Você só está sendo muito legal, entende?

— E qual o problema?

— Nenhum! — nem ela sabia o que estava dizendo. — É que você não devia ser tão legal! — nem tão bonito, acrescentou mentalmente. — Você é o deus dos mortos.

— E é por isso que eu devia ser um tremendo de um babaca?

— Quer saber, esquece. — pediu, por fim, desistindo de se explicar. Agora ela que se sentia babaca por ter dito tantas idiotices em uma só frase. — Acho que estou ficando maluca.

— Eu também acho. — concordou, meneando a cabeça.  

Eles se encararam. Riram, em seguida, achando graça daquela situação tão bizarra.

— É disso que estou falando! — ela apontou para ele, ainda sorrindo. — Ao invés de rir, devia ficar com raiva por tudo o que acabei de dizer. Você nem ligou quando te chamei de insuportável!

— Bom, — ele pareceu pensar. — não foi mentira. Às vezes eu sou. 

— Desisto. — disse, por fim, referindo-se ao jogo e a conversa. — Já que não vamos mais jogar, o que faremos?

Ele a fitou longamente com um estranho sorriso pairando nos lábios.

— Tenho uma ideia.

+

— Vai acabar com o resto do meu dia se continuar com essa cara azeda.

Hécate levantou o olhar do livro para Tânatos, que a encarava com um brilho divertido nos olhos escuros. Estavam passando o tempo na biblioteca do palácio – um cômodo imenso, cheio de prateleiras que alcançavam o teto. Ela ainda tentava entender o que aquele maldito fazia ali.

Aquele era um dia de temperaturas amenas. Depois de voltar do mundo dos mortais, Hécate se retirou para a biblioteca, pretendendo passar o resto do dia lendo alguns de seus livros desinteressantes sobre feitiços e poções.

Doce engano. Não demorou para o deus da morte aparecer com aquele sorriso irritante de quem sabe das coisas.

— Se está tão incomodado com a minha cara azeda, sugiro que se retire. — retrucou, arqueando uma das sobrancelhas, ainda mantendo a expressão indiferente. — Continua aqui porque quer. Nunca pedi para que me fizesse companhia.

— Essa doeu. — ele fingiu uma careta de dor e colocou a mão no peito para dar um ar mais dramático a situação. Hécate quase rolou os olhos. — Sua língua anda bem afiada para uma dama.

— Não sou uma dama. — respondeu, simploriamente. — E você está longe de ser um cavalheiro. Diga-me logo o que quer, Tânatos. Não estou com paciência para lidar com as suas gracinhas.

— Assim você me ofende. — ele a mirou com ares de inocência, tombando a cabeça para o lado. Apenas a mesa de centro os separava. — Por que acha que quero algo?

— Qual outro motivo o traria até aqui? — devolveu com outra pergunta, ainda o encarando com uma calma indiferente.

— Só estou curioso. — revelou, por fim, apoiando o cotovelo no braço da poltrona e o queixo na mão, sem retirar o olhar da moça. Ela cruzou as pernas. — Você anda muito mal-humorada, mais do que já é. — a deusa resolveu ignorar o ultimo comentário. Não gastaria sua saliva para retrucar as tolices combinadas de Tânatos. — Aconteceu algo entre você e o Hades?

Hécate o encarou. Seu olhar era frio.

— Não.

— Houve uma época em que você mentia melhor, Hécate. — ele sorriu de canto, interessado, e a moça bufou, sentindo o resto de sua paciência esvair. — Até me fez pensar que tinha superado tudo o que aconteceu entre vocês dois, anos atrás. Vejo que estive enganado.   

— O que aconteceu entre Hades e eu é passado, Tânatos. — ela disse, apenas, apertando os lábios e semicerrando os olhos. — Foi há muito tempo. Nem sei por que estamos falando sobre isso.

— Realmente, foi há muito tempo. — concordou, pensativo. — Mesmo assim, você se incomoda com o fato de o Hades estar apaixonado por outra pessoa. Ainda o ama, não é?

Não houve uma resposta. Por mais que quisesse gritar que não e expulsa-lo daquela sala, a feiticeira não pôde. Apenas desviou o olhar do dele, incomodada com o rumo que aquela conversa estava tomando.

— Não estou aqui para te julgar, dizer o que você deve ou não fazer. — ele disse, agora sério. — Estou aqui porque sou seu amigo e estou preocupado. Eu te conheço bem, Hécate. Você precisa seguir em frente, esquecer o que vocês dois viveram.   

— É fácil falar, Tânatos.

— Sei disso. — concordou, acenando com a cabeça. — Mas você precisa tentar.

Ela apenas fechou o livro, sem saber ao certo como responder.

— Não posso fingir que gosto do que está acontecendo.

— Não estou dizendo para fingir. Você pode começar tentando ser menos hostil com a Perséfone. Ela não tem culpa de estar aqui e é uma garota muito legal.

— Eu não gosto dela.

— Você nem a conhece. — ralhou, arqueando uma das sobrancelhas. — A verdade é que você não gosta da ideia dela retribuindo os sentimentos do Hades. Mesmo que Perséfone não esteja apaixonada, você sabe que a possibilidade disso mudar é enorme. 

O silencio reinou e Hécate o quebrou com um suspiro pesado.

— Eu odeio quando deixa sua personalidade insuportável de lado para bancar o conselheiro.

— Conviver muito com Hypnos dá nisso. — ele deu de ombros e se levantou, ainda fitando-a com aquele olhar de quem sabe das coisas. — Pense no que eu disse.

— Vou pensar.

— Ótimo. Nos vemos no jantar.

Ele se retirou, deixando Hécate sozinha com seus pensamentos.

+

— Vai demorar?

— Por que a pressa? — Hades perguntou, olhando-a por cima do ombro. Os dois se encaminhavam ao exterior do castelo, dessa vez por uma passagem que Perséfone não conhecia, embora ela tivesse a impressão de que daria para os fundos. — Estamos quase lá.

— Não gosto de suspense. — revelou-lhe com um dar de ombros, escutando o ecoar de seus passos contra o piso de pedra. Hades erguia-se como uma muralha logo a frente, impedindo-a de ver o que havia no fim do corredor.

Eles já andavam há alguns minutos, passando por cômodos desconhecidos. Perguntava-se como ele conseguiu memorizar todas as passagens. Ela, nem em um milhão de anos, daria conta.  

— Encare como uma surpresa. — falou, simploriamente. — Acredito que o local onde iremos acabará servindo como uma boa distração pelos próximos dias.

— Assim espero.

Ela resolveu continuar em silencio, acompanhando-o com as mãos juntas na frente do corpo. Não demorou para que atravessassem uma porta larga, cheia de detalhes, como tudo o que havia no castelo. A brisa gélida do lado de fora soprou em seu rosto e ela segurou um suspiro quando seus olhos captaram a paisagem.

Hades não sentia orgulho do jardim que se estendia metros adiante. Não tinha o costume de visitar o local ou tempo para cuidar das pobres plantas que tentavam, de alguma forma, sobreviver com a terra pouco fértil dos domínios. Os empregados, atarefados demais com os serviços do palácio, também acabaram deixando de lado e o jardim ficou no esquecimento, até então.

— Não é grande coisa como os jardins do Olimpo e o mundo dos mortais. — ele quebrou o silencio, vendo que a jovem continuava estática, com os olhos arregalados e a boca entreaberta. Desconcertado, lembrou que Perséfone era uma divindade da natureza. Provavelmente estava pensando que ele era um idiota por deixar as plantas a mercê da própria sorte, em um local tão morto quanto o Mundo Inferior. 

— Está brincando? — ela ainda encarava a paisagem com os olhos esbulhados. Hades quase fez careta. Ela odiou, teve certeza. — É perfeito!

— Você gostou? — soou mais chocado do que realmente gostaria. — Gostou mesmo?

— É claro que sim! — bateu palminhas, animada, com um brilho no olhar ao ver a quantidade exorbitante de narcisos dourados – os mesmos que Hades usou para atraí-la, antes do sequestro. Tudo bem, a memória não foi agradável, mas, pelos deuses, aquelas flores eram incríveis! — Confesso que algumas plantas precisam de cuidados, alguns canteiros estão realmente deploráveis, mas não é nada que uma mãozinha não possa arrumar.

— Você é mesmo uma pessoa muito fácil de agradar. — ele soltou uma risadinha e ela deu de ombros, sem discordar. — Bom, se gostou — continuou. — é todo seu. Pode ajeitar como quiser.

Perséfone virou o rosto para encara-lo e arqueou as sobrancelhas, confusa.

— Se eu te dissesse o que escutei — ela começou. — você iria rir da minha cara.

— Escutou certo, querida. — ele riu baixo. — O jardim é todo seu.

Ela olhou para Hades, depois para o jardim, então para Hades novamente.

— Você está brincando, não é?

— E porque estaria?

O jardim estava rodeado por uma cerca baixa de metal, distante, que delimitava o fim. Ao centro, estava um lindo chafariz que jorrava água fresca. Haviam romãzeiras espalhadas por todos os lados, com suas folhas esverdeadas e tronco escuro, em meio ao campo de narcisos dourados, que cintilavam, iluminando a escuridão.

Pelos deuses!

Aquilo só podia ser um sonho. Ela sempre quis ter o próprio jardim.  

— Olha, eu quero muito gritar e sair saltitando como uma louca — ela confessou, baixo, ainda admirando seu mais novo presente. —, mas vou me conter em nome da educação que a minha mãe me deu. Então, muito obrigada, Hades. De verdade.

Ele riu, achando graça do jeito dela.

— Não agradeça agora. Acredito que você precise de instrumentos para cuidar das plantas. Vou pedir para que deixem um caderno e canetas no seu quarto. Escreva tudo o que precisar, qualquer coisa mesmo, e me entregue mais tarde. Pedirei para que Hermes traga os itens até aqui.

Ela sentiu todas as células de seu corpo vibrarem. Estava prestes a surtar de felicidade.

— Agora eu vou indo. Mais tarde venho te buscar para o jantar, e depois te ensinarei a passagem até aqui.

Ele virou para se retirar, mas foi impedido pela mão pequena e quente da jovem deusa. Olhou-a, um tanto surpreso com o toque repentino. Estaria ela mais à vontade com ele?

— Nada disso. Você vem comigo!

O deus nem teve tempo para responder. Aquela garota, mesmo sendo baixinha, tinha uma força fenomenal. Conseguiu o arrastar sem quaisquer dificuldades até um canteiro próximo ao chafariz, ignorando os protestos masculinos. Então, agachou, puxando-o junto, para avaliar as plantas.

— Eu não levo o menor jeito com isso, Perséfone. — confessou, mirando-a de soslaio. — Será que você não poderia me soltar?

— Não. Você fica. Sempre quis ensinar técnicas a alguém.

— Não acho que eu possua algum talento para jardinagem.

— Não precisa ter talento, basta treino. — respondeu, simploriamente, enfiando os dedos na terra fresca. — Está esperando o que?

Ele respirou profundamente e fez o mesmo. Ela ensinou – ou, ao menos, tentou ensinar – várias coisas desde adubagem à poda e plantio. Hades não entendeu uma palavra do que a deusa disse, mas acenou com a cabeça nos momentos certos, deleitando-se com a voz melódica e apreciando o rosto delicado da moça. Ela era tão linda que chegava a doer.

— Isso sim é divertido! — a deusa exclamou, algum tempo depois, e riu em seguida, com os braços, mãos e a barra do vestido sujos. Na palma, segurava um broto de narciso, tomando cuidado para não machucar a raiz. Eles fizeram um buraco fundo para planta-lo.

O estado de Hades não estava melhor que o dela. O rapaz limpou o suor da testa com o dorso da mão, pensando que, de fato, essa coisa de jardinagem era realmente complicada.

— Parece que temos opiniões bem diferentes sobre o que é diversão.

— Bom, eu joguei xadrez com você. — começou a desculpa. — Agora é a sua vez de fazer algo que eu goste.

— Esse pretexto não é válido. — retrucou, arqueando uma das sobrancelhas. — Você nem finalizou a partida.

Ela pensou por um momento.

— Eu não sei jogar xadrez.

— Ótima justificativa. 

— Obrigada.

O silencio reinou.

— Façamos uma troca, então. — ele disse, sustentando um sorriso de canto. — Você me ensina suas técnicas malucas de jardinagem, e eu te ensino a jogar xadrez.

— Não gosto de xadrez.

— Como pode não gostar se disse que nem sabe jogar?

Ela emudeceu por um instante, encarando-o, descrente. 

— Você é bem esperto, admito.

Ele estendeu a mão suja de terra na direção dela, abrindo ainda mais o sorriso vitorioso.

— Negócio fechado?

Perséfone desceu o olhar para os dedos longos do rapaz e suspirou pesadamente antes de apertar a mão dele, selando o acordo.

— Fechado.


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Notas finais do capítulo

Que tal um comentário para animar essa escritora que vos fala?

• A parte do caderno e da caneta foi uma referência a outra história.



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