Ao passar das horas eu fui ficando mais deprimida. Não iria ao show. Daria tudo por essa oportunidade, mas eu realmente não iria.

Mais a noite, decidir ficar no bar do hotel assistindo o show que ia ser transmitido ao vivo na TV. Com certeza, eles estavam lindos. Ou melhor, perfeitos! As meninas cantavam junto, e Bill cantava com o coração. Tom agitava a galera, e isso despertou certo ciúme em mim.

Depois de umas horas, eu já estava entregue quando um carro cheio de seguranças parou em frente ao hotel. Ouvi fãs gritando desvairadas, quando quatro garotos maravilhosos entraram no hotel distribuindo seus últimos autógrafos. Ao entrarem no hotel, Tom olhou para o bar e me viu. Parecia realmente exausto, mas sorriu como uma saudação.

- Tom, eu vou subir, estou esgotado. - falou Bill, que apesar de estar cansado, continuava elegante como sempre.
- Tudo bem Bill, eu vou ficar um pouco. - respondeu Tom, retornando o olhar a mim.

Senti meu rosto queimar levemente, mas disfarcei o melhor que pude. Bill olhou em minha direção e acenou dando tchau. Georg e Gustav tinham subido antes, e apesar de bem humorados pareciam muito cansados.

- Olá de novo! - disse Tom, agora com um olhar mais sedutor e um sorriso de canto.
- Oi!
- Aceita uma bebida? – perguntou ele sedutoramente.
- Claro... Eu estava assistindo ao show pela TV.

Então ele fez o pedido ao barman e voltou a falar comigo.

- Sério? E o que achou? - perguntou ele com uma cara curiosa, mas ainda sorridente.
- Foi um máximo! Eu realmente sinto em não poder ter ido...
- Posso fazer uma pergunta? - pediu cuidadosamente.
- Claro Tom. - respondi pegando a bebida entregue pelo barman.
- Por que não pode ir ao show?
- Ahh... Eu não consegui dinheiro...
- Como você não tinha dinheiro para o show, e está hospedada aqui neste hotel? - ele parecia intrigado, mas media suas palavras para não parecer arrogante.
- Ahhmm... É justamente por causa do hotel que não fui ao show. Melhor seria ficar no mesmo hotel que vocês e poder vê-los de perto de que de longe... - tentei me explicar sem parecer uma fã ridícula.
- Ahhhhhh táaaaa! Bom, e agora que está aqui comigo, o que vamos fazer? - dessa vez o sorriso foi um tanto quanto pervertido.
- Bom, eu pensei em conversar com você. - tentei parecer o mais normal o possível.
- Claro! Vamos até o meu quarto?
- Tom... Ir ao seu quarto? - eu sabia no que ele queria chegar.
- É... Apenas conversar! Ahhhh... E é claro que se você me permitir, preciso tomar um banho agora. Meu quarto é o 483. Bata lá daqui a meia hora.
- Claro... Estarei lá. - eu sorri levemente.
- Ótimo, então vou indo. Apareça. - ele sorriu, curvou-se até mim e me deu um beijo na bochecha.

Só por este simples beijo eu já estava feliz. Já poderia morrer em paz.