Its Over Now escrita por Berka


Capítulo 16
Capítulo 16 - Why?


Notas iniciais do capítulo

É aqui que começa o fim ;S



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Acordamos com o celular de Tom tocando.

- Alôo? - resmungou. - Ok, já estamos indo... - desligou o celular e beijou minha testa. - Levanta, pequena...
- Quem era? - perguntei.
- Bill, temos que nos apressar... Esqueceu que hoje temos um show a fazer?
- É mesmo! - pulei da cama. - Vou tomar um banho rápido... Mas que droga, já era pra você estar lá organizando as coisas!
- Calma, nem é pra tanto! Bill está cuidando de tudo, pode relaxar, pequena...

Suspirei aliviada, mas mesmo assim me agilizei no banho. Tom também tomou uma ducha e depois fomos direto para a cozinha do hotel tomar café.

- Delícia! Eu amo isso aqui! - Tom mordeu um sanduíche simples, mas pela sua fome até salada seria saborosa.
- Eu vou tomar um suco... Tô me sentindo uma baleia e se eu ficar feia você vai me largar... - ri.
- Da onde? Você tá linda, maravilhosa! Versão melhorada de Jessica Alba com Megan Fox! Melhor que qualquer uma!
- Jessica Alba? Megan Fox? Que exageiro! - ri até ser interrompida.
- É sério. Cara, você é perfeita... - suspirou.

Realmente não sabia o que responder, então apenas sorri sem graça. Tom e eu terminanos nosso café e fomos até o carro. Tínhamos minhares de coisas para arrumar do show. Em frente ao lugar, havia uma enorme fila de garotas que pulava e gritavam. Algumas estavam sonolentas e outras pareciam que nunca iriam dormir.

Bem no meio das fãs escandalosas, havia três meninas encapuzadas. Sim, aquelas mesmas. Senti um friu na espinha e tornei a olhar para onde tinha visto aquelas figuras, mas já não estavam lá.

Eu tentei iguinorar o fato de ter sentido mais uma pontada no peito, então me virei e fui com Tom até o camarim. Logicamente eu ficaria coma namorada de Georg, pois ficaríamos na sala VIP.

- Olá! Bom, vocês não vão se arrumar? - Bill falou para nós duas.
- E deveríamos? O show é de vocês... - a garota respondeu.
- Sim, mas nem por isso têm que andar feias por aí... - nos impurrou até uma sala cheia de roupas. Nós fizemos a festa.

Coloquei uma blusa de manga comprida, que vinha com uma camiseta preta por cim e um capuz, e suas mangas eram listradas de preto e vermelho. Na frente só tinha um síbolo do Tokio Hotel em branco. A calça era jeans preta e coloquei um All Star exclusivo do TH, vermelho e preto, do lado tinha escrito "Schrei". Meu cabelo foi ajeitado pela cabeleireira que apenas o deixou de um jeito bagunsado/moderno. A garota estava diferente de mim, mas no mesmo estilo. Fomo até lá fora. Ainda tinha tempo para o show, mas todos checavam cada detalhe.

- Oii, tava te procurando... Tá linda! - Tom beijou meus lábios levemente. - Você quer dar uma volta aqui dentro mesmo? Tô querendo namorar um pouquinho... Digamos que isso pode me acalmar... - pediu me olhando com o sorriso mais meigo possível. Impossível resistir.
- Ok, vamos então... - sorri. ele retribuiu e passou seu braço pela minha cintura, me levando para mais adiante.

Paramos atrás de umas pilastras e sentamos numa escada. Tom deitou-se no meu colo e sorria de olhos fechados. Ficaria alí por horas se pudesse. Comecei a ficar sonolenta e deitei-me em seu peito. Ficamos naquela posição engraçada, mas logo ele levantou.

- Pequena, deite-se aqui... - Tom puxou-me para seus braços e encostou-se na parede, me deitando em seu corpo. Eu não reclamei. Estava feliz com aquele momento gostoso.

O sol já se punha, então fomos nos prepar. Na verdade eu fui só até o camarim de Tom com ele, mas aquilo não foi boa idéia. Ficar sozinha com ele em um local fechado só podia dar em uma coisa: um grande amasso.

Tom me abraçou e começou e me beijar como um louco. Ele ria entre os beijos e me puxava pra mais e mais perto dele.Eu tentava pegar o ar furtivamente para que não precisássemos parar em momento algum. Tom separou nossos lábios e me encarou.

- Cara, vamos parar por aqui... Logo eu tenho um show a fazer e você me deixa muito esgotado! - riu e mostrou a língua como de costume.
- Atá, é verdade... - sorri e me soltei dele. fui até o balcão e fiquei me olhando no espelho.

Eu estava com vontade de chorar, mas nem tinha ideia do por quê. Vi a imagem de Tom se aproximar por trás encarando meus olhos pelo reflexo e me abraçou.

- O que há com você? Tem algo te perturbando? Tenho notado que você anda aflita... - me abraçou mais forte. Eu virei-me e coloquei minhas mãos em seu rosto. Uma lágrima escorreu e ele rapidamente a enchugou. - Não chore...

Tom me abraçou e foi andando até a poltrona do canto do camarim. Ele sentou-se e eu me coloquei em seu colo, desabando a chorar. Tom mais que depressa me abraçou e começou a me acariciar levemente.

- Eu não sei o que está acontecendo, mas seja o que for, saiba que sempre estarei com você. Irei até o fim do mundo por você. Não pense que te deixarei, nunca. Calma... Eu estou aqui, não chore... Detesto te ver assim!

Ficamos um tempo abraçados. Não queria perdê-lo. Nunca.

- Tom, vamos? - Bill chamou do lado de fora do quarto.
- Claro. - ele olhou em meus olhos. - Você está bem?
- Sim, estou melhor... Vamos.

Tom levantou-se e segurou em minha mão. Fomos andando juntos até um corredor. Eu teria que virar para a sala VIP e ele teria de ir para o palco. Tom parou e olhou em meus olhos sério. Puxou a mão que ele segurava e a beijou suavemente e voltou a encarar meus olhos. Senti lágrimas reprimidas e tentei sorrir.

- Boa sorte, Tom. - falei fracamente. Tom puxou-me para um abraço. Eu deitei minha cabeça em seu peito e senti sua respiração. Ele afastou-se o suficiente para me beijar. Parecia um beijo eterno. Não era um beijo de desejo, era de despedia.

- Eu te amo.

Cada uma para um lado, fui meio angustiada até a sala VIP acompanhada da namorada de Georg. Ela não reparou no meu estado.

De onde estávamos dava pra ver o palco muito bem, mas quem estava no palco não poderia nos ver direito. Ficamos aguardando vários minutos até a grande entrada. Um barulho eletrônico começou a tocar e as luzes acendeream. Uma cidade montada no palco estava totalmente iluminada e do fim da rua surgia Bill cantando Humanoid. Realmente foi muito perfeito. Tom estava sério. Ele não fazia suas caras e errou poucas notas discretamente. Todo intervalo de música ele bebia água conpulsivamente.

Acabando o show, a garota ao me lado me deixou para ir ao banheiro, enquanto eu esperava por todos os garotos sozinha.

- Ora ora... Vejam quem está aqui, a senhorita Kaulitz! - uma voz saiu de trás de mim.
- Quem é você!? - perguntei aflita.
- Isso realmente não faz diferença. Sou uma amiga. É, pode me considerar sua mais nova amiga, afinal, eu vim pra te ajudar... - uma garota encapuzada apareceu. Mal podia ver seu rosto. Logo a dor no peito voltou.
- Me ajudar? Como assim? - comecei a me desesperar.
- Você deve estar muito feliz com Tom, não é? Ele realmente é um doce, mas acredite, ele não é pra você! Ele não presta, fará você sofrer!
- Ele não faria isso! Ele me ama! - falei isso com o máximo de convicsão, como se quisesse me convencer.
- Ah, claro... E aposto que foi ele que te disse isso... Foi o que ele disse pra várias outras antes de você. Só será mais uma... Por que você não volta do buraco de onde veio? Volte para o Brasil, vai ser melhor pra vocês! - passou a ser ríspida.
- E porque eu deveria? O que você tem a ver com isso? - comecei a me exaltar. Os garotos não estavam chegando, o que era de se estranhar. Comecei a ouvir um alarde lá fora e logo a porta foi escancarada.
- Oh, aqui está seu amorzinho! - gelei. Tom estava acompanhado de uma garota e ele estava abraçado nela pela cintura. Meu coração quase parou ao vê-lo me encarar e beijar a garota bem na minha frente.

- Olha só! Ele não te amava? - a garota encapuzada gargalhou.
- Tom! Não pode ser! - caí de joelhos em sua frente e cobri meus olhos chorando. Ergui meu rosto para encará-lo. Sua expressão era de desespero, mas nada fez diante dessa cena horrível. Levantei-me e saí correndo pelo corredor. A última coisa que ouvi foi Tom gritar por meu nome, mas logo desistiu.

Segui pelos corredores até um táxi. Minha bolsa estava comigo, contendo o pouco de dinheiro que me restava. Não tive dúvidas, voltei ao Brasil com a roupa do corpo.

Era a pior noite da minha vida. Eu estava sentada no avião, numa cadeira ao lado da janela. Meu pânico de voar ficava ainda pior quando não tinha Tom para segurar minha mão. Ele simplesmente me abandonou. Me trocou po uma qualquer, que nem mesmo conhecia. Eu ficava olhando para o céu nublado. Raios disparavam no céus e várias turbulências balançavam a aeronava. Eu comecei a chorar insanamente me recordando da cena de Tom tomando a garotas nos braços e selando seus lábios na minha frente. Por que teria feito isso? E por que sua expressão era de puro desespero e aflição? Eu sentia meu coração doer a cada segundo, imaginando aonde ele estaria, se ainda ficaria com aquela garota. Todas aquelas promessas de amor, tudo mentira. Estupidez de minha parte acreditar que ele mudaria por mim. Não, ele não o faria.

- Posso ajudar? - a aeromoça veio rapidamente ao meu lado. Certamente pensava que eu chorava por medo. Estava certa, mas era um medo diferente. Medo de que aquilo fosse verdade. Eu rezava vigorozamente para que tudo fosse um pesadelo.
- Estou bem, obrigada. - menti descaradamente.

Queria morrer. Eu olhei na janela. Nenhuma estrela brilhava o céu. Tom e eu nunca mais teríamos um ao outro. Encarei minha mão e vi a aliança em meu dedo. Lágrimas de ódio escorreram enquanto tentava arrancar a jóia sem sucesso. Trataria de tirá-la assim que estivesse em casa. Mesmo assim evitava de olhá-la, pois isso me queimava.

Deitei minha cabeça de lado e fechei meus olhos buscando por explicações. Não entendia aquilo. Como aquela garota sabia de onde eu tinha vindo? Como isso poderia acontecer? Tom não faria algo como aquilo se não fosse preciso... Ou será que faria?

Minha mente rodava insanamente buscando por imagens de Tom, mas a única que me vinha era do beijo mais horrível que presenciei. Eu nunca o perdoaria, mesmo que isso custasse a minha própria condenação de viver, ou sobreviver, infeliz, triste, sozinha, e o pior, longe de Tom.


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Notas finais do capítulo

OH SHIT

"Stalkers"...