Nunca é tarde para Amar escrita por Queen Bee Langdon


Capítulo 3
Capítulo 2 - Encontro com o bando de cachorras


Notas iniciais do capítulo

Oi gente! Postei rápido né? Rs.

Bom nas fics sempre os autores deixam os segredos pro final, certo? Mais aqui é DIFERENTE. Hoje deixo pra vcs um capítulo com o PDV da Bell e dizendo porque ela é fechada e ninguém fala com ela.

Edward? Com certeza o veremos aqui hoje :P Ok, talvez nem tanto.

Dedicado a minhas leitoras que deixaram as reviews :*



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» Anabell PDV − 16 anos depois.



Um fio de cabelo. Dois fios, três.. eu já tinha até perdido a conta. Todos os dias de manhã penteava meu cabelo com todo o cuidado do mundo, temendo ver meus brilhosos fios dourados caírem sobre o chão. Minha pele estava terrível, muito branca e nem mais o blush dava uma "disfarçada" para mim. Meus olhos verdes ainda tinham algum brilho, não sei do que.



Esperança? Acho que não. Minha doença não tem cura, e nem mesmo o tratamento mais funciona comigo. Eu me odeio!



- Ana! − chamou minha mãe. − Você vai se atrasar pro colégio!



- Estou indo!



Minha voz estava tão rouca, que mesmo limpando a garganta, não funcionava mais. Me levantei da cama com dificuldade, parecendo mais uma idosa do que uma garota nos seus plenos 16 anos. E então, vinha a escada minha "inimiga" número um. Quer dizer, dois, já que eu deixo esse posto para Rachel.



Quem é essa? Minha ex-melhor amiga.



- ANA! ANABELL?



- Mãe! Eu estou descendo a escada..



- Oh, me desculpe amor.



Ela apareceu no final da escada, aflita. Era sempre assim todos os dias quando eu me "arrastava" para fora do meu quarto, o meu cantinho particular. Lá é o meu lugar preferido já que não posso ficar muito na friagem, a não ser que, com o meu sistema super fraco, eu queira pegar uma boa gripe.



- Você está se sentindo bem, bebê?



- Perfeita. − ela revirou os olhos e veio até mim, para me ajudar. − Não preciso de tanta ajuda assim!



- Essa mochila está pesada, Ana. Estou até vendo você sair rolando escada abaixo por causa dela.



- É uma mochila, não uma ancora.



Ela apenas suspirou. Eu me perguntava o porque dela sempre me fazer ir pro colégio se sabia da minha atual situação. Tudo que eu necessitava no momento era ficar me decompondo no meu quarto, até morrer.



Mais não! Eu tenho que ir pra aquela droga de colégio e com muita sorte, ser apenas ignorada por todos. Já que eles adoram fazer brincadeirinhas sem graça comigo. Tipo, me acertar com o lanche ou queimar tudo dentro do meu armário.



Nós chegamos na sala de jantar, aonde meu pai estava conversando com minha irmã, Maribell. Ela é especial também, mais não tem nenhuma "doença" grave. Ela nasceu muda, e mesmo com cirurgias, nunca conseguiu falar. Meus pais desistiram quando notaram que isso só estava a piorando, e começaram aceita-la como ela é.



Hoje ela tem 13 anos, mais sofreu com isso até os 6. Agora toda a família já se acostumou, e todos fizemos um "cursinho" básico de sinais. [N/A: quando a Maribell estiver "falando" vai estar em *Italico, ook?]



- Bom dia, Ana! Dormiu bem?



- Normal − me sentei ao lado da Marie. − e vocês?



Os dois assentiram e mamãe sentou na minha frente. Marie nem estuda de manhã como eu, apenas pegou o habito de acordar cedo. Ah, se fosse eu! Acordaria somente na parte da tarde, aproveitando cada minuto para dormir e "fugir" do mundo real.



- Você está pálida, irmã. − comentou Marie, fazendo os sinais. − Tem certeza que vai pra escola? Fica aqui comigo.



- Ela tem que estudar, amor. − respondeu mamãe. − Além do mais, vocês podem brincar quando a Ana chegar.



- Ok, então − ela revirou os olhos e continuou comendo o resto da torrada. Eu não estava com fome nenhuma, já que os remedios me tiravam completamente a fome, mas eles me obrigaram a comer.



Como se isso ou qualquer coisa, fosse me ajudar. Porque eles ainda não se conformaram com os fatos? Acho que as vezes, até a Marie, já entendeu tudo e aceita isso melhor que eles. Eu aceito.



Terminei de "comer" e fui para a garagem, com os dois logo atrás de mim. Lá vem mais uma parte da minha vida dramática. Acho que vou começar a escrever um livro.



- Tem certeza que vai dirigindo?



- Sim, pai.



- Eu poderia te dar uma carona, e no almoço eu te buscava.



- Eu estou bem! Parem de me tratar como se eu fosse morrer no próximo segundo!



Eu estava tão furiosa que nem notei a meleca que falei, apenas sai correndo até a garagem. E isso, me deu uma tosse que eu escondi na manga do meu paleto. Saiu sangue, que ótimo. Eu tive que dobrar o pedaço para dentro para que ninguém visse, principalmente o pessoal da cidade. Ninguém sabe que eu estou doente, somente nós 4.



Quer dizer, tem o meu médico que me acompanha, mais é segredo de "estado". Não quero ninguém me dando tratamento especial ou tendo pena de mim, somente porque tenho Leucemia. Sim, eu tenho, e provavelmente, tenho pouco tempo de vida. Descobri quando tinha 15 anos, na maldita festa.





» 1 anos antes..





Rachel estava terminando de passar a chapinha no meu cabelo, aleluia né!? A festa já tinha começado e estávamos atrasadas. Ok, é meio que "charminho" a gente se atrasar e chegar chegando na festa. Mais uma hora de atraso é demais, certo?



- Está bom, Rachel! Meu cabelo já é liso, vai ficar fino demais.



- Ok, você tem razão. − ela deu um sorriso e retocou sua maquiagem na frente do espelho. − Vamos pegar todos, amiga!



- Você vai pegar todos, eu vou pegar o Matt.



Ela revirou os olhos e saiu me puxando pela minha casa. O motorista já estava lá na frente nos esperando, é claro, e só bastou irmos de fininho até o portão da frente. Meus pais não sabiam que iriamos para uma festa. Para todos os efeitos, estou na casa de uma "amiga" do colégio fazendo uma reunião de garotas.



Ah, eles com certeza me matariam se soubessem para onde vamos. Não é nada demais. Ok, é sim! É a festa do A-N-O, que somente veteranos vão e claro, alguns que tem a sorte de serem popular no nosso colégio. E o nome da filha do PREFEITO não podia faltar na lista, né!?



Chegamos rápido na festa e eu disse que ligava para o motorista quando a festa acabasse. Chegamos arrasando com nossos vestidos curtos e na moda, é claro. Nos juntamos com nosso grupinho e eu fiquei o tempo todo no colo do Matt conversando e claro, beijando muito na boca.



- Vamos beber alguma coisa!? To com uma sede.. − disse Rachel secando um gatinho perto das bebidas. − Vem comigo, miguxa?



- Óbvio, já volto amor.



Nós duas fomos andando juntas e fingindo conversar, meio que ignorando o garoto. Foi então, quando eu senti uma tontura. Eu tinha bebido apenas um copo de vodca, eu juro! Meu pai e minha mãe me matariam se soubessem, já que não tenho idade pra isso. Mais eu tenho que manter a aparencia.



Senti uma pontada na minha barriga, lá em cima, como se fosse colocar tudo para fora. E depois uma mais forte, como se alguém tivesse me dado um soco muito forte no estomago.



- Ana? Ana? − a voz da Rachel estava desfocada, tudo estava rodando e ela estava em 3D para mim. Eu comecei a vomitar, algo vermelho. Sangue.



Quando vi, eu estava sendo levada por uma ambulancia e muitas pessoas estavam sendo presas por causa de drogas e bebida ilegal. Meu pai conseguiu mentir sobre mim, falando que eu apenas me senti mal pois tenho alergia a cigarro e a bebida que tomei. A impressa engoliu, óbvio, mas quando saiu os exames, nós morremos.





» Presente, hoje.





E é por isso que ninguém mais fala comigo no colégio. Todos se deram mal por minha culpa. Mais eu odeio todos eles, todos mesmo. Aqueles idiotas egoístas..



Comecei a dirigir meu carro, tentando não pensar em coisas ruins. Até que eu lembrei de algo. Uma coisa que minha mãe sempre teima em dizer é "Nunca é tarde para amar, não importa quanto tempo leve, será maravilhoso" e então, eu me olho no retrovisor. Ok, eu sou até passavel para qualquer garoto daqui que veja a conta milionária do meu pai. Mas.. ninguém vai querer um estorvo como eu.



Muito menos, me amar.



E bom, eu já tive aquela paixonite aguda que toda adolescente tem. Sabe aquele gatinho da turma que chama atenção pelos seus novos músculos, corpo bonito e cabelo com "o" corte? Esse costumava ser meu namorado, Matt. Mais depois daquele dia na festa, ninguém mais falou comigo. Ele nem terminou comigo, apareceu no outro dia de mãos dadas com minha ex-melhor amiga.



Minha vida, se é que posso chamar isso de vida (seria mais apropriado passagem), é uma droga total. As vezes eu me sinto a pessoa mais azarada do mundo. Que nasci somente para ferrar com a vida dos outros, trazer sofrimentos para meus entes queridos, e claro, sofrer com minhas burradas.



Liguei o som do carro, médio, e estava tocando "You Belong With Me". Eu simplesmente amo essa música, tinha muito haver comigo e o Matt. Quer dizer, na minha cabeça né!? Ele nunca me amou, ele nunca me pertenceu.



- É, ela usa saias curtas e eu uso calças. − concordei com a música. Rachel se veste a cada dia com menos roupa, sendo que em Vancouver faz um frio do caramba. Um dia desses ela vai ficar toda preta e dura. Esperem por ver.



Quando notei que já estava perto da minha escola, desliguei o som. Se fosse a um anos atrás, você estaria de queixo caído vendo a cena. Meu New Beetle recem reformado estaria cheio de garotas fúteis, cantando felizes a música, enquanto um (Meu) Kent estaria ao meu lado com aquele sorriso de matar. E eu iria amar chamar a tenção de todos, exibindo o quanto de dinheiro que o prefeito da cidade da para sua poderosa filha, Barbie.



Mais essa é a nova "Anabell", a quieta e invisivel.



Achei uma vaga perto do colégio, sorte. Assim eu poderei passar logo sentindo poucos olhares acusadores em cima de mim. A festa não tem nem 1 ano completo, e agora, é minha volta. Eles ainda se lembram, é claro, deixaram isso bem claro com piadinhas no meu hotmail ou pelo twitter.



Suspirei. Eu tinha que encara-los um dia, não podia ficar fugindo disso para sempre. E eu não sou assim, apesar de ter mudado muito com tudo isso, eu ainda sou eu. Quer dizer, aquela que NÃO foge ou abaixa a cabeça, responde na cara.



Essa Anabell tem que estar aqui dentro em algum lugar. Por favor, que esteja!





Liguei o alarme do meu carro, chamando um pouco de atenção e respirei fundo antes de começar a andar. Começaram as fofocas, é claro, que ótimo. "A filhinha do prefeito que ferrou todo mundo, voltou!" não duvidaria nada se aquilo saísse na primeira página.



A tão sonhada primeira página. Eu vivia nela com minhas amigas e o pessoal do jornal sempre me entrevistava. Agora, só se for para tirar uma com minha cara. Algo, que eu não vou deixa-los fazer. Eu ainda sou Anabell Bullock.



- Olha quem voltou − disse Rachel com seu bando de cachorras. − pensamos que iria mofar naquele hospital até retirarem todas as drogas de você.



- A única droga aqui é você Rachel. − ela tentou não se abalar, mais o sorriso falhou um pouco. − Porque você não vai correr atrás do Matt que nem uma cadelinha? Ou já achou outro namorado pra roubar de alguém!?



- Não fale comigo desse jeito, imbecil. Não fui eu quem colocou a escola toda na prisão.



As pessoas já nos olhavam e que ótimo, de novo. Todo mundo já tinha me reconhecido e sabiam que eu voltei. Ótimo, magnifico.



Por um momento me senti a Serena de Gossip Girl. Mas eu respirei fundo e falei:



- Não foi minha culpa, a culpa foi de vocês mesmo por usarem drogas − passei reto por elas, empurrando o ombro de Rachel, mais tive que parar. − Belo colar. Comprou em algum pet shop?



Nem esperei pela resposta, mais a risada foi geral. O colar que ela estava usando era igual a uma caleira, feita de corrente mesmo e colada no pescoço.



Admito, foi ótimo falar tudo aquilo na cara da Rachel e jogar um pouco da minha raiva pra fora. Ninguém tinha culpa da minha doença, mais não tinha que ficar me culpando pela meleca que aconteceu na festa. E bom, isso me deixou bem fraca. O medico disse que não posso ter emoções fortes e blablá..



Ouvi o sinal bater, mais fui até o banheiro jogar uma água no rosto. Pra que maquiagem? Eu estou acabada mesmo, não será uma maquiagem que me fará bem. O pior seria engordar, mais os coquetéis que tenho que tomar, me fazem perder muito peso. Acho que já perdi uns 7 quilos − me recuso a ficar pesado, sei que irei chorar.



Respirei fundo, coloquei minha mochila nas costas e fui em direção minha sala de aula. Primeiro horário é química, ótimo. Vou ficar a aula inteira concentrada em formulas complicadas o bastante para me esquecer da minha "vida" por alguns minutos.



Eu estava quase entrando na sala, quando me choco numa parede e quase caí com tudo no chão, mais alguém me segurou. Pera i, que parede é essa no meio do caminho?



- Me desculpe, você está bem?



OHMEUDEUS! Que voz sensual é essa?




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Notas finais do capítulo

Ok, eu tinha que parar ai sabe? A Bell me forçou. Há, como ela confunde uma parede com alguém? (Cof Cof) Eu queria ter uma parede dessas aqui..

Enfim, espero que tenham gostado. Se puderem, deixem sugestões ou algo que vcs gostariam e tal, ok? Adoro as reviews de vcs :] E há, vcs ganham 12 Nyah! Cash por deixar uma review. Não vai perder essa né!? SHSUAHUSHA.

Beijo no coração & até mais ♥



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