The Coffee Boy escrita por Ivy Harper


Capítulo 25
Real Life




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Após se despedir de Thea e Oliver, Roy finalmente foi embora do hospital, tinha muita coisa para fazer em casa. Toda a situação de Oliver acabou revirando sua casa de cabeça para baixo, e ele tinha que dar um jeito naquilo, pois sabia que durante a semana seria impossível. Ele sequer se despediu de Felicity, ainda estava um pouco sentido pelo que ela havia falado, e ela também não o viu indo embora. Ele pegou o metrô e seguiu de volta para casa, pois antes de ir embora, entregou a chave do carro de Oliver para Thea.

Assim que chegou em casa, o local estava exatamente como Roy imaginou que estaria, uma zona. A louça por lavar em cima da mesa e da pia, toalhas jogadas no chão, sangue no piso, e a cama claramente precisaria de outro colchão, pois aquele estava encharcado de sangue, mas guardava a boa lembrança da noite em que dormiu junto a Oliver.

O domingo que Roy geralmente costumava tirar para descansar foi o total oposto, ele trabalhou nos serviços domésticos para deixar a casa como deveria estar, somente depois de terminar tudo e sentir seu corpo completamente exausto, lembrou que a cama não era mais um bom local para dormir, embora tivesse passado uma noite nela, a situação era diferente. Ele então tratou de levar o colchão para fora de casa e coloca-lo perto de um latão de lixo que havia próximo, provavelmente não duraria muito tempo ali, e a boa noite de sono seria concretizada no sofá que Roy havia adquirido recentemente.

□□□

Como imaginado, a noite de Roy foi desconfortável, ele pode sentir isso depois de acordar na manhã de segunda-feira com dor nas costas, aquela seria a pior semana para sentir alguma coisa, e ela só estava começando. O garoto se arrumou e seguiu para as Consolidações Queen, não sabia como seria sua relação com Felicity após o ocorrido no hospital, mas poderia lidar com o silêncio entre os dois durante toda a semana, até Oliver retornar.

O garoto chegou na empresa e todos já pareciam saber de algo, pois não houve aquele que não olhou atravessado para Roy, pareciam saber que ele escondia algo, e de fato escondia, ninguém precisava saber do incidente de Oliver.

— Querido, bom dia! – a moça da lanchonete cumprimentou Roy com um sorriso no rosto.

— Bom dia, Daisy. – Roy retribuiu o sorriso e se apoiou no balcão. – O de sempre, por favor. – ele pediu e ficou observando ao redor, os olhares continuavam nele, mesmo que de forma disfarçada, mas ele sentia que estava sendo observado.

— Acho que já percebeu que todos viram você na televisão contando sobre a situação do Sr. Queen. – ela riu enquanto preparava o café de Roy.

— É, parece que eu virei uma estrela por aqui. – ele sorriu também e voltou o olhar para ela.

— Não se importe com isso. Imagine que é só mais um dia normal que vai ficar tudo bem. – ela terminou de fazer a bebida e entregou a Roy. – Tenha um bom dia. – ela sorriu em despedida.

— Obrigado, Daisy. Espero que seja bom mesmo. – ele pegou o copo e seguiu para o elevador, infelizmente não foi sozinho.

— Harper, bom dia. – Susan, que trabalhava no departamento de publicidade, entrou com ele no elevador.

— Bom dia, Lewett. – se ela havia cumprimentado o garoto pelo sobrenome, nada mais justo do que fazer o mesmo.

— Eu vi você na televisão, naquela entrevista no hospital. O Sr. Queen está bem? Como ele quebrou o braço? Como você e Felicity ficaram sabendo? – ela olhava para Roy como se esperasse uma resposta para cada uma das perguntas.

Roy preparou o copo nos lábios assim que Susan começou a falar, ele apenas esperou que ela terminasse os questionamentos para então começar a tomar o café em pequenos goles, até finalmente o elevador parar no seu andar. – Já chegou no meu andar, infelizmente não podemos conversar mais. Foi bom falar contigo, tenha um bom dia. – ele deu um sorriso forçado e saiu do elevador em passos rápidos.

Felicity viu Roy chegando e levantou da sua cadeira, caminhando na direção dele logo após. – Roy, precisamos conversar. – o garoto parou na frente dela assim que ouviu.

— Não sei se temos muito o que conversar, Felicity. – ele imaginou o que viria daquele diálogo, então seria melhor evitar.

— Não, eu quero me desculpar. – ela sorriu de canto.

— Você tinha seus motivos para fazer aquilo. – ele a olhava, não sabia o que dizer.

— Por favor, só aceite minhas desculpas. Eu me exaltei, te tratei da pior forma possível depois de tudo que fez pelo Oliver, não vi o seu esforço e acabei falando mais do que devia. Estive com Oliver depois que saiu e pude entender melhor o ocorrido, ele me falou como foi generoso e prestativo, como cuidou dele e não o desamparou em momento algum, ele estava muito feliz pelo que fez por ele e Thea parecia feliz também, e se eles ficaram felizes, eu não vou ser a única a ficar brava com você. – ela olhava novamente para Roy, agora esperando que ele aceitasse finalmente suas desculpas.

Roy sorriu. – Vem cá. – ele abraçou a amiga com cuidado para não derramar seu café. – Está tudo bem, eu entendi, deveria ter relevado aquela situação, seu jeito de lidar com os problemas nunca foi o melhor, e numa situação daquela, não deveria ser mesmo. – ele soltou Felicity. – Mas prometa que de agora em diante vai procurar entender melhor antes de falar alguma coisa, certo? – ele olhava fixamente ela.

— Positivo! – ela fez o gesto de positivo com o polegar e sorriu para ele, podendo agora voltar para sua mesa.

— Escuta. – Roy se aproximou da mesa de Felicity. – Sabe como ele está? Ele não parecia muito feliz quando soube que ficaria uma semana fora da empresa, sei que vai ser bom para ele, mas com toda a tecnologia que ele tem, duvido que não vá entrar em contato com alguém durante esse tempo em casa. Duvido até que vá ficar em casa. – ele olhava para Felicity, que mexia na bolsa naquele momento.

— Roy Harper, sempre subestimando a tão competente Felicity Smoak. – ela tirou três celulares da bolsa, eram os aparelhos de Oliver.

— Você não fez isso. – o garoto riu surpreso.

— Sim, eu fiz. Pedi para Thea me entregar tudo e bloquear o acesso dele a internet em casa. Ela me prometeu que iria guardar o notebook dele em um lugar onde ele nunca encontraria, e pediu para Mathilda ficar de olho nele o máximo possível. Oliver Queen voltou a ser um bebê. – ela gargalhou.

— Eu subestimei a tão competente Felicity Smoak. – Roy gargalhou e seguiu finalmente o caminho para sua mesa.


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