The Coffee Boy escrita por Ivy Harper


Capítulo 22
Dream or Nightmare?


Notas iniciais do capítulo

Venho pedir desculpas por não ter postado o capítulo semana passada. Na quinta foi meu aniversário, então aproveitei o feriado para ficar tranquilo. Espero que compreendam e gostem do capítulo.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/762874/chapter/22

Roy estava desesperado, não tinha ideia do que fazer para ajudar Oliver. Ele entendia da vida das ruas, sabia como poderia retirar aquele objeto dali, mas não conseguiria sozinho. Ele ligou para Cindy e a mesma foi embora da Verdant assim que soube do ocorrido, que não havia sido muito longe da boate.

— Precisamos leva-lo para um hospital, Roy! – Cindy percebeu o desespero do amigo e também estava da mesma forma.

— Não podemos! Quando chegarmos no hospital pode ser tarde demais. Nós já vimos isso acontecer antes e sabemos como lidar com esse tipo de coisa. Me ajude a leva-lo até o carro. – Roy segurou com cuidado em um braço de Oliver e Cindy fez o mesmo no outro.

— Mas para onde vai leva-lo? – ela perguntou enquanto ajudava a levar Oliver.

— Para minha casa. – proferiu Roy por fim.

Aquele era o momento que Roy nunca iria querer que acontecesse, finalmente Oliver iria conhecer sua casa, não nas melhores das situações, mas era o lugar onde o garoto poderia cuidar do mais velho até que ele pudesse ir ao hospital.

Oliver foi colocado no carro e Roy dirigiu até sua casa, que não era muito longe. Assim que chegaram lá, Cindy ajudou a levar ele para dentro e o colocou com cuidado na cama de Roy. Oliver passou o caminho todo desmaiado, o choque do ferimento havia causado aquilo nele.

— Você deveria ligar para Felicity ou alguém que possa ajudar. – Cindy olhava a imagem de Oliver na cama e aquilo era preocupante.

— Eu vou cuidar dele e depois leva-lo ao hospital, mas preciso me certificar de que ele aguente chegar até lá. – Roy buscava algo na estante da cozinha, acabou encontrando álcool, gaze e um pano limpo, aquilo era suficiente. Ele caminhou até a cama e tirou a camisa de Oliver com cuidado para que não obstruísse o ferimento. A barriga do rapaz estava ensanguentada, tal como a roupa, mas ele conseguia ver que Oliver ainda respirava. – Assim que eu tirar a faca, você pressiona o ferimento com o pano, certo? – ele entregou o pano a Cindy e segurou no cabo da faca.

Roy removeu com o máximo de cuidado possível a arma da barriga de Oliver para que não acabasse machucando-o mais ainda, mas aquilo doeu ao ponto de acordar o mais velho somente para que ele gritasse de dor. Assim que a faca foi removida, Cindy pressionou o local com o pano, que logo ficou sujo de sangue, mas parecia estancar bem o ferimento.

— Parece que está funcionando. Aguente firme, Oliver. – Roy apalpou o ombro do mais velho como se tentasse acalma-lo, mas era difícil visto a situação dele.

Depois de algum tempo limpando o ferimento e pressionando-o, o sangue finalmente parava de escorrer em grande quantidade, o que permitiu que Roy fizesse um curativo improvisado ao redor da barriga de Oliver.

— Você tem certeza que está tudo bem, Roy? – Cindy estava de pé próxima da cama enquanto observava Roy afagar o rosto de Oliver que dormia aparentemente calmo.

— Sim. – ele respirou fundo. – Vou leva-lo ao hospital assim que ele acordar. – ele olhou para Cindy e sorriu. – Obrigado pelo que fez por mim hoje. – ele levantou e foi na direção da amiga, abraçando-a.

— Você sabe que não precisa me agradecer por isso. – ela retribuiu o abraço do amigo.

— Pode ir descansar, eu me viro aqui sozinho, ele já está bem melhor do que antes. – Roy soltou a amiga e a acompanhou até a porta.

— Tem certeza que não quer que eu fique? – ela olhou para Roy, poderia ficar caso ele precisasse.

— Está tudo sob controle. O grandalhão está dormindo, então é sinal que está tudo bem. – ele sorriu e abriu a porta. – Obrigado mais uma vez. – Cindy saiu e Roy acenou em despedida, logo em seguida fechou a porta e retornou até a cama.

A situação estava controlada, mas Roy não poderia deixar de assistir Oliver, pois aquilo poderia piorar a qualquer momento, e a última coisa que ele queria é que algo de ruim acontecesse com o mais velho, algo pior do que o que já havia acontecido.

— Roy... – Oliver acordou e viu a imagem de Roy sentado ao seu lado na cama. – Onde eu estou? – ele perguntou em sussurros.

— Na minha casa, Oliver. – ele sorriu. – Está tudo bem, eu e Cindy cuidamos do seu ferimento e agora parece que o sangue está estancando. – ele olhou para o local, o sangue não parecia se espalhar mais pelo pano de cor branca.

— Vocês... – Oliver sussurrou, mas logo parou, sentiu uma pontada na barriga.

— Não fale nada, é melhor você descansar. Assim que estiver um pouco melhor vou te levar a um hospital e tudo vai ficar bem. – Roy levou a mão até o cabelo de Oliver e começou a alisar lentamente seus fios.

— Aqui está bom. – ele olhou para Roy e sorriu.

— Sabe que isso pode ter feito algo mais em você, precisamos que um médico te examine, Oliver. – Roy sabia o quão teimoso era Oliver.

Oliver levantou o braço com certa dificuldade e levou até o rosto de Roy, começando a acariciar lentamente ali. – Você me salvou. – ele sorriu.

Roy sentiu seu rosto corar, estava acostumado com os abraços de Oliver, mas receber tal carinho, era algo novo. – Digamos que sim. – ele respondeu envergonhado.

— Deita comigo. – Oliver pediu em sussurros, e viu Roy levantar da cama para caminhar até o outro lado.

Roy tinha completa noção de que a situação não era das melhores, mas aquele momento estava sendo único. Ele estava em sua casa com Oliver, e agora estava sendo convidado para deitar ao seu lado, a noite realmente estava melhor do que o garoto imaginava.

Ele removeu seu par de tênis e deitou na cama um pouco longe de Oliver, tinha medo de que qualquer proximidade pudesse piorar a situação do ferimento do rapaz.

— Me abraça... – Oliver novamente sussurrava. Ele virou o rosto para Roy e percebeu que o garoto estava com medo. – Eu acabei de levar uma facada, Roy. Um abraço não vai me machucar. – ele sorriu.

Roy não demorou para então se aproximar de Oliver e passar o braço por cima do seu peito, abraçando-o da forma que podia. – Assim está bom? – ele perguntou com a voz baixa.

— Sim. – Oliver sorriu e respirou fundo, fechando os olhos e ajeitando a cabeça no travesseiro. Ele sentiu a mão de Roy começar a deslizar entre sem ombro e seu braço, e logo sentiu o rosto do garoto encostar em seu peito e deitar ali. – Assim está melhor. – ele completou.

O braço de Oliver passou por debaixo do corpo de Roy e o abraçou também, mantendo os dois mais próximos até que finalmente pegassem no sono daquela forma.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "The Coffee Boy" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.