The Coffee Boy escrita por Ivy Harper


Capítulo 19
Betrayed by the Pants




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Após um bom e farto almoço, Roy e Oliver estavam saciados, há muito tempo o garoto não comia algo tão bom, agora ele descansava com o mais velho nos sofás que haviam próximos da mesa de jantar. Aquele almoço havia sido bom para unir mais os dois, pois puderam conversar, rir juntos e trocar várias experiências, coisa que geralmente Roy não tinha como falar com Oliver, pois ambos estavam sempre ocupados demais para tal.

— Oliver, posso te fazer uma pergunta? – ele olhou para o mais velho que estava no sofá ao lado.

— Claro. – ele fitou Roy.

— Me desculpe se for inconveniente essa pergunta, mas estou curioso a respeito. – ele inclinou o corpo para frente e apoiou os cotovelos nas coxas. – A respeito da situação da Sra. Queen. Existe alguma possibilidade de ela melhorar? – ele olhava para o rapaz atento.

— Garoto... – Oliver respirou fundo. – Eu faço o possível e o impossível para que isso aconteça, eu quero muito um dia poder ver ela de volta em casa, mandando em tudo, brigando por eu ter esquecido um sapato largado pela casa, um blazer... – ele pausou e olhou para baixo.

— Desculpe... – Roy saiu da poltrona onde estava sentado e caminhou até Oliver, sentando ao lado dele e afagando seus ombros. – Eu não quis deixa-lo sentimental. – ele abraçou o mais velho de lado, meio desajeitado.

Oliver riu e levantou o rosto, observando o quão atencioso e carinhoso Roy era. Ele já estava acostumado com a ideia de que, definitivamente, Roy gostava de abraços, mas não iria reclamar nunca daquilo, os abraços dele pareciam feitos sob medida para agradar a Oliver.

— Vamos, eu te levo em casa. – disse o mais velho agora sendo solto por Roy.

O garoto se afastou e sorriu sem graça. – Já basta ter me trazido aqui, ter me dado almoço e o dia de folga, isso já seria demais. – Roy levantou do sofá. – Eu pego o metrô. – ele agora já ajeitava seu sorriso.

— Eu insisto. Não posso deixa-lo andando por aí desse jeito depois do que fez por mim hoje. – Oliver também levantou.

— Você tem que aprender a aceitar um não, Oliver. – Roy sorriu e viu o mais velho sorrir também. – Eu vou sozinho, agradeço muito por tudo, mas dessa vez eu vou rejeitar seu convite. – ele se aproximou de Oliver. – Um abraço? – ele sugeriu.

Oliver sequer respondeu, apenas puxou o garoto para si e o abraçou com força, como se não fosse soltá-lo dali nunca. – Obrigado pelo que fez por mim hoje, se não fosse por você e Felicity, tenho certeza que em algum dia da minha vida eu já teria surtado. – ele sentiu seu corpo ser envolvido pelos braços de Roy.

— Eu que agradeço a oportunidade de estar com você, embora as circunstâncias não fossem as melhores, foi um dia ótimo. – o rosto de Roy se encaixava perfeitamente no pescoço de Oliver, e ele não perderia a oportunidade de ficar mais próximo do mais velho daquela forma, já que parecia ter liberdade para tal.

Oliver sentiu o nariz de Roy encostar em seu pescoço e seu corpo imediatamente arrepiou. Involuntariamente ele apertou a camisa de Roy com mais força.

Aquela situação era boa demais para ser verdade. O perfume de Oliver estava diretamente no nariz de Roy, ele conseguia sentir a fragrância forte com o nariz tão próximo do pescoço dele, seria difícil de se afastar dele, mas tinha que fazer isso ou as coisas começariam a ficar complicadas da cintura para baixo. – Oliver... – ele sussurrou. Sua boca estava quase colada no pescoço do mais velho, ele sabia que poderia ter complicado ainda mais a situação fazendo aquilo.

Não havia dúvidas, Oliver sentiu seu corpo esquentar quando ouviu Roy sussurrar seu nome, tinha que fazer alguma coisa, mas ele não sabia exatamente o que, sua cabeça estava confusa sobre seus sentimentos e suas vontades, até que ele sentiu algo pulsar em sua coxa esquerda, definitivamente aquilo estava saindo do controle.

Como havia imaginando, Roy perdeu o controle da cintura para baixo e não foi o único a notar aquilo, visto que percebeu Oliver afastar a cintura e afrouxar o abraço. O garoto imediatamente soltou o mais velho e virou de costas, aquela calça não o ajudaria naquele momento, o tecido fino logo revelaria sua excitação.

— Isso foi estranho... – Oliver comentou sério.

— Oliver, mil desculpas! Acho melhor ir embora logo. – os passos de Roy foram apressados até a porta, sequer se despediu ou olhou para trás, aquele era o momento mais constrangedor da sua vida.

▪▪▪

Finalmente em casa, Roy pode parar um pouco para raciocinar. O que havia acabado de acontecer? Um abraço afetuoso com seu patrão se transformou em um momento de excitação que acabou fazendo Oliver sentir o pênis de Roy pulsar em sua coxa, aquilo era demais para a cabeça do garoto, ele certamente iria voltar para a empresa no dia seguinte apenas para pedir suas contas e nunca mais olhar na cara de ninguém ali, já estava se acostumando com tal ideia, era o correto a se fazer.

Ele removeu toda sua roupa e foi para a cama, apenas vestindo sua cueca. Assim que deitou, suas mãos foram direto para o rosto e ele a todo momento negava com a cabeça, aquilo não podia ter acontecido, definitivamente não. Embora totalmente contra a vontade de Roy, Oliver não sabia, então poderia pensar qualquer coisa a respeito. Tudo bem que ele não havia colaborado muito, mas Roy permitiu, então era o maior culpado da história.

Por várias vezes pegou seu telefone e discou o número de Oliver, mas nunca conseguiu completar a ligação. Queria pedir desculpas, queria voltar no tempo, queria retirar todos os abraços que já havia dado no mais velho, queria não ter aceito a vaga nas Consolidações Queen, mas tudo havia acontecido, e agora ele teria que lidar com as consequências.

Embora estivesse completamente confuso e pensativo, em certo momento Roy relaxou e acabou pegando no sono, precisava descansar a cabeça para ver se esquecia de vez o ocorrido e fingisse que nada havia acontecido, mas a noite foi acordado pelo celular que tocava insistentemente.

Ele pegou o aparelho e atendeu, sem ver quem o ligava, havia acabado de acordar. – Alô? – falou com a voz ainda embargada pelo sono.

— Podemos conversar? – dizia a voz grossa pelo telefone, claramente Oliver.

Roy imediatamente despertou. – Sr. Queen! – ele proferiu assustado.

— Sr. Queen? – perguntou Oliver confuso.

— Desculpe... Oliver. – ele consertou o que havia dito.

— Podemos conversar, então? – Oliver refez a pergunta do início da ligação.

— É... – Roy estava desajeitado, não sabia o que falar, não sabia se queria falar, só sabia que a situação havia acontecido e ele teria que lidar com aquilo.

— Antes que fale alguma coisa, está tudo bem, certo? Nós acabamos passando um pouco do ponto e eu tenho total consciência de que fui o culpado por lhe causar aquilo. Eu sei que foi desconfortável para você, mas eu me senti pior justamente por isso, a forma como você saiu, foi simplesmente triste. Isso acontece, certo? Eu mesmo já passei por algumas situações constrangedoras por causa do meu amigo aqui, então sei o que você está sentindo. – ele pausou.

— Eu não sei o que falar. – Roy ouviu atentamente, mas realmente não tinha palavras.

— E você não precisa falar nada. Amanhã será só mais um dia normal, se um dia eu precisar de outro abraço, não vou rejeitar o seu, que por sinal é muito bom, e se acontecer isso novamente, está tudo bem. – Oliver tinha a voz calma do outro lado da linha.

Roy não percebeu, mas a voz daquele homem já era algo que o excitava, trabalhar todos os dias com ele, vê-lo debaixo de toda aquela roupa social, seus músculos saltados, sua feição máscula e seus trejeitos, tudo era extremamente atraente, e assim que olhou para baixo, lá estava sua cueca apertada. – Meu Deus... – sussurrou Roy.

— O que houve? – perguntou Oliver.

— Nada, Oliver. Está tudo bem, obrigado por me ligar, mas agora preciso ir. – ele desligou o telefone sem se despedir de Oliver e correu para o banheiro, aquela era a hora certa para aliviar.


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