Um Faraó em minha vida escrita por Iset


Capítulo 13
Ninguém segura esse Bebê - Parte III




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Ninguém segura esse bebê -Pt II


O trio se entreolhou assustado e voltaram o olhar a criança que sorria e batia palmas contente.

一 O que a gente vai fazer?! 一 Sam exclamou apavorada.

一 Não podemos devolver o bebê com esse troço dentro 一 Cris coçou a nuca.

一 Temos que levar ela no médico! 一 Sam falou tomando a criança nos braços.

一 Tá doida? Vamos para cadeia! Meus irmãos engolem coisas o tempo todo, minha mãe diz que se passou pela entrada e não for pontiagudo, hora ou outra, vai sair. Só precisamos dar óleo de rícino e esperar.

一 Não temos tempo para esperar, logo o shopping todo vai estar atrás dela 一 Sam observou.

Cris pegou o celular, ligou para Clay que depois de um piti do outro lado da linha, disse que estavam por conta própria.

一 Que filho da puta! 一 Cris desligou irritada.

一 Ele não quer ajudar, não temos como sair daqui sem sermos pegos pelas câmeras ou guardas.

一 Na verdade, tem sim 一 Tut se aproximou do bebê com um sorriso 一 Nebkheperure Tutankhamun Hekaiunushema 一 disse e os olhos da menina brilharam num azul intenso 一 ainda funciona.

一 Bizarro 一 Cris suspirou.

一 Não pode usar os poderes do amuleto dentro dela.

一 Porque não?

一Alguém já engoliu isso antes? Tem ideia do que isso pode fazer com ela?

一 Ele não vai machucá-la. Ela tem o coração puro. Não digo o mesmo se fosse Clay ou a serva insolente que tivesse o engolido. Mas vai nos tirar daqui.

一 Serva insolente seu cú, agora anda logo com esse aparatar* aí 一 falou Cris vendo uma mulher parar no corredor e apontar o celular para eles.

No mesmo instante Tut tomou a mão das garotas e as colocou sobre o bebê, pronunciou algumas palavras e um azul intenso tomou conta do lugar, quando abriram os olhos estavam no porão da Sam com o bebê e o carrinho de compras.

一 Uau... isso que eu chamo de transporte rápido 一 falou Tut e Sam voltou o olhar curiosa para ele.

一 Tut?

一 Eu estou aqui 一 Cris respondeu 一 por Rá 一 falou a garota e Samantha arregalou os olhos.

一 Espera 一 Tut correu para o espelho 一 Ah meu Deus o que você fez? 一 gritou levando as mãos no rosto com pavor.

一 É impressão minha ou vocês trocaram de corpos? 一 Samantha encarou-os.

一 É a primeira vez que eu faço isso com mais pessoas, deve ser um intempérie momentâneo.

一 Intempérie uma ova! Eu quero o meu corpo de volta, eu vou matar você 一 falou pulando sobre o corpo dela mesma e parou 一 Eu não posso esganar a mim mesma... 一 constatou enraivecida e pôs as mãos no próprio pescoço.

一 Cris se acalma 一 gritou Sam 一 tá assustando o bebê 一 falou aninhando a menininha chorosa nos braços.

一 Ah... agora eu tô assustando o bebê? Se essa coisinha não tivesse engolido o olho, nada disso estaria acontecendo!

一 A culpa não é dela. É sua, quer dizer dele... 一Sam exclamou confusa.

一 Eu só queria te dar um presente. No Egito havia um departamento só para fiscalizar as pessoas beijando o chão que eu pisaria, se resolvesse pegar um dos filhos deles, construíram um templo em honra disso, não teria problema algum 一 Explicou Tut, ainda no corpo de Cris.

一Cris, me ajuda aqui você tem mais prática com bebês. 一 Sam pediu e a garota presa no corpo do faraó, caminhou a passos lentos.

一 Que foi? Porque tá andando assim?

一 Tenta andar com algo pendurado no meio das pernas é muito esquisito 一 retrucou a garota que puxou o cós do abrigo e espiou dentro da calça 一 ele não usa cueca 一constatou 一E tem razão é um tamanho normal mesmo.

一 Eu falei! 一o faraó pronunciou-se orgulhoso com o corpo e a voz da garota 一 Agora para de olhar pras minhas coisas!

一 Não olharia para suas coisas se não tivesse roubado o meu corpo! 一 retrucou ela no corpo dele.

一 Se eu quisesse roubar um corpo, não seria o seu! 一 redarguiu o faraó pegando nos seios.

一 Tira a mão dos meus peitos!

一 Então para de olhar dentro da minha calça!

一 Já chega! Mantenham as mãos e os olhos longe das partes que não tinham até dez minutos atrás 一 Gritou Sam 一 vocês vão me deixar louca. Vamo fazer esse bebê fazer coco e se ainda tiverem com os corpos trocados, vamos dar um jeito de resolver. Mas não vai dar para fazer nada se ficarem brigando 一 falou e seu celular tocou. Viu o nome de Clay no visor e atendeu.

一 Droga você atendeu, significa que não desapareceram no tempo e espaço com aquela coisa doida que vi na câmera.

一 Preciso que venha para minha casa, agora!

一 Eu estou de castigo esqueceu? Se sair a minha mãe me mata 一 o garoto respondeu.

一 Eu to com um bebê que engoliu um amuleto mágico de milhares de anos e Tut agora tá dentro do corpo da Cris e vice e versa, eles não param de brigar, então se você não aparecer aqui em quinze minutos, não vai sobrar nada para sua mãe enterrar, quem dirá matar. E passa na farmacia e trás óleo de rícino.

一 Depois eu que sou o aprendiz serial killer 一 falou desligando a ligação.

Clay respirou fundo, pegou a mochila e notebook e desceu as escadas correndo.

一 Onde pensa que vai mocinho? 一 a mãe o interrompeu.

一Preciso resolver uma coisa.

一Está de castigo, não pode sair.

一 Eu sinto muito mãe, mas nada disso estaria acontecendo se não fosse você!

一 Eu? Do que está falando?

一 "Vai de ônibus Clay, conversar com as pessoas, faça amigos... repetiu as palavras da mãe dias atrás.

一 Está vendo o seu filho? 一a mulher chamou a atenção do marido que olhou por cima do jornal一 Está rebelde não vai falar nada?

一 Tem uma garota onde você vai?

一 Duas.

一 Então vai nessa garoto 一 o pai fez sinal de positivo.

一 Oliver Peterson! - protestou a mãe voltando-se furiosa ao marido, enquanto Clay escapava pela porta da frente.

Passou na farmácia e depois foi direto para casa da Sam, tocou a campainha e Bryan a atendeu.

一 A Samantha está?

一 Ela foi ao shopping 一 o garoto respondeu e Sam apareceu vinda do corredor.

一 Como eu não vi você chegar? 一 o garoto perguntou desconfiado.

一 Eu sou silenciosa 一 falou tomando a mão do Clay e o arrastando para o porão.

Desceram as escadas e lá avistaram Tut e Cris trocando ofensas enquanto a bebezinha brincava dentro de uma caixa de papelão com os brinquedos velhos de Bryan.

一 Disse que eles trocaram de corpo? Tipo naquele filme da Lindsay Lohan?

一 É.

一 Se eu tivesse no corpo da Lindsay eu estaria feliz. Eu pareço feliz?

一 Nossa isso é muito esquisito 一 Clay falou olhando pros dois.

一 Trouxe o óleo? 一 Sam perguntou.

一 Droga, hoje é dia de jantar em família, como eu vou ir para casa assim?

一 Manda ele no seu lugar, ou ela... sei lá - Clay falou confuso

一 Nem em um milhão de anos eu vou deixar ele sozinho com o meu corpo, vai saber o que ele vai fazer. 一 Ela falou e Tut revirou os olhos.

一 Como isso foi acontecer?

一Eu não sei, meu pai quando renegou os outros deuses, também negou as nossas tradições ele devia ter ensinado seu sucessor a usar o olho com sabedoria, mas tudo que sei sobre ele, foi o que os sacerdotes me ensinaram. Eu disse as palavras certas, talvez tenha sido pelo fato do olho estar no bebê, mas acho que assim que sair, tudo vai voltar ao normal. E eu espero que seja rápido, ela tem um cheiro estranho.

一Isso se chama desodorante, devia tentar usar, tá precisando! E Sam enfia logo esse óleo nessa criança, antes que eu cometa suicídio 一 Cris gritou impaciente 一 Eu não quero ter que fazer xixi em pé.

一Tecnicamente seria homicídio, já que estaria matando o corpo dele 一 Clay explicou 一 E a garota deferiu um olhar mortal que fez Clay recuar 一 Ela fica sinistra no corpo dele - Sussurrou Clay a Sam enquanto lhe entregava o óleo.

Depois de inúmeras tentativas frustradas e cuspidas na cara, Sam finalmente conseguiu fazer a bebezinha tomar uma colherada do óleo e abrir um berreiro que levou Bryan a bater na porta do porão ainda mais desconfiado, sobre o que a irmã fazia lá embaixo.

Sam disfarçou e voltou a atenção aos amigos.

一Quanto tempo ela vai levar? - Tut perguntou impaciente coçando os cabelos 一A cabeça dela tem piolhos.

一 Só se peguei de você 一 retrucou no ato 一 Vamos logo bebezinha, eu preciso fazer xixi 一 ela falou trançando as pernas.

一 Faz ora! Não é difícil. É só mirar na água 一 debochou Clay.

一 Ela não vai tocar nas minhas partes 一 ele falou imperativo 一 aguenta.

一 Se acalma faraó que se não fosse a gente, nem partes teria, múmia do pinto quebrado!

一 Vai ser uma noite longa 一 Sam revirou os olhos.

一Esse tá sendo o dia mais divertido desde que ele acordou, pela primeira vez, não sou eu que estou mais desesperado 一 Clay riu.

一 Samantha! Não vai me apresentar seu amigo? 一 Ouviu a voz do pai ecoar pela porta 一 porque estão trancados ai? 一 forçou a maçaneta.

一 Vocês dois, nenhum pio! E cuidem para que ela não faça barulho 一 Sam advertiu e subiu as escadas na companhia de Clay.

Sairam pela porta e Sam a fechou logo em seguida, apresentou o pai ao novo amigo e Edgar deferiu um olhar investigativo sobre o rapazote a sua frente.

一 Quer jantar conosco? Trouxe comida chinesa 一 convidou o pai.

一 De qual restaurante? 一 o garoto questionou 一 Não como em nenhum lugar que não tenha selo A da vigilância sanitária 一 disse e o pai da garota franziu a testa.

一 É do China Hotbox 一 falou.

一 É limpinho o rapaz sorriu e os seguiram até a mesa onde o pai colocou as caixas de comida sob o centro da mesa e distribuiu os pratos.

一 Então Clay, você faz o que da vida?

一 Estudo...

一 Só? Alguma atividade extracurricular? Esportes, hobbies? Venda de drogas?

一 Pai!一 Sam protestou.

一 Eu não vendo drogas, senhor Walsh.

一 Usa?

一 Não...

一Hum... interessante e o que pretende fazer quando acabar o colégio?

一 Eu pretendo cursar microbiologia em Harvard.

一 Microbiologia? Para quê? Para fazer drogas?

一 Pai!

一 Que garoto de desessete anos quer cursar microbiologia?

一 Se eu quisesse fazer drogas eu iria cursar química, física, microbiologia é mais voltada para organismos vivos e não químicos.

一 Está me chamando de burro?

一 Não, senhor Walsh 一 o jovem arregalou os olhos.

一 Então quais suas intenções com a minha filha? 一 Perguntou e Clay engasgou-se com um pedaço de frango

一 Nenhuma, senhor Walsh.

一Nenhuma? Então acha que minha filhinha é uma dessas garotas para se divertir e jogar fora? Acha que é bom demais para ela? 一 falou cravando a faca na mesa.

一 Pai, pode parar tá?! Não precisa fazer terrorismo com ele, é só um amigo, não estamos namorando nem algo do tipo tá?!

一 Certeza?

一 Ela namora o ET cabeludo pai, eu já falei 一 Bryan se intrometeu.

一 Eu não namoro ninguém!

一 Okay. Desculpa meu jovem 一 falou arrancando a faca da mesa
一 mas sabe como é, eu tenho uma filha linda e viajo muito. Não faltam garotos tentando droga-la, engravidá-la ou os dois.

一 Na verdade faltam sim 一 Sam franziu o rosto.

一Tá 一Clay respondeu ainda assustado e ouviram o choro da bebê retumbar.

一 Isso foi um bebê? 一 O pai questionou e Sam arregalou os olhos.

一 Deve ser a gata da vizinha no cio de novo 一 disfarçou a garota.

一 Parece que veio do porão.

一Ah meu Deus está acontecendo! Deve ter um ninho de bebês alienígenas como em a experiência!一 Bryan disse num salto.

一 Bryan, chega de televisão e videogame para você, tá ficando retardado.

一 Agora entendo porque meus pais nunca permitiram Tv em casa.

一 Seus pais não permitiam TV em casa? 一 Edgar arregalou os olhos 一 Como eles te distraiam? Quem te educou?

一 Meus pais...

一 Pai a gente vai comer no porão temos um trabalho para terminar 一 Sam juntou duas caixinhas de comida, pão, iorgupresunto, queijo e algumas latas de refrigerante e foi colocando nos braços de Clay.

一 Para que tanta comida?

一 Estamos em fase de crescimento 一 ela respondeu 一 vem Clay, falou o puxando em direção a sala.

一 Seu pai é doido sabia?! 一 Clay afirmou.

一 Ele gostou de você, o último garoto que ele pensou ser meu namorado, fez xixi nas calças e não podemos mais ir no parque em família porque meu pai tem uma ordem de restrição para aquela área da cidade.

一 Seu pai é maluco.

一 É, eu sei 一 respondeu e desceram ao porão onde os dois adolescentes, tentavam entreter a criança.

一 Ela já fez? 一 Clay perguntou.

一 Não... Hummm cheiro de comida 一 Tut avançou sobre as mãos de Clay e Cris retirou a caixa da mão dele imediatamente.

一 Esse é meu corpo, eu tô cortando carboidratos, não vai entupir ele de yakisoba.

一 Sam! 一 o faraó protestou.

一 Desculpa, sou feminista. Corpo dela, regras dela 一 Sam concordou.

一 Dessa vez eu tenho que sair em defesa do faraó, ele tá no corpo dela, então, o corpo é dele e ela come uma barra de chocolate por dia e tá preocupada com carboidrato?

一 Se eu não cortasse carboidratos, não poderia comer chocolate todo o dia dãaaa 一 respondeu.

一 Bom, eu tenho que ir para casa一 Clay anunciou.

一 Não vai nada, ninguém sai daqui até resolvermos isso, eu vou lá em cima pegar um colchão de ar.

一 Seu pai me ameaçou com uma faca, eu não vou dormir aqui!

一 Vai sim, mas antes você vai se despedir dele e depois voltar pela janela 一 falou e voltou-se a bebezinha 一 olha o que trouxe para você 一 falou mostrando um potinho de iogurte grego.

Mais tarde, depois de encenarem a saída de Clay e ele voltar reclamando pela janela apertada. Cris, ainda no corpo de Tut andava de um lado para o outro enquanto Samantha arrumava a cama improvisada no chão.

一 Essa garota nunca vai fazer coco? Eu tô quase me mijando.

一 Vai no banheiro.

一 Eu não vou pegar nessa coisa! 一 retrucou irritada e Clay pegou um copo de água e passou o conteúdo lentamente para o outro copo fazendo-a correr para o banheiro.

一 Isso sempre funciona.

一 Eu vou precisar de um terapeuta depois disso 一 gritou do banheiro.

Samantha chegou o bebê e a aninhou nos braços para fazê-la dormir, Tut a observou com um sorriso nostálgico.

一 Que foi?

一 Nada, eu só.... Ela precisa de um nome.

一 Ela já deve ter um nome.

一 Mas nós não sabemos. Devíamos dar um nome para ela 一 falou acariciando a cabeça da bebezinha que se recusava a dormir 一 Eu posso tentar 一 falou pegando a menininha no instante que Cris deixou o banheiro.

一 Ah que nojo ver meu corpo segurando um bebê sem que me obriguem a fazer isso 一 falou 一 Ei faraó, larga isso que é contagioso, eu não fingi ter tendinite por um ano só pra não pegar minha irmã no colo para isso.

一 Você nunca fecha a boca? Eu tô tentando fazer ela dormir.

一 Não comecem de novo eu tô exausta 一 Sam sentou-se no sofá cama.

一 Onde eu vou dormir? 一 Clay questionou 一 E com que regularidade lava os lençóis?

一 Só tem duas camas então, meninas no sofá cama e meninos no colchão de ar, e estão limpos一 Sam falou.

一 Isso é um pouco complicado de se definir agora, não acha? 一 Clay apontou pra os dois.

一 Meu pênis, ou melhor o pênis dele não me define, eu durmo com a Sam 一 falou se enfiando no sofá cama.

一 Gente, os pais dela devem estar desesperados 一 Sam constatou ao ver Tut colocar a menina adormecida na cama一 Ela é tão boazinha.

一 Eu não devia ter pego ela, me desculpa eu não achei que fosse causar problemas.

一 Amanhã vamos devolvê-la. Melhor a gente dormir agora.

一 Boa noite Marshmallow 一 falou o faraó dando um beijo na cabeça da criança.

一 Marshmallow?

一Ela é branquinha, fofinha e doce. Marshmallow 一 deu uma piscadela e Sam sorriu.

Pelas três da manhã, Sam abriu os olhos, a menina se movia ao seu lado na cama e um cheiro de fezes impregnava o lugar. Levou a mão até o celular e ligou a lanterna, Tut abriu os olhos ainda sonolento e virou-se para o outro lado.

一Me deixe dormir Ankhe, o faraó está exausto 一 resmungou.

一 Ankhe? 一 a garota sorriu 一 Acordem! Deu um grito e correu para o interruptor 一 Acorda Cris, funcionou!

Olhou para cama e todos acordam esfregando os olhos, Cris olhou para as mãos e sorriu feliz.

一 Sou eu de novo! 一 Gritou feliz.

Tut pegou a menina que quase caía do sofá cama pelo pé.

一 Acho que ela vazou 一 falou vendo a imensa mancha amarelo esverdeada que se espalhava pela roupinha cor de rosa.

一 Ecca! 一 Clay exclamou 一 É por isso que não quero filhos.

一 Cris você tem aquelas fraldas ainda?

一 Uma fralda não vai resolver o problema dela. Isso não é um bebê, é uma bomba biológica de gás tóxico. Como fede!

一 Ah como vocês são exagerados 一 Tut falou pegando as menina 一 Ela vai precisar de outra roupa 一 falou abrindo o macacão da criança que começou a rir.

一 Vou ver o que arranjo 一 Sam falou.

一 Eu vou com você, não quero morrer intoxicada. Que fedor, meu Deus!

As duas deixaram o porão e subiram as escadas em silêncio, reviraram as gavetas, mas nada encontraram.

一 Podia ir até sua casa e pegar uma roupa da sua irmã.

一 A essa hora? Nem pensar 一 Cris respondeu e olhou para um urso gigante.

一 Não... o senhor urso não... 一 Sam pediu, mas minutos depois a garota arrancava a cabeça do urso com uma tesoura e esvaziava a fibra de dentro dele.

一 Pronto... um macacão quentinho 一 falou olhando para Sam com uma cara de choro.

Continua....

* Aparatar: Pra quem não é um potermaníaco e não entendeu:
Aparatação é um método mágico de transporte e, basicamente, é a ação mágica de viajar de um ponto à outro do espaço. No entanto, o usuário precisa manter o foco do local desejado em sua mente e, em seguida, ele desaparecerá de seu local atual e quase que instantaneamente reaparecerá no local desejado; em resumo, é uma forma de teletransporte.

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Notas finais do capítulo

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Curiosidades faraônicas:

OS BEIJOS NO SOLO

Fonte: Site Arqueologia Egípcia

Quando um rei assumia ao trono, era realizada uma viagem cerimonial por todo o Egito, onde ele visitava templos e recebia presentes. Essa viagem era conhecida como "A criação da ordem nas províncias". Ainda tinha o jogo dos mistérios da sucessão, uma performance para mostrar a consideração do novo rei para com o antigo. Apesar dessa jornada, as saídas do faraó do seu palácio real eram bastante raras, ocorrendo somente durante atividades muito especiais - eventos religiosos ou batalhas importantes, por exemplo.

Contudo, quando essas saídas ocorriam, altos cortesãos beijavam o chão pelo qual ele passaria para simbolizar respeito e resignação. Encontramos registros escritos desse ato em alguns exemplos literários como o "Conto do Naufrago" e Sinuhe. Também temos o texto de um sacerdote de Khnum, que registrou que "beijou a terra antes do senhor da catarata" (BREASTED, 1988 apud MORRIS, 2010). A prática de beijar o chão foi uma tradição tão importante que existiu, por exemplo, durante alguns reinados um escritório chamado "supervisor dos beijos no solo" (STRUDWICK, 2005 apud MORRIS, 2010). Agora, se beijar o chão foi considerado um prestigio importante, beijar os seus pés era um extremo privilégio, digno de ser citado no túmulo de quem fez a ação.



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