jisei no ku escrita por wolfnir
Notas iniciais do capítulo
Olá! Essa é a minha primeira fanfic do fandom de BSD e eu tenho que dizer que estou super animada!
Eu sou muito shipper de dazatsu, já que eles são muito adoráveis e eu tenho uma queda por coisas fofas, então decidi escrever "jisei no ku" e espero que vocês apreciem!
なほ見たし花に明け行く神の顔
quero ainda ver nas flores no amanhecer
a face de um deus.— matsuo bashô
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Atsushi conhece a Morte em uma sexta-feira de primavera.
O menino observa o manto negro ser levado pelo vento, mas nunca abandonar seu dono, como se o querer de proteger o homem fosse mais forte que o desejo de liberdade. Ele não se move por vários minutos, em pé em seu jardim vivo demais para um deserto — em algum momento ele percebe que também não respira, hipnotizado demais pela imagem do ponto preto em sua visão que se destaca diante de uma imensidão de terra e céu.
Os passos do homem — ele até pode chamá-lo assim? — queimam marcas negras e fumegantes no chão, arrastando chamas que lembram a Atsushi de uma lembrança distante de um mar pintado pela noite sem estrelas. O platinado vê como a figura alta e esbelta caminha serenamente em linha reta, em sua direção, deixando um rastro de destruição que convém para a imagem grotesca que os mortais construíram sobre sua existência.
Atsushi continua lá, parado, quieto; segurando em suas mãos enluvadas uma de suas ferramentas de jardinagem, os pés descalços e já marrons de terra se contorcem e se enterram no chão, como se tentassem criar raízes.
A forma negra para diante da pequena e branca portinhola da casa de Atsushi que, ironicamente, separa a vida da morte. O homem o observa, os olhos de um vermelho bordô estreitados em curiosidade, e os fios castanhos formando uma auréola nas feições de seu rosto ainda sereno. Atsushi também o observa, reparando na capa que antes tremulava em uma dança com o vento, e nas bandagens que cobrem os braços e o pescoço do homem — ou melhor da entidade.
A Morte lhe sorri, pequeno, quieto e gentil. Atsushi respira, e se move, parando diante do homem, a única coisa lhes separando sendo aquela pequena e branca portinhola de madeira.
— Olá, gostaria de um chá?
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
a a a a! espero que tenham gostado, o capítulo é curtinho e, na verdade, eu o cortei na metade pois achei que deixaria a leitura mais fluída!
ainda hoje adiciono o próximo capítulo! comentem o que acharam, eu não mordo e aceito todo tipo de crítica!
[uma pequena observação: a frase antes do capítulo é um haikai, e eu coloquei tudo em letras minúsculas de proposito, é meio que meu aesthetic, sorry djsk]