Quando eu sai da lanchonete fui ao centro comercial, lá se tinha várias lojas de roupas ,então, entrei em uma. Sai de lá com algumas sacolas e depois entrei em uma segunda loja, depois veio a loja de sapatos e uma livraria. Parei em uma lanchonete pedindo hambúrguer e uma porção de batatas fritas com um suco. Depois paguei e fui para casa. Na verdade era um apertamento muito bem organizado. Embora fosse só um pouco pequeno, era confortável.

Tinha dois quartos, uma cozinha e sala americana e um banheiro e duas varandinhas. Na cozinha lá no final tinha uma paredinha que dividia a cozinha com a área de limpeza. Eu coloquei as sacolas no chão e me joguei no sofá ligando a TV. Peguei meu celular e digitei algo, desliguei e fui pra cozinha.

—affs ! Sinto muito mais eu não vou ficar aqui vendo segundo por segundo não! - Mô falou.

—e o que sugere? - perguntei.

—isso. - ela falou estalando os dedos fazendo com que as coisas andassem mais rápidas.

Quando tudo parou eu estava sentada no sofá com os pés encima da mesinha e uma panela de minhojo enquanto assistia a uma série. Eu já me encontrava de pijama com um coque e meus óculos, meu celular começou a tocar e eu rapidamente o atendi.

—-alô? - falei. -- sim eu lhe enviei uma mensagem... tô precisando aprender como se faz alguns drincks e tals... Isso vou trabalhar como barmen em uma festa rsrsrs. - ri de algo que a outra pessoa do outro lado falou. - certo amanhã eu passo aí! Quanto vão ficar as aulas?... Nossa da um descontinho... opa agora sim! Certo amanhã estarei aí Beijos!... Não me chame chiclete!... hum... Tchau, boa noite! - falei desligando o telefone.

Voltei a comer a assistir a série.

Logo as coisas rodaram e já estávamos dentro do carro. Paramos na frente de uma casa grande de dois andares, eu vestia uma jardineira de saia que vinha a um palmo do joelho. Estava com o cabelo em um coque e meus óculos, e um all star branco de cano médio e uma blusa por baixo da jardineira de mangas longas. Tranquei o carro e bati na porta, já que a campainha se encontrava quebrada. Insisti mais um pouco, porém, ninguém veio, peguei meu celular do bolso e comecei a ligar para alguém, quando eu ia bater na porta de novo ela foi aberta, eu não vi a pessoa por esta desligado o celular para o guardar comecei a falar.

—-pensei que ia morrer aqui! - falei, assim que levantei a cabeça fitei olhos pretos me encarando. - Sasuke? O que faz aqui? - perguntei franzindo o cenho.

—-essa é a minha casa, o que você faz aqui? Por que não tocou a campainha? Quase colocou a porta a baixo! - ele falou e eu sem ser minha eu viva tínhamos a mesma reação. Eu estava extremamente sem graça.

—tenso! - Mô falou risonha.

—-eu vim ver o Gaara... Quer dizer... Ele falou para vir nesse endereço! Quanto a campainha, ela tá quebrada. E não seja tão dramático! Sua porta tá inteirinha aí! - eu falei rápido.

—-quebrada? - ele perguntou mais pra si mesmo do que pra mim.

Ele olhou para a campainha que estava realmente quebradas.

—-tsc! Crianças idiotas!

—-então o papo tá bom... Mas o Gaara tá aí? - perguntei.

—-pode entrar, ele tá na cozinha.

—-certo. - falei entrando enquanto ele ficava "arrumando" a campainha.

Ele estava sem blusa com uma calça de moletom e uma havaiana branca, fiquei com a imagem do seu abdômen na cabeça, acho que minha eu viva também pois corou um pouco quando olhou pra trás aonde a porta estava aberta. Entrei e andei entre a sala que era bem espaçosa, entrando em outro cômodo que tinha uma grande mesa de jantar, depois de passar por lá entrei na cozinha. E lá estava o dito cujo ruivo bebendo café.

—-Oi chiclete. - ele falou enquanto bebericava seu café.

—-oi... Se tá um trapo hein! - falei notando sua cara de ressaca.

—-brigado viu! - ele respondeu.

Sasuke entrou na cozinha se sentando em uma cadeira enquanto pegava uma xícara de café.

—-quer alguma coisa Haruno - sua voz rouca ecoou pelos meus ouvidos.

—-não. - respondi.

—-então sente-se está me dando agonia te ver em pé com essas perninhas de vareta.

—-ou! - falei em reclamação.
 

—-estou brincando! - ele falou com as mãos pra cima eu ri e me sentei.

...
Autora-san povs on

Depois que Gaara terminou de tomar seu café, eles foram para uma sala aonde se tinha várias bebidas e muitos jogos, Sasuke tinha saído para resolver algo e Sakura aproveitou sua aula ao máximo possível. Quando voltou pra casa percebeu um ramo de flores em sua porta. Se abaixou e pegou as rosas vermelhas as cheirando e pegando o pequeno cartão aonde tinha o nome "Sakura" em letras maiúsculas e atrás tinha um S. Ela ficou petrificada por um momento, nunca em sua vida receberá flores, agora alguém totalmente desconhecido havia lhe dado.

Isso fez Sakura ter um frio na espinha, já que talvez esse gesto poderia ser de um serial killer antes de matar sua vítima, se Sakura era doida? Não, só precavida mesmo.

Logo o tempo passou e Sakura já estava de pé, vestida devidamente para mais um dia de trabalho e faculdade. Desceu de seu apartamento e entrou no seu carro escutando Coldplay no fone de ouvido. Sua mochila estava mais cheia do que o habitual, pelo motivo de estar levando outra muda de roupa e sapato para a festa que haveria em seu trabalho. Um pedido de seu chefe, já que por ela, iria de moletom e calça larga com seu velho all star.

 Na sala de aula Olhou para trás aonde Sasuke sentava, ele não estava lá, ela ficou pensativa por um momento e voltou a se concentrar na lousa escrevendo coisas com caneta colorida pra identificar o que era importante; o que podia deixar passar; e o que cairia na prova do bimestre, assim como fazendo quadrinhos elaborados com curiosidades. Tá aí um motivo de Sasuke pegar seu caderno emprestado.

Ele ficava admirado com o caderno da Haruno, e ainda tinha clipes de papel coloridos separando as matérias. Ele se perguntava se ela era caprichosa ou apenas tinha toc, acreditava que os dois, porém,  nunca teve um tempo e uma conversa longa com a rosada para constatar sua teoria.

Depois quando Sakura estava seguindo pra próxima aula, sentiu uma mão em seu ombro, se virou e reconheceu o Uchiha com o uniforme do time de basquete da universidade, ele estava um pouco ofegante;

—-pode me emprestar o caderno antes de sair da universidade? Eu vou estar lá na quadra....

—- assim que eu sair vou lá te entregar,  pode ser? - ela perguntou.

—- claro! Obrigada chiclete! - ele falou dando um beijo na testa dela rápido e indo na direção oposta pra voltar pra quadra.

Ela ficou lá petrificada e vermelha por alguns momentos, logo balança a cabeça afastando as idéias de sua mente. Seguiu para a sala normalmente enquanto uma ruiva a observava com certa indignação.

Continua...