Space between life and death escrita por MiaMoura


Capítulo 2
Paradise


Notas iniciais do capítulo

oi.
Boa Leitura!



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Quando chegamos encima da escada pude notar um corredor enorme.

—venha Sakura! - ela falou atravessando a terceira porta o que me deixou assustada com tal ato.

Cheguei perto da porta e tentei girar a maçaneta em vão, pois minha mão a atravessou. Respirei fundo e passei pela porta me deparando com uma garota deitada na cama enquanto chorava. Eu a reconheci de imediato, era eu.

—já ouviu falar que quando a pessoa está entre a vida é a morte ela vê sua vida como um filme? - ela me perguntou. - e isso que está acontecendo com você neste exato momento.

—como eu vim parar aqui?- perguntei.

—você quis parar aqui. - ela respondeu.

Me virei pra frente encarando minha eu, ela chorava ruidosamente enquanto abraçava o travesseiro com força como se precisasse de um apoio aonde saberia que com certeza não teria.

—o que aconteceu? Eu não lembro. - falei.

—assim... que tolice a minha começar justo por aqui! A momentos antes de você tentar se matar, desculpe querida. - ela falou estalando os dedos fazendo com que tudo ficasse escuro.

—Mô? - a chamei.

—tô aqui.- ela falou batendo duas palmas e então a luz voltou.

Me vi em uma espécie de escola ou sei lá o que quer que seja.

—aonde estamos?- perguntei.

—na sua universidade. - ela respondeu. - venha.

Eu imediatamente comecei a seguir ela. A mesma parou a frente de uma porta que tinha uma plaquinha com os dizeres "banheiro feminino" ela atravessou e eu fui atrás, mais com o pensamento de tudo isso ser mais um sonho. E lá estava eu no chão com o nariz sangrando e o lábio cortado. Eu estava tremendo enquanto chorava.

—quem fez isso? - perguntei.

—Karin. - ela respondeu.

—não me lembro dela...- falei tentando a todo custo me lembrar dessa menina.

—nem tente pelo menos por agora.

— Por quê ?- perguntei me fitando no chão.

—porque o Sasuke te "defendeu"- ela falou fazendo aspas com os dedos.

—o que quer dizer? Estou ficando cada vez mais confusa! - falei já perdendo meu auto controle e começando a ficar em pânico.

—tudo bem sua reclamona! Eu vou voltar o máximo que puder, mais essa é a última vez. Se não perderemos o tempo.

—certo.- falei.

—feche os olhos!- ela falou com uma cara divertida.

Desconfiei um pouco por ser uma criança e deixei isso de lado por ela ser a própria morte, mais foi aí que raciocinei direito e abri os olhos de uma vez e paramos dentro de um carro. Eu estava o dirigindo e meu semblante era bem melhor do que das vezes que eu tinha visto até agora.

Olhei para o lado e ela me encarava como se fosse me matar. Perai, ela não é a morte? !

—garota desde Caim e Abel eu existo. Tenho muita experiência, e então para de ser uma criança teimosa e me obedeça! - ela falou zangada com suas bochechas infladas de tamanha irritação.

—e meio difícil quando você tem que obedecer um criança com menos de 7 anos que se diz ser a morte. - falei.

—olha você prefere ver o meu outro lado? - ela perguntou me encarando com os olhos começando a ficar na cor rubro.

—prefiro que abaixe o tom de voz nanica! - falei de forma mandona, sei que não deveria estar fazendo isso, mais com o meu tempo de babá aprendi que você não pode dar muito mole.

—nanica? - ela perguntou vermelha elevando seu tom de voz a um décimo a afinando. - não me chama de nanica criatura ridícula! - ela falou super ofendida. - eu vi você crescer, e por várias vezes podia te levar mais não quis! Então se eu fosse você teria mais respeito. Pois ainda tô dando a oportunidade de ver sua vida antes de morrer.

— a troco do que?- perguntei curiosa, já que ela era a morte e o trabalho dela seria levar almas daqui.

—você vai ver. - ela falou mexendo a cabeça enquanto falava. - agora preste atenção. - ela falou.

Olhei para frente me observando. Eu usava uma calça jeans larga um pouco surrada uma regata branca e uma blusa de flanela por cima aberta com estampa xadrez em vermelho e preto. Estava com um óculos de grau e meu cabelo em um coque alto. Vi ela mexendo no som do carro e uma música bem legal tocando. Quando olhei pro lado Mô estava dançando no ritmo da música.

—amo Coldplay. - ela falou. 

E assim fomos a viajem até chegar ao destino, começou a chover e os pingos de chuva logo estavam se espalhando pelos vidros agora fechados. O limpador de parabrisa foi acionado, fiquei então prestando atenção na letra da música que se fazia presente no carro.


Quando ela era apenas uma garota Ela tinha expectativas com o mundo Mas isso voou além de seu alcance Então ela fugiu em seu sono E sonhou com o para-para-paraíso Para-para-paraíso Para-para-paraíso Toda vez que ela fechava os olhos Ooohh Quando ela era apenas uma garota Ela tinha expectativas com o mundo Mas isso voou além de seu alcance E balas foram pegas com seus dentes A vida continua Fica tão pesada A roda corrompe a borboleta Cada lágrima, uma cachoeira Na noite Na noite de tempestade Ela fechou os olhos Na noite Na noite de tempestade Ela voou para longe E sonhou com o para-para-paraíso Para-para-paraíso Para-para-paraíso Whoa-oh-oh oh-oooh oh-oh-oh

Continua...


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Notas finais do capítulo

O carro de Sakura é o comodoro 80.
Beijos e até breve!!!



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