Nacionalidades Amorosas... escrita por EPcraft


Capítulo 9
Baby sitters por um dia...




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Assim que descemos cumprimentamos Night e Castiel.

Bom, eu cumprimentei.

— Prontos para a nova casa?- perguntou Night.

— Têm certeza de que querem ir? É que pode ser perigoso. Era muito melhor os meninos ficarem no Hotel e a Night e Amy em  casa com os pais. Logo agora que...- a minha mãe estava a tentar nos convencer a ficar em casa. Mas eu interrompi-a.

— Mãe. Lá por irmos para fora de casa não é o fim do mundo. E outra, isto não é o pior, nós já fomos para fora do país. E em princípio iremos outra vez. Isto é só para passar as férias. E nós, pelo menos eu, irei vos fazer uma visita sempre que puder.- tentei reconforta-la.

— Ok. Mas tenham cuidado.- um pouco mais calma, a minha mãe acabou por aceitar a ideia.

Depedi-me dos meus pais com um beijo e um abraço e em seguida, eu, Night, Castiel e Nath seguimos caminho.

A casa não ficava muito longe. Dava para ir a pé na boa, mas , como nós tínhamos malas não dava grande jeito.

 Assim chamamos um UBER. Poucos minutos depois ele chegou.

Indicamos a rua para onde queríamos ir e em pouco tempo chegamos ao nosso destino.

Pagamos o motorista.

Night já tinha a chave e em seguida entramos. A casa era igualzinha como estava na foto da internet.

E estava limpa, o que é muito bom.

— Finalmente! Uma casa só nossa! Vamos fazer "tóteis" travessuras!- Night parecia mais empolgada do que um gato que acaba de encontrar um peixe.

— O que...- Castiel ia fazer uma pergunta, mas Night interrompeu o logo.

— "Tóteis" ou "tótil" é uma forma de dizer muitas e muita.- ela sabia exatamente o que o Castiel ia perguntar.

— Obrigada.- ele agradeceu a resposta e depositou um beijo nos lábios da namorada.

— Malta, se quiserem fazer isso durante o período de tempo em que ficarmos nesta casa, eu acho melhor faze-lo longe do meu alcance e do alcance do Nath. Porque nós não queremos segurar vela.- expliquei.

— Eu concordo com Amy. Já ficamos muitas vezes segurando uma luzinha para vocês.- Nathaniel concordou comigo.

Mas aqueles dois pombinhos não nos ouviram e continuaram aos beijos ma sala.

— Vamos escolher os quartos?- perguntei, desta vez fazendo-os parar.

Todos concordamos. Subimos as escadas e, depois de longos minutos de guerra, acabamos por escolher o que mais nos agradava.

Estou mesmo a ver que a convivência entre os quatro não vai ser NADA fácil. Mas ao mesmo tempo irá ser engraçada e divertida.

Depois de tudo arrumado...

Vá lá que eram poucas coisas e a mobília já vinha com a casa. Se não...

Enfim, depois de arrumar tudo fomos até à sala para ver televisão.

Deviam ser nove e meia quando tocaram à campainha.

— Eu vou lá.-disse.

Levantei-me e fui abrir a porta.

MÃE?! COM O FILHO DO MEU TIO NO COLO?!

O meu tio da parte do meu pai. E tia também, mas, como o meu tio é que é o irmão do meu pai eu acabo sempre por dizer filho do meu tio.

— Mãe?- perguntei ao estranhar a presença dela.

— Filha, eu estava a ir para o trabalho quando a tua tia ligou-me a perguntar se eu podia ficar com o menino dela. Mas, como eu e o teu pai vamos trabalhar , não temos tempo de cuidar dele. Então eu vim pedir para vocês ficarem com ele.- explicou.

Ela deu-me o menino para os braços juntamente com a mala de maternidade que tinha cremes, fraldas, toalhitas e coisas do gênero.

— Mãe, eu...- estava a tentar explicar que não conseguia cuidar de uma criança, mas a minha mãe não me ouvia.

— Filha, eu poderia ouvir tudo o que me tens para dizer, mas eu estou SUPER atrasada. Sempre que tiveres uma dúvida não deixes de me ligar. Tchau.- a minha mãe despediu-se com um beijo na minha testa e voltou até ao carro.

Eu fechei a porta e encarei os meus amigos.

— Pessoal, temos um problema.- disse e eles voltaram-se logo para mim e assustaram-se quando viram uma criança de 1 ANO no meu colo.

— Amy. Diz-me que isto é uma brincadeira e que esse bebé é de alguém que está aqui dentro e tu estás a pregar-me uma partida.- Night pediu aquilo como se fosse o seu último pedido.

— Eu queria dizer isso, mas, infelizmente este é o bebé da minha tia e ela pediu para que a minha mãe cuidasse dele. Mas, a minha mãe, e o meu pai, foram trabalhar e então, pediram para que eu ficasse com ele.- expliquei.

Ok, agora as coisas ficaram sérias.

— Então, teremos de trabalhar em conjunto.- disse Nathaniel.

O bebé riu-se.

Ok, pelo menos ele é animado.

Pousei a malinha de maternidade em cima do sofá e sentei-me ao lado dela com o menino no colo.

— O que é que fazemos agora?- Castiel parecia mais assustado a fezer aquela pergunta do que quando um rato é perseguido por um gato.

De repente o Ricardo, ou seja o bebé, colocou a mão em cima de um dos meus seios.

— Acho que ele está com fome.- Disse Night.

— Mas eu não posso dar-lhe de mamar. Aliás, ele já tem um ano não deve se alimentar apenas de leite materno.-expliquei.

— Onde está a mala de maternidade?- Nathaniel surpreendeu-nos a todos com aquela pergunta.

— Está aí ao teu lado. Porquê?- perguntei, com um pouco de receio que algo desse errado.

— Porque pode ter a mamadeira juntamente com aquele leite em pó.- explicou- se enquanto procurava exatamente essas mesmas coisas na mala.

Entretanto ele encontrou-as.

— Achei!- gritou enquanto erguia aquilo no ar.

Ricardo sorriu. Ao que parece colocar a mão ali significa que ele está com fome e não que ele quer mamar.

— Castiel, vai lá preparar o leite por favor.- Nathaniel pediu.

— Ué? Porque eu? Amy que ficou encarregue de cuidar do primo.- bufou em uma resposta.

Ok, ele realmente estava assustado com toda esta história.

— Anda lá! Por mim. Amorzinho do meu coração. Nunca te pedi nada.- não sei porquê mas Night começou a tentar fazer com que Castiel cedesse.

— Ué? De repente você quer que eu cuide de um bebé. O que deu em você? Deu vontade de ter ou fazer um filho?- Castiel já estava com o seu sorrisinho malicioso.

— Não. É só porque se não fores tu vai sobrar tudo para mim.- O sorriso que Castiel mantinha nos lábios logo se desmanchou com as palavras da namorada.

Coitado, Night acabou de lhe estragar os sonhos.

— A sério? Por favor. Castiel vai tratar do leite, Night vens comigo ver se ele precisa de alguma coisa, e Nathaniel vai para a cozinha com o Castiel para evitar alguma asneira.- tentei meter um pouco de ordem naquilo. TENTEI!

— Não. Eu não vou com o Nathaniel ao meu lado.- Castiel só sabia reclamar.

— Tudo bem. Não sei se é boa ideia, mas, Night vais com Castiel até à cozinha e...- fiz uma breve pausa. Ai que vergonha o Nathaniel vir comigo tratar de um bebé.- ... o Nathaniel vem comigo ver se o Ricardo precisa de algo.- corei.

— Assim está bem!- Night suspirou aliviada.

Enfim. Resumindo, Night foi com o namorado para a cozinha eu e Nath subimos até o meu quarto. Eu com o Ricardo no colo, e Nathaniel com a malinha.

Assim que chegamos eu deitei Ricardo na cama com muito cuidado.

Apesar de ele ter um ano, ele ainda não sabe andar. Afinal ele fiz um ano apenas à dois meses atrás.

— Ele precisa de algo?- Nathaniel veio com essa pergunta.

— Acho que não.- achava, digo bem.

De repente Ricardo começou a chorar. Não tudo menos isso! Que não seja a fralda, por favor!

Tarde demais. Era a fralda.

— Afinal, acho que precisa. E é urgente.- respondi.

— É eu entendi.- Nathaniel aproximou-se do bebé. Mais precisamente de mim, já que eu estava em frente à cama.

Estou com medo. Como é que se troca um FUCKING FRALDA?

— Nathaniel, podes tirar uma fralda da mala?- perguntei ao mesmo tempo que fazia um pedido.

— Claro.- respondeu.

Começou a vasculhar e encontrou.

Eu estava trêmula. Eu não sou mãe.

Nathaniel percebeu o meu nervosismo e pegou na minha mão.

— Tenha calma. Não deve ser assim tão difícil.- reconfortou-me.

 Coloquei uma manta debaixo do bebé e comecei a despir Ricardo. Espero que não seja assim tão mau.

Eu não posso dizer nada já que o cheiro dizia tudo.

Tirei a fralda e dobrei-a com MUITO cuidado. Ok, não foi muito difícil.

Tirei um pacote de toalhitas da mala e tirei uma de dentro. Limpei o Ricardo e coloquei uma fralda limpinha. Aquilo deve ser um alívio para o bebé.

Deitei a fralda suja no lixo, e voltei a vesti-lo.

Ele sorriu.

Guardei tudo de novo na mala de maternidade e olhei para o Nathaniel.

Estranho ele estava com um sorriso de orelha a orelha.

— Estás contente?- perguntei e não pude esconder o sorriso tembém.

— Sim. Espero que isso não aconteça agora, mas, ser pai deve ser uma sensação tão boa.- explicou-se.

— Eu também acho. Ser mãe, ter um filho no colo e senti-lo nos braços deve ser incrível.- concordei com ele.

— Bom, acho melhor ir ver como estão aqueles dois lá em baixo. Se for preciso ainda botam fogo na casa.- Nath veio com essa e ambos rimos.

Peguei novamente em Ricardo e deixei a malinha em cima da cama.

Descemos.

Castiel e Night estavam no sofá a namorar.

— OH! Onde está o biberão?- perguntei e chamei a atenção deles.

— Está na cozinha.- Night respondeu e voltou-se novamente para Castiel e começaram onde terminaram.

— Nesse andamento teremos de cuidar é do vosso filho.- brinquei um bocadinho com a situação.

Todos rimos.

Fomos buscar o biberão e Ricardo deliciou-se com aquilo.

Quando terminou voltamos para o sofá.

Ficamos lá a ver televisão.

Ricardo adormeceu nos meus braços.

— Malta. Façam pouco barulho, eu vou deitar o Ricardo e já volto.- sussurrei.

Todos concordaram.

Eu subi e deitei Ricardo com todo o cuidado para não  o acordar.

Virei as costas para sair mas senti uma mãozinha a pegar na minha camisola.

Ele queria que eu ficasse com ele.

Então deitei-me ao seu lado. De repente ele começou a apalpar o edredom do lado vazio da cama.

Ele olhou para mim come se pedisse alguma coisa.

Será que ele quer alguém a mais.

— Queres um "papá"?- perguntei ao ver que o que ele queria era mais alguém para fazer o papel do pai. Ele já tinha alguém no lugar de mãe.

Ele balançou a cebecinha em sinal de sim.

Como é que ele entendeu?

Desci com ele até à sala e coloquei-me na frente dos meus amigos.

Olhei para o Ricardo e perguntei:

— Quem queres que faça de teu pai?

Fiquei com receio daquela pergunta. E se ele escolhesse o Castiel? Ou pior o Nath?

Por favor escolhe a Night!

Olhei para ele que de repente apontou para uma pessoa.

NÃO!

Ele escolheu o Nathaniel.

— Ok. Nathaniel vem comigo.- disse.

Ele não estava a entender NADA mas seguiu-me sem problemas.

Quando chegamos no quarto eu expliquei o que Ricardo queria.

Ele corou levemente.

Deitei o Ricardo na cama outra vez e deitei-me ao seu lado. Com muito medo.

Nathaniel fez o mesmo do outro lado da cama.

Ficamos ambos a observar aquele ser humaninho. O mesmo adormeceu pouco tempo depois.

Eu e Nathaniel voltamos os nosso olhos um para o outro. Ambos envergonhados.

De repente a porta do quarto bate. Com cuidado. Castiel e Night estavam a tramar das suas.

Eu saí da cama e fui até lá tentar abrir a porta.Mas Castiel estava a fazer força para que ela não fosse aberta.

— Abram a porta!- disse baixinho mas zangada.

— Não! Vamos jogar aos Sete Minutos No Céu!- disse Night.

— Night! Pelo amor de Deus! Não vamos jogar a isso!- zanguei-me mais desta vez.

Eles acabaram por ceder e abriram a porta.

— Só não jogamos a isso porque o Ricardo está aqui, mas um dia jogamos.- disse Castiel.

— Sem comentários.- exclamei.

Para quem não conhece o Jogo "Sete Minutos No Céu" é um jogo em que duas pessoas de sexos opostos ficam trancadas em um quarto escuro por sete minutos. Os outros que não estiverem trancados ficam à porta a contar os sete minutos. Durante esse tempo as pessoas que estão trancadas podem fazer o quiser dentro do quarto.Vale tudo. Mas o que fizerem tem de ser em conjunto. E não é só aquilo que vocês estão a pensar! A pessoa pode até jogar pedra, papel, tesoura ali dentro.

Enfim.

No fim do dia...

Depois de um longo dia como baby sitters a minha tia veio buscar o Ricardo.

Em seguida fomos todos nos deitar porque estávamos exaustos.

Nunca pensei que um bebé me deixasse tão feliz. Afinal ele acabou por me ajudar com o Nathaniel. Eu acho que ele sabe demais.

 

 

CONTINUA...


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