Nacionalidades Amorosas... escrita por EPcraft
Assim que descemos cumprimentamos Night e Castiel.
Bom, eu cumprimentei.
— Prontos para a nova casa?- perguntou Night.
— Têm certeza de que querem ir? É que pode ser perigoso. Era muito melhor os meninos ficarem no Hotel e a Night e Amy em casa com os pais. Logo agora que...- a minha mãe estava a tentar nos convencer a ficar em casa. Mas eu interrompi-a.
— Mãe. Lá por irmos para fora de casa não é o fim do mundo. E outra, isto não é o pior, nós já fomos para fora do país. E em princípio iremos outra vez. Isto é só para passar as férias. E nós, pelo menos eu, irei vos fazer uma visita sempre que puder.- tentei reconforta-la.
— Ok. Mas tenham cuidado.- um pouco mais calma, a minha mãe acabou por aceitar a ideia.
Depedi-me dos meus pais com um beijo e um abraço e em seguida, eu, Night, Castiel e Nath seguimos caminho.
A casa não ficava muito longe. Dava para ir a pé na boa, mas , como nós tínhamos malas não dava grande jeito.
Assim chamamos um UBER. Poucos minutos depois ele chegou.
Indicamos a rua para onde queríamos ir e em pouco tempo chegamos ao nosso destino.
Pagamos o motorista.
Night já tinha a chave e em seguida entramos. A casa era igualzinha como estava na foto da internet.
E estava limpa, o que é muito bom.
— Finalmente! Uma casa só nossa! Vamos fazer "tóteis" travessuras!- Night parecia mais empolgada do que um gato que acaba de encontrar um peixe.
— O que...- Castiel ia fazer uma pergunta, mas Night interrompeu o logo.
— "Tóteis" ou "tótil" é uma forma de dizer muitas e muita.- ela sabia exatamente o que o Castiel ia perguntar.
— Obrigada.- ele agradeceu a resposta e depositou um beijo nos lábios da namorada.
— Malta, se quiserem fazer isso durante o período de tempo em que ficarmos nesta casa, eu acho melhor faze-lo longe do meu alcance e do alcance do Nath. Porque nós não queremos segurar vela.- expliquei.
— Eu concordo com Amy. Já ficamos muitas vezes segurando uma luzinha para vocês.- Nathaniel concordou comigo.
Mas aqueles dois pombinhos não nos ouviram e continuaram aos beijos ma sala.
— Vamos escolher os quartos?- perguntei, desta vez fazendo-os parar.
Todos concordamos. Subimos as escadas e, depois de longos minutos de guerra, acabamos por escolher o que mais nos agradava.
Estou mesmo a ver que a convivência entre os quatro não vai ser NADA fácil. Mas ao mesmo tempo irá ser engraçada e divertida.
Depois de tudo arrumado...
Vá lá que eram poucas coisas e a mobília já vinha com a casa. Se não...
Enfim, depois de arrumar tudo fomos até à sala para ver televisão.
Deviam ser nove e meia quando tocaram à campainha.
— Eu vou lá.-disse.
Levantei-me e fui abrir a porta.
MÃE?! COM O FILHO DO MEU TIO NO COLO?!
O meu tio da parte do meu pai. E tia também, mas, como o meu tio é que é o irmão do meu pai eu acabo sempre por dizer filho do meu tio.
— Mãe?- perguntei ao estranhar a presença dela.
— Filha, eu estava a ir para o trabalho quando a tua tia ligou-me a perguntar se eu podia ficar com o menino dela. Mas, como eu e o teu pai vamos trabalhar , não temos tempo de cuidar dele. Então eu vim pedir para vocês ficarem com ele.- explicou.
Ela deu-me o menino para os braços juntamente com a mala de maternidade que tinha cremes, fraldas, toalhitas e coisas do gênero.
— Mãe, eu...- estava a tentar explicar que não conseguia cuidar de uma criança, mas a minha mãe não me ouvia.
— Filha, eu poderia ouvir tudo o que me tens para dizer, mas eu estou SUPER atrasada. Sempre que tiveres uma dúvida não deixes de me ligar. Tchau.- a minha mãe despediu-se com um beijo na minha testa e voltou até ao carro.
Eu fechei a porta e encarei os meus amigos.
— Pessoal, temos um problema.- disse e eles voltaram-se logo para mim e assustaram-se quando viram uma criança de 1 ANO no meu colo.
— Amy. Diz-me que isto é uma brincadeira e que esse bebé é de alguém que está aqui dentro e tu estás a pregar-me uma partida.- Night pediu aquilo como se fosse o seu último pedido.
— Eu queria dizer isso, mas, infelizmente este é o bebé da minha tia e ela pediu para que a minha mãe cuidasse dele. Mas, a minha mãe, e o meu pai, foram trabalhar e então, pediram para que eu ficasse com ele.- expliquei.
Ok, agora as coisas ficaram sérias.
— Então, teremos de trabalhar em conjunto.- disse Nathaniel.
O bebé riu-se.
Ok, pelo menos ele é animado.
Pousei a malinha de maternidade em cima do sofá e sentei-me ao lado dela com o menino no colo.
— O que é que fazemos agora?- Castiel parecia mais assustado a fezer aquela pergunta do que quando um rato é perseguido por um gato.
De repente o Ricardo, ou seja o bebé, colocou a mão em cima de um dos meus seios.
— Acho que ele está com fome.- Disse Night.
— Mas eu não posso dar-lhe de mamar. Aliás, ele já tem um ano não deve se alimentar apenas de leite materno.-expliquei.
— Onde está a mala de maternidade?- Nathaniel surpreendeu-nos a todos com aquela pergunta.
— Está aí ao teu lado. Porquê?- perguntei, com um pouco de receio que algo desse errado.
— Porque pode ter a mamadeira juntamente com aquele leite em pó.- explicou- se enquanto procurava exatamente essas mesmas coisas na mala.
Entretanto ele encontrou-as.
— Achei!- gritou enquanto erguia aquilo no ar.
Ricardo sorriu. Ao que parece colocar a mão ali significa que ele está com fome e não que ele quer mamar.
— Castiel, vai lá preparar o leite por favor.- Nathaniel pediu.
— Ué? Porque eu? Amy que ficou encarregue de cuidar do primo.- bufou em uma resposta.
Ok, ele realmente estava assustado com toda esta história.
— Anda lá! Por mim. Amorzinho do meu coração. Nunca te pedi nada.- não sei porquê mas Night começou a tentar fazer com que Castiel cedesse.
— Ué? De repente você quer que eu cuide de um bebé. O que deu em você? Deu vontade de ter ou fazer um filho?- Castiel já estava com o seu sorrisinho malicioso.
— Não. É só porque se não fores tu vai sobrar tudo para mim.- O sorriso que Castiel mantinha nos lábios logo se desmanchou com as palavras da namorada.
Coitado, Night acabou de lhe estragar os sonhos.
— A sério? Por favor. Castiel vai tratar do leite, Night vens comigo ver se ele precisa de alguma coisa, e Nathaniel vai para a cozinha com o Castiel para evitar alguma asneira.- tentei meter um pouco de ordem naquilo. TENTEI!
— Não. Eu não vou com o Nathaniel ao meu lado.- Castiel só sabia reclamar.
— Tudo bem. Não sei se é boa ideia, mas, Night vais com Castiel até à cozinha e...- fiz uma breve pausa. Ai que vergonha o Nathaniel vir comigo tratar de um bebé.- ... o Nathaniel vem comigo ver se o Ricardo precisa de algo.- corei.
— Assim está bem!- Night suspirou aliviada.
Enfim. Resumindo, Night foi com o namorado para a cozinha eu e Nath subimos até o meu quarto. Eu com o Ricardo no colo, e Nathaniel com a malinha.
Assim que chegamos eu deitei Ricardo na cama com muito cuidado.
Apesar de ele ter um ano, ele ainda não sabe andar. Afinal ele fiz um ano apenas à dois meses atrás.
— Ele precisa de algo?- Nathaniel veio com essa pergunta.
— Acho que não.- achava, digo bem.
De repente Ricardo começou a chorar. Não tudo menos isso! Que não seja a fralda, por favor!
Tarde demais. Era a fralda.
— Afinal, acho que precisa. E é urgente.- respondi.
— É eu entendi.- Nathaniel aproximou-se do bebé. Mais precisamente de mim, já que eu estava em frente à cama.
Estou com medo. Como é que se troca um FUCKING FRALDA?
— Nathaniel, podes tirar uma fralda da mala?- perguntei ao mesmo tempo que fazia um pedido.
— Claro.- respondeu.
Começou a vasculhar e encontrou.
Eu estava trêmula. Eu não sou mãe.
Nathaniel percebeu o meu nervosismo e pegou na minha mão.
— Tenha calma. Não deve ser assim tão difícil.- reconfortou-me.
Coloquei uma manta debaixo do bebé e comecei a despir Ricardo. Espero que não seja assim tão mau.
Eu não posso dizer nada já que o cheiro dizia tudo.
Tirei a fralda e dobrei-a com MUITO cuidado. Ok, não foi muito difícil.
Tirei um pacote de toalhitas da mala e tirei uma de dentro. Limpei o Ricardo e coloquei uma fralda limpinha. Aquilo deve ser um alívio para o bebé.
Deitei a fralda suja no lixo, e voltei a vesti-lo.
Ele sorriu.
Guardei tudo de novo na mala de maternidade e olhei para o Nathaniel.
Estranho ele estava com um sorriso de orelha a orelha.
— Estás contente?- perguntei e não pude esconder o sorriso tembém.
— Sim. Espero que isso não aconteça agora, mas, ser pai deve ser uma sensação tão boa.- explicou-se.
— Eu também acho. Ser mãe, ter um filho no colo e senti-lo nos braços deve ser incrível.- concordei com ele.
— Bom, acho melhor ir ver como estão aqueles dois lá em baixo. Se for preciso ainda botam fogo na casa.- Nath veio com essa e ambos rimos.
Peguei novamente em Ricardo e deixei a malinha em cima da cama.
Descemos.
Castiel e Night estavam no sofá a namorar.
— OH! Onde está o biberão?- perguntei e chamei a atenção deles.
— Está na cozinha.- Night respondeu e voltou-se novamente para Castiel e começaram onde terminaram.
— Nesse andamento teremos de cuidar é do vosso filho.- brinquei um bocadinho com a situação.
Todos rimos.
Fomos buscar o biberão e Ricardo deliciou-se com aquilo.
Quando terminou voltamos para o sofá.
Ficamos lá a ver televisão.
Ricardo adormeceu nos meus braços.
— Malta. Façam pouco barulho, eu vou deitar o Ricardo e já volto.- sussurrei.
Todos concordaram.
Eu subi e deitei Ricardo com todo o cuidado para não o acordar.
Virei as costas para sair mas senti uma mãozinha a pegar na minha camisola.
Ele queria que eu ficasse com ele.
Então deitei-me ao seu lado. De repente ele começou a apalpar o edredom do lado vazio da cama.
Ele olhou para mim come se pedisse alguma coisa.
Será que ele quer alguém a mais.
— Queres um "papá"?- perguntei ao ver que o que ele queria era mais alguém para fazer o papel do pai. Ele já tinha alguém no lugar de mãe.
Ele balançou a cebecinha em sinal de sim.
Como é que ele entendeu?
Desci com ele até à sala e coloquei-me na frente dos meus amigos.
Olhei para o Ricardo e perguntei:
— Quem queres que faça de teu pai?
Fiquei com receio daquela pergunta. E se ele escolhesse o Castiel? Ou pior o Nath?
Por favor escolhe a Night!
Olhei para ele que de repente apontou para uma pessoa.
NÃO!
Ele escolheu o Nathaniel.
— Ok. Nathaniel vem comigo.- disse.
Ele não estava a entender NADA mas seguiu-me sem problemas.
Quando chegamos no quarto eu expliquei o que Ricardo queria.
Ele corou levemente.
Deitei o Ricardo na cama outra vez e deitei-me ao seu lado. Com muito medo.
Nathaniel fez o mesmo do outro lado da cama.
Ficamos ambos a observar aquele ser humaninho. O mesmo adormeceu pouco tempo depois.
Eu e Nathaniel voltamos os nosso olhos um para o outro. Ambos envergonhados.
De repente a porta do quarto bate. Com cuidado. Castiel e Night estavam a tramar das suas.
Eu saí da cama e fui até lá tentar abrir a porta.Mas Castiel estava a fazer força para que ela não fosse aberta.
— Abram a porta!- disse baixinho mas zangada.
— Não! Vamos jogar aos Sete Minutos No Céu!- disse Night.
— Night! Pelo amor de Deus! Não vamos jogar a isso!- zanguei-me mais desta vez.
Eles acabaram por ceder e abriram a porta.
— Só não jogamos a isso porque o Ricardo está aqui, mas um dia jogamos.- disse Castiel.
— Sem comentários.- exclamei.
Para quem não conhece o Jogo "Sete Minutos No Céu" é um jogo em que duas pessoas de sexos opostos ficam trancadas em um quarto escuro por sete minutos. Os outros que não estiverem trancados ficam à porta a contar os sete minutos. Durante esse tempo as pessoas que estão trancadas podem fazer o quiser dentro do quarto.Vale tudo. Mas o que fizerem tem de ser em conjunto. E não é só aquilo que vocês estão a pensar! A pessoa pode até jogar pedra, papel, tesoura ali dentro.
Enfim.
No fim do dia...
Depois de um longo dia como baby sitters a minha tia veio buscar o Ricardo.
Em seguida fomos todos nos deitar porque estávamos exaustos.
Nunca pensei que um bebé me deixasse tão feliz. Afinal ele acabou por me ajudar com o Nathaniel. Eu acho que ele sabe demais.
CONTINUA...
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