Reckless escrita por Downpour


Capítulo 2
Capítulo 1 - Os dias de cão estão acabando


Notas iniciais do capítulo

ola, primeiramente muito obrigada por estar lendo essa história
eu queria falar que apesar da sinopse, Reckless não irá focar no Dylan e sim em quatro adolescentes que vocês vão conhecer com o passar do capítulo, e como as atitudes do Dylan influenciou a vida deles de alguma forma.
espero que vocês gostem, e boa leitura :)



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/762530/chapter/2

Capítulo 1 - Os dias de cão estão acabando

 

e l e a n o r

 

“Deixe todo seu amor e sua saudade para trás

Você não pode levá-los com você, se quiser sobreviver”

Florence and the Machine

 


—    x     -

 



 ELES TINHAM MEDO. Embora não estivessem demonstrando, e certamente, naquele patamar da situação, um desconfiava do outro. Quatro adolescentes estavam reunidos no quarto naquela noite, seus olhares perdidos, enquanto suas mentes procuravam formar uma solução.  As expressões cansadas eram visíveis em seus rostos pálidos, e o medo reinava naquele lugar.

— Nós não vamos ser presos. —  o filho do oficial afirmou mais para si, do que para os outros. Todos ali tinham uma reputação a zelar — talvez Matt, mas não o resto de nós. —  colocou suas mãos suadas no bolso da jaqueta, tentando não mostrar para os outros sua tremedeira.

O moreno rangeu os dentes ao ouvir aquilo, não acreditava que aquelas palavras saíam da boca de seu melhor amigo. Seu olhar buscou o dela, queria que ela dissesse para eles que estavam errados, contudo ela estava imersa demais em seus pensamentos para isso.

— Estamos juntos nessa — disse Matt, quase que rosnando irritado para o amigo.

O filho do oficial e a garota dos olhos delineados se entreolharam, e logo dirigiram seus olhares para a garota de cabelos cor de mel, a tinta castanho claro aos poucos desbotava de seus fios.Os olhos escuros da garota estavam semicerrados como se ela não se preocupasse de verdade.Ela era a única ali que não parecia dar a mínima para nada, apenas fumava tranquilamente sua cannabis.

—  Você poderia falar algo Els? —  a garota punk disse procurando chamar sua atenção para o problema, novamente como o garoto moreno, ela não teve muito sucesso.

Eleanor deu uma tragada franzindo o cenho.

— Eu estou sendo acusada de matar uma amante do meu pai, e de convencer aquela garota de ter se suicidado, —  a garota dizia evitando mostrar o quão irritada com toda a situação ela realmente estava — toda essa palhaçada porque ele estava se envolvendo com uma vadia aleatória, e agora alguém descobriu o casinho dele e está armando para a minha família. Me diga você, Heather,  o quê deseja que eu faça? —  a amargura em seu tom de voz fez a garota dos olhos escuros a fuzilar, embora soubesse que ela estava certa.

— Digo e repito, eu não vou para a cadeia — a urgência era evidente no olhar de Heather, contudo Eleanor não ligou, ou fingiu não se importar de alguma maneira. —  Você poderia parar de fumar, e nos ajudar?

Um estalo foi ouvido no corredor, tão breve que eles quase não perceberam. Ambos arregalaram os olhos se pondo em modo de vigilância. Eleanor rápida e silenciosamente abriu sua gaveta pegando uma arma, tendo o cuidado de escondê-la na gaveta entreaberta.

— Alguém veio nos visitar. —  disse sobriamente.

—  É o assassino? — o filho do oficial perguntou assustado em tom baixo.

Não lhe responderam, estavam tensos demais.

A porta do quarto da garota foi arrombada assustando-os, todos se colocaram em posição de alerta, enquanto Eleanor preparava-se para erguer a arma para o vulto.

— Heather Jackson, você está presa. —  um grupo de pelo menos, sete policiais apontavam armas para eles.

Todos os olhares recaíram para a garota punk que se levantou erguendo os braços, em sinal de rendimento. Tudo estava acabado agora.




 

x     -

 




ANTES






O céu de Amels Hills era nublado naquela manhã, tão nublados quanto os olhos de Eleanor Martinez. Nublado talvez não fosse a palavra certa, e sim perdidos, seu olhar vagava pela estrada enorme que se estendia da janela do carro. Eram novos horizontes, o vento soprando seu cabelo, o balançar do carro. A garota respirava fundo ocasionalmente, dizendo a si mesma que ela conseguiria voltar a morar com seus pais novamente. Afinal, o que acontecia na França, ficava na França, agora ela estava na Inglaterra e nada seria mais como antigamente.

Prometeu deixar quaisquer vício para trás, e se esforçar pelos seus pais, e não por si mesma. Era algo novo para ela, tentar ser uma boa pessoa, embora ela soubesse no fundo que não era uma de fato.

— Já estamos chegando? —  era seu irmão mais velho que falava, James, até uns anos atrás ele só ligava para festas e garotas, Els ainda não sabia se ele continuava o mesmo.

— Uns quarenta minutos. —  Dylan, olhou para a esposa enquanto dirigia, a mulher olhava para um mapa enorme franzindo a testa. — querida, você realmente sabe ler um mapa?

Kate olhou o marido irritada e bufou, soprando uma mecha loira de seu cabelo para longe de seus olhos chocolates.

—  O quê você acha? — ela levantou a sobrancelha.

Ótimo, eles vão começar a discutir, como sempre. A garota revirou os olhos, se perguntando porque raios ela pensou que dessa vez as coisas fossem mudar novamente. Era um novo país, uma nova casa, mas parecia que a história iria se repetir como de costume.

— Então, —  Courtney, a irmã do meio interrompeu uma futura discussão — vocês vão começar a trabalhar hoje?

Court era o tipo de irmã exemplar que Eleanor deveria ter sido, pelo menos era isso que sua família dizia, somente Els sabia alguns de seus podres. Apesar de sempre estarem discutindo, as duas eram bem unidas e apoiavam uma à outra.

—  Somente a mãe de vocês, ela tem uma reunião importante. —  Dylan disse voltando a prestar atenção na estrada, e o carro voltou a ficar silencioso.

Eleanor voltou a encarar a janela do carro, as vezes ela se esquecia de como era observar os lugares além de uma janela de um quarto com uma cerca de proteção. As palavras dos médicos soavam nos seus ouvidos diversas vezes, que caso ela fosse uma menina boa, talvez não precisasse mais das pílulas. Fechou os olhos imaginando em que realidade alternativa isto aconteceria e acabou por adormecer, cansada demais para perceber que eles já tinham chegado na casa.



(...)



Aquela casa era um pouco maior do que a anterior, era simples porém confortável, não era algo como a casa dos sonhos, mas já era o suficiente. Quando Eleanor acordou e saiu do carro meio cambaleante, seu pai pegou suas malas e sorriu para a filha. Ela sabia o quanto eles estavam se esforçando para que tudo voltasse normal, que eles só queriam viver como uma família normal, e que eles fariam de tudo para que ela ficasse normal também. Não importava quantas pílulas por dia, apenas queriam que ela melhorasse.

A morena sorriu minimamente de volta, adentrou na casa com uma caixa de papelão nas mãos. Todos pareciam estar ocupados arrumando suas coisas, embora eles fossem precisar do final de semana inteiro para arrumarem a casa. A garota subiu as escadas do hall de entrada e se dirigiu a um dos quartos no fim do corredor, estava vazio. Bem, agora era seu.

Fechou a porta atrás de si mesma com um suspiro. —  Inglaterra, ha?

Sentou-se no chão do quarto vazio e branco, começou a pensar em como organizaria seus posters de bandas indie na parede, e de como encheria uma prateleira só com Cds. Ela entupiria seu guarda roupa com suas blusas, se sentaria em sua escrivaninha…

— Els? —  sua mãe bateu na porta, como ela sabia que aquele era seu quarto?

—  Sim? —  a garota abriu a porta olhando tímida para a mãe.

—  Almoço. —  a mulher sorriu estendendo um pacote do Mc Donalds, a garota hesitou olhando para a gordura que parecia escorrer no papel do hambúrguer e sorriu amarelo. Era como se seu estômago se revirasse ao olhar para a comida.

—  Obrigada mamãe.

Kate sorriu ao ver a filha dar uma mordida supostamente animada, embora ela não quisesse realmente comer aquilo. A loira deu meia volta e se dirigiu para o quarto de James que ficava logo na frente, Els fechou a porta e largou o pacote em algum lugar do quarto sem cabeça para pensar em comer no momento. Abriu sua caixa começando a pegar as coisas mais práticas de se arrumar, alguns livros, que ela raramente lia, uma palheta velha embora seu violão estivesse na França, e uma miniatura da Torre Eiffel que Laurie (a garota com quem ela dividia quarto) tinha lhe dado no dia em que ela saiu da reabilitação. Talvez não fosse ser tão fácil assim se adaptar a Amels Hills.



(...)



Foi só baterem apenas uma vez na porta que Kate foi animada atender, na porta de sua casa estava um homem grisalho alto de olhos azuis e um garoto branquelo com um sorriso amarelo. Eram os vizinhos, os Owen, eles moravam na casa ao lado.

— Seja bem vinda à vizinhança. — o Sr. Owen disse com um sorriso agradável para Kate, o garoto (que visivelmente foi obrigado a ir) estendeu uma cesta de boas vindas para a mulher com um sorriso torto.

—  Oh, mas que gentileza. —  Kate sorriu amável, — sou Kate Stonem.

—  Dylan Stonem —  o marido curioso se intrometeu com um sorriso forçado para o vizinho.

—  Eu sou o Oficial Owen e meu filho Thomas. —  disse batendo de leve na cabeça do filho que desviou o olhar, parecia procurar um lugar para se esconder.

Eleanor desceu as escadas do Halls e tropeçou no último degrau, dando de encontro com o oficial e o garoto a olhando curiosos.

—  Essa é a nossa filha, Eleanor. — Kate sorriu torto enquanto Els sentia seu rosto queimar de vergonha enquanto ela se levantava.

—  Escada escorregadia, —  ela disse apontando de forma inútil para suas meias tentando justificar seu ato. — prazer em conhece-los.

Courtney passou por ela dando uma risadinha típica, e James revirou os olhos no fundo. Os pais fingiam não ver os filhos e não estarem envergonhados com o comportamento infantil dos mesmos.

— Bem, —  o Oficial sorriu torto para os adultos  — até outro dia.

—  Até. —  Kate sorriu agradecendo mais uma vez pela cesta e fechando a porta atrás de si mesma, Dylan mal esperou os vizinhos se distanciarem para começar um sermão sem fim.

—  Vocês não poderiam agir como pessoas normais? — ele resmungou e James balançou a cabeça negativamente.

Eleanor limpou a poeira de sua calça jeans e subiu as escadas de volta para seu quarto, pensando em como seria maravilhoso ser a garota nova na cidade, e no colégio.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

vou deixar aqui nas notas finais como seria o cast de reckless na minha mente, para ajudar vocês a imaginar os personagens

eleanor stonem - emma watson
matthew adams - tyler posey
thomas owens - dylan obrien
heather jackson - kaya scodelario

apesar de eu ter começado a história vendo a Eleanor como a Emma, hoje em dia eu não a imagino mais assim e não achei nenhuma atriz/modelo que me parecesse com ela btw

mto por ter lido ♥



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Reckless" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.