In the stars escrita por Uma altora sem nome


Capítulo 2
Capítulo 2




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O radio tocava uma antiga musica de blues na voz imponente de alguma cantora que eu desconhecia o nome, mas que já havia ouvido as musicas diversas vezes, o som dos instrumentos era juntamente da voz incrivelmente atrativo aos meus ouvidos é eu não podia evitar murmurar a letra da musica em quanto observava com cuidado o colar sobre minha escrivaninha buscando uma forma de concertá-lo. Já havia amanhecido e a chuva finalmente havia parado em algum instante das poucas horas que eu havia adormecido esta noite, o cheiro de café recém-preparado invadia meu nariz me distraindo de meu atual objetivo acompanhado pelo mais delicioso cheiro de biscoitos de canela recém-saídos do forno, assim como o cheiro da terra úmida que evocava em minha mente o desejo de seguir para uma longa cavalgada pelas terras da família.

— Já esta acordada, querida? - A voz de minha mãe invade o quarto e de forma rápida eu ergo minha cabeça escondendo por baixo de minha própria mão o colar. 

— Já sim! Não consegui dormir direito. - declaro abrindo um pequeno sorriso em quanto minha mãe sorri de forma acolhedora e se senta em minha cama. 

— Me lembro de quando era pequena, acho que tinha mais ou menos 5 anos ou um pouco menos, não tenho certeza, era sempre a mesma coisa você nunca conseguia dormir direito antes do natal, sempre dizia que era uma época magica que a magia ficava mais forte nesta época e que sentia isto. - Minha mãe fala e eu dou uma risada baixa, mas meus olhos são atraídos ao globo de neve que meu tio havia me dado.

— Haviam momentos que eu era um pouco boba! - falo me levantando e com cuidado para minha mãe não ver coloco o colar abaixo de alguns livros que estava estudando nos últimos dias. 

— Eu sempre achei adorável, e você sempre teve uma mente fértil, por exemplo, se recusava a acreditar que Papai Noel não existia independente de quantas vezes seu irmão repetisse isto. 

— o assunto e sobre mim? - a voz de meu irmão invade meu quarto e eu não pude evitar uma risada. 

— Sim meu caro irmão destruidor de natais. - falo jogando uma pequena almofada no mesmo que desvia e me encara confuso. 

— Mas eu não fiz nada. - Sua face estava estampada com feições visivelmente confusas e inocentes, quem via poderia ate mesmo acreditar que era um anjo, mas para mim e minha mãe aquilo foi só motivo para risadas. 

( . . . )

O café da manha fora tranquilo e bem divertido, minha mãe havia feito sua famosa torta de maça que combinava com perfeição ao sabor do café e dos biscoitos de canela que somente, Adelaide, a velha cozinheira que vinha durante as manhas sabia fazer! Entre as garfadas historias e piadas saiam de nossas línguas causando risadas e um ambiente agradável, apos este período meu irmão saiu juntamente de minha mãe para ir à cidade próxima fazer algumas compras e a hora de meu tio Kirke partir havia chego.

— não se esqueça de conversar com sua mãe! Será adorável ter a você e seu irmão, e creio que os Pevensie irão adorar ter companhia. - ele declara me beijando na testa e sorriso antes de subir na charrete guiada pela velha governanta que ofereceu a mim um cordial sorriso.

— Vou conversar! - declaro antes de ver o cavalo acelerar levando consigo o veiculo. 

Observo os céus, estava nublado mas além disto não haviam indícios de que voltaria a chover tão cedo, não consigo conter um sorriso que surge em meus lábios e muito menos meus passos ágeis me levam novamente a meu quarto; vasculho meu guarda roupa por alguns segundos e pouco depois já estava trajando uma calça de panos colados a meu corpo assim como altas botas e uma blusa de linho branca extremamente larga para meu corpo entretanto que rapidamente fora ajustada com ajuda de um cinto incrivelmente grosso e que quase parecia um corpete. Antes de sair do quarto retiro o colar de baixo do livro que estava e o coloco no bolso da calça, o levaria a nosso vizinho afinal não havia nada que o velho senhorzinho, de costas curvadas e sorriso gentil, Joseph não saberia concertar. 

Montada nas costas do velho cavalo de meu pai, Náutilus,  nome dado devido a seu livro favorito - vinte mil léguas submarinas -  mesmo livro que já perdi a conta de quantas vezes já li,  segui a trilha que levava a casa vizinha; Náutilus sabia exatamente o caminho a seguir então não me importei tanto em observar o caminho, fiquei distraída em meus pensamentos  então só reparei que o caminho ja havia acabado quando escuto a voz do velho senhorzinho me dar bom dia. 

— Bom dia Senhor Joseph! - Declaro sorrindo e desmontando de Náutilus o amarrando na cerca de madeira. 

— Aurora, Como esta sua mãe? - A esposa de Joseph pergunta em quanto estava ajoelhada sobre a grama cuidando de suas rosas vermelhas e belas e da pequena plantação de morango que exalava um cheiro maravilhoso. 

— Esta bem, ela foi a cidade hoje! Inclusive suas rosas estão maravilhosas, e os morangos, mal espero a época de colhê-los já posso imagina como a sua torta estará deliciosa - Declaro sorrindo gentilmente a ela e logo ela concorda se erguendo do chão e me recebendo em um abraço. - Irei preparar uma chá para nos! Venha entre! - não posso negar a senhora me puxa pelo braço e rapidamente já estou dentro da pequena e confrontável casinha. Conversei tranquilamente com ambos bebendo de meu chá e escutando Joseph contar historia e lendas antigas em quanto sua esposa ria e falava que éramos dois sonhadores, o colar infelizmente não pode ser concertado, não hoje, apos analisar a corrente e o pingente Joseph elogiou o trabalho dizendo que era muito delicado e pedindo desculpas por não ter o material necessário para concertá-lo naquele instante, pediu para que dentro de uma semana, no mais tardar duas, eu retornasse a casa afinal neste período uma nova encomenda de materiais chegaria a ele. 

Com um sorriso gentil e agradecimentos sai da casa e me despedi deles, teria sido uma rotineira e simples despedida, daquelas que não são completamente marcadas em nossa mente, mas uma frase se cravou em minha mente como ferro quente marca a pele.

— Cuidado criança, tem uma tempestade se aproximando! - Joseph foi o responsável por falar isto, essa frase que deveria representar apenas sobre o tempo que havia se fechado, mas algo dentro de mim gritava que tinha algo oculto naquelas palavras, mas fui obrigada a deixar isto de lado quando escuto um trovão ecoar pelos céus.  - Melhor ir, sua mãe deve ter chego e deve estar preocupada! - O senhor fala e eu apenas concordo atiçando o cavalo para seguir pelo caminho que eu tinha vindo antes. 


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