Adele escrita por Camélia Bardon


Capítulo 20
Epílogo


Notas iniciais do capítulo

Finalmente cheguei aqui com essa peça rara! Confesso que ela ficou com um tamanho muito maior do que eu havia previsto, mas acho que vocês não vão achar ruim, né? Heheheh ♡

Vou me poupar para as notinhas finais. Se preparem, que lá vem textão.



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Bloomsbury, Londres, outubro de 1896

 

Com o peso da gravidez comprimindo meu ar – mais uma, a terceira –, mal me movia na cama. O médico do distrito, junto à sra. Lambert, me deram ordens explícitas: repouso absoluto. Eram da opinião de que não era um bebê, mas dois. Logo que recebemos o palpite, Harvey já foi se explicando:

— Deve ser genética sua, eu não tenho gêmeos na família!

— O pior é que não tenho como saber — gargalhei. — Nunca me deram nada, mas a genética...

Ele suspirou e encostou a bochecha em minha barriga. Em seu colo, o mais velho, Thomas, inclinou-se junto ao pai, para escutar sabe-se lá o que. Com seus quatro anos, Tom era esperto como o pai.

— O que é... genética? — perguntou ele, num tom justificavelmente confuso.

Harvey tentou seu melhor, enquanto eu alternava minha posição na cama para olhar o irmão mais novo (agora, o do meio), Alexander. O pequeno e quieto Alex. Sempre que podia, tirava um cochilo. Nada diferente, naquela ocasião.

Sacredieu! — exclamou Tom, na sua expressão preferida do francês que eu lhe ensinara. — E como eles foram parar aí, maman?

— Mais uma boa pergunta para o seu papa lhe responder, Tom — sorri, mesmo que meu tom indicasse maldade.

Harvey bufou, se desencostando de minha barriga e levantando-se com Thomas no colo. Seu olhar faiscava. A senhora me paga. De início, ele fez que ia sair, no entanto deu meia-volta e fuçou no bolso da calça, à procura de algo.

— Ia me esquecendo — murmurou ele, retirando um pequeno envelope de cor creme e entregando-o a mim. Estendi as mãos para alcançá-lo, mesmo que o remetente tenha ficado voltado para baixo. — Ève disse que foi enviado de Paris.

— Paris? —repeti, atônita. — Obrigada, querido. Irei ler em breve, sim?

Ele confirmou com uma piscadela, retirando-se para ir explicar à Thomas os mistérios da vida. Quanto a mim, permaneci observando o envelope por algum tempo, antes de decidir colocá-lo sob o criado-mudo. Depois, alcancei a primeira gaveta, na intenção de tirar de lá o meu envelope. Ao meu lado, Alex resmungou pela súbita atividade na cama. Isso me fez correr a ponta dos dedos por seu cabelo castanho, afastando-o do rosto para que pudesse respirar.

Então, me voltei para o segundo envelope, de papel pardo. Seu conteúdo encontrava-se dobrado de modo desleixado, e escrito com um mero lápis de marcenaria. Ao menos, a maioria delas.

Todas as seis cartas que enquanto ainda residia na França. Guardadas. Nunca enviadas. Peguei-as uma a uma, colocando-as sobre meu colo, em ordem da mais recente para a mais antiga.

Daí, coloquei-me a lê-las.

 

“Basílica de Saint-Pierre, Avignon, julho de 1890.

Caro Bertoli;

É verão e acabei por finalizar minha leitura de Os Três Mosqueteiros. Por algum motivo, o enredo recordou-me do senhor – sei que detesta ser chamado de tal modo, no entanto estou sendo respeitosa, queira perdoar-me –, então pensei em lhe escrever. Se o senhor e Ettore tivessem um irmão a mais (ou, então, poderia incluir Remy neste jogo), eu voluntar-me-ia para ser d’Artagnan.

Confesso que é um tanto difícil de falar assim, de longe. Sem poder rir de suas reações, ou então ficarmos em silêncio em conjunto. Aqui em Avignon é um tanto quanto quieto. Não desmereço meu lar de forma alguma, contudo... sinto a falta de vosmecê. Não apenas de ti, mas de todos os outros empregados. Espero que também se recordem de mim, vez ou outra. Com o melhor dos humores!

Adoraria ter tido tempo de agradecê-lo pela paciência em ouvir minhas aventuras românticas – ou nem tanto assim – em Bordeaux. Se pudesse agradecê-lo de alguma forma, traria sua Danielle de volta.

E... obrigada por sempre ter sido gentil.

Como ensinou-me a dizer, à moda italiana,

Grazie. Amore, Adele.”

 

❀❁❀

 

“Basílica de Saint-Pierre, Avignon, maio de 1890.

Lady Lilian Chevalier;

Meus sentimentos pela senhora são tão ambíguos que inicio esta carta sem saber a certo qual será seu conteúdo. Devo dizer que, durante bom tempo, cogitei a ideia de odiá-la, por enxergá-la como uma rival. Como fui tola! Estes meus preconceitos infundados em relação à senhora – senhorita, àquela altura – me fizeram ver tudo num âmbito hostil. Peço que me perdoe.

É decerto normal tratar a criadagem com certo desprezo. Não tiro as razões das senhoras e senhores por optarem por tal tratamento, no entanto... fico deveras feliz pela senhora não ter sucumbido aos caprichos de vossa mãe. Arrisco a dizer que até agradou-me vê-la se impor quanto a determinadas ações descabidas de lady Margaret Moreau. Ao fazê-lo, a senhora me permitiu aliviar um bom peso no coração.

O que me leva a mencionar nossa trégua, a conversa na ocasião da prova do vestido nupcial, bem como o envelope que me reservou. Me perguntei como e porque decidiu que resguardar-me-ia a quantia adicional. No entanto, parei de me questionar após chegar à conclusão de que, se me fosse possível ou necessário, eu faria o mesmo. Pois é assim que funcionam as amizades, sim? (Estou autorizada a utilizar essa palavra para convosco? Amizade?)

Ah, Lilian... estive tão enganada quanto a Thierry... compreendo que não seja sua culpa por completo, contudo... de todo meu coração, desejo que o olhar de indiferença que ele tem para convosco nunca se torne um olhar de desprezo, como no casamento, para comigo. E, algum dia, espero que encontre o amor – independentemente sob qual forma ele venha.

Obrigada pela honestidade, Lilian. Espero que nos encontremos novamente, esbarrando em qualquer acaso da vida.

De sua nova amiga inusitada, Adele.”

 

❀❁❀

 

“Basílica de Saint-Pierre, Avignon, maio de 1890.

À lady Anneliese Chevalier, de Hérault (ou, se a situação me permitir, minha figura materna mais próxima enquanto em Montpellier);

Ah, senhora. Sempre tive tanto a lhe dizer, no entanto jamais encontrei ocasiões ou palavras que me auxiliassem na tradução de meus sentimentos. Creio que uma excelente alternativa é começar e terminar em ordem cronológica.

Quando cheguei à Languedoc-Roussilon, com meus dezoito anos, foi a senhora quem me convidou a ficar. Nunca havia visto a Abadessa Josephine tão orgulhosa. Tenho o palpite de que ela já estava ciente de que seu modo de vida não semelhante ao meu. Diga-me, senhora: quando se é mãe, e possível saber com antecedência a personalidade dos filhos? Retornando ao assunto... apesar das implicâncias e indecências da parte de lorde Victor (e sinto muito em seu nome, senhora), foi deveras agradável ter uma recepção tão pacífica da parte da senhora. E de Melina, é claro.

Todos os anos em que estive sob serviço da Casa Chevalier, contentei-me em observar Thierry e Sienna crescerem, educados e meigos. O que me leva a pensar em seu terceiro filho. Que surpresa! No entanto, tenho certeza de que as coisas estarão deveras mudadas, agora que nem eu nem Thierry estaremos aí para mimá-lo. Por sorte, Sienna ainda estará aí, para fazer companhia à senhora.

Como mãe, se me permite dizer, imagino ter sido difícil tomar a decisão que tomou, com relação à lady Lilian e Thierry. Imagino o quão atormentador deve ser escolher entre o amor de um filho e uma boa reputação social. Não a julgo, pelo contrário; mesmo que não caiba a mim conceder perdões, quero que a senhora saiba que agiu conforme pensou ser o melhor. E Thierry entenderá isso, mais cedo ou mais tarde.

Minhas melhores lembranças à senhora e a seu filho (ou filha), assim que este (ou esta) vier ao mundo. Ademais, por favor, tente não se culpar, senhora. As circunstâncias da vida nada têm que colocar seu peso sobre os ombros de uma só mulher.

Com todo o carinho que me foi contido, Adele.”

 

❀❁❀

 

Basílica de Saint-Pierre, Avignon, maio de 1890.

À mais bela milady, desde Montpellier até Paris, e minha melhor amiga e irmã mais nova, Sienna Chevalier;

Como sinto sua falta! E como gostaria de tê-la encontrado no casamento de Thierry, para lhe dar um último abraço! Acaso se recorda das vezes em que demonstrou afeto por mim em público (público esse também conhecido como os únicos moradores da Casa Chevalier!) e recebeu reproches em retorno? Céus, todas as vezes em que fui obrigada a presenciar isso, quis protegê-la debaixo de meus braços. Mas, ante a minha posição social, que podia fazer para lhe livrar da falta de carinho de seus pais?

Mal imagina as vezes em que me sentei de frente para um espelho e a falta de uma milady para pentear e arrumar me alfinetou. Ou, então, das vezes em que quis conversar acerca de minhas novas leituras e compartilhava meus pensamentos com ninguém além de mim mesma. Pior! Senti falta de fazer troça das missas descabidas convosco. Em Avignon, há cada uma... que Deus me perdoe pela insolência...

E por falar em insolência, o que mais gostaria de me atualizar com a senhorita é com respeito a seu relacionamento com lorde Bretonne – não me recordo se em algum dia chegou a mencionar seu nome em suas aventuras. Espero que, do fundo de meu coração, a vida tenha encontrado um meio de fazê-los se encontrarem novamente (e, de preferência, antes de sua próxima visita anual a Paris), pois, como disse um querido amigo meu, “pássaros livres morrem de tristeza ao serem capturados”.

Torço para que voe livre. E que a felicidade seja o nome do vento que lhe auxilie a planar.

De sua irmã (proibida), Adele.”

 

❀❁❀

 

“Basílica de Saint-Pierre, Avignon, maio de 1890.

My dear – ou, como aceitável socialmente –, meu mais estimado companheiro de viagens, leituras e máquinas mirabolantes, senhor Harvey (se soubesse seu nome do meio, aqui ele iria) Banks;

Devo lhe confessar algo. E não sei qual será sua reação às minhas palavras, porquanto... também eu estou receosa em expô-las. Todavia, é necessário.

O senhor, dentre todas as pessoas que passaram por minha vida – tão ordinária, mas singela –, foi quem me deixou confortável para conversar acerca de qualquer assunto que viesse a ser colocado em pauta. Mesmo assim, conservo meus medos e angústias para mim, pois quando escrevo, o senhor já se encontra há uma distância considerável. E se, assim que lesse, desejasse fugir para ainda mais remoto?

Por que teve de aparecer em minha vida, só para depois partir? A sensação foi semelhante à de saborear um torrão de açúcar e não ter água, posteriormente, para tirar seu gosto. Por que, Harvey, teve de me fazer amá-lo, apenas para depois me deixar à deriva? Louca num mar de mim?

Perdoe-me. Estou sendo injusta. Sei que a culpa não foi sua. Mesmo assim... parte de mim adoraria saber... diga-me: sou a única de nós dois que se sente assim? Ao menos, se souber, pode ser fácil para ficar sozinha, sabendo que também está...

Se fosse sua noiva, nunca o deixaria escapar. Mesmo que eu tenha até a agradecer por sua noiva ter engravidado (mesmo sentindo muito). Senão, nunca teria o conhecido.

Espero que esteja bem e feliz, independentemente de onde quer que se encontre. Para minha infelicidade – quem sabe não? –, irei amá-lo para sempre.

Obrigada por me mostrar o lado belo da saudade.

Com amor, para sempre sua (se algum dia já fui), Adele.”

 

❀❁❀

 

“Casa Chevalier, Hérault, Languedoc-Roussillon. Montpellier, dezembro de 1889.

Querido Thierry,

Creio estar sendo indecente quanto aos pronomes de tratamento, porém penso ser mais inadequado ainda iniciar uma carta a alguém querido com “ao senhor Thierry Chevalier, de Hérault”. Queira perdoar-me, sim?

Gostaria de agradecer a oportunidade de tornar possível eu estar lhe escrevendo no momento. Acredito que minha gramática e minha caligrafia não sejam das mais desejosas, mas também sou da opinião de que o senhor não se incomodará com estes detalhes. Mesmo assim, gostaria de denotá-los.

Também, obrigada pelos livros, pelas aulas, pelo piano – bem como os pequenos conceitos na biblioteca. Principalmente, por sempre dividir as informações do mundo lá fora comigo. Ao fazer isso, tratou-me como a uma igual. Obviamente, não foi o caso de me sentir uma madame, apenas... não uma camareira. Uma amiga. Uma vez.

Estou a ponto de embarcar numa grande aventura, da qual não sei se serei capaz de narrar. Estou aterrorizada com a perspectiva. Porém, prometo contá-lo tudo assim que possível. E, é claro, se quiser que o faça.

És gentil, Thierry. Sempre seja vosmecê, e todos irão amá-lo como eu o amo.

Carinhosamente, Adele.”

 

❀❁❀

 

Terminei minha leitura após as mais diversas reações: a nostalgia, melancolia, alegria, mas também... o arrependimento.

Claramente, mesmo após seis anos, não havia esquecido de nenhum deles no entanto, minha intenção ao não enviar as cartas fora justamente fazê-los esquecerem de mim, ao passo que era uma ninguém.

Há tempos eu abandonara tal pensamento. Ao tornar-me esposa de um inventor, passei a frequentar os mais diversos círculos sociais – graças ao universo, apenas os que deixavam a mim e Harvey confortáveis. Em Londres, jamais questionaram sobre minha origem. Sempre me passei como boa dama, tirando tudo que acompanhara Sienna a aprender. Não se tratava da alta sociedade, porém não pude deixar de intimidar-me de início. Harvey, em contrapartida, garantiu-me que iam “apaixonar-se por mim, como o fiz”.

Vez ou outra me perguntava o que havia feito de tão grandioso para que capturasse sua afeição de tal modo. Em meio a tantos casamentos infelizes à minha volta, quando mais nova, conjecturei se o meu – e se viesse! – estaria fadado ao mesmo destino. Entretanto, surpreendi-me com uma união carinhosa, sem intenções comerciais e, acima de tudo, verdadeira. E sempre seria grata ao universo por ter nos colocado para caminhar na mesma direção.

Então, reler aquelas cartas foi como relembrar onde aquela jornada começara. E não pude ficar de braços cruzados ante a nova carta, aguardando-me no criado-mudo. Com um suspiro, inclinei-me a segunda vez em busca do envelope de cor creme. Alex, por sua vez, bocejou e agarrou-se à minha perna.

Rasguei o papel, simultaneamente ansiosa e temerosa. Puxei-o para ler o remetente. Meu coração quase saltou pela boca, tamanha a surpresa.

 

“Belleville, Paris, 31 de outubro de 1896.

De l. Sienna Bretonne, à sra. Adele Banks

Querida Adele!

Quão difícil foi encontrá-la neste enorme mundo! Por mais que tenha optado por não entrar em contato para com nenhum de nós – sábia decisão, de fato, jamais poderia julgá-la por ela –, pensei tratar-se de um sacrilégio eu, sem quaisquer limitações sociais, sequer esforçar-me em procurá-la. Mal sei se deseja meu contato, porém antes entristecer-me pela falta de uma resposta do que morrer sem saber que me importo com vosmecê.

Como dizia, foi deveras difícil encontrá-la. Lady Lilian – pasme! – e eu tivemos de endereçar primeiro uma carta à Avignon, para apenas após a resposta desta saber de seu paradeiro. Daí, soubemos que se casou com um cientista inglês e vivia a plena vida londrina. Adoraria questionar o PORQUÊ de vosmecê JAMAIS tê-lo mencionado em Montpellier, enquanto eu destrinchava todas as vias de meu coração acerca de Émille.

Ah, Adele, Émille...! Deve ter lido o remetente, é claro. Consegue acreditar que, após um ano de cortejo – e um dos mais malsucedidos devido à desaprovação de mamãe, devo acrescentar –, finalmente tivemos um momento de paz? Agora, como... tentarei resumir. Porque ainda tenho esperanças de contar-lhe toda a história pessoalmente.

Pois bem. Logo após o casamento de Lilian e Thierry, quando vosmecê foste embora, Lilian convidou-me a passar algum tempo em Paris, porquanto que minha mãe ainda estava com a gravidez pela metade (já discorrerei acerca disto). Então, passado certo tempo, Émille iniciou o cortejo correto. Casamo-nos pouco mais que três meses posteriormente.

Então, a vida já estava praticamente resolvida para lady Hérault. Com os dois filhos casados, só lhe restava dar à luz ao terceiro. Talvez gostaria de saber que a meu irmão foi dado o nome de Matthieu. Achei-o bem semelhante à Thierry nos cabelos claros, mas os olhos são escuros como os meus. Realmente espero que ele tenha uma boa infância, com o pai que tem. Talvez, comigo e Thierry longe, ele cresça como filho único. Já tem seus cinco anos, e consegue ser mais tagarela do que eu – é notável pela expansão da carta, não?

Bem, eu... creio que era tudo o que tinha a dizer, por ora. Se acaso receberes minha carta e quiser respondê-la... ficarei feliz em contar o que não pude nesta.

Lilian a manda lembranças. E Thierry, se soubesse que estamos escrevendo, mandaria igualmente.

Sinto muitíssimo a sua falta, Adele. Todos os dias, desde que partiu. Thierry contou-me o motivo de sua partida. E eu sinto muitíssimo, igualmente, por vosmecê e por ele. 

Eu a amo, querida irmã. Mande um olá para seu esposo, também.

Afetuosamente, S.B.”

 

Alex finalmente despertou quando finalizei a leitura. Devo ter fungado tanto que ele se incomodou. Esfregando seus olhos, virou-os para mim com a curiosidade estampada no rosto.

Maman? 'Tá triste?

— Não, meu amor. Estou muito, muito contente.

— Mas... chorando...

— As pessoas também choram quando ficam felizes, Alex. Não se preocupe — inclinei a cabeça para lhe dar um beijo na testa, ao passo que ele sorriu. — Posso pedir uma coisa, mon coeur?

— Sim, maman! — como se nem estivesse dormindo há pouco, Alexander esgueirou-se para fora da cama, solícito.

— Chame seu papa até aqui, por favor?

Alex saiu em disparada pela casa. E eu, sorrindo, aguardei seu papa. Tínhamos muito a conversar... e uma viagem para planejar.


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Notas finais do capítulo

Adele, mamãe de dois e agora quase quatro! Vocês acreditam???? Eu não sei vocês, mas acho que é a família mais fofinha ♡

As cartas também, que tanto fiquei devendo a vocês durante toda a fic... me digam o que acharam delas! Perceberam a evolução da menina Adele nos sentimentos pelo Thierry, desde a primeira até a última? Querem me matar? Me contem tudinhooooo!

Finalizo a história com esse gostinho proposital de quero mais. Afinal, o suspense é tudo na vida MUAHAHAHAHA e também porque se tivesse mais que isso, não iria ficar condizente com o prólogo... Se vocês, assim como eu, não aprenderam a dizer adeus (Ester, essa é pra você!), esse ano minha participante das drabbles foi para dar um gostinho a mais para a Sienna, coisa que eu quis fazer desde sempre :') para quem quiser conferir e tiver curiosidade de como ficaram as coisas do lado de lá depois do casamento de Thierry e Lilian: https://fanfiction.com.br/historia/782633/Sienna/

Ai, é isso *segurando o choro* Obrigada a cada um que tirou um tempinho para ler, favoritar, comentar, recomendar... mesmo quem ficou só como fantasminha. O carinho de vocês foi o que me salvou de parar de escrever. Adele é o meu xodó e vai ficar guardada no meu coraçãozinho, assim como vocês ♡

Nos vemos por aí numa próxima! Um beijão no coração de vocês!