True Love escrita por Candy S


Capítulo 6
Capítulo 6


Notas iniciais do capítulo

Daphne Dean - Marie Avgeropoulos
Barry Allen - Grant Gustin
Louis Deville - Louis Garrel
Liza - Rose McIver
Edward - Nick Blood
Carly - Erica Dasher
Ralph Dibny - Hartley Sawyer
Iris West - Candice Patton
Caitlin Snow - Danielle Panabaker
Harry Wells - Tom Cavanagh



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Hoje íamos folgar, por causa do cano estourado, mas resolvemos nos encontrar no Jitters.
— Esse café Flash é simplesmente incrível. - Liza disse animada, tomando o café.
— Onde a Carly está? Pensei que ela viria, já que todo dia ela sai pra tomar um café.
— Pois é... Mas ela disse que viria.
— Vocês realmente acreditam que a Carly sai todo dia para tomar um "café"? - Edward fez um aspas com as mãos.
— Você acha que não?
— Eu não sei... Mas acho que não. Outro dia eu peguei ela falando com alguém no telefone. Parecia bem romântica.
— A Carly está namorando e não me disse? - Liza falou chateada. - Não acredito!
— Falando nela...
— Oi, pessoal. - ela disse nervosa, sentando ao meu lado.
— Você está saindo com alguém? - Liza perguntou.
— O quê? Do que vocês estão falando? Não acredito que ele fez isso, não acredito que ele divulgou isso! - Carly colocou as mãos no rosto, começando a chorar.
— Ei, o que aconteceu? - a abracei.
— Não acredito que isso está acontecendo!
— Carly, do que está falando? - Edward perguntou.
— Do que vocês estão falando?
— O Edward disse que você está namorando alguém. - Liza disse.
— Então ele não divulgou nada?
— Ele quem?

Carly respirou fundo.
— É que... eu estou sendo chantageada.
— Como assim?
— Eu... estou me encontrando escondido com o Tyler Bellows, o filho do prefeito.

Ficamos surpresos.
— Calma. Deixa eu ver se entendi. Alguém está te chantageando porque você está com o filho do prefeito? Mas ele é noivo, não é?
— É... Mas eu juro que nunca quis que chegasse a esse ponto. - ela começou a chorar novamente.
— Calma, Carly. - peguei um pouco de guardanapo, a entregando.

Ela enxugou suas lágrimas e continuou.
— Tem um cara, um detetive, o nome dele é Ralph Dibny. Ele descobriu o nosso caso e agora está nos ameaçando se não pagarmos um valor.
— E quanto é?
— Cem mil. Eu não tenho esse dinheiro e o Tyler... Bem o dinheiro que ele ganha é do pai.
— E o prefeito? Por que ele não pode dar esse dinheiro?
— Ele não sabe. Eu não acredito que isso está acontecendo! Quando isso sair, todo mundo vai me olhar diferente, vão pensar que eu sou uma vadia.
— Quando você saía, dizendo que ia comprar café... Estava indo encontrá-lo, não era? - Edward perguntou.
— Sim. Mas, Ed, eu juro que não planejamos isso, apenas aconteceu.
— Eu sinto muito, amiga. - Liza saiu do seu lugar, sentando ao lado de Carly e a abraçando.
— Você acha que ele gosta realmente de você? - perguntei.
— Claro. Ele disse que ia terminar com a noiva para ficar comigo.
— E por que ele não faz isso logo? Digo... Para que pagar 100 mil pra esconder algo que logo vai se tornar público? - Edward perguntou.
— Eu... não sei. - Carly tinha os olhos marejados novamente.
— Quer saber, eu vou falar com esse tal detetive. - falei, indignada.
— E você vai dizer o que a ele? - Liza perguntou.
— Eu... eu... não sei. Mas vou tentar resolver isso.
— Sabe que não vai ser tão fácil assim, não é? - Edward me alertou.
— Eu sei, mas vou tentar. - disse, saindo do Jitters. apressada

***

Chegando no endereço do detetive, subi até o andar do seu escritório. A porta estava entreaberta, por isso a abri cautelosamente. Ao entrar vi alguém mexendo em algumas gavetas.
— Barry?

Ele se virou em um sobressalto.
— Você me assustou!
— Desculpa. O que está fazendo aqui?
— Eu vim procurar... - ele se deteve - É uma longa história. Mas o que você está fazendo aqui?
— Eu vim falar com o Ralph Dibny.
— Ah, ele não está aqui.
— E onde ele está?
— Ahm... Lembra daquela longa história que eu disse?
— Sim...
— Pois bem, vou tentar encurtá-la. O Dibny é um dos meta-humanos do ônibus e está agora no STAR Labs, pois precisa de ajuda. E foi isso que vim fazer aqui. Preciso achar uma amostra de DNA dele.
— Hum... Eu posso te ajudar. Mas você tem que me levar até ele depois, combinado?
— Combinado.

Começamos a procurar por algumas amostras de DNA de Ralph e acabei achando uma escova de cabelo.
— Acha que isso serve?
— Sim.

Tentando achar alguma coisa em relação a Carly, abri uma gaveta, mas para minha surpresa acabei achando uma bomba.
— Barry! - falei apavorada.

Ele veio ao meu lado e vendo do que se tratava, me abraçou, correndo para o lado de fora do prédio. Assim que saímos, ouvimos uma explosão atrás de nós.
— Espero que ele tenha seguro... - Barry pensou alto. - Ainda está com a escova?
— Sim.
— Ótimo.
— Mas você vai me levar até ele, não é?
— Sim. Está pronta? - Barry me abraçou, o que fez com que nossos rostos ficassem próximos.
— Hum... Sim.

Corremos em segundos até o STAR Labs, encontrando Harry no córtex.
— Ei! - disse feliz. - Não foi embora?
— Parece que ainda vai me ver por um longo tempo aqui, Dean.
— Que bom! - o abracei. - E o Cisco, onde está?
— Deve estar correndo do pai da namorada dele.
— A Cigana?
— É. O pai dela é um coletor também. E está caçando o Cisco.
— Nossa...
— A Caitlin está no laboratório? - Barry perguntou.
— Sim.

Fomos até lá, mas antes de entrarmos, Barry disse algo.
— Então, eu não te disse qual era o poder do Dibny, não foi?
— Não.
— Ele pode esticar algumas partes do corpo.
— O quê?

Barry abriu a porta do laboratório, e lá estava Ralph, com um dos braços e as pernas esticadas como borracha, espalhadas pelo chão.
— E eu achava que já tinha visto de tudo aqui...
— Conseguiu achar? - Caitlin perguntou.
— Sim. - a entreguei a escova.
— Obrigada. - Caitlin pegou, saindo para fazer algum tipo de soro.
— Espero que seja o suficiente, já que não temos como achar mais nada. - Barry comentou.
— Do que está falando? - Ralph perguntou, sem entender.
— Hum... Tinha uma bomba em uma de suas gavetas. O seu escritório explodiu.
— Ah não!
— Sabe quem pode estar querendo te machucar?
— É mais fácil perguntar quem não está querendo me ferrar.
— Falando nisso, quero conversar uma coisa com você. - falei.
— Pode dizer. Talvez depois que me concertarem, possamos tomar um drink.

Revirei os olhos.
— O quê? - Barry disse aborrecido. - Não se aproxime dela!
— Por que? Ela é sua namorada, por acaso?

Barry tentava disfarçar a decepção.
— Oh, vocês já namoraram, não é? Desculpe, Allen.
— Já terminou? - falei impaciente. - É o seguinte, você está chantageando a minha amiga. Quero que deixe-a em paz. Agora.
— Sinto muito, mas eu chantageio muitas pessoas. - ele riu, mas logo se conteve. - Pode ser mais específica?
— É sobre o filho do prefeito.
— Ah sim. Cem mil seria muito bem-vindo agora, já que meu escritório explodiu. Desculpe, docinho, mas não posso.
— Você está chantageando alguém por 100 mil reais? - Barry disse surpreso. - O quão podre você é?
— Negócios são negócios, Allen.
— Como pode querer arruinar a vida das pessoas desse jeito? - falei. - Com certeza deve estar faltando algo de bom na sua.
— Olha só, o que você acha que...
— Prontinho. - Caitlin disse, o interrompendo, trazendo consigo um líquido azul. - Aqui está.
— Não quero tomar isso. Parece ruim.
— Tem 17% de álcool.
— Então eu quero. Poderia ter dito antes. - Ralph pegou o copo da mão de Caitlin, tomando tudo, mas em seguida fez uma careta. - O que é isso?!
— É um soro de enxofre, óxido de zinco e ácido esterlico para reticular suas células polimerizadas.
— Traduz.
— Vai consertar você.

Imediatamente o braço e pernas de Ralph voltaram aos seus lugares.
— Conseguiu! Estou curado!
— Não está curado. Tudo o que fiz foi introduzir uma enzima estabilizadora para redefinir seu corpo para a forma padrão.
— Então, podemos voltar ao assunto...? – falei.
— Desculpe, docinho. Mas eu não posso te ajudar.
— Não acredito que está fazendo isso, Dibny.
— Ah, claro. O clássico Barry Allen. Entrando e fazendo acusações.
— Como pode chantagear pessoas assim? – Barry falou irritado.
— Não foi eu que disse para Tyler Bellows sair sem a futura esposa.
— Essa é sua defesa? A culpa é dele e cabe a você castigá-lo?
— Não é um pouco fácil demais para você dizer? Seu laboratório extravagante, seu bom trabalho e sua namorada gostosa... Ou melhor, ex. Pessoas como eu estão só tentando pagar uma conta depois da outra. – Ralph se levantou. - E eu não teria que estar vivendo assim se você não tivesse custado meu trabalho.

O clima entre Barry e Ralph era mais pesado do que eu imaginava.
— Você foi demitido porque adulterou provas. Incriminou aquele cara. – Barry foi na direção de Ralph. Segurei seu braço, o impedindo de fazer algo.
— Porque ele era culpado! E ele iria embora com a morte da mulher e você o deixou ir. - Ralph falou alto. - Eu era um bom policial. Um bom detetive. E perdi tudo. – ele parecia um pouco triste. - O prefeito e o filho têm muito dinheiro. Eles podem pagar se pouparem um pouco. Considere o aluguel que vocês me custaram.

Barry se soltou das minhas mãos, se colocando na frente de Ralph.
— Barry... - tentei alerta-lo.
— Pessoas boas não destroem outras e chamam isso de nobre, Ralph. Era sujo antes e ainda é. – percebia desprezo em sua voz. - Viva com isso.

Ralph olhava para Barry como se absorvesse aquelas palavras. Ele então começou a se retirar.
— Não vai a lugar nenhum... – Barry o impediu, segurando seu braço.
— Me solta!

Ralph tentou dar um soco em Barry, mas ele foi mais rápido. Quando Barry acertou o soco em Ralph, sua mão entrou dentro do rosto dele, por causa da sua... elasticidade... Era estranho ver aquilo.
— Você está brincando comigo? – Ralph tentava colocar o seu rosto de volta no lugar. - Obrigado por salvar minha vida duas vezes, Allen. – ele disse com ironia, indo embora.

Barry então veio em minha direção.
— Eu sinto muito pela sua amiga.
— Tudo bem.

Percebi Iris nos olhando.
— Acho que já vou indo... - cochichei com Barry.
— Por causa da Iris...?
— É.
— Deixa eu te levar pelo menos.
— Não precisa, eu vou de... Espera, meu carro ficou perto do prédio do Ralph.
— Quer uma carona?
— É... Acho que vou aceitar.

Nós rimos.
— Não demore muito, Barry. Temos muito trabalho a fazer. - Iris o avisou de longe.
— Sim, senhora.
— Haha, que engraçado. - ela fez uma careta. - É sério, Barry.
— Eu sei, Iris, só estava brincando. Vamos, Daphne.

Barry me levou até a rua onde estava o meu carro e eu então o encarei.
— Então... Posso te perguntar o que aconteceu entre você e o Ralph? Tudo aquilo... Não me pareceu ser por causa da Carly.
— A nossa história é... complicada.
— Não tenho problemas em ouvir histórias complicadas.

Barry parecia hesitante, mas prosseguiu.
— Tudo aconteceu em um dos meus primeiros casos, quando era um CSI júnior. Dibny era o detetive líder.
— Que caso?
— Uma mulher chamada Judy Gimlin foi esfaqueada. Seu marido era o suspeito. Não havia evidências. Nada que conectava ele ao crime. E Dibny, do nada, achou uma faca com as digitais do marido. Caso fechado. Dibny é o herói. – Barry bufou. - Talvez porque minha mãe foi esfaqueada e queria ter certeza, analisei a faca. As serrações na lâmina não combinaram com o ferimento da vítima.
— Então ele plantou a faca?
— Sim. E ele mentiu sob juramento. Ele quebrou as leis, cometeu perjúrio, adulterou evidências, por isso foi banido da polícia. Era mau caráter antes e ainda é.
— Entendo. – brincava com as chaves na minha mão. – De toda forma, obrigada por ter tentado convencê-lo. Foi muito gentil da sua parte.
— Não tem de quê. - ele ainda parecia chateado.
— O que foi?
— Não foi nada. Por que acha que aconteceu algo?
— Eu te conheço, Barry. Sua testa fica enrugada e você não mantem o contato visual quando está chateado ou incomodado com algo. E não me diga que é só por causa do Ralph.

Ele bufou.
— É a Iris. É que ela muda completamente quando você está por perto. Há semanas que brincamos com o fato dela ser nossa chefe agora e sempre ela se diverte, mas hoje...
— Você sabe que ela não tem mais tanta afinidade por mim.
— Eu sei, mas não gosto disso.

O telefone de Barry tocou.
— Falando nela... Tenho ir. Até qualquer dia. - ele abriu um sorriso doce.
— Até.

***

Já era final da tarde quando Liza me mandou uma mensagem dizendo que estavam na Saturno, por isso fui até lá.

Quando entrei, ouvi um barulho de obra vindo do banheiro.
— Ainda?
— É.
— Por que vieram pra cá?
— O cara que contratei precisou de nós aqui.
— E como está a Carly? - olhei para a sala de Liza e ela estava sentada no chão, junto a Edward.
— Conseguimos acalma-la. E você, conseguiu algo?
— Não, eu sinto muito.
— Nós sabíamos que era quase impossível.
— Hum... Excusez moi. - alguém disse atrás de nós.
— Louis? - fiquei surpresa ao vê-lo.
— A entrada estava aberta, então subi. Fiz mal?
— Não, claro que não. O que faz aqui?
— Vim te levar para o passeio, esqueceu?
— Ah, é verdade... Mas é que...
— Mas é que nada. - Liza me interrompeu. - Pode ir, vai ficar tudo bem aqui.
— Tem certeza?
— Sim.
— Tá. - a abracei. - Cuida da Carly, tá?
— Pode deixar.

Louis estava me levando ao tal lugar surpresa, mas nem ao menos me deixou dirigir o meu próprio carro.
— Aonde vamos?
Chérie, você já perguntou isso cinco vezes.
— É porque eu estou curiosa.
— Aguenta só mais um pouco.

Depois de muito andarmos, finalmente o carro parou.
— Nós já chegamos. Mas quero que feche os olhos, ok?
— Ah não, Louis.
— Feche os olhos.

Bufei, mas fiz o que ele disse. Louis me ajudou a sair do carro, mas antes que eu pudesse dar uma espiada, ele colocou suas mãos sobre os meus olhos.
— O quê? Não confia em mim?
— Não. - ele riu.

Louis me conduziu até algum lugar e em seguida tirou suas mãos do meu rosto.
— Pode olhar.
— Mas o que é? - disse com os olhos ainda fechados.

— Só vai saber se olhar.

Eu então abri os olhos e vi que estávamos em uma casa vazia.
— É o que eu estou pensando?
— Se está pensando que essa será nossa casa de agora em diante... Então sim, é o que está pensando. Você gostou?
— Sim... Claro, meu amor.
— Já que estamos noivos, pensei que sair da casa do seu pai seria bom... Então falei com a minha mãe. Essa casa é dela e ela nos deu de presente de casamento.
— Isso é ótimo... Ahm... Obrigada pela surpresa.
— Você não parece muito feliz.
— Eu estou, muito. Só fiquei surpresa, mon amour.
Mon amour? Está falando francês agora? - ele riu.
— Por que? Não posso?
— Claro que pode. Mas quem te ensinou?
— Um professor... - disse me aproximando dele. - Que por um acaso, é um gatinho.
— É mesmo...?
— Sim. Você precisa vê-lo.
— E como ele é?
— Ah, ele é alto e forte. Muito forte.
— Hum. - Louis me puxou pela cintura, tirando qualquer espaço que estivesse entre nós. - Diga mais.
— Ele é muito charmoso. Simplesmente magnifique.

Louis riu.
— O que foi?
— Nada, só adoro o seu sotaque francês. Mas continue.
— Ele é um chato, mas ainda assim gosto dele.

Louis riu ainda mais alto.
— Mas também tem uma coisa que eu gosto muito nele... O beijo.

Ele abriu um sorriso.
— Talvez eu possa superá-lo.
— Eu acho difícil.
— Posso tentar?
— Claro.

Louis passou sua mão pelo meu pescoço até encaixá-la na minha nuca. Senti um arrepio subir pela minha espinha. Ele então inclinou minha cabeça, começando a beijar meu pescoço e subiu até a orelha, a mordiscando.
— Acha que eu posso superá-lo agora?
— Com certeza!

Ele então beijou minha boca e tínhamos movimentos apressados, até que entre um beijo e outro ele sorriu, fazendo com que o beijo fosse mais lento e bem melhor. Como ele conseguia ser tão perfeito?
— O que achou?
— Eu acho que deveria continuar.

Louis riu da minha pressa, mas me beijou novamente.


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