Dusk Till Dawn escrita por dracromalfoy


Capítulo 12
Capítulo Doze


Notas iniciais do capítulo

Olá, se ainda estiver alguém aqui.
Caso alguém esteja lendo esse capítulo, gostaria de, primeiro, pedir as mais sinceras desculpas por ter demorado TANTO para voltar. Muitas coisas aconteceram, o tempo ficou escasso, minha inspiração chegou a zero e eu realmente não conseguia escrever nada bom (e também não queria - e nem iria escrever qualquer porcaria para postar).

Espero que ainda tenha alguém aqui para ler, eu pretendo voltar a escrever histórias e pretendo continuar com essa fanfic (também tenho alguns outros projetos pela frente).
Por favor, não deixem de comentar e favoritar, isso incentiva muito a escrita e me ajuda a continuar.
Abraços.



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DUSK TILL DAWN

Capítulo XII

Férias de Inverno.

 

Nossa vida muda constantemente, desde que tomamos consciência das coisas  a nossa volta, temos noção e conhecimento desse fato, porém, é preciso maturidade e reflexão para notarmos isso. Acredito que simplesmente chega um momento na vida que estamos refletindo e de repente apenas travamos  e pensamos, “olhe onde estou agora, olhe a distância que percorri pra chegar aqui. Eu não mudaria nada ou então mudaria tudo.”

Durante os primeiros meses, muitas foram as vezes que eu peguei meu celular e pensei em ligar para minha mãe e dizer “Ei, arrume meu quarto, troque as roupas de cama, estou voltando para casa.”E, logo em seguida, mandaria uma mensagem para ele dizendo “então, eu meio que estou aqui em Hogsmeade, alguma chance de voltarmos ao que éramos antes?”.

Eu estava morando em Nova Haven há quatro meses, tinha minha vida estabelecidade como uma estudante comum de direito em Yale. Minha amizade com Marlene tinha amadurecido e se fortalecido de forma significante. Estive com ela em momentos em que ela achou que não conseguiria continuar. Ela esteve comigo durante os piores momentos daqueles meses. Havia feito outros amigos, conheci pessoas incríveis e outras nem tanto.

Tinha conhecido Amos Diggory.

Amos era incrível. Inteligente, educado, amoroso, tinha um gosto ótimo para músicas e estava comigo tanto quanto Marlene. Assegurei-me desde o início de agir corretamente com ele, pois apesar de não demonstrar cem por cento do tempo, ele era sensível e apaixonado. Por tudo. Pela vida, pelos amigos, pelos pequenos detalhes. E, por isso, quando começamos a sair, eu tive que esclarecer muitas coisas, tanto para ele quanto para mim mesma.

Era dezembro, a neve cobria todos os cantos da cidade, eu estava no sofá da sala enfiada em duas cobertas grossas com o notebook sobre as pernas, impaciente tentando comprar uma passagem para Hogsmeade. Finalmente iria ver minha mãe pela primeira vez desde minha mudança.

— Onde vai passar o Natal? – perguntei para Marlene, que estava observando minha frustração enquanto lia um texto da faculdade, completamente infeliz. – Caso não tenha notado, estamos em recesso, não deveria estar com o nariz enfiado nesse texto.

— Você vai repensar essas suas palavras quando estiver no terceiro ano. – Ela bufou. – Reprovei numa matéria.

— Eu sei disso.

— Ótimo. – Ela soltou o papel e sentou-se ao meu lado, puxando uma coberta. – Vou passar o Natal aqui mesmo onde estou. Esperava que fôssemos passar juntas com o Amos. Esqueci completamente de Hogs-Algum-Coisa.

— Hogsmeade. – Corrigi, rindo. – Vamos comigo.

— Não, não, não, não. Não me convide para passar o Natal com você.

— Qual o problema em passar o Natal comigo?

Marlene deitou-se no sofã e esticou as pernas em cima das minhas, jogando o notebook para o canto e fechando os olhos.

— Não quero que sinta pena por eu estar completamente sozinha no natal. E, também, essa vai ser a primeira vez que você irá visitar sua mãe depois de meses. Não quero estar entre vocês para atrapalhar, mas agradeço de verdade seu esforço em me chamar.

— Ah, sai fora! – Joguei suas pernas para fora do sofã. – Não estou te chamando porque estou com pena, porque conheço você e sei que é altamente capaz de ter um natal incrível sozinha ou com alguém que conheça de última hora. Estou te chamando porque iria adorar passar o natal com você e tenho certeza que minha mãe também iria adorar te conhecer.

— Iria mesmo?

— Ela ama a casa cheia, mas faz tempo que não temos uma. – Eu disse, pensando nas ceias que costumávamos ter quando era pequena, junto de meu pai, meus avós, nossos amigos, tios, tias. Tudo isso era passado, uma lembrança distante. – E, como te falei várias vezes, minha irmã Petúnia não vai passar com a gente. Embora minha mãe não admita, ela deve estar devastada com isso.

— Vou para substituir sua irmã?

— Quase isso.

Marlene riu.

— Vou com você, Lilyzinha. Vamos nos divertir muito.

***

JAMES POTTER

Hogsmeade.

A porra de Hogsmeade.

Desembarcamos em Londres bem cedo e alugamos carros para irmos até a cidadezinha que crescemos. Remus, Emmeline e Hestia estavam em um carro e Sirius e eu em outro. Até pensamos em ir todos num só, mas foi impossível devido a bagagem.

— Vou passar o natal na sua casa. – Sirius disse, infeliz.

Era a primeira vez que ele iniciava uma conversa durante toda a viagem. Deteve-se, durante o trajeto, a apenas murmurar quando perguntávamos algo. Era compreensível e eu entendia completamente seus motivos para odiar aquele feriado. Até onde eu tinha conhecimento, ele não havia avisado sua problemática família de que estava retornando para o natal.

— Sim, minha mãe está ansiosa para vê-lo. Está animada para saber as novidades da galeria.

Sirius sorriu pela primeira vez com sinceridade, encarando-me.

— Você é um sortudo da porra. – Ele fez uma pausa, tirando um maço de cigarro do bolso e acendendo. – Quer um?

— Acenda um e dividimos.

— Isso aqui é uma merda. – Resmunogou, entregando-me o cigarro. Traguei uma vez e depois mais uma antes de devolver para ele. – Não sei porque fazemos isso.

— É bom no momento. – Eu disse, balançando a cabeça e abrindo mais o vidro. – Faz bem pra minha mente no momento.

— Besteira.

— Tem razão.

Sirius riu, tragando novamente.

— Você tem falado com a Evans?

— Você me pergunta isso pelo menos umas três vezes por semana. Sabe a resposta e continua insistindo. – Bufei impaciente, apesar de saber o motivo da pergunta. Eu ainda olhava meu celular esperando uma mensagem.

— Ela vai estar em Hogsmeade, Prongs. Por isso estou perguntando. Eu não gosto de ficar com esse papo sentimental, mas sei que você... Bem, é a Evans, é o amor da sua vida. – Ele fez uma pausa quando revirei os olhos e recostei-me mais no banco. – Quero saber se está pronto para revê-la, ou se vai evitar isso a todo custo.

— Vou evitar isso a todo custo, mas ainda não sei como. A mãe dela é um doce, sempre foi uma mulher incrível comigo, como uma tia ou uma mãe, sei lá. Sei que isso é estranho, mas ela ainda me manda mensagem.

— É estranho.

— Eu sei, cara, mas por algum motivo ela gosta muito de mim, e ontem me perguntou se eu iria visitá-la. Eu, honestamente, não tinha pensado em fazer isso, mas agora não sei como não aparecer por lá.

— A Lily vai estar lá.

— Eu sei.

Ficamos em silêncio. Sirius não costumava sentar comigo para conversar sobre coisas que envolvessem sentimentos. Não falávamos sobre sua família, não falávamos sobre Lily.

— Vou lá bem cedo, ainda é dia vinte, então imagino que a Lily ainda não esteja em Hogsmeade. E, se estiver, provavelmente estará dormindo, ela é de acordar tarde, sabe.

— Ou costumava ser.

— É. Ou costumava.

***

— Lily do céu – Marlene gemeu no portão da minha casa. – Esse é o lugar mais lindo que eu já estive em toda a minha vida.

Dou risada da sua expressão encantada. Para quem viveu boa parte da vida em Nova York, eu entendia completamente seu encanto. Mesmo com a neve cobrindo tudo, Hogsmeade era adorável.

— Você ainda não viu nada. Essa é a parte menos surpreendente da cidade. Mais tarde, podemos ir até a praça do viscos. É linda.

— Uma praça de viscos? Isso é tão romântico. – Marlene colocou a mala no terraço de madeira e olhou seu relógio de pulso. – É bem cedo, sua mãe está acordada?

— Acredito que sim, eu avisei que chegaria bem cedo.

Coloquei minha mala ao lado da de Marlene e bati na porta. Por algum motivo, eu não tinha mais a chave de casa, não me lembrava se tinha levado a minha cópia para Nova Haven ou se tinha deixado em casa.

Minha mãe apareceu na porta quase imediatamente, seus olhos estavam cheios de lágrimas e ela usava uma avental florido por cima de um vestido rosa claro. Suas bochechas estavam corados e os olhos um pouco vermelhos, entregando que estivera chorando.

— Ah, minha menininha! – Ela me agarrou em seus braços e me apertou com toda força que conseguiu. Era tão bom finalmente poder abraçá-la, olhá-la de perto, matar toda saudade. – Olhe só pra você, toda crescida.

— Eu estava morrendo de saudade.

— Contei os segundos para ver você de novo, líriozinho. – Ela me apertou mais uma vez antes de se afastar e me analisar de cima abaixo. Tinha plena certeza de que ela iria comentar mais tarde que eu estava muito magra, apesar de ter engordado quase sete quilos desde que mudara. – E essa moça linda deve ser a Marleen?

— Marlene, mãe.

— Foi o que eu disse. – Minha mãe riu junto de Marlene e depois a abraçou tão forte quanto tinha me abraçado. – É um prazer te conhecer, Marlene.

— Obrigada por me receber, Sra. Evans.

Minha mãe deu um passo para abrir novamente e porta para entrarmos, mas parou por um momento e olhou-me preocupada.

— Ah, Lily... Eu quase me esqueci. James está aqui.

— O-o que? – Por um momento, minhas pernas quase falharam. É claro que imaginei que ele voltaria para Hogsmeade no natal, cheguei até  a me questionar se ele ainda estava na Argentiva, mas não pensei por nennhum momento em encontrá-lo na minha casa. — Por que ele estaria aqui?

— Bem, eu...

— Lily, se quiser podemos dar uma volta e voltar depois...

— Não é necessário tudo isso – interrompeu minha mãe. – Eu pedi que viesse me visitar quando estivesse na cidade, mas não pensei que viria hoje. Quando ele chegou agora pouco, fiquei pensando se deveria mencionar que você estava a caminho, mas acabei de esquecendo.

— E por que você ainda manteria contato com meu ex-namorado?

— Lily! James é um bom garoto, sabe que considero a família Potter parte da minha família.

Marlene parecia confusa demais com toda a situação, me encarava como se pedisse instruções de como deveria agir diante daquela coisa toda.

— Tudo bem, posso lidar com isso, vamos entrar, tudo bem? Está frio aqui fora.

Marlene pegou a sua mala e minha mãe pegou a minha, carregando para dentro de minha casa. Fiquei atrás delas por poucos segundos antes de entrar.

James estava sentado no sofá de frente para mim.

James Potter. De frente para mim.

— Marlene, querida, venha que vou servir o café, deve estar faminta.

As duas saíram da sala juntas, minha mãe já a enchendo com perguntas e Marlene claramente menos preocupada, tomada pelo carinho instântaneo e caloroso de mamãe.

Encostei-me na porta e olhei James, que mal conseguia manter o olhar em mim. Notei que sua barba estava por fazer, sua pele parecia mais bronzeada, os cabelos maiores. Ele estava maior, parecia mais alto, mais incorpado.

— Evans.

— Potter.

Ele riu e eu não consegui me conter, soltando uma risada também. Lembrando-me de quando ainda o odiava e de como era comum nos tratarmos pelos sobrenomes.

Ele se levantou, vindo em minha direção. Meu corpo se arrepiou imediatamente, desde os pés até os fios de cabelos. Era James, meu James. Havia se passado poucos meses, mas ele já se parecia com um homem maduro, um adulto, seu semblante era diferente.

— Eu sinto muito por aparecer por aqui, já estou indo embora.

— Que isso, James. – Forcei um sorriso. – venha, vamos conversar aqui fora, pode ser? – Ele assentiu, como se tirasse um peso das costas. – Eu fiquei surpresa de te ver aqui, para ser sincera.

Sentei-me na soleira do  terraço, abraçando as pernas. James sentou-se ao meu lado, mantendo certa distância.

— Você deve estar me achando um lunático. – Ele riu, tirando uma risada de mim  também (novamente). – Um stalker. Eu... Eu cheguei hoje também, era quase de madrugada. Sua mãe havia dito que queria me ver e, bem, eu imaginei que você estaria em Hogsmease pro feriado, então pensei em vir bem cedo, imaginando que você ainda não estaria aqui.

— Estava evitando o inevitável.

— Sim, claramente estava.

Ficamos num silêncio desagradável por quase cinco minutos. Não tínhamos exatamente o que conversar, mas, ao que parecia, não queríamos levantar e seguir nossos caminhos. Como um imã nos mantendo ali, sentados, presos um ao outro. Ou talvez cordas segurando nossos pulsos.

— Como está a faculdade? Está gostando?

— Ah, sim. É interessante. Bem legal. – Respondi, sentindo-me uma idiota. – E a Argentina? Creio que ainda esteja por lá, certo?

— Sim, estou. Sirius se saiu muito bem. Remus também. Tudo está caminhando muito bem.

— Bacana. Bem, parabéns. É ótimo ouvir isso. Fico feliz por vocês.

— Obrigado. – Ele abaixou a cabeça, mas pude ver seu sorriso fraco e depois balaçando a cabeça.

— E as meninas? Hestia e Emmeline, como estão?

— Elas estão ótimas. Hestia está cursando faculdade, parece estar gostando muito. E Emmeline, bem, você conhece bem a Emmeline, ela está curtindo à sua maneira.

Dou risada novamente, imaginando que ela realmente estivesse se divertindo à beça. Por um momento, esqueço-me da raiva que senti dela meses antes.

— Sirius e Remus gostariam muito de vê-la, Lily. Sempre gostaram muito de você.

— Sim, eu quero muito revê-los. Estou... – As palavras pararam na minha garganta quando olhei para James novamente e seus olhos me encaravam com expectativa. Olhávamos um para o outro, olho no olho. A sensação era a mesma de meses atrás. – Estou com saudade de todos.

— Podemos marcar algo, se você se sentir confortável com isso.

— Claro, claro. Vou estar aqui até depois do ano novo. Podemos marcar alguma coisa sim, todos nós. Chame a Hestia e a Emme, também. Eu gostaria muito de rever todo mundo.

— Tudo bem, então.

— Certo.

O silêncio retornou, então logo James levantou-se e eu fiz o mesmo, porém sentei-me no banco do terraço, respirando com dificuldade.

Ele entrou, a porta ficou entreaberta, então o ouvi despedindo-se de minha mãe e Marlene, e logo voltando para onde eu estava. Levantei-me de prontidão e o encarei.

— Bem, foi muito bom te ver, Lily. Nos vemos em breve.

— Até logo, James.

 


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