Vermelho Escuro escrita por Catiele Oliveira


Capítulo 22
22. Iniciando uma família




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/762150/chapter/22

Capítulo 22

Pov Edward

A mesa estava cheia de pessoas rindo e comendo, juntos, em perfeita harmonia. Nunca imaginou que a paz de estar junto à sua família retornaria com força total e o motivo era só um: a mulher com os olhos cor de chocolate que dedicava toda sua atenção para conversar com Esme. Edward não podia ter feito uma escolha melhor, foi o próprio pai que dissera quando chegou na tarde anterior acompanhado de Rosalie e Emmett. Alice e Jasper desembarcaram na ilha logo que o dia amanheceu e a família estava completa.

Observou agora, com cuidado e atenção, o rosto iluminado se Marie que era disputada entre sua irmã e a antiga secretária a qual ele considerava uma cunhada e também uma amiga. Aquela pequena garotinha dividia com Bella a metade de seu coração e o orgulho que estava sentindo dentro de si quando a menina sussurrava comentando que queria que Edward fosse seu papai não dava pra mensurar. Estava apaixonado pelos olhinhos verdes e o jeitinho doce incomparável da menina.

Estava vivendo uma semana mágica. Não imaginou que eles entrariam em perfeito entrosamento tão rápido. Formava uma dupla perfeita com Isabella enquanto revezavam os afazeres da casa e dividiam os cuidados com Marie. Na noite passada foi Edward que colocou a menina na cama e leu para ela um livro infantil e assistiu uma porção de desenhos porque ela confessou que estava sem sono. Foi um dos momentos mais especiais que vivera em sua vida e ele nunca se imaginou tão completo, estava, de fato, na melhor fase.

— Edward? Você está aqui? — A voz vinha acompanhada de uma risada divertido enquanto seus olhos viram mãos acenando para ele.

Estava tão distraído que não ouvia a mãe chamando por ele. Quando finalmente a encarou, ela estava com um sorriso bobo nos lábios, ao seu lado estava Bella que sorria da mesma forma.

— Estou aqui... — Respondeu ele, um pouco envergonhado da distração.

Se soubessem tudo que passava em sua mente, elas dariam um crédito. Ele estava vivendo o sonho de sua vida, um sonho que por muito tempo ele reprimiu e fingiu que não era nada demais. Um sonho que tentaram matar dentro dele, mas que havia ressurgido com força total.

— Certo... Eu estou falando com Bella sobre o baile anual para o hospital municipal. Vocês vão participar esse ano, não é?

O olhar esperançoso no rosto de Esme fez o coração de Edward espremer em culpa. Ele não havia estado presente em muitos eventos beneficentes que sua mãe organizava. Ele gostava de fazer sua generosa doação e ficar sempre a espreita observando o movimento. Então... O olhar em expectativa das mulheres de sua vida diziam claramente que ele nunca poderia negar.

— Sua mãe estava me falando sobre o trabalho dela. Eu achei incrível, sério... O que você faz por aquelas criancinhas fofas. Eu adoraria participar disto, Esme. — Bella disse, totalmente encantada.

Edward viu o sorriso tímido se sua mãe e teve que concordar com sua namorada: ele tinha uma mãe incrível e ela sempre foi seu maior exemplo.

— Nós estaremos lá, mãe, com certeza. — Ele garantiu.

O sorriso grandioso nos lábios de Bella foi de total alívio, ele percebeu que ela queria mesmo participar do evento em prol das crianças vítimas do câncer.

— A Bella me disse que ela acabou de se formar em administração. Eu estive dizendo a ela que a fundação Cullen acabou de perder sua diretora geral e tesoureira. Eu implorei que ela nos ajudasse, tudo está uma bagunça. Mas ela é uma menina teimosa, não está aceitando receber pelo seu serviço. Ela me lembra você. — Disse Esme ao seu filho.

— Ela é uma menina orgulhosa. — Edward riu, encarando sua namorada que estava vermelha.

— Que história é essa que você não quer trabalhar conosco, Bella? — Carlisle, que estava ao lado de Edward, mas entretido em uma conversa com Emmett caiu de paraquedas no assunto, deixando Bella ainda mais vermelha.

Edward caiu na gargalhada junto com sua mãe, quando Bella abriu a boca, mas não soube o que dizer. Ela tentou se esquivar dos olhares intimidadores que Carlisle direcionava a ela.

— Não é isso... Claro que eu vou ajudar Esme com a fundação, mas...

— Ele está brincando, amor. — Edward a tranquilizou.

— Eu estou... — Carlisle riu observando o constrangimento da nora. — Mas aqui nós pagamos a todos pelos seus serviços. Você acredita que Edward advogou para nós e cobrou?

Edward riu um pouco mais quando Bella o olhou com os olhos esbugalhados. Esme bateu no ombro dela, pois ela parecia se engasgar com o nada. Eles começaram a chamar atenção dos outros integrantes da família que estavam à mesa.

— Eles estão brincando, amor. É melhor se acostumar. Meu pai tem um senso de humor e tanto. — Edward a tranquilizou.

— Mas nós realmente pagamos. — Continuou Carlisle.

— Fomos o primeiro caso dele. O primeiro caso da carreira dele. Fizemos questão de pagar. Mas ele já resolveu tantos problemas nossos sem pedir um centavo em troca. — Esme explicou.

Edward e Bella trocaram um olhar intenso e demorado e ele viu os olhos dela brilharem para ele. Reconheceria aquele olhar em qualquer lugar... Admiração. Foi dessa forma que sua mãe lhe olhou quando ele ganhou sua primeira causa e advogou para sua família. Foi a mesma forma que ela olhou quando ele ganhou seu primeiro prêmio da Ordem. E ela o olhava assim toda vez que ele era bondoso e gentil.

— Bella está recusando um emprego? — Foi Rosalie que gritou, entrando no assunto.

Edward assentiu, fazendo sua namorada ficar cada vez mais envergonha.

— Eu sinto muito Esme, não quis ser indelicada ou...

— Diz que aceita, meu amor. — Esme insistiu.

Edward a encarou, levantando as mãos, tentando dizer que não havia nada com aquilo. Ele contou detalhes sobre Bella para sua mãe quando ela chegou na noite anterior e os dois conversaram longamente na cozinha enquanto ela preparava um chá. Ele encheu sua namorada de elogios sobre ela ter lidado com tudo sozinha, sem ajuda de família, somente com o apoio de Alice e estava fazendo um trabalho incrível com a filha. Ele viu o olhar admirado de sua mãe quando ela beijou seu rosto dizendo que ambos eram sortudos por terem um ao outro.

— Claro que eu aceito. Muito obrigada, Esme... — Ela disse um pouco emocionada.

 

Após o almoço longo e divertido em família, Marie insistiu para ir à praia. Bella tentou convencê-la a descansar um pouco e Alice se ofereceu para brincar com ela enquanto isso. Ambas se afastaram para o jardim principal da casa. Jasper se ajeitou na rede que ficava na varanda, acompanhado de Emmett.

Edward observou seus pais subirem discretamente para o andar de cima e algo lhe dizia que eles demorariam para descer.

Restou Rosalie, Edward e Bella à sala. Ele encarava sua irmã sabendo que ela trazia as novidades que ele deixou-a encarregada de descobrir.

— Podemos conversar um pouquinho? — Rosalie pediu em voz baixa.

Percebendo que Bella ia se retirar, Edward segurou-a pelo braço e a trouxe para perto de si.

— Você pode ouvir, amor. Vamos sentar.

Ao se sentarem, Rosalie inalou profundamente encarando o casal à sua frente. Edward temia pelo o que estava prestes a ouvir, mas ao seu lado havia uma mulher forte que segurava sua mão transmitindo seu apoio e total compreensão.

— As coisas estão mais calmas agora... — Informou ela.

Uma semana inteirinha havia passado. Edward vira uma notícia na internet sobre um escândalo político envolvendo o presidente sem espionagem. Mas nada disso alimentava o mercado midiático do entretenimento e ele sabia que sua pauta voltaria a estar em alta assim que ele e Bella desembarcassem em Seattle.

— Apesar disso você não parece estar ok. — Bella fez essa observação sobre o rosto tenso de sua cunhada.

— Consegui falar com Irina pelo telefone, ela parece irredutível em voltar atrás em suas declarações sobre ter sido abandonada grávida por Edward. Obviamente eu disse que um exame de DNA resolveria isso, então ela riu e propôs uma conversa com você... A sós. — Rosalie informou.

O choque no rosto de Edward se esvaiu em uma risada de escárnio. Ele encarou Bella, que parecia meio desnorteada com aquela situação. A revolta que cresceu em seu peito era grande. Ele se perguntava com que direito aquela mulher aparecia em sua vida do nada, depois de tudo que havia lhe causado e ameaçava estragar sua felicidade?

— Isso não vai acontecer! — O grito dele fez Bella tremer um pouco.

Soltando a mão dela, Edward se colocou de pé para começar a perambular pela sala de um lado para o outro, enquanto xingava maldições em seus pensamentos para Irina.

— Se acalme, eu disse a ela que isso não aconteceria jamais. Eu não permitiria isso, tão pouco Bella. Mas Irina sabe que esse é um jogo ganho, porque ela sabe que você nunca viria a público para destruí-la.

— Como ela pode ter certeza disso? — Ele rosnou em resposta a sua irmã.

— Porque você é um cara de tribunal. — Foi Isabella que respondeu.

Edward encarou sua namorada que fechava os olhos com força e voltava a encara-lo.

— Ela sabe que você não iria se expor sobre o que aconteceu entre vocês. — Bella continuou. — Esse é o trunfo dela.

— Bella tem razão. É por isso que eu tracei outro plano para nós. Ficar em silêncio e ignorar a mídia só confirmou a versão delas. Está na hora de usarmos as mesmas armas. — Rosalie murmurou para seu irmão.

Bella se levantou e andou para seu namorado que zanzava pela sala. Ela segurou Edward pelos braços, ele a encarou sem entender direito o que ela fazia. Estava furioso e não conseguia pensar direito no que estava acontecendo em sua vida.

Os braços miúdos cercaram a cintura dele com força. Os ombros tensos relaxaram um pouco. Seu coração inquieto bombeou ritmado, sua pressão sanguínea normalizou e ele conseguiu respirar um pouco melhor. Ela o acalmou.

— Vai ficar tudo bem... — Isabella sussurrou. — Eu estou aqui, estamos aqui com você. Eu não vou te deixar, você consegue lidar com isso.

Era somente o que ele precisava ouvir. Recuperando os sentidos, Edward a abraçou de volta. Era ele que devia estar fazendo com que ela se sentisse em paz e segura, mas na verdade era ela que estava trazendo paz e esperança para ele.

Quando Edward voltou a encarar a irmã, ela secava uma pequena lágrima fujona e disfarçava sua emoção. Ele ficou emocionado também, Rosalie era durona e vê-la emocionada o emocionou também. Ele era um homem de sorte, tinha em sua vida as mulheres mais incríveis do mundo.

Soltou Bella e andou para abraçar sua irmã. Era raro momentos como esse entre eles, eram ótimos amigos, Rosalie sabia sobre tudo que acontecia na vida de seu irmão. Eles sempre estavam juntos, no trabalho ou em casa e eles certamente se amavam demais, porém nunca andavam se abraçando ou beijando, até mesmo guardavam palavras dóceis para momentos especiais. Preferiam demonstrar em atitudes o quanto amavam um ao outro e Edward sempre tivera a certeza que o mundo poderia desabar sob sua cabeça, mas sua família estaria ao seu lado, estando ele certo ou errado.

— Qual é o seu plano? — Ele perguntou quando a soltou.

Rosalie disfarçou as lágrimas que derrubou e secou rapidamente, voltando a sua postura ereta e profissional.

— Eu estive pensando, Tânia foi a única que não se pronunciou... E se nós a trouxéssemos para o nosso lado, fazendo com que ela revele a natureza real do seu relacionamento com ela? Assim teria um parâmetro de como você se relacionava com as outras mulheres. — Rosalie falou.

— Isso não seria pior? Digo, se a vinculasse conosco, poderia fazer suposições erradas.

— Não, Bella. Tânia não vai ter contato com você ou Edward. Ela iria a público por livre e espontânea vontade. Não precisa ser diretamente a mídia, ela pode fazer um post no twitter ou Instagram, isso deixaria todos loucos e sedentos para falar com ela. — Ao ouvi-la, Edward percebeu que sua irmã tinha tudo programado, menos uma parte...

— E como você pretende fazer Tânia cooperar? Você sabe que ela deve me odiar também. — Disse ele.

— Deixe isso comigo. Não quero que vocês se envolvam nessa parte. — Murmurou Rosalie. — Depois que Tânia tiver feito o que for preciso, vocês terão que vir a público.

O quê? Ele perguntou para si mesmo. Seu rosto franziu ao ouvir o comentário de sua irmã. Edward sentia repulsa só de imaginar dando alimento para a mídia que estava destruindo sua carreira e ameaçando a família que ele estava fazendo para si.

Não. Não mesmo, ele não iria sentar e rir falsamente para qualquer porcaria de repórter, em qualquer programa pode de fofoca e contar uma versão para que pudesse satisfazer um bando de desocupados sobre sua vida pessoal. Ele mesmo estava conduzindo um processo contra cada um dos veículos de comunicação que compartilhavam calúnias sobre ele e sua namorada.

— Não há outra escolha. Esse é o único modo de calar Irina e Jéssica de uma vez. — Persistiu Rosalie.

— Edward... Se acalme. Se isso for nos ajudar a andar na rua sem sermos perseguidos por dezenas da câmeras, vamos fazer isso. — Bella pediu, tocando o ombro dele.

— Não amor, isso só vai atiçar mais o vespeiro. Nós não vamos fazer isso. — Decidiu Edward.

— Qual o plano B? — Questionou Bella.

— Sentar e esperar Edward vencer os processos. Sabe quanto tempo isso pode durar? Anos. Um exame de DNA desmente Irina, mas Deus sabe onde ela está disposta a ir para chamar atenção. Podemos fazer planos de escolta para você e Marie, remanejamento dos horários de Edward e torcer para que vocês consigam ter uma vida normal daqui uns meses.

— UNS MESES? — A exclamação de Bella era puro pavor.

Edward viu os olhos severos de sua namorada piscar para ele várias vezes e ela comprimiu seus lábios em sua sinal claro de desaprovação para as atitudes dele.

Seus ombros encolheram e ele quis sair correndo dali, a decepção estampada no rosto dela acompanhava uma preocupação crescente no corpo dele. Viu o peito de Bella subir e descer rapidamente enquanto ela buscava o ar. Ela não iria aceitar esperar meses, ele estava ciente disso. E quem ele queria enganar? Também não estava disposto a ter sua vida roubada por meses. Eles não poderiam se esconder na ilha para sempre.

— Você está se esquecendo de alguém muito relevante nessa história, Edward: Marie! Eu não posso submeter a minha filha à uma situação que não tem previsão de fim! E eu jamais imaginei que você aceitaria algo do tipo também, uma vez que a chama de filha.

Aquilo havia sido uma faca cravada bem no seu peito. Isabella tinha razão no que dizia, Edward assentiu calmamente para ela, vendo Rosalie sair discretamente da sala, como seus pais fizera há algum tempo.

— Bella...

Ele tentou sussurrar, mas ela levantou a mão impedindo-o de continuar falando.

O rosto de Bella estava vermelho escuro, como da primeira vez que ele havia visto. Edward sabia que ela estava muito nervosa e tentando se controlar.

— Nós vamos fazer isso. Você vai resolver essa bagunça que você nos colocou...

— Não é assim. — Ele a interrompeu. — Aquela mulher é louca. Aliás, todas elas e...

— A única culpa que você não tem é sobre Irina. O que ela fez a você foi terrível. Mas sobre as outras, 50% é culpa sua. Céus! Você devia ter sido absolutamente claro com elas.

— Mais claro? Sério? Ter encontros em quartos de hotel e nunca sair em público, nunca apresentar para a família e deixar claro que os encontros acontecerão quando for conveniente para mim? — Edward praticamente gritou.

Sim, eles estavam brigando. Ele percebeu isso quando ela esquivou-se dele esperando a mão que ele tentou alcança-la.

— Você está falando como um canalha! — Ela rosnou em resposta.

— Era o que eu era!

A resposta dele fez um silêncio se arrastar pela sala. Bella bufou passando a mão pelos cabelos, tentando conter os fios rebeldes e um pouco ressecados pela água salgada do mar.

Ele olhou ao redor e estavam a sós, mas sabia que Jasper e Emmett na rede conseguiam ouvi-los, talvez Alice e Marie também, em lugar do jardim. Talvez até seus pais pudessem ouvi-los no andar de cima.

Cansado, Edward assentiu encarando a namorada. Era realmente sua culpa, Marie e Bella eram inocentes nessa questão e estavam ao lado dele ainda assim, passando por cima de tudo. Era sua obrigação fazer qualquer coisa para consertar as coisas e dar para suas meninas a paz que elas mereciam.

— Eu vou fazer isso. — Ele disse encarando-a. — Vou dizer o que for preciso, para quem for preciso, para preservar o bem estar da nossa menina e também o nosso.

Bella parecia respirar aliviada, ele percebeu isso quando o peito dela desinchou e ela colocou a mão sob o seio esquerdo, em direção ao coração, sentando-se no sofá novamente.

— Me desculpe por gritar com você. — Edward continuou, sentando-se ao lado dela.

Uma emoção diferente cruzou em seu peito quando pela colocou a mão dela sob a dele. Por alguns segundos ele teve medo de perde-la, os olhos distantes e preocupados dela angustiou seu coração.

Se aproximando um pouco mais, Edward apertou a mão dela na sua.

— Eu te amo. — Ele sussurrou. — Me perdoe por fazer você passar por isso.

O tempo pareceu congelar. Nem as batidas do seu coração eram ouvidas. Os olhos lacrimejados de Bella derrubaram uma lágrima e ela avançou para abraça-lo.

— Eu te perdoo. — Ela sussurrou. — Me desculpe também.

— Eu não quero perder vocês... — Ele confessou.

— Você não vai nos perder, meu amor. — Bella segurou o rosto de Edward entre suas mãos. — Porque apesar de tudo isso ter acontecido tão rápido e de um jeito bem doido, eu nunca senti por ninguém o que eu sinto por você, e eu sei que a menininha lá fora também não. Ela já ama o papai dela...

Edward chorou quando a ouviu falar, a emoção de tê-la aceitando o que ele tanto queria era a coisa mais incrível que já havia acontecido em toda sua vida.

Ela era.

Tudo havia dado errado para que eles pudessem se conhecer, para que eles pudessem se conectar e colarem o coração um do outro. Haviam sofrido tanto no passado e se recusava ser infeliz no presente.

— Obrigado amor... — Ele Sussurrou enquanto ela secava suas lágrimas.

— Eu vou te lembrar disso na próxima vez que nós brigarmos e sempre. Porque isso vai acontecer muitas vezes ainda... Por motivos sérios e bobos. Nós ainda estamos aprendendo, uma hora eu vou conseguir ignorar e não debater quando você for teimoso comigo e você também vai conseguir ignorar e não debater quando eu for nervosinha com você.

— E você é muito nervosinha. — Edward falou, fazendo-a rir. — Quando seu rosto começar a ficar vermelho, eu já sei que você quer atirar algo em mim.

— É verdade. Eu quero. Mas não vou fazer isso nunca. — Confessou.

Eles se abraçaram forte e ela riu do jeito que ele pontuou seu nervosismo e ele riu do jeito que ela cedeu fácil, mostrando que não era assim tão difícil estar ao lado de alguém.

Pela primeira vez na vida... nada faltava. Nenhuma sensação de vazio ou inquietude. E a sensação de que aquilo iria durar confortou seu coração.

— Ah... E eu também te amo.

Agora sim, nada faltava.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!