Amor Sem Medidas escrita por EllaRuffo


Capítulo 60
Capítulo 60




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Olá lindas, queria dizer duas coisas. Primeiro que escrevi esse capítulo cumprindo isolamento, pois é, meu pai me abençoou me infectando com a covid. 2022 começou com tudo :,( Segundo que de verdade eu estou me aproximando do final da história, com isso coisas não muito boas tendem a acontecer para que as boas venham acontecer kk fisolofei. Assim peço desde já paciência, ok? Vocês vão surtar? Certamente, mas no final vão ficar felizes. Confiem na mamis. Beijos e se cuidem.

 

 

 

Victoriano não se moveu de onde estava. A revelação de Inês tinha tido um efeito devastador, um efeito que o fazia sentir como que se ela o tivesse arrancado um de seus testículos ou talvez os dois, com isso o deixando menos homem, menos viril. Tudo que fosse menos, com um gosto amargo de inferioridade diante de qualquer marido em qualquer canto do universo que viviam.

Ele andou levando as mãos na cabeça, depois levou uma ao meio do peito como se algo ali doesse, e disse pra si mesmo:

—Victoriano: Como fui capaz de fazer isso? Logo eu? Como?

Abaixo na casa, Inês se sentava à mesa com suas meninas.

—Inês: Bom dia, queridas.

Ela as cumprimentou, enquanto começava se servir de café.

Cassandra e Diana se olharam, e depois que responderam a mãe delas juntas, Diana resolveu falar.

—Diana: Papai e Constância ainda não desceram.

Inês bebericou do seu café, pôs a xícara depois no lugar, e disse:

—Inês: Seu pai logo descerá, mas creio que antes passará no quarto de sua irmã para juntos descerem.

Cassandra limpou os lábios, observando Inês partir um pedaço de bolo de fubá, e depois também disse, também fazendo sua própria análise curiosa da situação que estavam.

—Cassandra: Já viu Constância essa manhã, mamãe?

Inês suspirou quando ouviu sua filha do meio falar, notando que Diana também tinha interesse naquela pergunta. E não era um assunto que a surpreendia, as duas sabiam que a irmã caçula dela desde que descobriu da nova busca pelo irmão delas, adotou tal comportamento: O de não aceitar.

Que assim então, ela respondeu, olhando as duas.

—Inês: Sim, já vi, mas vi ela ainda dormindo. Têm mais de dois dias que a irmã de vocês voltou a estar arisca comigo e mais que o normal.

Diana suspirou agora desejando que tudo voltasse a ficar bem como antes via que estava acontecendo, quando o assunto era a relação de sua irmã caçula e mãe. Que falando com uma voz mansa, ela disse.

—Diana: Isso é porque ela descobriu que vão voltar a buscar nosso irmão. Sei que logo estarão bem, mamãe.

Inês duvidou daquele logo dito por Diana. E a olhando depois de suspirar com pesar, ela a respondeu.

—Inês: Não sei, querida. Também existe o fato que não quero mais Bernarda nesta casa. Constância é contra essa decisão.

Quando a ouviu, Cassandra se lembrando de algo disse.

—Cassandra: Nossa vó Bernarda vem para festa essa noite, mãe. Acho que deveria saber.

Inês fez um bico torto e depois disse.

—Inês: Isso não me surpreende. Mas por hoje, só por hoje, que é o dia de sua irmã, prometo que não irei fazer nada contra a presença dessa mulher entre nós.

As duas jovens se olharam de lado, e logo depois mudaram de assunto.

Composto para estar diante de sua filha caçula, a aniversariante do dia, Victoriano batia na porta do quarto dela.

Constância já estava de pé. Ainda vestindo pijama, ela olhava o presente que havia ganhado da mãe, assim notou a ver o envelope com uma assinatura dela. Depois de verificar que havia uma carta no envelope, Constância havia notado a caixinha com o anel. Um delicado e precioso anel que ela já usava.

Que assim, o olhando ao dedo, ela disse respondendo a batida da porta.

—Constância: Pode entrar.

A porta se abriu. Victoriano ao passar por ela, tinha um sorriso amoroso no rosto e uma mão para trás de seu corpo. Assim adentrando mais no quarto, ele disse mirando sua menina que se tornava naquela manhã uma adulta.

—Victoriano: Tem alguém hoje deixando de ser a menininha da casa. É uma pena que minha menina esteja crescendo tão de pressa.

Depois de falar, ele colocou uma mão ao meio do peito e parou encenando uma tristeza. Constância então deixou tudo que fazia e foi de encontro aos braços do pai.

—Constância: Aí papai, eu sempre serei sua menininha.

Victoriano sorriu com ela em seus braços. Ao abraça-la firme, ele revelou uma caixa pequena e retangular na cor preta e com um laço vermelho ao meio.

—Victoriano: Feliz aniversário, minha querida filha. Eu te amo.

Ele então depois de falar, desfez do abraço e Constância pôde ver melhor o que ele trazia na mão.

Constância emotiva, o abraçou outra vez dizendo.

—Constância: Eu também te amo papai. Mais que tudo!

Victoriano riu notando que ela não se importava muito com que ele tinha na mão e beijou inúmeras vezes pelo rosto.

Depois dos beijos e abraços dados, Victoriano por fim disse, estendendo em direção dela sua mão com o presente.

—Victoriano: Aí estão seus presentes. Use-os com responsabilidade, hum? Agora já é uma adulta.

Constância bateu palminhas enquanto seus olhos brilhavam na direção do presente que Victoriano lhe oferecia. Que depois com pressa ela o pegou, e começou a abri-lo.

Assim ela então encontrou um cartão de crédito, depois uma chave de um carro que tinha um lacinho fofo envolvendo-a.

Ela abriu a boca, e depois levando a mão nela, ela disse mais eufórica que antes.

—Constância: Meu Deus, meu Deus, eu ganhei um carro! Um carro!

Victoriano riu contagiado da alegria dela, e disse.

—Victoriano: O cartão já tem mais limite do que o tinha, isso é para que possa escolher melhor o que seguir depois daqui hum. E digo profissionalmente Constância, filha. Quanto ao carro, é para que se sinta a adulta que já é, responsável e livre para ir onde quiser sem necessitar de nós. Mas repriso, use-os com responsabilidade.

Constância depois das palavras de Victoriano se lançou mais uma vez aos braços dele, enquanto agora agradecia. Depois com a euforia já amena, ela guardou a caixinha com seus presentes em sua escrivaninha. E Victoriano a observando, resolveu dizer.

—Victoriano: Sua mãe também te presenteou. Ela me pediu para que eu avisasse, hum. Agradeça a ela igualmente, filha.

Constância de costa para o pai, suspirou e depois revelou.

—Constância: Eu sei, papai. Eu ouvi quando ela esteve aqui para me deixar ele. Também senti quando ela me beijou pensando que eu ainda dormia.

Ela então virou para o lado dele, mostrando sua mão e seguiu.

—Constância: Ele é lindo, é tão delicado e precioso. Só falta agora eu ler a carta que ela me deixou junto dele.

Ela baixou a mão depois de ficar olhando o anel. Victoriano suspirou, pensando que Inês era mais adepta para aqueles tipos de presentes, com cartas e declarações acompanhando de algo material, mas simbólico. E assim então ele disse.

—Victoriano: Não deixe de ler a carta, hum. Quando escrevemos somos capazes de deixar nossos sentimentos mais expostos.

Constância assentiu, reconhecendo que não era a primeira vez que recebia uma carta da mãe. Assim então ela disse.

—Constância: Tem razão papai. Ela e eu estamos novamente como antes. Está difícil mostrar quaisquer sentimentos que não seja arrependimentos ou rancores.

Ela deu de ombros e se afastou, sabendo que os rancores que citara vinham dela e os arrependimentos muitos óbvios vinham da mãe. Victoriano foi até ela, lhe tocou na cabeça dando uma leve caricias entre os fios loiros de seus cabelos, e depois que desceu a mão repousando em um lado do rosto dela, ele disse.

—Victoriano: Já é tempo que arrumem as coisas entre vocês, na verdade, que todos nós façamos isso filha. Fernando, seu irmão que é o assunto mais delicado entre vocês duas, não pode seguir sendo assim, sendo o motivo de tantos arrependimentos e rancores.

Constância baixou a cabeça ao mesmo tempo que passou seus dedos abaixo de um olho onde desceu dele uma solitária lágrima. Assim então depois, ela ergueu a cabeça buscando os olhos do pai e disse.

—Constância: O que vai acontecer se o encontrarem?

Victoriano agora viu mais lágrimas descerem dos olhos da filha. Agora ele as limpou, dizendo.

—Victoriano: Iremos ter essa falta que existe em todos nós preenchida, filha. Você e suas irmãs terão mais um irmão e mais velho, eu e sua mãe teremos nosso primogênito de volta ao nosso lar. É isso que vai acontecer se dessa vez o acharmos. Isso precisa acontecer para que todos nós possamos viver em paz, sem mais essa falta entre nós, Constância e é isso que queremos que você entenda. Nós não deixaremos de amá-la por isso. Acredite.

Constância piscou mais de uma vez, e depois se afastou do pai. Saiu para longe levando as mãos aos olhos, e depois o olhou e o respondeu.

—Constância: Se o encontram, minha mãe terá o que sempre quis. Talvez ela esqueça da gente!

Ela ficou vermelha depois que falou, virou o rosto e cruzou os braços frente ao peito. Victoriano se apressou para estar diante dela outra vez, quando esteve a tocou no braço fazendo ela olhá-lo e disse firme.

—Victoriano: Isso não irá acontecer, Constância. Ela terá paz. Terá paz para amar, paz para viver e não só ela. Não pense algo que com toda certeza não irá passar, filha. E já não chore mais, hum. Hoje é seu dia, tem que sorrir e celebrar.

Longe da fazenda.

Na clínica de Santiago. O psiquiatra estava em seu consultório. A sala estava quase toda escura, e ele ali sozinho e sentado por trás de sua mesa em uma cadeira muito bem confortável. Que apesar de todo silêncio que tinha ali e conforto, ele não tinha um só minuto de paz e sem lamento dentro de si e sua mente. Estava certo que precisava de um tempo longe, até mesmo para se recuperar dos hematomas e dores que trazia pelo corpo e rosto. Mas não era capaz daquilo. Não era capaz de ficar longe de sua clínica e pacientes, que herdou de seu falecido e também médico psiquiatra que foi seu pai.

Para Santiago o local que estava era a única coisa que tinha de valor na vida e onde pensava que realmente era útil. Estar entre sua equipe médica e pacientes, era o que motivava a seguir respirando. Assim não era capaz de deixa-la mesmo que seu corpo exigisse isso. Lembrava em como ficou depois do ataque de Victoriano, necessitando passar horas sendo cuidado pelos seus próprios enfermeiros e ainda assim no dia seguinte regressando com óculos escuros no rosto e andando tão lentamente como um senhor de idade, e já fazia isso há quase 3 dias.

E lamentava. Ele lamentava o que tinha feito e com isso perdido Inês para sempre.

Tirando-o de seus devaneios, ele ouviu batidas na madeira da porta. Ele não se moveu pois havia dado ordens que não queria ser incomodado. Até que o telefone acima da mesa tocou. Ele então apertou um botão para atende-lo no alto-falante, assim então uma voz conhecida soou para ele.

—X: Desculpe doutor Santiago, mas tem uma visita que aguarda autorização para vê-lo. Ela é insistente.

Santiago desconfiou de quem era, mas perguntou.

—Santiago: E quem é?

A secretária dele falou o nome, segundos depois ele deu a resposta que ela buscava. Santiago depois ficou de pé acendendo em seguida as luzes do ambiente, mas deixando a janela coberta com as cortinas escuras.

Assim então a porta se abriu, ele parou em frente à mesa e olhou a pessoa entrar.

—Santiago: A senhora novamente.

Ele então disse baixo, encarando Bernarda Santos mais uma vez no meio de sua sala, assim como ele previa.

Bernarda adentrou na sala. Estava acompanhada de sua companheira bengala, em sua mão direita, um elegante traje e confortável para sua idade e uma enorme sede de vingança.

Ela então parou no meio do caminho. Olhou com olhos investigativos o médico de Inês. Apesar de ver nos olhos dele um par de lentes de seus óculos escuros, ela podia ver tons de hematomas em um lado do rosto dele e que desciam até a bochecha do homem. O lábio dele também tinha um tamanho maior que antes vira quando esteve ali no mesmo lugar, além de ver ao redor dele uma fusão de cores, entre o verde, azul e roxo.

Ela então riu de lado sabendo quem havia sido o autor da pintura que via, e depois disse.

—Bernarda: Vejo que foi atropelado pela fúria de um Santos.

Santiago levou ar ao peito, enquanto mirava a senhora ir até uma de suas estantes de livros, que tinham nela também alguns troféus de reconhecimento pelos anos que servia e gastava sua vida em prol da saúde mental de pessoas, fazendo de início pesquisas que o levaram até onde estava, confortavelmente em uma carreira já muito sólida.

Assim ele pigarreou enquanto levava a mão ao nó de sua gravata, e olhando o chão ele a respondeu.

—Santiago: Eu mereci. Ultrapassei meus limites.

Bernarda não o olhou, mas sabia muito bem o que ele falava ter merecido. Victoriano havia contado tudo a ela ainda quando ela esteve em um maldito hotel, totalmente descartada por todos e derrotada. Derrotada novamente por Inês.

Novamente ela tinha sido obrigada a deixar a fazenda e as terras da família Santos, que um dia Inês usurpou e tomou para si sem mesmo merece-las.

Ela por fim se virou para o médico. Queria vingança contra Inês. Queria calar a todos, queria por fim destruí-la e trancá-la definitivamente ali: Ali onde seus pés pisavam.

Assim decidida dessa vez ser mais clara que não pôde ser na sua última visita ali, ela encarando o médico, disse firme.

—Bernarda: Quero que tranque Inês de uma vez por todas aqui.

Ela fechou um punho ao lado do corpo, e Santiago não se surpreendeu pelo que ouvira. Havia entendido desde da primeira vez que ela o buscou, suas reais intenções e como Inês definitivamente não a agradava, algo que ele também sabia muito bem que era um sentimento reciproco. Isso por ter estado folheando Inês como se fosse um livro por todos aqueles anos e se sentir conhecedor de todos seus sentimentos e ressentimentos.

E ele só pensou nela, como antes e como naquele momento pensava que era capaz de seguir pensando, quando disse.

—Santiago: Isso não vai acontecer por vários motivos senhora, Bernarda, mas os mais importantes são que Inês já não está debilitada como esteve no começo de seu tratamento, o outro motivo, é que já não sou eu o psiquiatra dela. Estou certo que Victoriano não permitirá que eu me aproxime mais dela, creio também que ela tampouco!

Ele suspirou com pesar, pensando que Inês não tinha voltado a pisar mais na clínica nem mesmo pelo trabalho que ele a tinha oferecido e ela aceitado com gosto. Ela não tinha regressado nem ao menos para se despedir dele mesmo que fosse aos berros.

Ele baixou o olhar e andou tentando esconder seus sentimentos feridos. Bernarda que não perdeu nenhuma expressão dele, o viu ficar de costas e levar as mãos sobre a madeira da mesa dele.

—Bernarda: Vejo que sofre por não a ver mais por aqui.

Ela então resolveu falar e foi mais próximo dele. Calado, Santigo a sentiu tocar em um ombro dela. E ela falou de novo.

—Bernarda: Vamos se unir. Se me der o que quero, faço com que ela volte a ser sua paciente.

Santiago se virou rápido para ela, quando disse.

—Santiago: Victoriano não vai aceitar que isso aconteça.

Ele tocou o maxilar depois de falar e se afastou da senhora.

Bernarda revirou os olhos diante da descrença dele sobre o que ela oferecia, e depois disse.

—Bernarda: Victoriano é capaz de tudo quando a questão é a maldita sanidade de Inês. E eu, eu meu caro Santiago, tenho um grande poder de persuasão.

Santiago parou, parou a olhando fixamente. Ficou aquele tempo em silêncio, silêncio demais para fazer Bernarda crer que sairia derrotada novamente. Até que ela viu o médico se mover. Ele deu a volta na mesa dele, abriu depois uma gaveta e disse.

—Santiago: Façamos um teste com isso.

Ele mostrou a ela um frasco pequeno e marrom com um liquido dentro. Bernarda ficou muda apenas atenta no que viria depois. E assim ela viu Santiago seguir.

—Santiago: Cinco gotas disso em qualquer bebida que ela tomar, fará com que ela se desiquilibre. Ela terá mudanças de humor e até irracionais, entre outros sintomas. Se Victoriano me procurar para ajudá-la, confiarei na sua palavra.

Bernarda torceu os lábios descontente e disse.

—Bernarda: Eu quero que ele a interne, isso que quero! Não que o chame como salvador dela!

Santiago ficou de pé, indo até ela e disse firme.

—Santiago: Faremos uma coisa de cada vez. Me traga ela primeiro, que depois farei o que quer.

Ele ofertou a ela o remédio novamente. Bernarda bufou, mas o pegou. Tinha medo de Santiago só se conformar com o posto que antes tinha, apenas sendo médico de Inês uma vez por semana e não a tira-la da fazenda como ela desejava. Mas pensava que para aquilo só tinha ele, Loreto era uma carta que para aquele plano ele nunca aceitaria e ela estava mais que certa que ele tinha seus próprios planos.

Assim então ela disse o encarando.

—Bernarda: Espero que cumpra com sua palavra, por que senão farei de mim a salvadora e de você um criminoso.

Na fazenda.

Constância estava animada quando viu seu novo carro chegar. O carro era vermelho e brilhava em todo seu esplendor, em frente da casa. Cassandra e Diana estavam com ela, e vibrando de felicidade igualmente. Victoriano vinha em direção das filhas, tirando o chapéu que usava e sorrindo para elas.

Inês observava a cena da varanda do quarto dela, tendo também um sorriso no rosto. Estava feliz por ver os quatros juntos e em uma alegria compartilhada. Algo que como mãe e esposa, alegrava seu coração ainda que ela não estava no meio deles.

Assim ainda os olhando, ela ouviu uma voz por trás dela.

—Adelaide: Deveria descer e se juntar a eles.

Inês então olhou de lado quando ouviu Bernarda falar, sorriu para ela e depois disse.

—Inês: Não quero estragar a felicidade deles, principalmente a de Constância. Não quero forçar a minha presença.

Adelaide deixava uma bandeja com uma jarra de suco e dois copos, em uma mesinha ao lado de uma espreguiçadeira. Serviu depois um copo, e quando o ofereceu para Inês, ela disse.

—Adelaide: É uma besteira o que disse. Você é a mãe dela, mora aqui e todos ali embaixo são sua família, menina. Não é como se você fosse uma estranha que eles têm que aturar.

Inês suspirou enquanto pegava o copo. Bebeu em seguida de um gole a bebida gelada. Adelaide também se servia de um copo, quando ouviu Inês responde-la.

—Inês: Constância não aceita a decisão minha e de Victoriano em voltarmos a buscar por Fernando, mas logicamente ela cobra isso mais de mim. Foi eu que falhei com ela toda sua vida, na verdade, desde que ela estava em meu ventre. Com isso dou a ela motivos suficientes para me querer longe.

Ela depois de falar voltou a olhar a baixo sua família juntos, agora Constância entrava dentro do carro. Adelaide se aproximou ficando do lado de Inês e assistindo a cena junto dela, quando disse.

—Adelaide: Penso que se seguir pensando assim, aquele buraco que existia entre vocês duas e que vinha diminuindo, irá voltar Inês. Já levavam vários meses bem e progredindo.

Inês virou de lado para mirar melhor a senhora. Entendeu as palavras dela e sabia que Adelaide tinha razão. Assim então ela disse, pensativa.

—Inês: Sei que tem razão. Temo isso, mas ao mesmo tempo não quero impor minha presença a ela nem que ela sinta que estou obrigando que aceite a verdade de Fernando. Posso compreende-la. Por isso quero que ela por si só entenda que o irmão dela não tem culpa de nada assim como ela não tem pelo que fiz a ela.

Adelaide a tocou num braço, acariciou ali e quando estava pronta para consola-la, ouviram um celular tocar. Inês olhou para porta da varanda aberta, e sabendo que não era de receber ligações no celular senão fosse Victoriano, estranhou e foi logo atender. Depois então que viu quem era, ela sorriu tendo uma agradável surpresa. Pois era Diana Maria ligando.

Longe dali.

Carlos Manuel em um dia que tinha voltado mais cedo para casa. Estudava e fazia pesquisas em seu computador, até que seus pensamentos foram longe de qualquer conteúdo acadêmico, o fazendo refletir nos recém acontecimentos que presenciou.

Já fazia quase 3 dias que tinha presenciado seu chefe sendo agredido pelo marido de uma paciente da clínica. Tudo então entorno do que viu se tornou um mistério quando não a via mais como paciente, muito menos como funcionária por toda a clínica. O que o fazia pensar na causa que tinha levado o marido dela agredir seu psiquiatra. Por fim, Inês e Victoriano os sogros de Alejandro, o intrigavam.

Que diabos o doutor Santiago, também seu chefe havia feito? Carlos Manuel podia lembrar do olhar assassino do homem quando lhe tirou das mãos uma cadeira.

Não que era curioso ou apenas um interessado em fofocas, Carlos Manuel acreditava que o que não poderia ser capaz de ajudar também não seria de atrapalhar. Também respeitava a privacidade alheia como gostava que fizesse com ele, e isso, o deixava longe de conversas e intrigas. Mas agora os envolvidos na situação o intrigavam muito para se manter longe por opção e sem fazer nenhuma pergunta. Ainda tinha mais, sua paciente Constância era filha de dois deles.

Constância despertava nele lembranças passadas. A menina lembrava sua mente quando havia sido um adolescente. Mente perturbada, coração aflito e cheio de perguntas não respondidas e até incompreendidas.

Constância era filha do homem junto de uma mulher, onde ambos não saiam de sua cabeça. E que mesmo que já tivesse estado com ela, não havia sido capaz de perguntar nem mencionar o que viu. Não, Constância já tinha problemas familiares demais em cima dela para ele apresentar outro. Não faria isso, não depois de a ter chorando em sua frente.

Os ressentimentos que via Constância alimentando com a raiva de um irmão que não chegou a conhecer, o preocupava. O irmão que ela tanto nutria ressentimentos preocupantes, também era uma vítima já que pelo que ele conhecia a história dele por ela, jamais o encontraram, assim não sabendo se ele ainda vivia. No final das contas, Constância tinha marcas da rejeição sofrida pela mãe que também sofreu bem antes a perca de um filho. Ambas marcadas por um passado doloroso que sempre vinha átona entre elas.

A verdade que Carlos Manuel conhecia e acreditava, era que cicatrizes mal cicatrizadas sempre cutucadas, causavam uma maior ainda e mais dolorosas.

Pensando nessas cicatrizes de sua paciente, ele também pensou em conversar com Inês. Só não sabia como faria para estar outra vez diante dela. Começava até a pensar que era um milagre depois de tudo que vira, ter ainda Constância como sua paciente. Só tinha mesmo que tentar uma aproximação com a mulher mais velha e mãe de sua paciente para conversar com ela, não sobre o que viu, ainda que não negasse seu interesse, mas sobre Constância. E que Victoriano o perdoasse, ele teria que voltar a ver Inês.

Pensando nela, ele lembrou do sorriso dela. Um sorriso diferente, genuíno como um sorriso vindo de uma mãe. Não era atoa que ela tinha 3 filhas, na verdade 4 quando ele lembrava da criança sumida e que era o pivô dos traumas de sua paciente. Ela tinha jeito de mãe. Só podia ter porque raramente se encontra um sorriso assim vindo de uma mulher. Um sorriso sem nenhum interesse mesmo que com ele passasse um conforto que só vinha de uma mulher que podia amar como mãe. Era impossível assim ver qualquer maldade em Inês e recusar qualquer afeto vindo dela.

Ainda em suas reflexões, o celular de Carlos Manuel tocou o tirando de seus devaneios. Ele o procurou por sua escrivaninha. Tinha muitos papéis espalhado enquanto o aparelho seguia tocando em algum canto entre eles, e depois de acha-lo, ele atendeu e Alejandro do outro lado da linha disse animado.

—Alejandro: Vamos á festa de minha cunhadinha e não quero não como resposta!

Na fazenda.

No final da tarde, já anoitecendo, Victoriano entrava no quarto dele com Inês. Ele não a avistou assim que entrou, então ele adentrou mais ao quarto procurando-a e quando esteve certo que não estava ali, deixou o que trazia nas mãos sobre a cama grande e arrumada. Tirou também algo do bolso e suspirou.

A fazenda estava cheia. O pátio dela estava sendo preparado para a festa de Constância e uma equipe de buffet andava de um lado a outro, e Victoriano estava certo que logo um bando de jovens se juntariam a todos e sua querida fazenda seria palco de muita bagunça e brincadeira sem noção que jovens da idade de suas filhas faziam.

Ele suspirou se desafiando a não ser o paizão de ninguém naquela noite, até mesmo de Constância quando testemunhasse ela usufruindo de seus direitos de maioridade.

Assim então o que tinha tirado do bolso, ele deixou na cama junto do que também tinha deixado ali, e rumou para outra direção no quarto.

—Victoriano: Morenita.

Próximo ao banheiro, ele chamou por Inês podendo assim ouvir o som do chuveiro que ela usava. Ele então abriu a porta encostada e se vislumbrou com a imagem que teve.

Inês estava abaixo do chuveiro, mas não só tomando banho. Ela tinha a cabeça baixa, enquanto se depilava na privacidade de seu banho. Victoriano quando notou o que ela fazia, sentiu sua libido golpeá-lo com força, seu sangue correr mais rápido nas veias e sua boca vir água de puro desejo de ser ele ali manuseando o que ela tinha em mãos.

Assim então ele fechando a porta atrás de si, sem tirar os olhos de onde a mão dela estava, falou de repente.

—Victoriano: Deixa-me fazer isso em você, Morenita.

Inês ao som da voz dele, notou que não estava mais sozinha, mas não antes de assustar e depois encarar seus olhos de lobo.

—Inês: Me assustou, Victoriano.

Victoriano caminhou até ela, como se tivesse um ima o puxando e parou já próximo ao box de vidro e cheio do vapor da água quente que caia do chuveiro.

Assim então quando a olhou e a mirou nos olhos, ele a respondeu.

—Victoriano: Eu não quis te assustar, querida. Eu só, só sou capaz de implorar o que acabo de te pedir se pensar em me negar.

Depois de falar, ele tocou devagar na mão dela que segurava uma gilete própria para os cuidados íntimos de uma mulher. Inês suspirou nervosa, abriu e fechou a boca sem saber o que ainda responder. Victoriano a olhava com os olhos tão vivos e brilhantes, que ela sabia que se cedesse eles acabariam fazendo amor. Sempre acabavam assim quando ela permitia que ele fizesse aquilo nela. E como já sabia o desfecho daquela generosa ação, não sabia se ele a merecia.

Mas depois de sua pausa para refletir, ela conseguiu falar.

—Inês: Eu não sei se está merecendo que eu permita que faça o que quer.

Os olhos dela desceram para mão dele que segurava o pulso dela, bem lá embaixo na reta de seu sexo.

Victoriano deixou de tocá-la, se afastou apenas um pouco para levar a mão na sua gravata. Roupa qual se vestiu para ir ao centro da cidade. Que começando a tirá-la, ele disse, olhando-a.

—Victoriano: Te trouxe um presente. Por favor, morenita, não seja má assim, hum. Há tanto tempo que não me deixa fazer isso.

Inês levou a mão ao lado do corpo dela, e desligou o chuveiro. Agora apenas só podendo ouvir a respiração dela e dele. E depois que fez ela ergueu a cabeça, empinando o nariz e disse, recordando a falta dele.

—Inês: Não pense que vai me comprar com presentes. O que está me devendo, seu dinheiro não compra e penso em cobrar com juros, Victoriano.

Victoriano entrou no box, uma mão dele foi na parede, a outra também, assim ele ficou com os braços estendidos lado a lado da cabeça de Inês e de frente dela. Ela então ofegou e depois sentiu ele tirar da mão dela a gilete e dizer.

—Victoriano: Começarei a pagar essa minha dívida agora, como quiser só me diga sim, morenita.

Ele tocou um lado dos cabelos dela, afastou e começou a beijá-la ali. Inês fechou os olhos e então disse.

—Inês: Eu quero fazer amor com você sem nada, quando digo nada é tirando aquela droga de preservativo, Victoriano.

Victoriano se afastou e a olhou. Ele respirou fundo quando ela acrescentou.

—Inês: Você pode tirar quando for terminar e problema encerrado.

Victoriano riu de lado, quando disse não muito satisfeito pela solução que ela dava.

—Victoriano: Isso tiraria a melhor parte de mim, Inês. Além do mais só os mais jovens e inexperientes que acredita que com esse método não pode ocorrer nenhuma fecundação.

Inês respirou impaciente, o tocou no peito e então disse.

—Inês: É isso ou nada. É pegar ou largar.

Victoriano respirou fundo e momentos depois ele já tinha o que desejou.

Com Inês sentada na ponta do mármore que rodeava a borda da banheira, ele agachado ao meio das pernas dela, a depilava com paciência, cuidado e atenção. Atenção com cada gesto dele para não machucá-la, atenção em cada gesto dela demonstrando intimidade e desejo pelo que ele fazia nela. Um desejo que não era diferente nele, mas que ele gostava de junta-lo com o desejo também de cuida-la daquela forma, e não porque ela não era capaz nem porque ele só gostava que ela estivesse lisa ali onde ele tocava, e sim pela confiança e intimidade que ela passava a ele quando permitia que ele fizesse aquilo ao corpo dela. Não era só desejo, era também uma forma de amá-la.

Quando ele terminou, era como que ele tivesse tomado algumas doses das mais caras e pura bebidas de seu estoque pela casa. Estava explodindo de um prazer e satisfação que o deixava em um êxtase de alegria e excitação.

Nesta energia, ele a limpou com uma toalha. Fez devagar e quando ia deixar o meio das pernas dela, Inês fechou as pernas prendendo mão e braço dele ali.

Victoriano a olhou. E o olhar que ela o deu prometia não só um momento de prazer, mas horas. Ele então beijou uma coxa dela. Sabia que tinham mesmo brincado com fogo por não terem a noite livre para realmente ficarem ali. Mas sem volta atrás, ele disse mirando-a.

—Victoriano: Abre as pernas, morenita. Sei o que quer. Vou dar, mas não temos muito tempo por agora.

Ele voltou a olhá-la. Inês moveu as pernas, mas sem solta-lo, apenas mexeu para sentir o roçar do pano da toalha nela.

Assim então ela disse com uma voz que detonava seu desejo.

—Inês: Eu preciso que entre em mim, Victoriano. Agora, meu amor.

Ela baixou mão e tocou em um lado do rosto dele, ao mesmo tempo que liberava a mão dele, abrindo as pernas.

Victoriano então se ajoelhou para alcançar os lábios dela e a beijou.

Inês o agarrou pela camisa aprofundando o beijo e mostrando a ele sua necessidade. Victoriano então a levantou enquanto levantava também.

Seguiu beijando ele enquanto suas mãos tocavam seu corpo nu. Daria prazer a ela, daria o orgasmo que ela merecia e era de seu dever dar. Mas Victoriano sabia que naquele momento poderia só fazer o mínimo do máximo que era capaz. O mínimo que o deixava se sentir como na conversa que tiveram pela manhã, o mínimo que o frustrou e a deixou frustrada.

Existia um erro que ele tinha urgência em corrigir. Inês nunca havia se queixado dele na cama, e isso não poderia voltar a passar.

Ele assim andou então com ela até o balcão da pia. Deixou ela ali e deixou também de beija-la. Depois Inês o viu sumir do radar de sua visão deixando seus lábios que pulsavam, mas logo depois encontrando outros tão mais necessitados de seus beijos.

Ela gemeu assim que sua perna foi suspensa acima do ombro de Victoriano. Ele segurou ela ali, e a chupou bem a onde a enlouqueceria.

Ela então puxou os cabelos dele, jogando a cabeça para trás, olhando o teto branco e as luzes.

—Inês: Oh, Victoriano! Oh...

Ela então fechou os olhos e depois seu corpo começou a se mover com as penetradas dos dedos dele que ela começou a sentir, entrando e saindo de dentro dela.

Ela rebolou e apertou um de seus seios, quanto a outra mão, ela segurou no balcão. Apertou com força a madeira e gritou. Gritou gozado, tremendo e em seguida sentindo o corpo mole sobre o chão.

Victoriano pôde muito bem assistir pela milésima vez o corpo dela chegar ao gozo, e se recriminou como não havia sido capaz de perceber que a última vez que fizeram amor ela não teve aquela explosão. Ele então se levantou decidido fazer ela agora gozar com ele dentro dela.

Ele então a beijou com uma mão agarrando-a pela nuca, enquanto a outra abria uma gaveta.

Depois do beijo ele a virou de costa. Inês se viu pelo espelho. Tinha os cabelos revoltos, a pele vermelha, olhos cristalinos e bem vivos e o corpo sedento por mais prazer o que a deixava em mais expectativa.

Até que viu Victoriano com uma embalagem. Ela a reconheceu, ele então trocou olhares com ela.

—Inês: Eu disse que não queria com isso, Victoriano.

Ela então rápido disse e Victoriano encostou o corpo no dela. Levou a mão livre ao ventre dela, foi subindo enquanto a boca dele encostou em um lado de seu ouvido, e disse.

—Victoriano: Eu não vou deixa-la até goze, eu prometo morenita.

Ele buscou o olhar dela pelo reflexo do espelho. E a olhando ele apertou um de seus seios. Encheu a mão de um dele, e ela abriu a boca jogando a cabeça para trás.

—Victoriano: Me deixa, me deixa fazer amor assim com você, meu amor. Sei que você quer. Que queremos.

Ele desceu a mão rápido juntando os quadris de um modo que ela sentiu a ereção dele lhe roçar na bunda. E só isso bastou para que ela se debruçasse contra o balcão da pia.

E quando fez ela apenas disse.

—Inês: Faça bem, faça melhor que da última vez Victoriano.

Victoriano tomou as palavras dela como desafio. Um desafio dado que ele cumpriria.

Ele então buscou o lubrificante que pela manhã usou, deixou ao lado dela e juntou com o preservativo que esteve em sua mão, depois Inês só ouviu o som do abrir do zíper da calça dele e depois ela fechou os olhos na espera do resto acontecer.

Victoriano ao colocar o preservativo, despejou uma generosa quantidade de lubrificante em sua ereção. O seguinte passo foi largar o frasco no chão, pegar Inês pelo quadril e penetra-la.

Ela olhou no espelho quando sentiu ele todo dentro dela. Ele também a olhava. Depois levou uma mão nos cabelos dela caído nas costas, juntou eles os segurando, e começou a se mover.

Inês não suportou muito tempo olha-lo, se entregou ao prazer fechando os olhos e começou a gemer conforme Victoriano ia e vinha em seus movimentos, ameaçando deixar o corpo dela, mas voltando com mais fome e vigor fazendo ela sentir ele ir fundo dentro dela.

E ele começou a gemer com ela. Os gemidos então se juntaram junto aos sons dos corpos e o calor deles. Tudo se tornando mais intenso e quente.

E quando Inês deu por si estava gozando. Seu corpo ainda sendo chocado pelo de Victoriano que não deixava de penetrá-la um só momento e com a mão ainda ali no cabelo dela. Uma lá e outra na cintura apertando com força. Ela gritou mais, querendo mais, mais contato, mais pele mais tudo. Os segundos do orgasmo que sentira não havia sido o suficiente para aplacar seu desejo. Mas então Victoriano parou. Parou gozando. Ela pôde sentir ele pulsando dentro dela, mas não sentindo ser preenchida pelo que a pertencia.

Ela então de repente o empurrou com o quadril. Victoriano tinha frouxado onde esteve suas mãos. Assim então ela o afastou, e falou ofegante.

—Inês: Eu quero, eu quero mais que isso, Victoriano. Eu quero você completo.

Victoriano ainda tentava regular sua respiração. Tirou o preservativo e saiu andando, quando disse.

—Victoriano: Como assim me quer por completo, Inês? Acaba de me ter.

Ele jogou o preservativo usado no lixo e quando virou para ela, ele estava subindo a calça e ela procurando por uma toalha.

Inês ao ver ele se vestir, pensou que agora que faziam amor daquele modo, ela não tinha tempo para deitar no peito dele depois do amor e nem um segundo round, porque sempre que acabavam ele fazia aquilo. Descartava o conteúdo com seu sêmen e a deixava.

Ela então se sentiu desanimada, passou uma mão para arrumar os cabelos e pediu.

— Inês: Preciso de outro banho. Pode agora me deixar sozinha?

Victoriano respirou fundo sabendo que o clima agora era outro. E então ele disse.

—Victoriano: Usarei outro banheiro, e depois voltarei para que conversemos, hum.

Ele então saiu do banheiro deixando ela ali, e Inês suspirou e foi ao chuveiro.

Ainda sentia Victoriano dentro dela e suas mãos em seu corpo. Sentia ainda desejo de fazer amor, mas tudo em sua volta tornava seu desejo inoportuno. 

 


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