Colors escrita por Lily Potter


Capítulo 1
Capítulo 1 - The first talk


Notas iniciais do capítulo

Olá meus xuxus, essa é minha primeira fanfic Jily em 2 anos então sejam bonzinhos comigo pfv.



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Começa mais um dia cinzento como os outros todos que se passaram desde o começo da estação, dessa vez o vento sopra forte, porém sem chuva e faz um barulho irritante na janela de meu velho apartamento. 

Acordo irritado com o gato que miava pedindo por comida, todo dia era a mesma coisa. Eu acordava com o barulho do gato da vizinha do 308, tomava um café forte tentando me despertar e seguia para o trabalho, que era meu único ponto alto na maioria dos dias. 

Isso se repetia todos os dias, todos os meses e eu já não aguentava mais ver cinza. Seja porque as cores estavam se esvaindo, seja da estação chuvosa ou o cinza dos prédios que aumentavam cada vez mais na cidade. 

Frustado e com fome, porém sem comida na geladeira, vendo que me esquecera de fazer as compras de tão cansado que estava, coloco uma roupa qualquer sem me atentar para a televisão onde anunciavam uma tempestade para o fim da tarde. 

Desço as escadas correndo já pronto para ir trabalhar. Decido hoje mudar um pouco minha usual vista, tentando melhorar meu humor, e aproveitando que eu estava com tempo sobrando tomo o caminho mais longo para o café onde eu trabalhava. 

Vejo algumas flores bonitas que aos que viam nitidamente deveria ser um lindo tom de amarelo, mas eu só consigo enxergar alguns traços tristes dessa cor e não consigo impedir o sentimento angustiante que me invadia sempre ao ver que a cada dias as cores diminuíam, tudo parecia cada vez mais cinzento e sinto raiva também, por que diabos eu não encontrava minha alma gêmea? Todos meus amigos haviam encontrado a sua, será que eu seria o único que nunca encontraria? 

Paro de repente, ao notar uma multidão de pessoas tentando entrar no Starbucks que havia aberto ao lado do café em que trabalho.

Reviro meus olhos tentando passar pelas pessoas que estavam na fila, elas nunca saberiam dar valor à um bom café, empurro a porta do The Rocket café e sinto os mais deliciosos aromas que meu olfato teve o prazer de sentir. 

— Ah, aqui está ele. — Fala Patrick, o gentil senhor que possuía o café, assim que eu chego ao balcão ao seu lado, uma menina que parecia ter cabelos ruivos, eu não saberia diferenciá-los de um cabelo loiro acobreado enxergando tão pouco as cores, com grandes olhos que apesar de me parecem um tanto acidentados tinham um traço de verde, e a menina mais nova olha ansiosa entre eu e Patrick. — Lily, este é James Potter, nosso melhor confeiteiro. 

— Prazer em conhecê-lo. — Ela fala sorrindo como se fosse algo incrível ser confeiteiro. 

— Igualmente. — Respondo secamente ainda irritado pela fome. 

— Não ligue para o mau humor de James, Lily, ele provavelmente não comeu ainda. — Fala Patrick rindo, sua grande barriga tremendo levemente, Lily dá um sorrisinho sem graça, e eu me vejo tentado a sorrir de volta.— Bem, vou deixá-la sob seus cuidados, rapaz, cuide bem de minha sobrinha e vá comer antes que seu mau-humor assuste os clientes. 

E depois de dizer isso, ele sai ainda rindo de minha expressão surpresa. Olho novamente para a menina que ali estava, ela mexia nas mãos como se estivesse se segurando para não falar algo. Eu não conseguia acreditar que esta era Lily Evans, a sobrinha favorita de Patrick estava bem ali diante de mim. 

Vestia uma calça jeans simples e um suéter da universidade de Hogwarts, seu cabelo curto ruivo lhe dava um ar mais velho e sofisticado, porém suas sardas e os olhos curiosos cortavam essa ideia instantaneamente.

— Então, você é James Potter? O grande confeiteiro o qual meu tio tanta fala? — Pergunta em um tom levemente surpreso, coloco o avental e entro na cozinha, cumprimentando alguns funcionários que já estavam ali e parando para pegar um pão doce. 

Sinto sua presença atrás de mim e me viro a olhando com uma careta. — Por que o tom de surpresa? — Saindo da cozinha e indo para dispensa, já que hoje eu precisaria conferir os materiais e mandar a lista para Marco. Meu pão doce pende em minha boca e ela me olha com maior atenção. 

— É porque eu achei que fosse mais velho, mas parece ter minha idade. — Ela fala com um leve sotaque, qual eu não consigo identificar a região, mas que com toda certeza pertence à terra da rainha, e sua voz que soava tão doce quanto uma torta de melado. — Quantos anos você tem? 

— 25. Pode, por favor, chegar para o lado? — Peço com delicadeza que normalmente só usava com a Sra.Figg, a doce vizinha do 308, e quando fazia os doces para o café. Ela chega para o lado e eu enfim consigo avistar o último fardo de açúcar refinado. 

— Precisa de ajuda? — Pergunta com um sorriso ao perceber que eu começei a contar os itens da dispensa.

 — Eu sou boa com números. — Diz com um sorriso perspicaz, aceito de bom grado e retiro o bloco de notas do avental que eu carregava e começamos juntos a tediosa tarefa.

As horas ao lado de Lily passaram depressa e fazer a lista de compras do café nunca fora tão divertido. Ela me contara sobre Brighton em como tudo lá é divertido no verão e em quão animada estava para começar seu curso de economia em Hogwarts e sua felicidade era tão genuína e sincera que eu me pegava sorrindo a cada vez que ela me contava sobre sua paixão por números.

Logo a noite caia e meu expediente se acabava, grande parte dos funcionário já haviam ido para casa, e eu estava encarregado de fechar o caixa e preparar algumas massas para o dia seguinte. Lily estava empoleirada em um dos bancos altos do balcão, olhando-me com atenção enquanto eu preparava um café para a mesa 3 onde um casal apaixonado trocava caricias. 

Reviro os olhos para a necessidade da sociedade me mostrar que eu nunca encontraria minha alma gêmea e continuou a desenhar no café. Sorrindo irônico ao ver que possuía uma carreira que produzia coisas tão românticas e ainda assim conseguia ser um fracassado no amor.

— É lindo, não acha? — Questiona Lily de repente. Olho-a e me vejo perdido em seus olhos verde que de repente pareciam tão vivos e mais coloridos, quase como se eu estivesse voltando a ver as cores mais nitidamente. Pela minha demora ao responder ela se inclina mais para perto de mim, e eu olho de modo repressor para seus cabelos soltos. — O amor, sabe? Deve ser maravilhoso encontrar a alma gêmea. 

— Você também não encontrou a sua ainda? — A pergunta saí pela minha boca antes que eu pudesse sequer pensar no que eu estava falando.  Ela arregala os olhos e se aproxima ainda mais, estava tão próxima agora que eu poderia contar suas sardas e ver onde o verde claro se tornava escuro. 

— Não, às vezes me preocupo com isso, pois parece que eu nunca vou encontrar essa pessoa, eu já procurei em todos os lugares e nunca acho e todos meus amigos já encontraram as deles. — Ela conta com um sorriso triste e eu concordo, entendo-a completamente, pois sinto-me exatamente como ela. — Você parece surpreso, James.

— Claro, você parece tão viva e feliz, apenas não parece que vê as coisas cinza. — Respondo timidamente, e ela sorri como se eu tivesse falado a coisa mais fofa do mundo. 

— Ora, James ser rabugento não vai conquistar a ninguém e todos encontramos aquela pessoa que devolverá cor ao mundo. — Ela responde em um leve tom de repreenssão, instantaneamente me vejo envergonhado, ela tinha toda razão.

— Eu sei. — Respondo com um suspiro antes de sair pra entregar o pedido dos pombinhos que pareciam tão malditamente felizes, chegava a me deixar levemente nauseado. 

Atendi os últimos clientes e fechei o caixa com Lily estranhamente calada. Ela me olhava parecendo confusa e insegura. 

— O que há, Lily? — Pergunto indo para a cozinha e começando a preparar as massas. Ela me olha abobalhada ao ver que eu fazia tudo muito rápido e continua calada. 

— Não é nada. — Responde desviando os olhos dos meus e mudando imediatamente de assunto. Aceito a mudança de assunto, sabendo que forçá-la a falar não era algo certo a se fazer, com sua conversa cativante e riso fácil, surpreendo-me ao acabar as massas de quão rápido o tempo pareceu passar. 

Fecho o café e seguro um palavrão ao ver a chuva torrencial que desabava, ao contrário de mim, Lily ri e estende a mão em direção da água da chuva. 

— Até um táxi aparecer aqui, vai demorar horas. — Resmungo pegando meu celular para ligar para um táxi e praguejo ao perceber que estava sem carga. 

Parabéns, James, você é um otário. 

— Para que táxi? Não moramos tão longe, vamos à pé! — Fala Lily me olhando desafiadora. — Ou não tem coragem de pegar uma chuvinha dessas?

Oh não, ela estava brincando com a pessoa errada. Sorriso maroto e disparo a correr em sua frente, e ela grita um sonoro e irritado "Hey" e começa a correr atrás de mim, sua risada sendo ouvida de longe.

Sinto os finos pingos de chuva me atingirem e, de repente, sinto-me inacreditavelmente vivo e alegre, ela corria rápido e logo me alcançou e já chegara dando-me um empurrão. 

— Isso não foi justo, Potter. — Ela resmunga ofegante, ambos diminuímos o passo, afinal estávamos cansados após uma corrida de dois minutos. — Você até que tem algum senso de humor. 

— Claro que tenho! — Respondo com um revirar de olhos jogando meu cabelo para longe dos meus olhos e começo a contar piadas para ela que se acabava de rir. 

De repente, sinto a chuva aumentar e um alto trovão ecoa pela noite, nos olhamos levemente assustados e desatamos a correr e em alguns minutos chegamos em frente ao seu prédio que ficava a apenas uma rua de distância do meu.

— Você devia parar de tentar se esconder com o mau-humor, você é legal ,James. — Ela fala ainda ofegante, seus cabelos curtos molhados e levemente encaracolados, suas bochechas claramente coradas e a voz meio rouca, ela me beija no rosto e entra correndo dentro de casa. 

Paro estático por alguns segundos não acreditando no que acabei de ouvir. Sinto um aperto incomum em meu peito, arrependido de não ter pedido seu telefone.

Legal, Lily Evans, a sobrinha do meu patrão, me achara uma pessoa legal. O que isso deveria significar? Teria algo subentendido em suas palavras?

Balanço a cabeça para espantar as ideias absurdas que me ocorriam. 

Corro para casa ao ouvir mais um trovão ecoar e subo as escadas com pressa, ao chegar em meu andar, vejo um dos gatos da vizinha passar por mim e eu tive a ligeira impressão que se pelo parecia mais vivo.

Mas não ligando para este fato estranho, entro em meu apartamento e lembro-me que não passei no mercado. Chuto meus sapatos encharcados para longe e solto um suspiro ao ver que esqueci a janela aberta e que parte de minha sala estava inundada.

Seria ser uma longa noite.


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Notas finais do capítulo

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