Jamais Te Esquecerei escrita por Beatrice Ricci


Capítulo 6
A primeira vez que fizemos amor


Notas iniciais do capítulo

Olá, esse é o último capítulo da fanfic, fico grata para todos que leram, favoritaram, acompanharam. É uma honra ter essa fanfic lida, tenho a certeza que vamos se encontrar mais vezes, não sabem como fico feliz. Boa leitura.



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Misty correu daquela quarto de hospital, serpenteando entre as pessoas que circulam nos corredores, mil pensamentos e suposições invadiam a sua mente, lembrou-se do primeiro dia que venho para essa cidade, era um dia chuvoso, tinha recebido a ligação de Ash, mas além disso, o autógrafo que dera. Sentiu um pequeno nó de ingenuidade, pegou o celular do bolso, digitou o número da polícia com dificuldade, explicou para a oficial Jenny sua teoria, quem era o responsável não só pelo acidente de Ash, mas também pelo terremoto e o roubo de jóias do museu, em ambas as cenas o ladino deixara rastros, como o autógrafo e a água. Estava pronta para desmascara-lo, custe o que custar.

Quando encontrou-se na rua, teve um momento para refletir, correu até o centro pokémon, esbarrando em algumas pessoas no meio do caminho, e ali estava o responsável, trabalhando na recepção, como se nada tivesse acontecido, aproximou-se lentamente, analisando a fisionomia da mulher, sim a única que é sua fã e que ama pokémons do tipo água.

— Enfermeira Joy. — chamou ela, articulado as palavras com desdém.

— Boa tarde, o que posso fazer por você? — perguntou, à guisa de um sorriso, sem erguer os olhos, sabendo que poderia ser um mestre pokémon.

— Pensei em dá-lhe outro autógrafo, ou você prefere uma jóia? — O tom de sua voz havia um tipo de sarcasmo qual usava pouca vezes, rude e sério.

A mulher levantou a vista diante daqueles palavras, o sorriso que sustentava até então desapareceu, tentou fingir alegria ao vê-la, contundo Misty a empurrou direto para sua sentença, afirmando que a enfermeira era a responsável pelo acidente de Ash, assim como rouba das jóias e o terremoto, de escárnio Joy confessou, um sorriso zombador em seus lábios surgia a cada palavra dita, explicou as razões de seu ato, criando mais ira no espírito da líder de ginásio.

— Seu amigo viu quando eu estava escavando o túnel no centro treinamento de Ishino, precisava de uma distração, consegui fazer a equipe Rocket achar que havia pokémons raros naquele porcaria de ginásio. — pausou a fala. Deu a volta pelo balcão de atendimento, aproximando-se da adolescente ruiva, fixou a mirada nela, continuou em seguida: — Tudo uma pequena distração para roubar as jóias do museu, nada de mais, apenas mais um roubo na minha lista. — acrescentou, com um riso curto no fim.

— Meu amigo está em coma — Sua voz é um grunhido. — Por sua culpa! — exclamou com raiva.

— Desculpe por isso, mas tenho que ir.

E antes que Misty pudesse dizer ou fazer qualquer coisa, a mulher jogou no chão dois objetos redondos, formando uma grande cortina de fumaça. Quando a mestre pokémon abriu os olhos, tossindo antes, percebeu que não havia mais ninguém ali, apertou os punhos com força sustentando a própria raiva, seus dentes rangeram com ira, seguidamente a oficial Jenny surgiu com três polícias, contou-lhe o ocorrido, mostrando-lhe a gravação que fez com celular, no exato momento que Joy confessava, imediatamente a oficial ordenou para os polícias fazerem buscas pela cidade, e enquanto a mulher desaparecia de sua frente, a tristeza a invadia novamente, sentiu uma mão em seu ombro, era Ishino, com sorriso amigável.

— Irei arcar com as despesas do seu amigo.

Não estava preocupada com isso, ele a ofendou profundamente, todavia assentiu com a cabeça, um sorriso forçando em sua boca.

— Preciso ir. — Curvou-se levemente, por educação.

***

No momento que a viu a mãe de Ash, essa estava em prantos, a cabeça sobre o peito do filho; Gary, o Professor Carvalho e Pikachu assistiam a cena deprimidos, negou a si mesma chorar, mas seu coração não evitou a sensação de tristeza, lágrimas desceram com pesar, saiu dali correndo, buscou abrigo para sua alma na solidão.

A noite caiu mais depressa que pode perceber, as estrelas reluziam no céu escuro, a lua era escondida por algumas nuvens. Toda aquele aspecto de noite, tornava seu espírito pertubado, olhou pela janela do centro pokémon, Azurill dormia em seu colo, esperava por notícias de Joy, dê certo conseguirá fugir, a equipe Rocket estava livre, mais cedo os encontrou , não estavam atentos a sua presença, escutou falarem sobre Ash, em suas vozes a amargura e melancólia faziam presentes.

Fecha os olhos e aplica-se contra a cadeira de plástico. Está pensativa, jamais abandonaria Ash, todavia tinha o ginásio para cuidar, um fardo de suas irmãs incompetentes, ainda que gostasse de ser uma líder de ginásio, recordou-se das aventuras maravilhosas que teve com seus amigos, incluindo a despedida. "Agora eu sei Ash o que você sente por mim." Essas foram as palavras ditas por ela quando os deixou, queria tanto voltar no tempo e ficar, ter confessado de uma vez, a vida era uma só para se arrepender, mesmo querendo, a incapacidade de não poder voltar e mudar sua atitude, o ama muito, precisava dizer-lhe, mas como? Odiava o destino cruel, o "te amo" jamais sairia da sua boca para ele, ficaria guardado para sempre, os médicos tinham razão, Ash ficaria em coma.

Levantou-se do assento, abraçou o pokémon azul, precisava vê-lo a última vez.

Não havia mais ninguém no quarto, além de Pikachu, talvez estivessem conversando com o médico responsável, o que foi ótimo, já que teria um tempo com ele.

Logo que se sentou agarrou sua palma levemente, o pokémon elétrico acompanhava toda a cena seguinte, ela sorriu, um sorriso fraco, analisando a face sem expressão do rapaz, alguns arranhões na bochecha, acariciou a região com a palma da mão, como se o ato fosse curá-lo.

— Eu sei que não pode ouvir — pausou a voz e continuou: — , mas mesmo assim… De alguma maneira o destino colocou você em minha vida, nas agora sinto que meu mundo desaba cada vez que olho para você assim, em coma. — Respirou profundamente, sentindo uma pontada de dor. — Recordo do dia que te conheci, basicamente o segui porque queria minha bicicleta, no entanto algo dentro de mim cresceu, talvez seja a maneira como agiamos, sempre brigando — ela riu, fixando o olhar em suas pálpebras — , poderíamos continuar assim né? Eu e você juntos, novamente. Mas… — Desviou olhar para Pikachu, em seguida desamarrou o cabelo, pegando a tira vermelha que fazia amarra-lo, para enfim amarrar no pulso do adolescente. — Quando acordar quero que lembre-se: eu te amo Ash Ketchum.

***

Três meses, esse era o tempo que havia conquistado a liga, e se tornado um mestre pokémon, estava prestes a retornar para casa em Pallet, goataria de abraçar sua mãe, Gary, Professor Carvalho e seus pokémons, a felicidade o envolvia desde então, contundo devia parar em Cerulean, a noite caia rapidamente, por isso buscou abrigo no centro pokémon, pediu que a enfermeira Joy checasse seus pokémons, incluindo Pikachu, após a mulher o levou até um quarto, agradecido curvou-se. Prontamente estando a só, deitou-se na única cama solitária, seu corpo em formato de estrela, gostando da sensação macia do colchão, escutou Pikachu suspirar, aquilo o fez rir, levou a mão direita a própria face, com intuito de bloquear a luz da lâmpada, teve alguns segundos até notar o cordão amarrado em seu pulso, o mesmo cordão que esteve no exato momento que acordou do coma; franziu a testa interrogando-se, não fazia ideia quem o dera, desde que despertou a um ano, esforçava-se para ter todas as memórias de volta, lembrava-se dos amigos e da mãe, entretanto esse cordão vermelho permanecia ali, nada o fizera lembrar, perguntou para mãe e o professor Carvalho, nenhum deles tinha a resposta, apenas Gary mostrava-se nervoso quando quetionado.

Logo que fechou os olhos, adormeceu, ainda que o pensamento de algo faltando dentro de si o absorvia.

Na manhã seguinte, após o café da manhã, Ash caminhou pelas ruas de Cerulean, a caminho do ginásio, seria a primeira batalha depois de ganhar a liga, lembra-se que teve uma batalha com o líder, contudo não recorda-se como foi e com quem.

Ficou parado por breves minutos olhando para a figura de uma mulher, em um poster; cabelos ruivos, na altura da cintura, mechas caiam na sua testa, escondendo sua face, notou a cauda verde clara, como de uma sereia, junto com uma estrela amarela nas escamas, é um tanto pertubador encarar tal figura e sentir-se profundamente frio, perdido em desvaneio, quis continuar vê-la, entretanto Pikachu puxou a barra de sua calça, tirando de seu transe.

— O que foi amigo? — perguntou, encarando-o.

— Pika,pika. — O pokémon elétrico apontou para uma multidão em fila.

Aproximando-se de um homem, indagou o que todos faziam ali, com singular atenção o indivíduo respondeu:

— É o show da sereia, estamos esperando para comprar o bilhete, está quase esgotado.

— Sereia?

— Sim, ela é a líder de ginásio, mas também faz espetáculos como uma sereia.

— Oh, parece interessante. — comentou. — Então Pikachu quer ver a sereia? Será divertido.

Embora o pokémon quisesse, uma promessa que fizera a líder de ginásio, a hesitação apoderava-se dele, de todas as maneiras de manter o humano longe da amiga foram difíceis até hoje, agora o monstro da razão crescia em sua mente, poderia muito bem dar-lhe um choque de trovão e correr do local, ainda assim precisava acabar com isso, promessas também são feitas para serem quebradas. Respondeu com "sim" , um sorriso surgido na sua boca.

— Ótimo, vou adorar desafia-la.

***

Sentou-se em uma das arquibancadas, analisou inúmeras pessoas ansiosas para o show da sereia, uma mulher comentava com um homem ao seu lado, enquanto uma criança comia pipoca, voltou-se para o enorme aquário, no exato momento uma mulher de cabelos azuis surgiu, em sua mão um microfone.

— Senhoras e senhores, meninas, meninos e pokémons — começou exaltada — Apresento a vocês a única e a maior estrela de nosso ginásio, claro depois de mim. A sereia Misty!

— Misty?… — perguntou-se. A testa franzindo.

Pikachu olhou de relance para Ash, talvez ele pudesse lembra-se dela, contundo a confusão continuava em seu rosto, bufou chateado.

A garota pulou do trampolim, a beleza dela refletia nas águas do aquário, seus olhos azuis reluziam como duas pérolas no fundo de um oceano, o cabelo alaranjado seguia a dança constante e suave de seu corpo, os pokémons de água cruzavam o caminho da garota, enquanto a mulher de antes narrava a história da sereia. Nadou em direção a platéia, cada um deles vibravam com os belos movimentos da sereia, ela colocou a mão no vidro, um sorriso encantador toma-lhe os lábios rosados, acenou para uma criança, qual mostrava-se deslumbrada com sua figura, nadou novamente em um círculo, acenou novamente para outras pessoas, foi no momento que notou a figura de um rapaz, com a inquietação do próprio espírito, foi até a parede do aquário, desta vez com as duas mãos sobre o vidro, o encarou de longe, esperou que ele a visse, no instante que o fez, sua figura teve atenção a ela, ambos fixando a mirada, sem mover-se, perplexos, como se a sensação do destino estivesse ali, brincando com eles.

Pikachu sorriu vitorioso. Seguiu o humano para fora das arquibancadas, até o aquário, todavia a sereia nadou para longe, uma sensação de estranheza e dúvida, sentiu-se arrebatado pela garota.

— Pikachu, ela é linda. — comentou sorrindo. Um brilho diferente nas suas pupilas. O pokémon revirou os olhos, ainda sem acreditar que ele não recordava-se dela. — Eu tenho que vê-la. — acrescentou intusiamado.

***

Demorou um pouco para encontrar o apartamento da sereia, tinha indo no ginásio, no entanto duas mulheres, uma de cabelo rosa e a outra loira, disseram que ela não estava ali, e dificilmente a acertaria uma batalha, ainda assim foram bem gentis dando-lhe o endereço de sua moradia, aquilo trouxe certo medo, poucas pessoas o tratava daquela forma, a exceção de sua mãe, ofereceram guloseimas e roupas novas, preferiu sair dali correndo.

Estando na frente da porta, bateu duas vezes, demorou breves segundos para surgir alguém, uma garota de cabelos castanhos e com uma bandana vermelha sobre a cabeça, ela cruzou seu olhar com enorme espanto, e antes que pudesse dizer quaisquer palavras a mesma o puxou para dentro.

— Ash! Quanto tempo! Estou feliz por estar aqui, você cresceu hen? — Começou gritando e depois abaixando o tom de voz continuou: — Olha, você trouxe o Pikachu, Misty vai adorar vê-los.

Ele devencilhou-se de seu aperto, e com irritação interrogou:

— Quem é você?

— O quê? Sou eu May, sua amiga, somos amigos de longa data e… Espera o coma, você esqueceu de mim… — As últimas falas saíram em um sussurro, a tristeza desenhada na sua figura.

Ash a viu saindo com a expressão pertubado e ainda que quisesse questiona-la novamente, a sereia surgiu na sala, os dois encararam-se imediatamente. Não sabia o por quê ou a razão de sentir-se tão próximo a ela, tentando entender os próprios sentimentos, desejando aproximar-se, conversar, dizer qualquer coisa, novamente a garota chamada de May apareceu, atravessando a porta, desta vez com a face seria.

— Vou deixá-los a sós. — ela disse, abraçando a amiga ruiva. — Me liga. — acrescentou.

Pikachu saltou do ombro do humano, em direção a ela, a mesma abraçou com força, a saudade fazendo-a aperta-lo contra o peito.

— Quanto tempo Pikachu — falou tentando manter a voz calma e segura. — , você quebrou nossa promessa. — Ergueu o pokémon amarelo na altura dos olhos. — Tudo bem… Estou feliz mesmo assim.

— Desculpe — interrompeu o momento — , o que está acontecendo aqui?

Por um momento não disse nada, seguidamente pediu para Pikachu sair com Azurill para a cozinha, obdeceu imediatamente, pulando de seu colo. Agora sozinhos, a garota sentou-se no sofá branco, acenou para o rapaz, esse a seu lado fez o mesmo, ela desviou a vista para o pulso dele, sorrriu timidamente, tanto tempo e ainda mantia o cordão vermelho, chamou sua atenção para seus olhos, buscou as palavras certas, conquanto foi ele que se pronunciou primeiro.

— Eu não sei quem é você, mas toda vez que vejo esse cordão tenho a sensação de conhecer alguém. — Mostrou-lhe o cordão erguendo o braço. — Fiquei em coma por um bom tempo, minhas memórias ainda estão voltando, talvez aquela garota chamada May me conheça, ainda assim ela é um rosto estranho, como o seu… Pikachu parece conhecê-la, preciso saber, nos nós conhecemos?

Ela deu uma longa pausa, fechou as pálpebras, adquiriu ar dos pulmões e soltou em um suspiro pesado.

— Sou eu Ash, Misty, sua melhor amiga. Éramos companheiros de viagem, antes do acidente que causou seu coma. — pausou a voz, para ter a certeza que ele ouvia. — Eu lhe dei esse cordão, era um modo para eu estar sempre com você, gostaria de ter ficado, que tipo de pessoa eu sou... Uma terrível amiga talvez, prometi que jamais atrapalharia novamente sua vida.

— O quê? — interrompeu.

— No dia do acidente, você empurrou-me para longe do carro, salvando-me. A culpada foi eu, achei que permaneceria em coma para sempre, acabando assim com o seu sonho de ser um mestre, de ganhar a liga pokémon. Quando acordou, pedi que todos não falassem sobre mim, incluindo Pikachu, Gary foi contra, mas no fim ele aceitou…De modo algum poderia acabar com seu sonho novamente.

Ash não pode dizer nada, ficou em silêncio, enquanto as memórias iam ajustando-se a sua mente. Pegou de seu bolso a isca de uma mulher ruiva, fixou a mirada para o objeto, as mesmas características físicas da adolescente a sua frente, recordou-se, a chamava de mini-Misty, lembrou-se também do dia que a ganhou, da ligação, do acidente, das viagens que tiveram, as batalhas e o primeiro dia que a viu. A expressão de dor indo até ela, qual com os olhos cheio de legrimas o encara, desviou para as proprias mãos no colo, de repente quis abraça-la e o fez, foi súbito a ação, a mesma o correspondeu da mesma maneira, abracando-o com força, impedido-o de deixá-la.

— Eu me lembro — A voz em embargada em tristeza— Você estava comigo sempre. Eu te amo.

Sorrindo, as lágrimas caiam no rosto da líder da ginásio.

— Eu te amo. — Falou, com um sorriso enorme, esperou tempo demais para dizer tal fala.

Por um instante, os olhos castanhos de Ash encaram os seus, ficam em silêncio. Então, tocou a bochecha esquerda, inclinou para perto dela, e como não mostreou nenhum sinal de recusa, continou, quando finalmente os lábios dele tocaram o da líder de ginásio, sentiu-se nas nuvens, nada além do mundo importava-se, a não ser o perfume, o desejo de beija-la como estivesse prestes a morrer, a respiração irregular da mesma preenchia a sensações de seu ser, com uma das mãos percorreu seus cabelos, incomodou-se por estarem presos, em um gesto rápido o soltou, queria sentir de todas as formas, tudo abafado derramado ali, em uma simitria compassada pelo ritmo do coração.

— Porque esperei tanto tempo mesmo? — brincou ele, sem fôlego, a testa colada na dela.

— Digo o mesmo. — respondeu, a respiração ruim, um sorriso rasgado e simpático se espalhou pelo rosto.

Ele colocou pousou as mãos uma de cada lado da sua cintura, pairando sobre ela, fitando com todo o desejo.

Seus lábios se tocaram com intensidade, seus hálitos quentes se misturando, ela esfregou o polegar na pele de seu rosto, não conseguindo respirar, a ponta de sua língua rolou pelo lábio inferior dela, atraindo-o até seu corpo pequeno estar contra o sofá, o mestre colocou as pernas ao redor de sua pequena cintura, tentando o máximo para não esmaga-la, o beijo se tornou cheio de desejo, se antes avançava timidamente, agora era sensual e erótico. Ela o puxou mais para perto, passando as mãos hesitantes pelo cabelo dele, um gemido no fundo de sua garganta, ecoando em sua boca trazendo um arrepio em seu interior, uma chama se acendeu dentro de ambos, enquanto seus corpos se moviam juntos, inspiraram freneticamente.

A mão esquerda dele deslizou sob sua camisa amarela, era a mesma roupa que usava quando se conheceram, os dois estavam tão perto, que podiam sentir a batida de seus corações. Ele queria explorar cada centímetro do corpo dela, os sons que ela fazia enquanto a beijava ecoando em seus ouvidos, um gemido involuntário escapou de sua boca, no instante que ela puxou levemente seus cabelos, em gesto rápido a deitou no sofá, as duas mãos entrelaçadas, beijou a curva do seu ombro, distribuindo beijos ali, a garota inclinou a cabeça para trás, enrolando as pernas em sua cintura buscando mais contato, ele sorriu em seu pescoço, os dentes beliscando sua pele.

— Nossos pokémons vão escutar… — comentou Misty em meio a um suspiro.

— Eu não me importo. — disse, mordendo a pele de seu ombro.

— Como pode ser tão teimoso?

A pele dele estava quente, muito mais que a dela, e extremamente convidativa, conteve uma risadinha, mordendo o lábio inferior, ele envolve em seus braços, enchendo-a de beijos suaves, a mão seguiu para o cinto de seu short, estremeceu sob o seu toque.

— Parece ser apressado. — afirmou encarando-o.

— Você quer parar? — perguntou preocupado.

— Não e você?

— Não.

E sorriram.

Naquela tarde ambos uniram-se, esquecendo-se do mundo ao seu redor, os sentimentos que nutriam a cada toque e reação ocasionou mais do que o desejo carnal, o amor veio de várias maneiras, desde o dia que ele roubou sua bicicleta até a despedida, e seguidamente até esse momento.

Ela estave com ele quando capturou seu primeiro pokémon, quando o viu ganhar a primeira insígnia, e perder a primeira batalha, lembranças guardadas com carinho, assim como o mesmo fazia, sem nunca esquecer que Misty foi sua primeira amiga e companheira.

***

A líder de ginásio se estendeu para tocar seu rosto e ele descansou a cabeça em sua mão, fechando os olhos. Sentiu como seu peito subia e descia, sorriu levemente, enquanto uma das mãos fazia círculos na sua pele, as mãos de Ash continuaram a explorar as formas de Misty.

— Olha a bagunça que fizemos. — articulou ela, olhando para as roupas espalhadas na sala.

— Queria uma batalha pokémon, e tive uma. — afirmou sarcástico, levando em troca um leve tapa no ombro, riu-se.

— Misty! — Uma terceira voz surgiu. Era May, essa atravessou a porta até aproximar-se do sofá, todavia quando viu a cena, um rubor tomou-lhe a face, assim como um grito, no exato momento Pikachu e Azurill surgiram, preocupados. — Desculpe, eu só vi pegar meu celular — balbuciou rapidamente, dando vários passos para trás.

Ambos caíram no chão assustados.

Pikachu que estava atento a o que havia acontecido, imediatamente usou as duas patinhas para tapar os olhos de Azurill, esse olhando com o semblante de dúvida.

Naquele instante Pikachu teve a certeza, "o amor dos humanos é estranho".


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Notas finais do capítulo

Chegamos ao fim, estou triste, mas feliz. Tenho pokeshipping como meu ship desde a infância, é de grande orgulho criar uma fanfic baseada nos dois personagens, sempre gostei da relação de ambos no anime e criar algo assim foi de uma grande experiência.
Contundo sem vocês isso não seria possível, como um capítulo fique a vontade para comentar, o que gostou ou achou que precisava melhorar, conte para mim, serei toda ouvidos.
E por último aqui está meus corações especiais para todos vocês ❤❤❤❤
Obrigada.



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