New Story escrita por Eloá Gaspar


Capítulo 2
A primeira "viagem"


Notas iniciais do capítulo

E segue o baile!



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POV Zelena

 

Depois de deixar Robin na creche, fui para prefeitura onde agora eu tinha um trabalho. Era ainda muito absurdo para mim viver como uma pessoa comum. Não havia me arrependido nem por um segundo de ter desistido de minha magia, era necessário o sacrifício, mas ao mesmo tempo eu parecia nunca me acostumar em ser “normal”.

Mexi em alguns papéis sobre a mesa, mas nada prendia minha atenção, eu só conseguia pensar nas palavras do Nook, na possibilidade de ser eu novamente a Zelena completa que se teletransportava deixando um rastro de fumaça verde por toda parte.

— Zelena! - o quase grito de Regina chamou minha atenção me tirando dos meus pensamentos.

— Oi.

— Estava com a cabeça aonde? Estou aqui faz algum tempo já. - reclamou apoiando as mãos sobre a  minha mesa.

— Nook. - respondi ainda distraída.

— Como? - questionou com um olhar apurado.

— O outro Hook, o Rogers! Ele me falou sobre a possibilidade de ter magia de volta e vou precisar de você para isso.

— Como assim?

— A outra Zelena, a que casou, ela tem magia, porém nunca mais vai usar.

— Isso é verdade. E você pensa em ir até ela pegar a magia para si.

— Exato. Só preciso de um artefato de transferência.

— Tipo esse? - falou fazendo surgir um objeto circular em sua mão.

— Muito obrigada. - agradeci pronta para pegá-lo, mas ela o afastou.

— Vai com calma! Eu vou te dar o artefato. Só me explica melhor essa história.

— Não há  o que explicar. Rogers apareceu hoje no Granny’s, se apresentou e me falou dessa possibilidade, além de se oferecer para me levar até a outra Zelena. - respondi como se não fosse nada grandioso e realmente era. Não era?

— Ele foi todo solícito assim? Do nada?

— Ele falou que apesar da gente não se conhecer éramos uma espécie de família. Você sabe, por causa da Robin e da Alice.

— Sei. - respondeu em um tom  estranho me entregando o artefato. - Boa sorte para você e para o Rogers. - sua voz tinha uma clara insinuação, mas eu apenas a ignorei revirando os olhos.

— Só mais uma coisa. Você poderia ficar com a Robin enquanto eu resolvo isso?

— Eu tenho que ir a Arendelle, preciso conversar com todos os rei e rainhas dos reinos sobre as questões da unificação, tudo isso antes da coroação do representante geral dos Reinos Unidos. - respondeu querendo dar para trás.

— Eu sei, Robin adoraria conhecer Arendelle.

— Por que não a leva com você e com o Rogers?  Não quer que ela atrapalhe vocês dois? - tive que respirar fundo para não agredi-la.

— Regina! Eu não quero levar Robin, porque apesar de eu não ter magia, ela nunca conheceu um mundo diferente do mágico, fico receosa de levá-la para um lugar sem nenhum tipo de solução mágica.

— Tudo bem, eu fico com ela? Quando pretende partir? - sabia que podia convencê-la, ela entendia como eu era superprotetora com Robin.

— Logo. Talvez agora. - respondi a fazendo arregalar os olhos com minha ansiedade.

— Ok. Eu espero por Robin em casa.

— Muito obrigada.

 

Esperei Regina sair para ligar para o Nook, precisava resolver isso o quanto antes, só esperava que ele estivesse disponível. O telefone chamou algumas vezes e ele não demorou para atender.

— Nook!

— Zelena! - ele parecia feliz com a minha chamada.

— Consegui o artefato e com quem deixar Robin. Podemos ir hoje?

— Hoje?

— Sim, tipo agora. - ele pareceu estar pensando do outro lado da linha, o que o fez demorar um pouco para responder.

— Tudo bem. Me encontre na delegacia.

— Ótimo. Até daqui a pouco. - finalizei a chamada pegando minhas coisas.

Fui até a creche de Robin e expliquei que precisava pegá-la bem mais cedo. Contei para Robin que ela iria ficar na casa de Regina e que depois elas iriam à Arendelle, a ideia de ficar longe de mim não a agradou muito, mas logo concordou com tudo ao se imaginar brincando na neve. Deixei minha pequena com Regina e dirigi o mais rápido possível até a delegacia.

— Cheguei! - exclamei um pouco espalhafatosa entrando na sala de Nook.

— Você está mesmo ansiosa. - respondeu se endireitando na cadeira e sorrindo abertamente.

— Eu costumo ser um pouco intensa. Mas antes de qualquer coisa, há alguma possibilidade de que a outra Zelena se recuse a me dar sua magia? - eu precisava calcular todos as hipóteses.

— Fique tranquila, ela encontrou algo muito mais importante do que magia. - respondeu com naturalidade, mas aquilo me deixou levemente ofendida.

Ele pensava que eu era alguma espécie de desesperada que achava a magia mais importante que tudo? Mais importante que Robin?

— Eu também encontrei, por isso abri mão dela um dia. - respondi ressentida e vi sua expressão mudar.

— Eu não quis te ofender. Só estava querendo dizer que ela encontrou a felicidade completa em um mundo sem magia. - se consertou de pronto.

— Entendi. Podemos ir agora? Não sei se percebeu, estou meio ansiosa. - não me alongaria naquele mal entendido.

— Percebi sim. É engraçado essa sua intensidade. - devolveu voltando a sorrir.

— Está debochando de mim? - Ele queria ajudar o me irritar?

— Claro que não. Só acho engraçado e até mesmos admirável como você pode ser intensa e transparente como uma criança.

— Agora eu sou infantil?

— Sim, essencialmente infantil, mas não como uma ofensa, sim como um elogio. - apesar de suas palavras não parecerem um elogio, ele transmitia um olhar de admiração, o que me fez baixar um pouco a guarda.

— Ok. Eu vou entender como elogio, porque preciso de você.

— Viu! Transparente como uma criança. Pode ter feito coisas horríveis, ter mentido e trapaceado, mas suas emoções são sempre genuínas. - para alguém que não me conhecia ele me conhecia bem.

— Eu realmente não preciso do Nook analista agora, só do que me ajuda a recuperar a magia, pode ser? - respondi malcriada como sempre, mas ele não se chateou, pelo contrário sorriu ainda mais e por um momento eu me perdi em seu sorriso.

Nook tinha a mesma cara de Hook e até o mesmo sorriso, porém eles eram bem diferentes. Nook parecia conseguir falar sério sem ser movido por raiva ou situação de risco, isso porque ele era um adulto, um homem de verdade, não o eterno moleque que Hook era.

Eu não sabia se era por ter tido um péssimo pai adotivo e não ter conhecido o biológico, mas eu sempre me sentia levemente encantada por homens maduros principalmente que já fossem pais, é certo que mesmo assim só fiz escolhas erradas como ter cismado com Rumple, porém aquilo não era simples encantamento, era pirraça, afinal, eu era essencialmente infantil como Nook havia afirmado.

Problemas de relacionamento a parte, Nook havia conquistado minha atenção. Ele era bonito e charmoso como Hook, mas firme, responsável, preocupado e solícito como um homem de verdade, um pai. Alice havia falado de como apesar do deslize que envenenou seu coração, Nook era o melhor pai que ela poderia querer.

— Podemos ir? - ele chamou a minha atenção ao perceber meu momento de devaneio.

— Agora mesmo. - respondi empolgada pegando suas coisas.

Só quando entrei no carro de Nook que percebi que tudo isso era uma grande loucura, iriamos viajar 1h30 de carro até Portland onde pegaríamos um voo até San Francisco, isso se conseguíssemos um, que duraria mais ou menos 7h. Como Nook havia topado tudo aquilo, assim do nada?

Estávamos indo com a roupa do corpo e dinheiro suficiente para ir e voltar sem morrer de fome, apenas! Não era novidade para ninguém que eu podia ser louca o suficiente para fazer algo assim, ainda mais por algo que eu queria muito, mas Nook não tinha motivos para isso.

— Não faz sentido. - soltei depois de meia hora de viagem de carro onde não falamos quase nada.

— O que não faz sentido? - perguntou sem tirar os olhos da estrada.

— Você se meter nessa loucura assim. Me ajudar tudo bem, mas agir assim por impulso.

— Já disse, somos meio que família.

— Não pode ser só isso. Você nem me conhece direito. Na verdade você não me conhece nada, comentou sobre coisas horríveis que fiz, mas não sabe realmente o que já fiz.

— Eu conheci a outra você e mesmo sem saber muito sobre a versão ao meu lado, gosto ainda mais dessa do que da outra. - aquilo era muito confuso.

— Duplicatas do tempo. Tudo isso é loucura.

— Nossa vida é uma loucura e é isso que a faz ter graça. E você está certa, há um motivo a mais para eu estar te ajudando assim. - respondeu olhando para mim com aquele sorriso galanteador e infelizmente me senti levemente derretida.

— Qual? - eu estava interessada demais.

— Todas as minhas versões, Hook e Rogers, gostam de uma aventura, mesmo as mais simples como essa.

— Faz um pouco mais de sentido.

— Não te faz se sentir livre, fazer algo praticamente sem pensar?

— Realmente. - sorri me sentindo leve em sua companhia.

Seguimos a próxima 1 hora conversando sobre nossas vidas, Nook contava principalmente sobre a parte da sua história que só pertencia a ele e a mais nenhum clone de outro mundo.

— Eu não consegui acreditar quando vi Peter Pan. - comentou sobre sua experiência vendo como era retratado nesse mundo.

— Eu vi O Fantástico Mundo de Oz com a Robin e achei absurda a forma como me retrataram. - dei prosseguimento a nossa conversa após ter conseguido comprar duas das 3 últimas passagens para San Francisco já que uma família havia desistido do voo.

— Eu tenho lembranças desse filme por culpa da maldição e tenho que concordar que é um absurdo. Você é linda, acredito que até mesmo verde continua linda, nada parecida com aquela bruxa. - falou com naturalidade e sinceridade, o que me deixou encabulada.

— Obrigada.

— Isso é um rubor nas suas bochechas? - perguntou com um sorriso divertido que só me deixou mais envergonhada.

— Não pense que você tem intimidade o suficiente para zombar de mim. - tentei retomar minha postura sarcástica e malcriada, mas ele conseguia desestabilizar minhas defesas.

— Até o final dessa viagem vou ter, terei tempo o suficiente para te conhecer melhor.

Aquilo não era um simples comentário, era uma promessa. Nook tinha cismado comigo, isso já estava claro, até aí isso poderia ser um problema único e exclusivo dele, porém eu estava começando a gostar dessa cisma.

Passamos mais 1 hora esperando nosso voo e conversando agora sobre nossas filhas. Os olhos de Nook brilhavam ao falar de Alice, ele chegava a suspirar ao comentar como sua filha era esperta e intuitiva. Eu em contrapartida, não devia fazer uma cara muito diferente ao falar da minha pequena Robin. Minha ervilhinha pode me levar a exaustão por vezes, com seu gênio forte e espírito praticamente indomável, mas eram essas características que a faziam ser tão preciosa ao meus olhos e independente de seu gênio sabia que ela daria certo, podia ver isso através da Robin grande.

Ao embarcamos, Nook permaneceu distraído com a nossa conversa e nem ligou muito por estar em um avião, mas assim que o meio de transporte começou a decolar o senti ficar completamente tenso ao meu lado e suas mãos seguraram firme a poltrona.

— Você está com medo? - questionei com um ar debochado que não pude conter.

— Você não? Esse negócio é grande demais para voar. - ri sem culpa.

— Eu já voei em uma vassoura, isso aqui me parece muito mais seguro.

— Eu não sou muito do ar, sou mais do mar, você sabe.

— Sei. - me compadeci um pouco do seu estado e segurei sua mão sem pensar.

Seus olhos se demoraram em nossas mãos unidas e eu senti a vergonha me tomar novamente fazendo com que eu tirasse minha mão da sua, porém antes que eu pudesse me afastar totalmente sua mão falsa levou minha mão de volta a sua a mantendo no lugar.

— Eu vou precisar disso. - confessou com um sorriso meigo que me impediu completamente de negar meu toque.

Depois da primeira hora de voo Nook começou a relaxar e não precisou mais segurar a minha mão, o que eu agradeci mentalmente pois ela já começava a suar. Entretanto, segurar minha mão parecia ter sido um convite aberto para Nook se sentir íntimo, conversávamos agora mais perto e vez ou outra sua mão tocava as minhas de forma carinhosa e mesmo que houvesse um alarme alto e claro soando na minha cabeça de que eu estava me envolvendo demais, rápido demais, não conseguia afastá-lo.

Apesar da viagem longa, passamos todo o tempo acordados e conversando, era como um intensivão e eu não conseguia enjoar dele nem por um segundo. Mesmo com todo meu deboche e alguns foras desnecessários, Nook era paciente, como se soubesse que logo depois de uma resistência minha sobre algum assunto que ele entrasse, seu sorriso charmoso me faria derreter e baixar a guarda.

O céu estava completamente escuro quando soou uma voz nos avisando de que logo iríamos pousar, porém Nook nem deu atenção a voz e continuou a falar da vez que havia encontrado uma linda esmeralda depois de uma de suas grandes aventuras no mar. Sua mão tocou meu rosto no meio da fala afastando alguns fios de cabelo.

— A pedra era incrivelmente linda e vibrante, tão vibrante quanto seus olhos, eles são tão lindos. - confessou quase hipnotizado.

— Assim como seus. - Droga! Não era para eu ter confessado tão rápido.

Afastei-me de sua mão me sentindo desprotegida. Não via Nook como uma ameaça, mas também não me sentia segura em me render aos seus encantos, mesmo que ele parecesse incrível, lindo, gentil e amoroso, eu não estava acostumada com todas essas qualidades juntas, principalmente todas essas qualidades juntas sem um grande ônus de brinde.

Nook ficou descontente com meu afastamento, mas pareceu entender que talvez estivesse sendo rápido demais. O avião começou a pousar e toda a tensão do início da viagem voltou para Nook, dessa vez não tomei sua mão, porém não tirei os olhos dele para me certificar de que estivesse bem.

Após a aterrissagem saímos em busca de um táxi que nos levasse a casa de Kelly. Eu e Nook voltamos a trocar poucas palavras, ele não parecia chateado, apenas estava me dando espaço, eu acho, já eu não sabia muito bem o que fazer com esse espaço, pois ao mesmo tempo que me sentia mais segura, sentia falta de sua aproximação.

O táxi nos deixou em uma rua residencial pouco movimentada, o que fazia sentido pelo horário que era. Nook tirou o celular do bolso onde estava anotado o endereço de Kelly e conferiu o número da casa. Ao acharmos a casa toquei a campainha ansiosa, não obtivemos resposta por uns bons minutos até que um homem em um roupão abriu a porta me encarando completamente perplexo.  

— Quem é, Chad? - escutei uma voz idêntica a minha só que mais doce vindo do interior da casa.

— Você. - o homem respondeu quase sem voz.

— Olá! - cumprimentei com um sorriso ao ver minha versão hippie abrir mais a porta.

— O que vocês estão fazendo aqui? - eu/Kelly/a outra Zelena (seja lá o que for) questionou assustada.

— A gente pode entrar e conversar com você um minuto? - Nook pediu.

— Tudo bem, entrem. - Kelly concordou nos deixando entrar.

— Eu vou fazer  um café. - Chad informou ainda zonzo com a situação, nos deixando a sós na sala.

— Então, o que vocês fazem aqui?

— A maldição foi quebrada, sua magia voltou, porém você não precisa mais dela. - fui direta, afinal eu não precisava ter rodeios comigo mesma.

— Eu sugeri a Zelena que talvez ela pudesse ter magia de volta a pegando de você, já que vive em um mundo sem magia. - Nook falou de um jeito menos incisivo.

— Rogers, isso seria possível se eu tivesse ainda com a magia. - quase tive um ataque do coração ao escutar essas palavras.

— Como assim se estivesse com a magia? Onde ela tá? - eu podia estar um pouco exaltada.

— Ei, calma vai ficar tudo bem. - Nook tentou me acalmar me segurando gentilmente pelos ombros.

— Eu realmente não entendo o que está acontecendo. Após a quebra da maldição eu reencontrei Regina brevemente e entreguei minha  magia a ela.

— Regina! - rosnei ao assimilar as coisas.

— Como assim? Zelena, você não falou com Regina sobre a viagem, até mesmo pediu a ajuda dela? - Nook estava tão confuso quanto Kelly.

— Sim, ela me deu isso. - retirei o artefato de transferência colocando diante de Kelly.

— Foi para isso que eu transferi a magia. - Kelly reconheceu de pronto.

— Estava com você o tempo todo. Por que Regina fez isso? - Nook não conseguia entender, mas pelo menos não parecia frustrado com a nossa aventura furada.

— Realmente não entendo. Regina me procurou assim que os reinos foram unificados para me falar sobre a possibilidade de morar em Storybrooke, mas recusei e aproveitei que tinha com ela alguns artefatos mágicos e uma reserva de magia de segurança e resolvi entregar a ela minha magia. - Kelly explicou menos confusa como se soubesse que eu já tinha a resposta para esse enigma.

— Bem, agora sei que posso ter magia de volta, mas só quando voltar aos Reinos Unidos, pois não tenho qualquer reserva de magia para acionar o artefato. E o pior de tudo é que ainda tenho um longo caminho a percorrer para voltar para casa. - resmunguei com muita vontade de matar Regina.

— Teremos que pegar um avião de novo. - Nook lamentou.

— Vocês podem pensar nisso amanhã. Devem estar cansados e com fome. Façamos assim, fiquem aqui essa noite, comam, até mesmo tomem um banho. Acho que alguma roupa do Chad possa servir em você, Rogers e eu e Zelena somos praticamente a mesma pessoa, pode pegar uma da minhas roupas. O que acham?

— Eu vou aceitar. - Nook respondeu antes que eu pudesse pensar.

— Acho que é o melhor a se fazer por hora. - concordei.

— Ótimo! Rogers, você parece bem cansado e faminto vá até a cozinha, que o Chad vai te ajudar a arrumar algo para comer. - Kelly apontou para cozinha arrumando uma desculpa para se livrar de Nook.

— Obrigado. - respondeu simplesmente seguindo a direção do dedo de Kelly.

— Agora que estamos sozinhas você pode me contar porque Regina fez isso.

— Ela deve ter visto no Nook uma oportunidade de me arrumar alguém e me meteu nessa. - revelei irritada.

— Te arrumar alguém? - Kelly parecia se divertir.

— Desde a união dos reinos toda vez que temos algum tempo juntas ela solta algum comentário sobre não precisar ser só eu e Robin vivendo sozinhas. E essa manhã quando comentei sobre a ideia de Nook, vi como o tom dela era cheio de insinuação. Aparentemente você ter arrumado um marido a inspirou a arrumar um para mim também.

— Entendi agora. E o plano dela funcionou? - sua pergunta me fez engolir seco.

— Eu o conheci essa manhã! E não estou procurando ninguém, ok? Você por exemplo viveu muito bem só com Robin todo esse tempo.

— Eu fiquei só com Robin todo esse tempo, porque morria de medo de me machucar feio como da última vez. E só consegui abrir meu coração para Chad porque estava amaldiçoada.

— Eu não preciso de homem para ser feliz.

— Realmente, você está certa. Fui muito feliz sem um companheiro e continuaria sendo, mas isso não significa que eu não deveria me arriscar no amor de novo. Você não pode viver refém do medo.

— Eu não estou com medo.

— Claro que está. Eu já fui você, não pode mentir para mim. Você só tem que entender que nem todos os homens são como o Hades.

Senti como se meu coração fosse esmagado no peito. Hades ainda era uma ferida aberta. Todo mundo acreditava que eu havia superado toda a situação, mas a única coisa que eu fiz foi camuflá-la. Hades era my true love, o único homem que havia conquistado meu coração por completo, mas  como sempre eu não era o suficiente e tive que fazer a coisa mais difícil de toda a minha vida, ainda podia sentir toda a dor daquele dia viva em mim.

— Zelena, eu melhor do que ninguém sei o que se passa no seu coração. E sei também que o Rogers é um cara muito legal e pelos poucos segundo que vi aqui, mostra-se bem disposto a ter algo contigo se você permitir. Eu tive uma segunda chance para ser feliz no amor, para viver uma nova história, agora essa pode ser sua chance.


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