New Story escrita por Eloá Gaspar


Capítulo 1
A primeira conversa


Notas iniciais do capítulo

Cara, eu nem sei o que eu tô fazendo.



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POV Nook

 

Na minha opinião a ideia de Roni / Regina /Ex Evil Queen e etc. de juntar os reinos havia sido brilhante. Com minha memória restaurada sentia falta do mar e de todo o clima de uma Floresta Encantada, mas ao mesmo tempo eu não era mais o mesmo Hook, tanto é, que as pessoas nem mesmo me confundiam com o marido de Emma Swan. A maioria das pessoas me chamavam de Rogers e me viam como um dos policiais do novo “Reinos Unidos”.

 

Era engraçado pensar em um Capitan Hook sério e estimado por sua retidão e polidez, mas agora era assim que eu era visto, um novo Hook, um Nook. Ri comigo mesmo lembrando do apelido que Zelena havia me dado, mas a Zelena que já havia cruzado minha história, a Zelena / Kelly, não a que estava na outra ponta do balcão do Granny’s negociando com a pequena Robin para que a mesma comesse todo seu café da manhã, essa Zelena eu nem ao menos havia trocado algumas palavras.

 

Diferente de mim, a Robin grande, minha nora, já havia conversado com a Zelena daqui e magicamente Robin tinha duas mães e Zelena duas Robins, apesar do papo de doido, as duas se adaptaram bem a situação e antes de Robin e Alice partirem em uma viagem “turística” pelo novo  Reinos Unidos de Storybrooke , Robin tamanho G, Robin tamanho P e Zelena passaram um dia em família, enquanto eu matava a saudades de Alice, agora que podia ficar perto dela.

 

Enquanto viajava em meus pensamentos percebi que meus olhos não saiam de Zelena. Ela era linda, isso era inegável e assumo que havia me sentido atraído pela outra Zelena quando a conheci. Porém, aquela era outra Zelena e na época eu era outro homem, além de estar interessado em Regina e posteriormente em Tiana também. Traduzindo, apesar da paternidade que já havia me mudado bastante, eu ainda tinha muito do cafajeste, o cafajeste que parecia ter praticamente sumido através da vida como Rogers.

 

Mas, agora tudo era diferente. Regina ainda era muito atraente aos meus olhos, mas Rogers não parecia ser um cara que se encaixaria bem com a futura Rainha dos Reinos Unidos de Storybrooke, não valia a pena nem tentar; ademais Regina tinha preocupações maiores do que arrumar um novo romance. Tiana tinha se entendido com Naveen e eles pareciam perfeitos juntos. E Zelena, aquela Zelena ali tão perto, parecia tão mais bonita que a outra, o jeito como lidava com a pequena a seu lado era encantador e aquilo mexia comigo.

— Robin, tem certeza que quer mesmo usar esse laço? - Zelena falou surpresa olhando para o laço como se ele fosse uma engenhoca muito complicada.

— Sim! Alice me deu e eu quero usar. - sorri ao escutar a resposta, era engraçado ver como todas as versões de Robin gostavam de Alice, mesmo que de formas distintas.

— Tudo bem. Só queria que ela estivesse aqui para pôr em você. - resmungou incerta em como colocá-lo.

— Eu posso ajudar. - me ofereci prontamente.

— Seria ótimo. - respondeu sem qualquer resistência me entregando o laço.

— Acho que não fomos devidamente apresentados. Eu sou o Rogers. - falei enquanto colocava o laço em Robin. - Prontinho, princesa. Ficou linda, igualzinha a Alice quando criança.

— Sério? - questionou empolgada sorrindo para mim.

— Claro!

— Obrigada, pai da Alice. - devolveu me dando um abraço que retribui com gosto.

— Estou impressionada! Ganhou a simpatia da Robin e conseguiu colocar esse laço apenas com uma mão. - Zelena comentou em seu tom um tanto debochado, mas parecia realmente impressionada.

— Fiz escola com Alice, levo jeito com crianças e laços.

— Mamãe, o Neal chegou. Posso sentar com ele e mostrar meu laço novo? - a pequena perguntou vendo que Neal e os pais haviam acabado de chegar e ocupavam uma mesa do lado de fora.

— Pode sim, mas nada de correr ou ir para rua.

— Ok. - respondeu correndo para porta.

— Ela é adorável. - comentei voltando minha atenção para Zelena.

— Não todo o tempo. - confessou em um tom cansado.

— Imagino. Robin parece ter um espírito aventureiro e não está presa em uma torre. - eu sabia como era difícil criar uma criança sozinho, mas tinha que assumir que a delimitação de espaço da torre havia me ajudado.

— Não sei se isso é bom o ruim. - ela amava a filha, era óbvio, mas seu desgaste também.

— É bom, você só está cansada demais para ver isso.

— Olha Hook genérico, você tem razão.

— Hook genérico? - fingi estar ofendido.

— É, Hook genérico não é justo. Você me parece bem melhor que o outro. Um novo Hook. Nook. - sentenciou e não  pude conter o sorriso, estava esperando por isso.

— Nook pode ser. Mas não espalhe esse apelido. Só você me chama assim, ok?

— A Robin vai acabar te chamando assim também.

— Ela também pode, mas só vocês.

— Por mim tudo bem. - deu de ombros, puxando o celular do bolso para verificar as horas.

Naquele pequeno gesto me surgiu uma ideia. Zelena parecia nunca se acostumar a vida tecnologica e todas as coisas características do mundo sem magia, diferente de Kelly que apesar de possuir magia novamente, provavelmente nunca mais a usaria, já que vivia em um mundo sem ela. Já a Zelena a minha frente com certeza faria de tudo para ter magia de volta e facilitar seu dia a dia.

— Acho que tenho a solução para o seu cansaço. - seus olhos verdes me fitavam em dúvida.

— Como assim?

— A Zelena que eu conheci, mãe da Robin crescida possui magia que provavelmente nunca mais irá usar, ela poderia passá-la para você. - por um momento perdi o fôlego ao ver um brilho intenso surgir em seus olhos.

— Isso seria perfeito!

— Eu posso te levar até ela.

— Ok! Eu só preciso saber com quem deixar a Robin e conseguir com a Regina algum mecanismo de transferência de magia. - falou com o olhar distante maquinando uma estratégia em sua mente.

— Combinado. Vou deixar meu número com você, assim que estiver pronta me ligue e nós vamos. - falei animado deixando um cartão com ela.

— Só uma coisa.  Por que está fazendo isso por mim? - perguntou perdendo um pouco da empolgação, deixando transparecer um ar de desconfiança que a deixava ainda mais linda.

— Apesar de ser a primeira vez que nos falamos, somos meio que família.

— É, eu acho que sim.


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