Opostos escrita por Erin Noble Dracula


Capítulo 2
Primeira amiga




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P.O.V. Clary.

Primeiro dia no colégio e as pessoas já estão fofocando sobre mim.

—Você tá bem?

—Eu já estive pior.

—Então, o que você sabe sobre os seus pais verdadeiros?

—Nada. Meus pais biológicos me abandonaram quando eu nasci e os meus primeiros pais adotivos me expulsaram por motivos pessoais.

—Adorei o seu cardigan e esse penteado meio medieval ficou demais.

—Valeu. Você também está ótima.

—Olha já dá pra ver a sua barriga.

—É.

—De quanto tempo você tá?

—Quase uma semana.

—Uma semana? Nenhum bebê cresce tão rápido.

—O meu cresce.

—Sabe quem é o pai?

—Sei. E não é um cara legal.

—Decidiu finalmente se assumir Belle?

—Vai se ferrar seu idiota. Esse é o meu irmão Alec.

—Uau! Eu vejo a semelhança.

—Você já sabe se vai ser menino ou menina?

—Eu acho que é menina.

—E que nome você vai dar?

—Davina, vem de divina.

—Você bebe muita água.

—Isso? Isso não é água, é uma vitamina especial.

—Eu odeio esses uniformes. Você tem sorte.

—A diretora só me deixa usar essas roupas porque o uniforme não cabe mais em mim.

—É. Vai ter uma festa na minha casa hoje. Você podia aparecer lá.

—Claro. Eu vou. Só espero que não seja mais uma festa do chá beneficente.

—Não. Eu garanto que não.

As aulas duraram uma eternidade. Mas, o sinal do almoço finalmente bateu, eu saí e alguém me passou uma rasteira no corredor.

—Ops.

Todos riram. Eu senti a raiva se apoderando de mim, as portas dos armários começaram a bater violentamente até os armários trancados.

—Qual é o seu nome?

—Sebastian Verlac.

—Me passar uma rasteira, esse foi o seu erro.

Eu rapidamente o derrubei, coloquei o meu pé na garganta dele e dei-lhe uma chave de braço.

—Você podia ter machucado meu bebê. Se alguma coisa acontecesse com o meu bebê por sua causa você iria implorar por algo doce como a dor.

Então eu dei um puxão deslocando o ombro dele e ele gritou.

—Babaca.

Deixei ele no chão se contorcendo. A multidão começou a circular e quando eu cheguei no refeitório fez se um silêncio sepulcral.

—Soube que você derrubou o Verlec.

—Ele me passou uma rasteira. Ele podia ter machucado meu bebê.

—E qual foi a dos armários batendo? Se viu?

—Vi. Vai ver a escola é mal assombrada.

—Sei.

O irmão de Isabelle sentou na nossa mesa e o loiro bonitão retraído também.

—Jonathan e Alec. É bom rever vocês. Vocês são amigos?

—Não. Somos mais que amigos.

—Oh!

Eu devo ter feito uma cara de desapontamento. Então, Alec riu e completou:

—Somos primos.

—Oh! Eu pensei que...

—Que estivéssemos juntos. Todo mundo pensa, quer dizer os novatos. Eu sou gay, o Jace não.

—Jace? Apelido legal.

—Obrigado.

—Ai, quem é o pai?

—Um cara não muito legal.

P.O.V. Isabelle.

Clary repetiu toda a sua história para o meu irmão e o meu primo e era óbvio que aquilo a deixava abalada.

—Sinto muito.

—Você sabe quem é o pai do seu filho?

—Sei Jace. O nome dele é Mick Saint John. Ele é casado. Só que eu não sabia, só descobri quando a esposa dele veio atrás de mim puta da vida. Ela tentou me matar.

—E você foi á polícia?

—As coisas não são tão simples. E eu não quero mais falar disso.

Decidi mudar de assunto.

—Convidei a Clary para a nossa festa de aniversário super bombástica.

—Ela tá grávida. Não pode beber.

—Eu não posso beber, mas posso comer e dançar.

—De que orfanato você veio?

—Saint Michael's. Era o meu último dia, eu já estava de malas prontas foi sorte os Leighton me acharem.

—Então você já é de maior?

—Sou. Mas, antes de ir para o orfanato eu passei um tempo na rua, foi na rua que eu aprendi a lutar quando sou encurralada num canto, eu sou fichada eu roubava comida e ás vezes dinheiro. Já tive que dormir em cada lugar... mas, está no passado agora.

Clary foi chamada na sala da diretora, mas logo saiu.

Estávamos ainda no almoço quando uma mulher veio, ela era loira e muito bonita.

—Beth Saint John.

—Clarissa. Querida, eu estava esperando que pudéssemos conversar em particular.

—O que você quer Beth?

—Eu quero o que devia ser meu.

—E o que devia ser seu?

—Posso te oferecer um bom dinheiro pela criança.

—O que?! Vai se ferrar! Eu não vou vender o meu filho.

—Você pode ter outros filhos, mas eu não.

—Isso não é problema meu. Procura uma agência de adoção.

—Esse filho é do meu marido!

—E dai? Eu não me importo. Esse filho é meu! E se não quiser que eu chute essa sua bunda pálida se manda.

—Por favor, eu vou cuidar da criança.

—Vai embora. 

A mulher começou a soltar fumaça, ela estava queimando.

—Ai! Sua desgraçada.

—Vai embora agora.

—Ela tá queimando?

A mulher saiu correndo.

P.O.V. Jace.

Se eu não tivesse visto com meus próprios olhos eu não acreditaria. Eu vi a mulher queimar.

Quando chegou a hora da festa a Clary apareceu e deu para Isa um colar em forma de caveira e para Alec uma pulseira.

—Não tirem, nunca. Enquanto usarem as jóias vão proteger vocês.

Ela deu uma pulseira para mim também.

Apesar de não poder beber, a Clary dançou e mesmo com a barriga de grávida ela era uma ótima dançarina.

Ela veio conversar comigo.

—Oi Jace.

—Oi.

—Me fala mais de você.

—Meu nome é Jonathan Christopher Horandale e meus pais são...

—Fala algo que eu não saiba. O que quer ser? Que profissão você quer exercer?

—Eu quero ser médico.

—Muito bom. Se pudesse ser qualquer ser sobrenatural, qual seria?

—Acho que um lobisomem.

—Eu não aconselharia. Sempre que os lobisomens se transformam eles são forçados a quebrar cada osso do seu corpo, ser lobisomem é uma maldição.

—Essa foi a coisa mais estranha e interessante que já me falaram.

—Obrigado.

—Já sabe qual é sexo?

—É uma menina. Eu sinto que é uma menina.

—Já decidiu o nome?

—Davina. Significa divina.

—Legal.

A festa foi interessante. Clary e eu conversamos a festa toda e até dançamos juntos, apesar de eu ser o maior pé de valsa, ela me ensinou alguns passos.


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