Janeiro – Aproximadamente 4 Anos Atrás

Christine poderia passar um dia inteiro falando das qualidades de Andrew e mais um dos defeitos.

O pior de todos na opinião da garota era a lerdeza que acompanhava o garoto em quase tudo que dizia respeito as investidas que ela fazia, especialmente as do último ano. Não que as coisas tivessem ficado mais fácies depois do beijo, em analise final o garoto parecia ter se afastado um pouco e criado uma incomoda distância entre eles.

E aquilo irritava a garota mais do que a maioria das pessoas considerava saudável.

—Esse ano não vamos ter acampamento afinal. –Andy comentou distraído mexendo na geladeira do apartamento que dividia com a mãe.

—E correr o risco da Jocelyn aparecer para brigar com a Claire e metade do pessoal quase morrer? Não, obrigada. –Outro defeito de Andrew, trazer à tona assuntos problemáticos. –Em todo o caso, vamos viajar?

—Não sei se o pessoal vai querer depois do último verão.

—Não falei todos, falei “vamos”, tradução para nós dois.

Andrew parou de mexer na geladeira e encarou Christine na dúvida do que dizer.

—Isso é uma boa ideia?

A garota agarrou a almofada ao seu lado e arremessou na cabeça dele, acertando em cheio.

—Apenas diga sim!

—O que aconteceu? –De alguma forma a almofada realmente deixou a cabeça de Andrew doendo. –Falei alguma coisa errada?

—Ah meu Deus! Você é idiota por acaso?

—Espera, o que eu fiz?

—Você tá me evitando a mais de um mês desde que me beijou seu imbecil.

—Hã? Eu tô? –Outro defeito de Andrew, ele fazia coisas idiotas sem percebe.

E ainda tinha reações realmente lentas.

—Você não percebeu e acho que não vai perceber tão cedo, então vou deixar claro. Eu te amo seu idiota. Sou apaixonada por você desde sei lá quando e você não consegue se quer perceber isso, então tome uma atitude Andrew Johnson e quando decidir eu vou estar na casa da Claire ou no Instituto.

E sem dizer mais nada Christine pegou a mochila que havia levado para o apartamento do garoto e saiu pela porta enquanto Andrew tentava entender o que tinha acontecido ali.

Levou quinze segundos para ele reagir e sair pela porta correndo em direção ao elevador e depois as escadas, de alguma forma o garoto sabia que tinha mais chances por ali e se surpreendeu quando encontrou Christine no meio do caminho com o celular na mão.

—Sim, pode me dar uma carona até sua casa por hoje? Não, eu...

Andrew pegou o telefone da mão de Chris mais rápido do que a garota esperava.

—Claire, ela fala com você mais tarde.

Ele desligou o telefone e encarou uma Christine furiosa.

—O que pensa que tá fazendo seu idiota cabeça de fogo?

—Eu te amo. –A garota pareceu surpresa com aquilo, o que deu a oportunidade de mesmo ofegante o garoto continuar. –Eu só não sei como agir com você.

—Como assim?

—Você é linda, simplesmente perfeita desde a primeira vez que eu te vi e ultimamente eu só não sei como agir quando estou com você. É confuso, mas eu só tento agir como agia antes, mas acho que estou fazendo algo errado se você sente que estou te afastando.

Christine riu e se encostou na parede.

—Tudo bem, eu meio que também sou culpada. –O garoto pareceu curioso. –Achei que você iria se aproximar mais, mas sempre fui eu que dei o incentivo para você agir e parei de fazer isso.

—Você fazia isso?

—Você só me chamou para aquele encontro depois de duas semanas comigo te fazendo ver filmes românticos e falando sobre como encontros pareciam ser legais.

—Foi?

—Lembra quando te subornei para ir assistir Pica-Pau comigo de madrugada?

—Você me prometeu uma montanha de sorvete.

—Ainda não tenho certeza de como você decidiu me beijar.

—Você me deu um sorriso tão bonito que eu só fiz.

Os dois riram e Christine puxou a gola da camiseta de Andrew o beijando, o que deixou os cabelos do garoto em chamas.

—Vou começar a agir então, ou você vai me irritar de verdade.

Andy engoliu em seco diante daquelas palavras e tirou uma caixinha do bolso tentando mudar o foco da conversa.

—Queria te dar isso a alguns dias.

Mesmo sabendo que não era algo como um diamante Christine sabia que era importante, ou não estaria no bolso da calça dele. Assim que ela abriu se deparou com uma pedra de cor marrom avermelhada em um cordão de um prata vibrante.

—Isso é uma corrente de vibranium?

—Sim, para não quebrar sob nenhuma hipótese.

—E o que é essa pedra?

—É uma das poucas pedras que posso produzir que protege quem usa dos efeitos dos meus poderes. –Andrew pegou o colar e colocou em volta do pescoço de Christine. –Fiz isso pra você a dois anos.

Christine o beijou novamente e depois começou a puxa-lo pelas escadas na direção do apartamento dele sem olha-lo.

—Vamos, você me prometeu uma noite com filmes e comida, espero que cumpra o que disse.

Andrew sorriu, por que Christine era difícil, mas também era especial.

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Continua...