Butterfly escrita por Jojs


Capítulo 1
Meu querido Bucky




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Quando eu te vi pela primeira vez eu já te conhecia tão bem que sentia que éramos amigos, que era íntima por conhecer os seus segredos pela voz de Steve Rogers, saber da sua infância, da adolescência, sabia muito sobre seus gostos, como as mulheres eram loucas por você e eu tinha uma leve queda por esse seu jeito bad boy, admito que de tanto Steve falar de você eu quis te conhecer, mas descobri que não te conhecia nenhum pouco.

 

Sabe Bucky … Prometi escrever esse diário para você até que achasse um jeito de e trazer de volta, trazer todos, acho que não tem jeito melhor de começar um diário póstumo do que como as milhares de vezes que nós nos conhecemos e nós desbravamos, a primeira vez que eu te olhei nos olhos e soube que aquele que eu via no mar azulado não era só o Bucky do Steve, era um James Buchannan Barnes bem mais profundo.

 

— Papai não seja um completo idiota. — Eu insisti com Tony mais de uma vez na ocasião. — Deixei eu entrar antes do psicólogo, por favor.

 

— Ele não é um brinquedo, por favor não me coloque em uma posição difícil. — Tony não me queria frente a frente com você, sabemos o quão volátil você era. — Além do mais o secretário nunca permitiria.

 

— Eu posso fazer com que sim. — Movi os dedos, você sabe como eu posso entrar na cabeça dos outros, para pessoas como o secretário parece bem mais fácil, já que ele é um completo idiota perto de mim. — Não me repreenda.

 

— Você não tem 5 anos, tem 24. — Ele insistiu e parecíamos duas crianças divergindo no meio da sala. — Não, é não.

 

— Eu tenho 23. — Alisei as minhas têmporas. — Eu posso entrar na sua mente também.

 

— Okay, okay, não vai adiantar dizer que não. — Ele suspirou convencido.

 

Fiquei parada pelo menos cinco minutos, dos quais você só me encarou nos quinze segundos iniciais em que eu estive ultrapassando a porta, não parecia ter interesse em uma mulher como eu na época. Mas as coisas mudaram poucos segundos depois, já que você soube o meu nome e pareceu inquieto na cadeira, como se tivesse algum receio em relação a mim, nossa ligação só se intensificou quando eu toquei o vidro que te separava de mim e ordenei que se acalmasse, o poder mental da minha voz era tão poderoso que você ficou quieto, bem interessante.

— Não precisa ter medo de mim. — Eu ainda olhava de certa forma bem próxima. — Só queria te ver.

 

— Você não me conhece, porque iria querer algo de mim? — Você sempre foi muito arisco com desconhecidos. — Mas seu sobrenome não é estranho.

 

Todo mundo conhece um Stark, bobinho. — Me deixei sorrir e me afastar sentando sob a mesa que tinha a sua frente. — Eu te conheço muito bem, desde que conheço o Steve e isso já faz quase dez anos, ele me conta sobre o amigo James Barnes, só pensei que …

 

— Que talvez ele fosse mais interessante. — Você novamente revirou os olhos sem nenhuma paciência comigo. — Desculpe por desapontá-la, alteza.

 

— Não, não. — Suspirei cruzando as pernas. — Você se mostrou uma incógnita, talvez possamos tomar um café.

 

— Seria meio impossível daqui de dentro, se é que não viu. — O trincar dos dentes daria medo a qualquer um, mas não deu a mim, eu sentia o que você tinha por dentro. — O que uma Stark quer comigo?

 

Você sempre muito arisco e um pouco medroso, sabe Bucky … Você era muito mais inocente naquela época do que achava, foi ali que eu percebi que você era fascinante, muito mais do que um objeto de estudo que Steve vinha alimentando a instigando em mim durante os vários anos em que nos conhecemos, eu quis ser sua amiga e talvez mais coisas na sua vida e nem me dei conta que foi ali que o laço entre nós dois foi dado.

 

— Conhecer você. — Me levantei da mesa me aproximando do vidro novamente. — Sua mente é conflituosa e eu posso sentir, gosto do caos.

 

— Pessoas assim são perigosas. — Você falou entre os dentes, quase vociferando. — Ou completamente confiáveis.

 

— Sou um pouco dos dois, Sr. Barnes. — Sorri tocando o vidro com a minha mão. — Vamos resolver esse impasse em que você se meteu.

 

— Eu não fiz nada! — Você ainda insistia nessa versão dos fatos, bem convincente e real na época. — Eu não matei o rei T’Chaka.

 

— Eu sei. — Sorri balançando a cabeça de forma positiva. — Acredito em você Bucky, por isso vim até aqui.

— Vai me tirar daqui? — Seus olhos azuis pareciam ganhar uma cor com a possibilidade.

 

— Não. — Com as minhas palavras talvez seus olhos tenham perdido um pouco do brilho. — Pelo manos não agora, mas eu prometo te ajudar, James.

 

— Eu confio em você, Srta. Stark. — O seu sorriso era bonito e até hoje me lembro dele. — Me chame de Bucky.

 

— Me chame de Lila. — Comentei.

 

Não pude ficar mais, os guardas me chamaram para que eu fosse embora, era hora de fazer algo, mas naquela primeira vez que te vi, de certa forma, foi uma das melhores, nossa conexão instantânea dizia muita coisa sobre como nós dois somos agora ou fomos até pouco tempo, essa conexão sempre existiu de uma certa forma e você soube disso quando me olhou, assim como eu soube quando te vi com os seus belíssimos olhos azuis.

 

Um grande beijo da sempre sua …

— Lila Stark

 


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