A Ordem dos Cavaleiros escrita por Autor100999


Capítulo 48
Arco Arcádias - Cinco Horas


Notas iniciais do capítulo

Tiago foi chamado para ajudar Kyoukai a resolver um problema relacionado aos rebeldes. Enquanto isso, Riruzen e Gabriel decidem apresentar um plano muito arriscado para os generais.



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         O planeta mudou sua estação, mais uma vez, chegando ao outono, e, com a queda das folhas, os cavaleiros acordaram e decidiram seguir com o plano. Gabriel, Riruzen, Sakura e Brion seguiram para a posição encontrada pelo aprendiz de Yoda. Enquanto isso, o Cavaleiro das Trevas seguiu para encontrar os rebeldes em uma localização escolhida por Kyoukai.

— Está atrasado! – disse Kyoukai.

— Lógico, tive que atravessar meio mundo para chegar aqui – retrucou Tiago.

— Exagero! – disse Kyoukai.

— Tanto faz, por que escolheu essa colina? – perguntou o aprendiz de Gui-gon.

— Somos aliados, no entanto, não posso te dar um mapa com a localização da minha base – respondeu Kyoukai.

— Bom, faz sentido – concluiu o cavaleiro.

— É lógico! – disse a sacerdotisa.

— Enfim, o que queria falar comigo? – perguntou Tiago.

— Bom, acredito que temos um traidor dentro dos rebeldes – disse Kyoukai.

— Entre os rebeldes? Por que está me falando isso? Os rebeldes são o seu grupo, que Taunk e você cuidem disso – disse Tiago.

— Você veio de fora, poderá ter um olhar imparcial sobre os rebeldes... E, convenhamos, você é a pessoa mais contente com nosso acordo – disse Kyoukai.

— Mais contente? Como vocês pretendiam conquistar a capital? – questionou Tiago.

— Não sei, mas tenho certeza de que se sofrermos uma traição, você não entra, ou seja, não teria como conquista-la – respondeu Kyoukai.

— Entendo... Vai me fazer trabalhar por você? Bom, posso pelo menos bolar meu próprio plano? – questionou Tiago.

— Claro, faça como preferir – respondeu Kyoukai.

— Ok, mas vou precisar da sua ajuda – disse Tiago.

— Não me incomodo, mas qual o plano? Ele é viável? – questionou a sacerdotisa.

— Sim, mas preciso de respostas – disse Tiago.

— Faça as perguntas – disse a sacerdotisa.

— Quantos vocês são? Como descobriu sobre o traidor? Tem alguma suspeita sobre quem seria? – questionou Tiago.

— Somos dezesseis, pedi para minhas irmãs interceptarem todas as comunicações feitas dentro da base rebelde e tenho suspeitas de um nome – disse Kyoukai.

— Excelente, preciso apenas de mais uma coisa – disse o cavaleiro.

— Só mais uma? Pode mandar – disse Kyoukai.

— Preciso que use suas habilidades para me ajudar no plano – disse Tiago.

— Minhas habilidades? – questionou a sacerdotisa.

— Quando me capturaram, levaram-me para uma base de Ember, no entanto, nenhum de vocês poderia fazer esse tipo de coisa, principalmente por serem procurados, e, quando estava amarrado dentro do veículo, ouvi você dar ordens para os soldados – explicou Tiago.

— Acha que tenho autoridade dentro de Ember? – perguntou Kyoukai.

— Acredito que você tenha a habilidade de controlar as pessoas – disse Tiago.

— Acha mesmo que isso é possível? – perguntou Kyoukai.

— Não sei, mas tenho certeza que você pode fazer alguma coisa parecida com isso – disse Tiago.

— Por que acha que tenho essa habilidade? – perguntou a sacerdotisa.

— Só um palpite, baseado principalmente no fato de apenas você falar com os soldados dentro daquela base – disse Tiago, que havia percebido as ações de Kyoukai quando entrou na base, saiu e retornou a sala de interrogatório.

— Entendo... Bom, não fará diferença você saber disso, mas não se trata de controle mental – disse Kyoukai.

— Do que se trata? – perguntou Tiago.

— Não vou te contar – respondeu Kyoukai.

— Tudo bem, mas seria algo parecido com isso? – o cavaleiro insistiu e perguntou novamente.

— Algo parecido – disse a sacerdotisa.

— Tanto faz, conhece bem o planeta? – perguntou o cavaleiro.

— Com a palma da minha mão – respondeu Kyoukai.

— Excelente, você possui algumas pilhas ou baterias? – perguntou o aprendiz de Gui-gon.

— Sim. Eu carrego algumas reservas para minhas armas – explicou Kyoukai.

— Me empreste três baterias, se possível – pediu o cavaleiro.

— Aqui estão – disse Kyoukai, arremessando as baterias para o cavaleiro.

— Muito obrigado! – disse Tiago, enquanto comia as baterias.

— MAS O QUÊ? Você comeu? O que foi isso? – questionou a sacerdotisa.

— Estava quase vazio de energia – disse o cavaleiro.

— Isso não faz sentido! Explique direito – disse Kyoukai.

— Não vou te contar – retrucou o cavaleiro.

— Não vou te dar mais nada! – gritou a sacerdotisa.

— Como pensei. Bom, vamos ao plano – disse Tiago.

         Enquanto a sacerdotisa escutava o plano do aprendiz de Gui-gon, Gabriel e Riruzen finalmente chegaram ao local combinado, eles começaram a preparar o transmissor interestelar para entrar em contato com suas tropas.

— Riruzen, me passa aquela chave Istakion – pediu Gabriel, que estava acabando de montar o transmissor.

— Aqui – disse Riruzen, arremessando a chave para o aprendiz de Yoda.

— Valeu! – disse Gabriel.

— Acabe logo com isso – retrucou Riruzen.

— Estou quase acabando, mas antes... Eu queria te agradecer por me apoiar na decisão que tomamos na fogueira – disse Gabriel.

— Não pensei que seria o tipo de pessoa que faria isso – disse Riruzen.

— Não sou esse tipo de pessoa, por isso não espere que isso aconteça sempre – disse o aprendiz de Yoda, voltando para o trabalho.

— Aquelas crianças não conseguiriam mudar nada, se morressem aqui – disse Riruzen, tentando explicar o motivo de seu apoio à decisão de Gabriel.

— Mudar? – questionou o aprendiz de Yoda.

— Aqueles dois são apenas crianças, não importa o que eles fizerem, nada no universo irá mudar, no entanto, são eles que decidirão como será a próxima era, por isso não quero que eles morram – disse Riruzen.

— Quem diria, você realmente é um cara legal – disse Gabriel.

— Cale-se, termine o comunicador o quanto antes – ordenou Riruzen.

— Fica de boa na lagoa, faltam só alguns pequenos reparos – disse Gabriel, enquanto voltava para o trabalho.

         O plano para tomada de Arcádias estava terminando seu primeiro ato com o comunicador totalmente funcional, os cavaleiros entraram em contato e informaram tudo o que foi descoberto por eles sobre Arcádias e sua localização. Graças aos esforços dos cavaleiros, o Chanceler Yoda decidiu agir e ordenou um ataque em massa para quebrar o bloqueio.

— Finalmente, vocês demoraram demais – reclamou Nagato.

— Onde está o líder da missão? – questionou Fisk.

— Ele está resolvendo algumas pendências com os rebeldes – informou Riruzen.

— Independente disso, quando conseguiram passar pelo bloqueio? – perguntou Gabriel.

— Já estamos começando o embate – disse Yoda, enquanto as naves no espaço começariam uma batalha para adentrar no planeta.

— Temos uma frota inteira, mas o bloqueio é muito forte – disse Fisk.

— Acredito que talvez demoremos dez horas para derrota-lo completamente – disse Fisk.

— Façam em cinco – disse Gabriel.

— O quê? – questionou Nagato.

— Arcádias vive através da sua mudança de estações, tirando a capital, que está coberta com uma barricada Pinot, capaz de anular essa mudança dentro da cidade. – explicou Gabriel.

— A estação atual é o outono, mas ela deve acabar em minutos – disse Riruzen.

— A próxima é o inverno, deve durar cinco horas, se conseguirem quebrar o bloqueio nesse tempo, poderemos atacá-los na primavera – disse Riruzen.

— Que diferença isso faria? – questionou Fisk.

— Os verões desse planeta são inteiramente desérticos, os invernos são incrivelmente frios, outonos completamente secos, no entanto, a primavera é a estação mais fácil de lidar – disse Gabriel.

— Somos estrangeiros, ou seja, não conhecemos tão bem o terreno, por isso devemos começar pelo que estamos mais acostumados e preparados – explicou Riruzen.

— Interessante, mas por que não dizem logo o que querem com tudo isso? Em uma luta de longa escala não faria diferença a estação que chegaríamos – disse Nagato, enquanto sorria por ter descoberto as intenções secretas dos cavaleiros.

— A verdade é que corremos muitos riscos de perder a luta se ela demorar muito tempo, por isso a batalha de Arcádias deve ser vencida dentro de cinco horas! – disse Gabriel.

— CINCO HORAS? ESTÁ LOUCO? – questionou Fisk.

— Não diríamos isso sem nenhum plano, por isso, se esforcem para chegar ao ponto de encontro – disse Riruzen.

— Não estamos loucos, mas provavelmente essa seria a maneira mais provável de vencermos essa batalha – disse Gabriel.

         Os argumentos de Gabriel e Riruzen eram tidos como absurdos, no entanto, o ponto de vista deles não estava equivocado, mesmo alguns membros daquela reunião duvidando da capacidade desse plano, a decisão final pertencia ao mestre Yoda.

— 5 horas? Acho muito complicado – disse o mestre.

— Acredite em mim, meu mestre! – pediu Gabriel.

— Eu acredito, por isso acho que demorar cinco horas para quebrar o bloqueio seria algo muito problemático, estou certo? Nagato? – perguntou Yoda.

— Sim, para esse plano ter mais chances de sucesso deveríamos chegar pelo menos uma hora antes da primavera – disse o antigo aprendiz de Caspian.

— Entendo, faremos em três horas – disse Yoda.

— Três horas? Mas, chanceler, essa tarefa é praticamente impossível – retrucou Fisk.

— Realmente, por isso acho que Nagato e você terão muito trabalho – brincou Yoda.

— Senhor? Entendo, nesse caso, vamos começar agora – disse Fisk, enquanto desligava a ligação.

— Até mais – disse Nagato, enquanto fechava seu comunicador.

— Você foi muito bem, meu aprendiz – disse Yoda.

— Eu apenas segui seus ensinamentos – disse Gabriel.

— Espero que consiga encontra-lo vivo para conversarmos o quanto essa ideia é absurda – brincou Yoda.

— Podemos falar também o quão louco estava nosso general supremo quando decidiu aceitar essa ideia – disse Gabriel, enquanto mantinha um sorriso por ter conseguido convencer seu mestre a aceitar o plano.

— Excelente. Bom, até mais tarde – disse Yoda, desligando sua chamada.

         Após a reunião, os generais Fisk e Nagato decidiram ingressar na batalha aérea para auxiliar seus batedores a terminar de quebrar o bloqueio o mais rápido possível.

— Senhor, o que está fazendo aqui? – perguntou um piloto de caça.

— Você me conhece, prefiro ficar aqui à preso em uma sala de controle – respondeu Nagato.

— Perfeito! Estávamos sentindo a sua falta – brincou o piloto.

— Não se preocupe, estou aqui para terminar essa missão em menos de cinco horas – disse Nagato.

— Menos de cinco horas? – questionou o piloto.

— Eu também não acreditei nisso – retrucou Fisk.

— Entrou na chamada? Você realmente é um cara chato – disse Nagato.

— Enfim, qual o seu plano para quebrar esse bloqueio? – perguntou Fisk.

— Quero que você e seus caças ataquem aquela nave – disse Nagato, apontando para a maior nave que estava a frente do bloqueio.

— O que vai fazer? – perguntou Fisk.

— Você é um cavaleiro de prata, mas foi promovido a general por conta de suas táticas, o que acha vou fazer? – questionou Nagato, enquanto acionava o acelerador da nave.

— Algo ilógico! E esse é o problema – disse Fisk, que conseguiu deduzir o plano de Nagato.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado!

O arco está muito interessante de escrever, o que me deixa muito feliz!



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