Heart in Flames escrita por Vingadora


Capítulo 5
Chad Davis


Notas iniciais do capítulo

Oiiii, amoras!!!
Não se assustem com o capítulo pequeno. Este foi dividido em duas partes, porque tem MUITA coisa (risos).

ANYWAY, queria dizer que não vou desistir de desejar os comentários de vocês e que quem perde a oportunidade de comentar, não sabe o tipo de resposta que tá perdendo também!
Podem perguntar as leitoras lindas que sempre comentaram meus capítulos o QUANTO eu sou legal e gosto de conversar!

Enfim. Aproveitem o início da narrativa de pura ação da Ellie! Esse e o próximo capítulos estão recheadíssimos de momentos de ação!

Aguardo vocês nos comentáriossss!!



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Acordei achando que tinha ouvido uma explosão.

Olhei para os lados, buscando uma mínima movimentação ou cheiro de queimado, mas meu cérebro fez-me recordar do sonho que tivera e, então, percebi o motivo de ter acordado tão assustada.

Em meu sonho, Mandarim, que era um negro, de olhos puxados feito asiático, e um cabelo tão liso que daria inveja a qualquer mulher, prendeu-me numa cadeira e forçou-me assistir a morte de... bom, todo os Estados Unidos. Tudo explodia, como se houvessem C4s implantados em cada mínimo trecho de terra e a explosão veio se aproximando de mim, lentamente, aos poucos, de forma fragmentada, dando-me os mínimos detalhes de cada ser vivo ou não que morria pela desgraça causada por aquele maldito homem. Tudo acabou quando senti algo mole em meu abdome e percebi que havia uma das bombas implantadas em minha pele. Explodi antes mesmo que pudesse pensar em pensar em alguma solução.

Por alguns instantes, o silêncio foi tão perturbador que tive medo do sonho ser real e todos estarem mortos. Até ousei utilizar minha audição para vasculhar qualquer rastro de som. Tudo audível ali eram meus passos no chão, meu coração, minha respiração entrando e saindo dos pulmões e, por fim, uma ventania mediana, que batia contra a madeira do lado de fora.

Nem Tony, nem Harley estavam por perto. Talvez Tony tenha saído para procurar as informações que desejava e o garoto o seguiu, teimoso como é. Isso significa que haviam me deixado ali para tomar conta da armadura, ou porque simplesmente Stark não conseguia mais olhar na minha cara após tudo o que eu dissera.

Independentemente do que o tinha motivado a se afastar, eu precisava comer algo e, como não tinha coragem de invadir a casa do menino e assaltar sua geladeira, optei por pegar meu par de brincos que provavelmente valeriam muito mais que a casa do garoto para partir em busca de uma lanchonete que topasse um tipo de escambro diferenciado. Eu daria tudo por um prato cheio de batatas com bacon nesse instante e uma belíssima tulipa de cerveja.

Eu precisei pegar um casaco de moletom velho que encontrei jogado por lá, para disfarçar minha roupa nada invernal. Além disso, encontrei o par de tênis que Tony havia pedido e a embalagem vazia do que seria meu cookie jogada lá também. Vesti o casaco e troquei rapidamente meu salto alto pelo tênis tamanho 41, que me deixou com um pé de palhaço, mas não poderia aparecer por lá de coturno. Seria chamar atenção além do permitido.

O minúsculo centro da cidade não era tão distante da casa de Harley e, como já era de se esperar, haviam apenas algumas esquinas, tão próximas, que conseguia imaginar que todo aquele lugar era apenas um quarteirão de New York (o menor dos quarteirões, ainda por cima).

Andei algumas quadras e não demorei a encontrar o pequeno Harley, sentado num banco na esquina da rua e admirando o espaço a sua volta repleto de neve e pessoas trafegando na calçada.  

ㄧEi, Lizzie. ㄧo aceno de mão mais animado do mundo e o sorriso infantil me fizeram sorrir também, apesar de não ter me agradado muito o uso do apelido.

ㄧFoi o Tony quem disse para você me chamar assim? ㄧadivinhei enquanto me aproximava, sem antes deixar de esbarrar numa mulher que veio do nada e encarou-me de soslaio, um pouco ofendida pelo esbarrão.

Olhando-a rapidamente, pude notar uma espécie de deformidade em sua face esquerda, bem como o cabelo que não parecia ser propriamente seu e sim uma peruca malfeita que lhe deixava com um aspecto de poodle... Nossa, será que foi assim que fiquei quando cortei meu cabelo da última vez?

ㄧNa verdade, foi. ㄧele ainda sorria quando me sentei ao seu lado, sem esperar por convites ㄧ Ele disse que você é como uma irmã mais nova rebelde, que decidiu mudar de nome para chamar atenção. Foi isso que aconteceu? Você quis mudar de nome pra chamar atenção do Tony?

Ri abertamente e revirei os olhos, sem acreditar no que Stark havia fantasiado para aquele menino.

ㄧSabe... eu tenho essa mania às vezes. De mudar o nome, eu quero dizer. É algo que gosto de fazer para não enjoar fácil de quem sou. ㄧ menti, sabendo que seria o melhor a se fazer naquele momento.

ㄧEntão você é mesmo a mulher-chamas que lutou ao lado dos outros vingadores para salvar a Terra, em New York? ㄧsua pergunta foi tão surpreendente que me deixou uns segundos desnorteada.

ㄧ Quem te contou isso? Espera! O Tony te contou isso? ㄧquestionei meio boquiaberta.

ㄧNão, claro que não! Ele quase tem um ataque do coração só quando eu falo buraco de minhoca. Precisava ter visto quando eu fiz várias perguntas sobre o ataque alienígena. Ele até esfregou neve na cara pra tentar se acalmar. Mas então... eu fiquei sabendo por todos os jornais. Tem vários vídeos seu na internet. Preciso dizer que seu cabelo loiro combina mais com você do que o ruivo, mas até que nos vídeos a cor não era ruim. Precisou pintar de novo para se esconder dos paparazzi? E... como seu cabelo mudou de cor tão de repente?

O menino começou a me encher de perguntas, mas eu só conseguia pensar na história que ele me contou sobre as crises de ansiedade de Tony. Será que ele estava sofrendo algum estresse pós-traumático por conta de New York e o buraco de minhoca? Eu precisava descobrir.

ㄧHarley, onde está o Tony? ㄧindaguei, encarando-o firme, tentando demonstrar alguma postura madura aqui.

ㄧEle foi atrás da mãe do Chad Davis, ali no bar. ㄧapontou para a porta de entrada e depois me olhou de volta ㄧ Acho melhor você não entrar lá agora, porque ele está a interrogando para coletar mais informações sobre o nosso caso.

ㄧ Que caso?

ㄧO da explosão que o Chad causou aqui perto. Quer ver? ㄧEle levantou-se totalmente empolgado, achando que eu o seguiria no mesmo instante.

ㄧQue tal fazermos o seguinte? Você vai pra casa, espera por nós lá, no quentinho, debaixo de um cobertor, e depois eu vou até você e me mostra onde ocorreu a explosão?

ㄧPor que tá me tratando como se eu fosse uma criança? ㄧele olhou-me enojado da situação e forçou o timbre da sua voz para sair mais grosso que o normal ㄧEu já sou pré-adolescente, tá legal? E eu decido se vou embora pra casa ou não.

ㄧO que a sua mãe pensaria se soubesse que está tarde da noite, no frio, na rua? ㄧlevantei-me e cruzei meus braços, esperando por respostas.

ㄧEla não pensaria nada, porque na verdade, ela me deixou em casa, tarde da noite, no frio, para sair. Acho que o erro dela pesa mais que o meu nessa situação.

Touché.

Eu estava prestes a lhe dar uma ordem de voltar para casa, quando ouvimos os gritos e dois tiros vindo do outro lado da rua, de dentro do bar que Harley indicou ser onde Tony estaria.

Virei-me rapidamente em direção àquele lugar e fiz meu corpo de escudo para o menino, já imaginando que, possivelmente, a briga de lá poderia vir para as ruas.

ㄧ Mas o que é isso? ㄧHarley perguntou baixo o suficiente só para que eu ouvisse, enquanto se enfiava bem atrás de mim, aceitando totalmente minha proteção.

ㄧÉ o que eu pretendo descobrir. ㄧfalei e girei meu corpo até estar de frente para ele novamente. Segurei-o pelos dois braços e o olhei firme ㄧ Antes preciso colocar você em segurança em algum lugar.

ㄧOlha... eu sei correr. Prometo que vou correr. Acho melhor você ir até lá. O Tony pode estar em perigo. ㄧ seu olhar preocupado em direção ao bar fez-me concordar imediatamente com seu plano.

ㄧ Promete que vai correr e se esconder? ㄧ não soltei-o e prossegui o encarando da forma mais firme e autoritária que conseguia.

ㄧEu prometo, Lizzie. Agora vai, antes que seja tarde.

Soltei o menino e comecei a avançar rumo a porta, mas fui surpreendida quando me deparei com uma versão de Tony Stark, de mãos algemadas nas costas correndo para fora e gritando abertamente:

ㄧOh, esquisita, quer brincar? Eu e você, aqui fora, vem! ㄧele voltou a correr e eu percebi que uma coisa assustadora que definitivamente não podia ser totalmente humana, saia do bar logo em seguida, armada com uma pistola recém-carregada por ela.

Tony sequer notou minha presença ali, pois correu em direção reta da rua, mas parou no meio do caminho, pois foi surpreendido por algo ou alguém.

Eu não ia deixar aquele ser macabro atingir Stark, então quando comecei a me preparar para correr e interceptar a mulher que se aproximava, ela apontou a arma em minha direção e atirou freneticamente, utilizando todas as balas possíveis e atingindo-me em cheio.

Impactada com as balas, caí para trás e senti que algo estava vazando pelos novos buracos que eu ganhei. O mundo ficou meio turvo, sem nexo, talvez sem cor. As coisas estavam ficando bagunçadas e eu não ouvia coisa com coisa. Os sons, as luzes, tudo se misturava e formava algo ainda mais turvo e confuso. As duas balas que não acertaram meu tronco e pernas, estavam exatamente uma bem próxima da minha primeira vértebra, pois atravessou em cheio o meio do meu pescoço e a outra fez um arranhão profundo na minha face esquerda, quando tentei rapidamente desviar da bala para que não perfurasse realmente meu rosto.

Aquela mulher não atirou para me assustar ou algo do tipo. Sua intenção era de me eliminar, o que significa que ela sabia quem eu era e o que eu era.

Ouvi mais tiros, porém ainda era incapaz de prestar atenção com firmeza nas coisas a minha volta. Uma janela se quebrou não muito longe dali e eu tinha certeza de que o meu corpo já estava começando a lutar contra a munição que invadiu meu corpo, pois o calor estava começando a crescer a cada instante e eu conseguia sentir algo derretendo dentro de mim. A ideia de como expelir as balas de dentro do meu corpo até passaram pela minha cabeça, mas eu não tinha tempo para isso, já que precisava reunir forças para entrar em combate e aniquilar aquela vadia.

Aos poucos, fui levantando e tomando controle dos meus membros que estavam levemente doloridos, e percebi que os diferentes furos no meu corpo estavam expelindo não somente a munição como uma absurda quantidade de sangue. Precisei respirar fundo com mais frequência até conseguir me ajoelhar na rua e, aos poucos, erguer minhas pernas, de modo que eu me colocasse de pé novamente e observasse a situação ao meu redor.

Um outro tiro e eu consegui ver rapidamente de onde vinha e para onde ia.

Era a mulher por quem eu havia esbarrado na rua antes de me aproximar de Harley e a mesma coisa que saiu do bar em direção à Tony. Ela estava armada, segurando uma espingarda e mirava em direção à uma vitrine destruída de uma espécie de doceteria que estava, por sorte, fechada e sem nenhum civil dentro. A não ser, claro, por Tony, pois eu foquei minha audição recém recuperada e pude ouvir seus batimentos cardíacos vindos de lá.

Senti um gosto salgado na boca e eu sabia que, naquele instante significavam duas coisas: sangue e vontade de matar.

Ela havia mexido com a mulher errada e eu estava pronta para mostrar pra ela que era melhor ter prestado atenção no que os adultos sempre ensinam: não se deve brincar com fogo.

Recomposta novamente, dei alguns passos firmes em direção àquela loura, prestes a ataca-la, que insistia em perseguir Stark. Estava perto e eu iria pegá-la de surpresa, porém fui lançada contra o chão por um peso além do comum e eu sabia, naquele momento, que ela não estava sozinha.


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Notas finais do capítulo

Ah, tem uma cena do próximo que sei que irão amar...
Espero que consigam esperar até amanhã, pois só postarei a continuação amanhã, a tarde.

Há tanto para nossa doce Ellie/Lilly descobrir...

OBS: Eu ainda não respondi os comentários pendentes, pois estou sem tempo!! Mas prometo que ainda hoje, à noite, tentarei responder à todas!! Amo vocês de verdade ♥ ♥ ♥



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