Heart in Flames escrita por Vingadora


Capítulo 4
You are afraid


Notas iniciais do capítulo

Oiii, amoras da minha vida!
Antes de mais nada: Aos que não conseguiram abrir o "Prologo", aviso que já entrei em contato com o lindíssimo suporte e já foi corrigido o problema. (Obrigada, equipe lindíssima).


Bom, sinceramente, eu acho que esses capítulos das fanfics são sempre meus favoritos.
Haverá um momento muito intenso de reflexão neste e num outro capítulo adiante que balançará com todas as estruturas de nossa doce Ellie.

ANYWAY!

Já quero dizer que nem tô sabendo lidar com tantas mensagens de carinho que recebi pela minha volta. Eu tô que nem neném chorando atoa!!! Nossa, eu juro que nunca me senti tão especial na vida, de verdade.
Tá, não vou exagerar e dizer "nunca" (pq minha família tem me feito sentir assim todos os dias), mas essa é uma das raras ocasiões na vida que me sinto tão importante.

Eu não fazia ideia do efeito que a história da Lilly teria na vida de tantas pessoas e isso me deixa emocionada e em êxtase ao mesmo tempo.
Enfim,
gostaria de dedicar este capítulo à algumas pessoinhas especiais, que tiveram toda a delicadeza de dedicar um tempinho para escrever/responder minhas mensagens.
À Ladygug, que há alguns dias atrás escreveu uma linda mensagem que, sinceramente, foi o impulso final para que eu sentisse a necessidade de voltar a escrever as histórias da Lilly. Muitíssimo obrigada (de novo) por cada palavra generosa, de verdade. Você tem um coração maravilhoso!!!
À Cool Girl, que me fez sentir uma estrela da escrita quando declarou o quanto ama minhas histórias. Caramba! Eu quase me senti melhor que o Stan Lee. Não faz ideia do quanto suas palavras me ajudaram, porque, assim que voltei, acabei me deparando com um MONTE de enredos similares ao meu e isso me abalou um pouco. Ler o quanto você considera especial a minha versão só me fez perceber o quanto a Lilly é especial, não só para mim, mas para você também. (Tenho certeza de que, caso fosse possível, ela quebraria os diversos códigos de ética dela para te abraçar).
À LadyWinchester, que leu minhas histórias em 3 dias e se deu ao trabalho de comentar, nos 45 min do segundo tempo (ou seja, no último capítulo) sobre ter gostado da minha história e ter ficado ansiosa por mais. Obrigada por ter dedicado seu tempinho para demonstrar o quão viciante foi a narrativa da Lilly.

E à Savannah DeLa Fey Holmes, que, mesmo com poucas palavras, se deu ao lindo trabalho de responder minha mp. Obrigada por sua gentileza.


Enfim!!! Depois desse discurso final de Miss, agradeço até mesmo aos fantasmas que aparecem e, apesar de não comentarem, eu sei que estão aí, em algum lugar, reprimidos pela vergonha ou, quem sabe, algo a mais? Agradeço à vocês também, que são inspiração para que eu melhore sempre, na tentativa de cativá-los ao ponto de sentirem a necessidade de comentarem. Muito obrigada por existirem. Sem vocês, o suspense não existiria.

Aproveitem esse capítulo e, sinceramente, desculpas pela ENORME nota inicial, mas eu precisava falar isso tudo.



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ㄧ Nós vamos matar esse desgraçado. É sério, Tony! Nós vamos acabar com cada mínimo pedaço dele. Eu vou queimá-lo lentamente, até que eu sinta o cheiro de churrasco subir daquela pele imunda!

A fúria que se apossava de mim era de um novo tipo. Havia algo mais, além do comum. Era uma espécie de proteção, um sentimento de responsabilidade, algo comparado com o que Ignis sentia pelo povo das terras de fogo e gelo.

Mandarim havia ameaçado o meu país, o meu povo, mas, acima de tudo, ameaçado pessoas importantes pra mim. De acordo com Tony, dias antes, Happy, o seu atual chefe de segurança, foi gravemente ferido num atentado provocado por este pseudo-terrorista, com o objetivo de desmascarar as invenções dos biscoitos da sorte. Antes disso, um outro atentado ocorreu também e, com isso, totalizaram duas explosões nos Estados Unidos causados por este louco. O pior de tudo era que os ataques foram provocados por homens-bombas, de nacionalidade americana.

O ataque que Tony sofrera em sua casa se deu por conta de uma ameaça que ele fez diretamente à Mandarim em rede mundial de televisão, alegando que agora aquela guerra era pessoal. O terrorista atacou a residência de Stark em Miami, quando Pepper ainda estava lá, junto dele e, incapaz de protege-la, foi lançado ao mar e ficou inconsciente até cair no Tennessee, onde eu o encontrara.

Ele estava ali, pois queria investigar um dos homens-bomba que causou a primeira explosão. Havia solicitado ao Jarvis uma rota para aquele lugar e, no momento que foi atacado, sua armadura o direcionou exatamente àquelas terras.

Haimdall nunca havia acertado tão bem em toda sua vida, como ao me levar justamente à Tony naquele instante.

ㄧE a S.H.I.E.L.D.? ㄧresolvi questionar, depois de ter uma série de lapsos de fúria, ameaçando, até mesmo, a décima geração de herdeiros daquele maldito, se eu deixasse chegar a tanto.

ㄧ Desencana do seu papai, Ellie. Aprenda a andar com suas próprias pernas, agora. Eles estão preocupados demais com a repercussão da guerra de outro mundo que enfrentamos e tudo o que ela significou para o nosso mundo, para simplesmente se importarem com uma simples afronta ao nosso governo.

ㄧ Isso vai além do nosso governo, Tony! Esse cara está matando pessoas. ㄧ rebati, furiosa e deixando escapar uma ou duas faíscas de fogo das minhas mãos. Aquele simples ato perturbou Tony um pouco, porque ele perguntou:

ㄧ Você tem mesmo controle sobre essa coisa de fênix?

ㄧ É mais fácil perder o controle do que imagina. Ignis era mais passiva e calma que eu.

ㄧ Então, você ainda é a Ellizabeth. ㄧ ele atestou, como se fosse um psiquiatra cuidando das minhas múltiplas personalidades.

ㄧ Não, Tony, a Elli-

ㄧ Está acontecendo exatamente a mesma coisa que aconteceu quando você e o picolé tiveram que terminar abruptamente, por conta de uma ordem do velhinho da S.H.I.E.L.D.. Você tem esse pico de mudança, acha que vai conseguir mudar tudo, deixar de ser quem era, uma nova pessoa, uma nova vida... tudo isso porque não consegue lidar com os erros do seu passado. Age como se tivesse coragem de enfrentar tudo, mas francamente, Ellizabeth, você é uma medrosa. E isso não quer dizer que não saiba lutar num campo de batalha, porque é somente isso que sabe fazer. Você lida melhor com as coisas fazendo ameaças e matando pessoas do que simplesmente pedindo perdão por seus erros e tentando concertar as cagadas que fez no passado. ㄧ cada palavra pronunciada era como uma adaga fincada em meu corpo, possivelmente, em todas as regiões. Ele gesticulava com as mãos, apontando para mim, para o espaço a nossa volta, para ele, para mim novamente, e se tornava uma cadeia de movimentos, onde ele não ficava parado e se timbre na voz se tornava cada vez mais grave e intenso.

Era como olhar para minha vida, sob uma nova perspectiva, em que Tony, o narrador, jogava toda a merda no ventilador e deixava aquela sujeira impregnar nas paredes à nossa volta, que eram feitas de esponja e absorviam tudo.

ㄧQualquer idiota pode perceber isso, Ellizabeth. Você é uma medrosa. Teve medo de se voltar contra Fury, não por temer a prisão perpétua, porque, convenhamos, você não seria pega nunca. Seu receio era de ofender e entristecer ainda mais o homem. Teve medo, de novo, quando ele a obrigou a se afastar do capitão, com aquele discurso patético de que você era quem estava usando o homem e não o contrário. Não porque concordasse com o que ele dizia, mas porque temia de um relacionamento sério e profundo, onde ambas as partes seriam sinceras e abertas e, acima de tudo, você teria que encarar uma nova realidade . E, claro, não podemos nos esquecer que você teve medo de ficar na Terra, dois anos atrás, não porque estava insegura diante de uma possibilidade real de morte, mas porque tinha medo da responsabilidade que o poder que possuía traria. Você foi pra lá só para tirar uma dádiva que te foi concedida e, sinceramente, estou surpreso que você tenha conseguido voltar com ele, porque esse foi possivelmente o maior ato de coragem que presenciei de você até hoje. Você é uma medrosa, que abandona o barco quando ele nem mesmo alertou que começaria a afundar. Você abandona o barco e perfura o casco dele com seu salto alto, deixando-o afundar sozinho, sem que você saia ferida. Só que se esquece de uma coisa: você não tem bote salva-vidas do lado de fora, então, vai precisar pegar uma carona num outro barco que, sucessivamente, o abandona e deixa afundar também. E isso se torna um ciclo vicioso, até que você morra.

Tony ofegava. Eu estava paralisada. Tony estava caminhando de um lado para o outro no pequeno espaço que nos era permitido. Eu estava paralisada. Ele tinha seus olhos quase pulando da órbita. Eu estava paralisada.

Mas é claro que, esta minha paralisia não duraria muito tempo.

ㄧÉ, Tony. Eu sou uma medrosa, tem razão. Sou uma completa medrosa! Durante boa parte da minha vida, tudo o que temi foi a rejeição ainda maior do único homem que eu poderia considerar como família e, ah!, não podemos nos esquecer que nunca tive um relacionamento saudável para me basear, então como você espera que eu conseguisse manter um relacionamento com um cara que nasceu há décadas antes de mim? Não, não, por favor! Você tem razão. Eu sou exatamente tudo isso... ou melhor, eu fui. Sabe o porquê de eu ter decidido mudar meu nome? Porque eu decidi mudar, Tony. Ser a melhor versão já vista neste corpo, então, sim, pode me chamar de medrosa, mas não tem o direito de dizer que eu não quero mudar. Que eu não consigo mudar! ㄧ eu queria discursar tanto quanto ele, mas ele pegou-me em um breve momento em que peguei ar para respirar, para conseguir prosseguir e rebater o que eu disse.

ㄧNão, não e não! Você não pode mudar assim. Não é assim que as coisas funcionam. Eu não estou dizendo isso tudo pra você me dizer que vai mudar totalmente, sua besta! Estou dizendo isso tudo para provar que você tem muito de humana como Ellizabeth e que não pode fugir agora. Não dessa vez! Não pode mudar seu nome achando que é o suficiente para um novo começo. Lute, Ellizabeth. Eu quero que você lute para ainda ser Ellizabeth. Porque ela sim é minha amiga. Foi ela e não qualquer outra versão perfeita de uma deusa quem esperamos durante dois anos. Esperamos por suas ironias, grosserias, sua inteligência, seu senso de autoproteção e, principalmente, por seu amor pelo nosso mundo. Você lutou diariamente para provar que não era tão diferente de nós e assim que conseguiu seu lugar como uma de nós, finalmente, não pode desistir por achar que encontrou coisa melhor lá em Asgard. Você é humana, Ellizabeth. E tem tanto direito como qualquer um de nós de viver aqui. Você erra, é medrosa, impetuosa, porém luta para se manter viva, luta para sobreviver. Eu não quero uma amiga de outro mundo, uma asgardiana ou sei lá o que. Eu quero minha Lizzie de volta. Quero minha parceira de trabalho e luta de volta. Quero minha irmã de volta. Então dane-se essa ideia de uma nova Ellie, perfeita e cheia de super poderes. Eu não aceito. ㄧenquanto Tony falava, se aproximava da porta e, ao final de sua fala, apontou firmemente seu dedo para mim e de forma exasperada saiu as pressas do lugar, como se fugisse da verdade que ele mesmo havia dito.

Joguei meu corpo no sofá, bem ao lado do traje e fiquei ali, parada, novamente. Permiti que meu corpo se paralisasse por completo, estático, enquanto absorvia todas as informações lançadas por Tony.

Mais uma vez me encontrava numa berlinda. Ellizabeth estava realmente morta ou não? Ellie realmente existia ou eu a inventara para fugir e, de acordo com Tony, reafirmar que esse meu senso de autoproteção e mania de fuga fazia parte da minha parte humana. Seria eu também humana, apesar de tudo que tomei conhecimento em Asgard?

Quem eu era, afinal?

Meu coração batia em meu peito, diante da ideia absurda que brotou ali, naquele instante.

Durante anos na Terra, eu criara mil e uma faces para mim, contudo, nunca senti-me vazia ou sem identidade. Eu era todas e ao mesmo tempo apenas uma. Naquela época, eu era Ellizabeth. Eu era um camaleão e adorava aquela ideia... pelo menos, por um instante. Quando fui designada novamente ao meu antigo cargo na S.H.I.E.L.D., fiz a escolha de deixar toda aquela vida para trás e assumir minha real identidade. Com isso, veio também a responsabilidade de conseguir viver apenas uma vida, quando eu tinha outras obrigações também enquanto Kate Heastings. No momento em que me recusei a participar da missão “resgate” de Steve, eu fugi para minha vida em New York, levando Steve até minha versão Kate e fazendo-o se apaixonar por ela... ou melhor, por mim. Porque, no fim das contas, não havia muita coisa diferente de Ellizabeth Fury para Kate Heastings, tirando, claro, o emprego e os nomes. Eu era sempre eu mesma nas duas versões e, acho que por conta disso, imaginei que daria certo ser minha única versão de Ellizabeth Ellie Fury com o homem por quem estava apaixonada.

Mas Tony tinha razão quanto à eu fugir de Steve, com medo da luta por aquele relacionamento. Eu tinha medo de lutar e não dar conta daquela situação frustrante. Como no início, quando me recusei a ajudar Rogers a viver numa nova sociedade. Eu fui medrosa e quase deixei escapar aquele homem entre meus dedos.

E, de certo, ele também acertou ao dizer que eu fui para Asgard para me ver livre de toda a responsabilidade dos poderes, apesar do peso da morte também cair sob meus ombros. Mas ele não sabia o que, de fato, aconteceu em Asgard, então não faz ideia do porquê voltei para a Terra ainda com meus poderes. Se soubesse, com certeza saberia também que fugi de lá, porque não queria me responsabilizar por uma vida que não era minha. Eu não era Ignis, apesar de conhece-la melhor que qualquer um agora. Eu realmente não queria ser Ignis, pois, assim, teria de ser rainha, irmã, filha e até mesmo, esposa. Então, no fim das contas, Tony estava certo. Eu era uma medrosa.

Caramba, como eu odiava Tony por me conhecer tão bem...

Ou... era aquele momento exato em que eu estava prestes a desistir de mudar e me acomodar numa vida de trevas, como eu costumava fazer as vezes. Saí de Asgard com a missão de ser uma versão melhor de mim e ao me deparar com esse monólogo de Tony, meu coração ficou totalmente balançado. Não havia nenhuma possibilidade da minha vida ser mais fácil, sério mesmo?

Eu estava totalmente confusa e, portanto, achei sensato da parte de Tony se afastar naquele instante ou eu acabaria falando coisas absurdas demais, por não conseguir raciocinar direito.

Precisava de um tempo para pensar melhor nas próximas decisões que tomaria acerca daquele assunto, porém, sabendo que não conseguiria pensar com coerência naquele momento, resolvi iniciar uma batalha mental, onde eu trancava todo aquele assunto num armário, bem no fundo da minha cabeça, onde não incomodaria tanto... mas o armário era grande demais, espaçoso demais e, ainda sim, não comportou tudo lá dentro. Minha mente estava em chamas. Meu corpo, no sentido filosófico, claro, também.

Precisei fechar meus olhos e mentalizar coisas que possivelmente me acalmariam, como, por exemplo, estraçalhar o pescoço de Mandarim. Aquilo surtiria um efeito contrário em qualquer pessoa normal, pois destravaria um tipo de fúria, mas em mim... bom, pensamentos agressivos sempre surtiram efeito contrário. Eram meu calmante natural e nada medicinal, que ajudava a controlar a ira que hora ou outra crescia. Tony, mais uma vez, tinha razão? Tudo o que eu sabia fazer era matar? Será mesmo que eu só servia pra isso?


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Notas finais do capítulo

Se fosse uma guerra, de que lado estaria? Ellie ou Tony?

Bom, de qualquer forma, queria saber de vocês algumas coisas: Sentiram o mesmo que o Tony ao longo das fases de Ellie? Que ela era mesmo uma medrosa? Que ela "afundava" os barcos que ficava e partia logo para outro, querendo fugir do passado?

De fato, Tony deixou muito para ela pensar, claro... mas, será que os próximos capítulos permitirão que ela tenha mais tempo de reflexão ou ela se tornará o que foi criada para ser: uma mulher de ação?

Veremos tudo isso com o desenrolar da história.

Antes de acabar estas notas finais, queria deixar apenas uma palavra:

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