A lenda de zelda: o sopro selvagem escrita por Bia3martins


Capítulo 6
Capítulo 5.


Notas iniciais do capítulo

Demorei para postar aqui, mil desculpas. Escrevi o capítulo na época de testes, e só lembrei de postar nos sites que tem app. Espero que gostem.



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Respirou fundo, e olhou em volta. O campo se mostrava aberto à sua frente, com o reino inteiro para explorar. O primeiro lugar que teria que ir era Kakariko Village. Já tinha recebido instruções de como chegar lá, e tinha a localização salva em seu mapa. Mas aquilo era apenas um pequeno ponto em um grande mundo.

 

Conseguia ver as Dueling Peak de longe, e uma torre perto delas. Aparentemente, se conseguisse ativar aquelas torres sheikah, o mapa se completava. Deveriam haver várias delas por Hyrule, pensou , pois o mapa mostrado para ele era enorme.

 

Começou a andar, enquanto pensava no que estava indo fazer. Aquilo poderia ser considerado loucura, talvez, por alguns. Afinal, Link não se lembrava nada da sua vida. Mas, mesmo assim... Algo dentro dele, profundamente, sabia que aquilo era verdade. Por mais absurda que fosse a história, ela era verdadeira, e sabia disso. Irá chegar o dia em que o hylian irá até o castelo, para poder derrotar Ganon, salvar Zelda e Hyrule. 

 

Os campos verdes de Hyrule eram extensos demais para se viajar andando. Além da viagem rápida, deveria achar um meio mais rápido de se locomover... Como um dos cavalos que via à sua frente.

 

Se agachou, e andou lentamente até o bando. Viu uma égua marrom, com a crina e o rabo brancos. Se aproximou dela, tentando fazer com que ela não o ouvisse. Então, subiu em cima, assustando-a, e a égua começou a pular, se rebater, tentando fazer com que Link caísse de lá. 

 

Com cuidado, acalmou ela, que, por fim, cedeu, e deixou ser montada. O Hylian a virou para a esquerda, e seguiu uma estrada de chão, até chegar em um estábulo. 

 

Algumas pessoas estavam lá, dentro e fora. Viu uma criança brincando por ali, e ouviu alguém lá dentro, cantando.

 

A estrutura era básica, porém, aconchegante. Uma grande cabeça de cavalo era o teto do local.

 

Viu um cara com uma grande mochila, e foi até ele.

 

—Olá! Você é um cliente? Creio que nunca te vi, então deixe-me me apresentar. Meu nome é Beedle, e as pessoas me chamam normalmente de... Bem, Beedle. — pegou uma mesa de negócios e colocou à sua frente. — então, o que vai ser? Venda ou compra?

 

—Hum... Venda. — Link não tinha conseguido pegar nenhum dinheiro para poder comprar alguma coisa. — Quanto você pagaria por... Uma pedra de âmbar? — pegou uma pedra laranja que achara explorando o plateau. 

 

—Bem, analisando o estado dela... — Beedle analisou a pedra com cuidado e atenção. — Acho que poderia dar... 30 ruppes por ela, se for só uma. — entregou o âmbar de volta para Link.

 

—Certo, aqui está. — dessa vez pegou mais uma pedra dentro da sua bolsa sheikah. Beedle lhe deu duas pequenas pedras azuis, e outra roxa. 

 

Ao olhar para elas, se lembrou das ruppes, e de como funcionavam elas. As verdes valiam uma, as azuis, cinco, as vermelhas, vinte, e as roxas cinquenta.

 

—O que você tem pra vender? — perguntou, ainda segurando as ruppes.

 

—Flechas, uma por seis ruppes, e um pacote de dez por quarenta e cinco. E alguns insetos, caso esteja interessado em fazer elixires. 

 

—Seis flechas, por favor. - entregou a ruppe roxa, recebendo as flechas, e mais quatro ruppes verdes, e duas azuis. - Por enquanto, apenas isso. Até a próxima.

 

Beedle sorriu, enquanto Link se virava para o estabulo.

 

—Olá. jovem! - Disse o atendente - Imagino que veio registrar essa bela égua que tem entre as pernas.

 

—Hum... Na verdade, eu nem sei como funciona o sistema do estabulo... - disse, constrangido. De qualquer jeito, ele se lembrava de poucas coisas, e, definitivamente, como os estabulos funcionavam não era uma delas.

 

— Hum! Por essa eu não esperava! Jovens aventureiros como você costumam usar o nosso sistema. Bem, veja só. Na nossa rede de estabulos, você registra seu cavalo ou égua com um nome. Independente de qualquer um dos estabelecimentos em que você for, nós iremos trazer sua montaria de volta assim que você pedir, sem exceção. 

 

—Irei registrar minha égua então. 

 

—Ah! Claro! São vinte ruppes, por favor. - Link entregou as quatro ruppes azuis que tinha. - Irei trazer a sela e os arreios logo! Diga o nome que você pretende colocar em sua égua, para eu poder registra-la.

 

—Epona. - falou, sem saber de onde o nome lhe viera... Tinha sido a primeira coisa a passar em sua mente... Talvez suas memórias estivessem voltando.

 

—HA! Temos um fã de Link aqui! - o atendente falou, animado. Um homem na mesa levantou a caneca, enquanto cantarolava uma música sobre um herói que desceu os céus. - Me desculpe, mas não é comum ver pessoas com tanta felicidade em ser fã das histórias dos heróis do passado. O Clã Yiga os odeia. Da última vez que vi um garoto tão contente assim... Bem, não sei exatamente o que aconteceu com ele. Mas não deve ter sido nada bom... Bem! Me diga seu nome, e o registro estará completo!

 

—... Link... - disse, sem graça. Todos ficaram em silêncio. Tentava entender aquilo. Por que a animação com o nome da égua, quem fora o tal Link de quem eles estavam falando?

 

—Oh! Desde sempre fã! Bem, tente honrar aqueles que vieram antes de você com esse nome! Você parece cansado. Imagino que esteja andando tem muito tempo.

 

—Sim. Queria alugar uma cama, por favor. - olhou num postêr do lado, e percebeu que para poder alugar uma cama eram mais vinte ruppes. - Ou melhor... Não. Estou sem dinheiro para pagar uma. - teria que acampar em algum lugar, o que poderia ser ruim, caso monstros de Ganon ou o tal do Clã Yiga o encontrassem.

 

—Nada disso! Para o herói de Hyrule, a primeira noite é de graça! Quem poderia esperar isso? Não é que as lendas são verdadeiras?

 

E então, cantou algo baixinho, parecido como:

 

"Mas a esperança sobrevive em Hyrule, pois nem tudo está perdido,

Duas almas corajosas o protegem, não importa o perigo.

 

Uma princesa do sangue da deusa e um destemido cavaleiro.

Eles aparecem em cada era para lutar o bom combate."

 

 

Link deixou Epona aos cuidados dos funcionários do estábulo enquanto comia algumas maçãs. Não demorou muito para escurecer, e logo estava em uma das camas do estabelecimento, deitado, e extremamente cansado. Poucos minutos dormiu.

 

Foi quando teve o sonho.

 

Estava em algum lugar construído por pedras azuis brilhantes, molhadas, mas as formas estavam distorcidas, e mal conseguia ver algo. Muita gente se acumulava ali. Parecia ser uma praça, onde um grande evento acontecia. E ele estava no centro desse lugar.

 

Ao seu lado, uma pessoa dançava e cantava. Conseguia ver suas cores, seu corpo, mas o rosto era um segredo. Conseguiu sentir seu sorriso, alegre, destinado a Link. Seus olhos eram duas poças de ouro, falhas. Havia uma beleza nela que lhe lembrava uma pérola, por algum motivo. Uma pérola escarlate, pensou, reparando nos seus belos tons de vermelho.

 

 

O sol está me

fazendo compreender

Nós poderíamos realmente usar um pouco de chuva

Chuva caindo do alto

Nuvens negras no céu

 

Eu conheço uma música

Que poderíamos tocar

Para fazer o céu liberar esta chuva

Vamos agora tocar a

Canção das Tempestades

 

Sua voz era angelical, suave e tocante. Do outro lado de Link, alguém começou a cantar, juntando sua voz ao coro.

 

Convocar vento, apagar o sol

A chuva se aproxima, já começou

Vamos dançar lá fora

A natureza ruge hoje à noite

 

Queremos vento, queremos nuvens

Queremos que o trovão rugisse alto

Ouça nossa música

A canção das Tempestades

 

Sua voz... Ah, a sua voz. Melancólica, leve, e maravilhosa. Ele conhecia aquela voz, sim. Era da princesa Zelda, aquela que o guiara pelo Great Plateau. Poderia aquilo ser uma de suas memórias?

 

Virou-se para poder ver sua princesa. Seu cabelo balançava ao vento, e era dourado como fios de ouro. Seus olhos eram duas lagoas, profundas, tristes, e tomadas pelo dever. Enquanto a outra mulher ao seu lado tinha olhares de alegria e sorrisos fáceis, Zelda tinha olhares de tristeza, sorrindo raramente, mas tão melancolicamente, que parecia apenas para pode agradar aos outros. Não era como se ela estivesse realmente se divertindo.

 

As pessoas ao seu redor aclamavam as duas, com gritos de As Duas Princesas! ou então O Herói De Hylia!. A animação era clara por lá. Todos pareciam se divertir com a canção. Todos, menos a princesa de Hyrule.

 

Quando ela se virou para falar com Link, acordou bruscamente. 


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