Kiss me escrita por Nathymaki


Capítulo 1
Capítulo 1. Beije-me


Notas iniciais do capítulo

Helloww pessoas do outro lado da tela!
Aqui estou eu com mais uma história do universo de BNH, com um casal ultra fofo que eu adoro ♥
Espero que gostem!
Boa leitura!



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— Ei, vocês souberam?

— Sim! Consegue acreditar?

— Não! Como isso pôde acontecer?

Midoriya ouvia os sussurros ecoarem pela sala.

— Do que estão falando? - Perguntou sem entender o motivo para toda aquela agitação.

— Cara, a Uraraka convidou o Bakugou para um encontro. - Kaminari se inclinou para sussurrar. - Logo você não estava sabendo? - O encarou, incrédulo. O convite havia sido feito ontem - Mineta havia presenciado tudo, tendo estado escondido atrás de uma moita e protegido pela escuridão que se espalhava pelo campus - e a notícia rapidamente se espalhara pelos colegas, como fogo na palha seca. Agora, a sala toda especulava sobre como seria esse encontro e, principalmente, o que aconteceria durante ele. Kaminari esperava que, como melhor amigo da garota, Midoriya soubesse de tudo antecipadamente e pudesse contar o que se passava de verdade e as inclinações por trás do convite.

— O Kacchan? Tem certeza que foi o Kacchan? - O loiro analisou, ele parecia genuinamente surpreso. Só podia supor que falava a verdade quando dizia não saber de nada.

— Isso mesmo. E adivinha só? Ele aceitou imediatamente. - Midoriya sentiu o rosto esquentar só de imaginar os dois juntos e o que fariam em um encontro de verdade. - Não notou que os dois faltaram hoje? Provavelmente devem estar se preparando para o encontro.

Afastou-se do amigo, sentido um leve desconforto no estômago. Bakugou nunca fora muito sociável e temia pelo que ele poderia escolher como atividade para esse encontro. Já podia imaginar os dois em meio a um brutal jogo de paintball ou fazendo outra coisa perigosa como pular de um avião sem paraquedas; tudo bem que Uraraka podia se tornar mais leve e flutuar até o chão, mas ele não podia deixar de se preocupar. E se algo mais grave acontecesse? E se algum vilão os atacasse? Virou-se para Iida, pensando ser ele uma boa escolha para dividir seus temores. O representante já estava por dentro do assunto do dia, mas ouviu o que Midoriya tinha a dizer pacientemente.

— Realmente... aquele Bakugou pode ser meio obtuso às vezes, talvez fosse melhor se pudéssemos observar para ter certeza que nada do tipo acontecesse. - Disse após escutá-lo, concordando com o motivo de preocupação do amigo.

— Então o que faríamos? Espionar os dois? - Questionou. - Mas se o Kacchan ao menos desconfiar, ele vai nos transformar em picadinho! E a Uraraka pode ficar chateada e pensar que estávamos tentando estragar o encontro dela. E se formos pegos, podemos ser condenados por invasão de privacidade e... - Iida observou, entretido, o restante das frases do amigo se perder em um murmúrio indefinido, enquanto uma expressão de concentração intensa surgia em seu rosto. Como se ele pudesse analisar o caso, anotando-o em um de seus cadernos.

— Acalme-se! Não vamos estar espionando os dois, não tecnicamente. Vamos apenas garantir, de uma distância segura e imperceptível, que nada irá dar errado.

— Mas... - Midoriya mordeu o lábio, ainda pensando nas consequências. Porém, colocando a segurança da amiga como prioridade, decidiu que, mesmo que fossem pegos e punidos, valeria a pena. Era uma missão boa o suficiente para heróis. - Tudo bem. Vamos fazer isso e seguir os dois depois da aula. - Concordou por fim, sabendo que só assim suas preocupações poderiam ser sanadas. - Eles devem sair juntos do dormitório.

Iida aceitou e os dois marcaram para se encontrarem no portão após o toque do sinal. Midoriya assistiu ao restante das aulas, nervoso e apreensivo, sem conseguir se concentrar bem em qualquer coisa que lhe pedissem para fazer. Em sua cabeça, diversas estratégias eram criadas e descartadas conforme se mostravam pouco usuais ou potencialmente inúteis, queria estar preparado para quaisquer eventualidades que pudessem acontecer.

O sinal tocou, indicando o fim das aulas do dia, e Midoriya arrumou o material, jogando a mochila sobre o ombro e procurando Iida por entre os colegas que saiam. Para sua decepção, ele não estava em parte alguma. Decidiu, por fim, esperar no local combinado, mantendo uma boa distância da entrada dos dormitórios de forma que poderia ver quando alguém saísse.

Os minutos se passaram e Midoriya foi ficando ainda mais ansioso ao avistar os dois amigos saírem juntos pelas portas duplas. A expressão de Bakugou demonstrava irritação, mas Deku o conhecia o suficiente para saber que, dessa vez, não era o que ele realmente sentia. Enquanto Uraraka deixava um sorriso satisfeito se espalhar pelos lábios. O casal seguiu para os enormes portões de entrada/saída da U.A. Olhando mais uma vez sobre o ombro, para ter certeza que Iida não se encontrava em parte alguma, achou melhor segui-los antes que os perdesse de vista. Porém, ao dar o primeiro passo, parou por perceber que alguém caminhava em sua direção.

— Todoroki-kun?! - Midoriya virou-se, surpreso, ao vê-lo se aproximar. Observou ao redor, constatando que estavam sozinhos e voltou os olhos para o rapaz. - O que faz aqui?

— Recebi uma mensagem do Iida pedindo que viesse encontrá-lo no lugar dele. - Disse erguendo o celular para mostrar o texto que brilhava na tela. - Parece que o Present Mic está organizando algum tipo de circuito de treinamento para a aula de amanhã e pediu que o representante o ajudasse.

— Oh, entendo. - Por um momento, Midoriya se sentiu envergonhado demais para contar o motivo pelo qual eles se encontravam ali. Mas, para sua sorte, Iida já parecia ter adiando o assunto.

— Então, você quer seguir os dois para garantir que nada dê errado? - Shouto ergueu uma sobrancelha, não podendo evitar o sorriso que surgiu em seus lábios ao vê-lo corar e se engasgar com as palavras. - Você nunca consegue deixar de se meter, não é? - Comentou, deixando o olhar cair para a mão direita que ele agora passava pelo cabelo em uma tentativa de disfarçar o constrangimento. Uma sensação de culpa dolorosa o acometeu e o sorriso morreu tão rápido quanto havia surgido. Aquela cicatriz era um lembrete do quanto devia a ele. Se não fosse por aquela luta e as palavras que ele dissera, ainda estaria cheio de raiva e amargura para com o pai e nunca teria sido capaz de encontrar forças para prosseguir, fazer as pazes com a mãe e aceitar a si mesmo e ao seu poder.

— Você me pegou. - Midoriya sorriu. Todoroki sentiu o coração acelerar, a simples visão daquele sorriso o deixava desarmado e lhe causava surpresa por simplesmente não cair de joelhos diante dele e despejar tudo que vinha se acumulando em seu interior desde aquele dia. - Então, tudo bem por você? - Os olhos verdes o encararam, preocupados consigo, temerosos que ele considerasse tudo uma terrível perda de tempo além de uma completa esquisitice. - Se não quiser se meter nessa história eu posso ir sozinho. - Como se Shouto pudesse recusar quando ele pedia daquela forma. - Quando o Kacchan descobrir, vai ficar muito irritado. - Rolou os olhos diante isso. Não tinha medo algum do que Bakugou iria pensar, porém, uma tarde inteira a sós na companhia de Midoriya era muito mais do que poderia desejar.

— Vamos? - Perguntou interrompendo os murmúrios de especulação que tomavam conta da fala dele e recebendo mais um sorriso em resposta, as adoráveis sardas se levantando no canto das bochechas e os olhos brilhando naquele tom verde, luminoso e quente, que lhe causava uma comichão no estômago, quando ele assentiu, animado. Shouto o deixou seguir na frente, apreciando o modo como seus cabelos ondulavam ao vento e os ombros se moviam sob a mochila amarela pendurada em suas costas. Balançou a cabeça ao ver a direção que tomavam seus pensamentos. Não era hora para ficar viajando nos detalhes que tanto gostava em Midoriya, ele poderia ser pego no flagra o olhando, correndo o risco de levantar suspeitas sobre os seus sentimentos, e então, tudo iria por água abaixo. Suspirou. Ao que parecia, a tarde não seria tão fácil quanto imaginara.

Saíram do prédio escolar e correram um pouco em uma tentativa de alcançarem os dois “alvos” que haviam saído primeiro. Em algum ponto, perto de um cruzamento movimentado, eles os encontraram imersos em uma conversa enquanto esperavam sua vez de passar. Uraraka ria de algo que Bakugou dissera - provavelmente uma ameaça de morte para com os carros, caso estes não os deixassem passar logo - e, a partir daquele ponto, os dois passaram a segui-los de uma distância segura e respeitosa. Afinal, o intento daquela missão não era espionar e invadir o encontro propriamente dito, e sim, ser apenas uma medida de segurança. Ao menos era o que Midoriya dizia para si mesmo, tentando se convencer que estava mesmo fazendo a coisa certa.

Seguiram o casal até o shopping, o que deixou Deku mais tranquilo por Bakugou ter optado por um local tão comum. Não havia nada de perigoso em um shopping. Institivamente, sua mente trouxe à tona a recordação de seu encontro com Shigaraki Tomura bem ali naquele chafariz central. Balançou a cabeça para se livrar da memória, não era algo que merecia ser relembrado em um momento como esse.

— Está tudo bem? - Todoroki perguntou, notando a agitação do outro.

— Sim. - Devolveu com um sorriso. Não era nada que valesse a pena comentar.

Shouto sabia que algo não estava sendo dito, porém, não insistiu mais, visto que ele não parecia disposto a discutir o assunto, apenas voltou a olhar para a frente, acompanhando o ritmo dele.

O lugar estava lotado. Pessoas caminhavam e riam, as conversas se misturando a música que ecoava dos autofalantes localizados na parte superior das paredes, dando a impressão de estarem em meio a um enorme formigueiro humano. Subiram pela escada rolante até o andar superior no qual se encontravam as lojas de roupas e calçados e, em um raro momento de deslize, Shouto sentiu que estavam expostos demais. Puxou Midoriya pelo braço e os dois se espremeram atrás de uma arara de roupas, escondendo-se bem a tempo de escaparem do olhar desconfiado que Bakugou havia lançado sobre o ombro.

Os corpos se encontravam pressionados, o calor do esconderijo sendo compartilhado por ambos. Por um segundo, Shouto sentiu seu coração acelerar e seu fogo, geralmente contido na parte esquerda - antes devidamente controlado - ameaçou explodir por todo o seu corpo. A mochila incômoda não o permitia ficar tão perto quanto gostaria, mas, naquele momento, este detalhe passou a ser irrelevante. Midoriya sentia a respiração morna de Todoroki em seu pescoço. A cada expiração, o hálito do outro o tocava na pele sensível da nuca, causando arrepios na pele e fazendo com que uma corrente elétrica percorresse seu corpo. Sentiu o rosto queimar cada vez mais e se reprimiu internamente por tentar se aconchegar ainda mais ao calor que o outro emitia.

— Acho que eles já foram. - Todoroki sussurrou, as palavras causando um choque ao serem ditas em seu ouvido. Assentiu, freneticamente, e impulsionou-se para fora do esconderijo improvisado, sentindo o contraste do ar condicionado gelado contra o fogo que consumia o seu rosto. Observou ao redor, tentando matar o tempo até que o ardor na face diminuísse, e notou que não via mais os dois que seguiam em parte alguma.

— Todoroki-kun acho que perdemos eles!

Podia ouvir os passos dele o acompanhando enquanto disparava pelo piso do shopping, correndo na velocidade máxima permitida para que não esbarrasse em alguém e causasse um acidente, buscando com o olhar uma parte da roupa ou do cabelo que pudesse reconhecer. Depois de rondar todo o lugar, tudo o que pôde concluir foi que eles deviam ter saído.

— Melhor procurarmos do lado de fora. - Shouto concordou. - Quem sabe eles tenham decidido ir para outro lugar já que aqui está tão lotado. - E seguiu para a saída, indo na frente por ser mais algo e ter uma visão melhor do caminho.

Em determinado ponto, Midoriya tropeçou e quase caiu sobre Todoroki, precisando se apoiar em seus ombros para recuperar o equilíbrio. Sentiu novamente a corrente elétrica percorrer seu corpo e se afastou, rapidamente, sem notar o rubor que coloria as bochechas de Shouto. Este, por sua vez, mexeu no cabelo como se pudesse deixá-lo tão para a frente a ponto de esconder o vermelho em seu rosto.

Após algum empurra-empurra, eles finalmente se encontravam do lado de fora. Passaram pelo estacionamento, pelos portões de entrada, e seguiram a avenida principal a procura de um lugar que o casal poderia ter escolhido como próxima parada. Midoriya viu de relance os cabelos loiros de Bakugou desaparecerem em uma esquina, duas quadras à frente.

— Por aqui! - Apontou, seguindo a frente enquanto Todoroki o seguia. Viraram a esquina e logo perceberam que estavam se dirigindo a Ponte da cidade.

Suspirou, aliviado, ao encontrá-los caminhando tranquilamente sobre a Ponte, como qualquer casal comum faria em um encontro. Olhou para Todoroki, para compartilhar o alívio, mas este se encontrava fitando o pôr do sol vivível sob a linha d’água. Os fios vermelhos tendo sua cor realçada ao serem atingidos pelos raios luminosos e os brancos parecendo brilharem com luz própria, a cicatriz no olho direito em contraste com a luz - nenhum pouco feia como alguns poderiam pensar - e sentiu um desconforto no estômago. Como se aquela famosa expressão “borboletas na barriga” fosse literal e houvessem, de fato, várias delas em sua barriga batendo as asas nesse momento.

O olhar dele deixou o sol e passou a seguir o casal que estavam observando, arregalando os olhos em seguida. Midoriya seguiu seu olhar, curioso quanto ao motivo que o levara parar tão abruptamente, e se pegou tendo a mesma reação. Bakugou e Uraraka se encontravam abraçados, envolvidos em uma intensa troca de beijos. Eles ouviram a risada dela ao ser levantada no ar por Bakugou e desviram os olhos, constrangidos, sentido que haviam visto algo íntimo demais dos dois.

— Acho que já temos certeza suficiente de que nada de errado vai acontecer. - Shouto pigarreou, tentando quebrar o clima constrangido que se instalara entre eles.

— Sim. - Midoriya concordou, balançando a cabeça.

Ambos diminuíram o ritmo das passadas, deixando que o casal se distanciasse cada vez mais e pudesse aproveitar o seu encontro com maior privacidade. Midoriya se pegou revendo a cena do beijo e, com um arrepio percorrendo o seu corpo, lembrou-se da proximidade entre ele e Todoroki quando estavam escondidos no shopping: a respiração morna do garoto fazendo cócegas em sua nuca, o choque que percorreu seus nervos ao senti-lo tocar seu braço, e do calor em seu peito ao encará-lo agora. Desviou os olhos, como se estes pudesse denunciar a pergunta que sua mente fazia. Como seria a sensação de beijá-lo? Caminhou um pouco mais depressa, desejando que o barulho dos sapatos contra o concreto pudesse afastar seus pensamentos da linha que estavam seguindo. 

Aproximaram-se de um banco no qual, mexendo em um aparelho celular e usando um par de fones de ouvido com formato de gatinhos, uma garotinha cantarolava a música que com certeza estava ouvindo no momento. Mas, somente ao se aproximarem, Deku foi capaz de distinguir as palavras por ela enunciadas.

Aí está ela,

Aprendendo a namorar,

Nada nada vai falar,

Mas embora não a ouça,

Dentro de você,

Uma voz vai dizer agora,

 

Beije a moça

Midoriya corou ao ver o pensamento que vinha mentalizando durante a caminhada ser proclamado em alto e bom tom. Bom, não exatamente alto, mas em um tom suficiente para que as pessoas próximas ouvissem claramente o que estava sendo dito. Lançou um olhar para Todoroki, perguntando-se internamente se ele a ouvira e percebeu, com surpresa, que ele também o olhava, igualmente corado.

É verdade,

Gosta dela como vê,

Talvez ela de você,

Nem pergunte a ela,

 

Pois não vai falar,

Só vai demonstrar se você,

A beijar

O barulho dos sapatos esmagando o concreto cessou por completo e eles pararam, poucos passos após o banco, de frente um para o outro, um clima tenso e carregado se instalando no ar. A garotinha nada percebeu, ainda absorta no celular e imersa na música.

Shala lala lala vai não vai,

Olha o rapaz não vai,

Não vai beijar a moça

 

Shala lala lala essa não,

Ele não tenta não,

E vai perder a moça

Shouto desviou os olhos do rosto corado de Midoriya, apertando os lábios com força em uma crescente indecisão, e esfregou as mãos, suadas, na calça. E agora? O que faria? Era a oportunidade perfeita, a chance que sempre desejara ter, mas, e se decidisse dar o próximo passo e fosse rejeitado? Seria esquisito e constrangedor, sem falar no quanto seu coração doeria todos os dias ao vê-lo. Deku, vendo-o daquela forma, sentiu o próprio coração amolecer e, de repente, não sabia mais o que fazer. Ergueu a mão tentando alcançá-lo e abriu a boca para falar, mas nenhuma palavra lhe vinha à mente. Nada a não ser um nome.

— Todoroki...

Esta é a hora,

Flutuando na lagoa,

Veja só que hora boa

Não perca esta chance

 

Ela não falou,

Ela não vai falar

Se você não a beijar

A música continuou a ser cantada e, em um impulso, deixando-se levar pelo que ela dizia, Shouto decidiu. Não se importava mais com nada que aconteceria dali para a frente. O único momento que importava era o agora. Segurou a mão que se entendia em sua direção e direcionou a outra para as costas dele, puxando-o para mais perto de si. Rápido e sem jeito, contando apenas com o tempo que sua decisão permaneceria firme e forte, ele pressionou seus lábios contra os de Midoriya que deixou escapar um arquejo de surpresa. Fechou os olhos, aproveitando o calor e o choque que sentia percorrer o corpo, enquanto os lábios se moviam suavemente.

Shala lala lala vai com fé,

Que agora vai dar pé,

É só você beijar,

 

Shala lala lala vai em frente,

Não desaponte a gente,

Você tem que beijar

Midoriya sentiu o corpo se aquecer, como se as chamas dele o estivessem percorrendo por inteiro, e desejou mais. Mais daquele contato, mais daquele calor, mais daqueles arrepios deliciosos que subiam por sua coluna ao sentir a mão firme dele o segurar. Com a mão livre, agarrou a frente da camisa de Todoroki, aproximando ainda mais os corpos, desejando compartilhar o calor que sentia com ele. Surpreso, Shouto afastou-se, ignorando todos os seus nervos que gritavam para ele que chegasse ainda mais perto.

Shala lala lala pegue a mão,

Escute esta canção,

E beije logo a moça

Shala lala lala pra ser feliz,

Faça o que a gente diz

E beije logo a moça

— Midoriya, eu... - começou, nervoso, sem saber se o que falaria era um pedido de desculpas ou um simples pedido por mais. Porém, para sua sorte, não foi necessário que prosseguisse, uma vez que Deku lhe lançou um sorriso ainda mais brilhante que os demais e segurou sua mão, entrelaçando os dedos. Não havia negação em seu rosto, apenas um brilho sonhador no olhar e um vermelho colorindo a pele sob as sardas.

— Shh... não ouviu a música? Apenas “beije logo a moça”.

Beije a moça

Beije a moça

Beije a moça

Beije a moça

E, enquanto a garotinha cantava os últimos versos, os lábios dos dois voltaram a se unir em uma promessa silenciosa de não se separarem tão cedo.


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Notas finais do capítulo

E então, gostaram?
Deixe seu comentário ou pedido e ajude a fazer uma autora muito feliz!
Até a próxima!
Beijinhos ^3^



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