Castle escrita por Romanoff Rogers


Capítulo 29
XXX - Pedindo para eu liberta-lo


Notas iniciais do capítulo

Heyyyyy guerreiros
Demorei um tempo pra postar pq física tá me comendo, socorro. Por favor tenham paciência comigo e sejam compreensíveis meus bbs uhuuuuuu
NOSSA esse cap ficou enorme, 5 mil palavras kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk espero que gostem.



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acordei e me olhei no espelho

ainda a tempo de ver

meu sonho virar pesadelo

Paulo Leminski

 

Tony

— Desse jeito? – ele perguntou, sorrindo para mim.

— É! – eu disse, colocando as mãos na cintura. – Você é bom, garoto.

— Melhor que você? – Peter perguntou, sem tirar aquele sorriso orgulhoso do rosto. Igualzinho aos pai dele.

— Nem em um milhão de anos, principezinho. Faz de novo. – eu disse, dando uma cotovelada em seu ombro.

Ele tampou o balde com os incríveis dois peixes que ele pescou, preparando a isca novamente. Peter Parker Stark é meu sobrinho. O próximo da linha de sucessão do trono, mesmo com dezesseis anos. Foi a idade que eu me tornei rei. E seu aniversário me fez pensar no futuro do reino, se tudo isso der errado e meu reino ficar sem ninguém para governa-lo. Ele é tão inteligente, parecido comigo no jeito de físico e matemático, mas muito mais com o meu irmão, quando se tratava de fazer loucuras. Na verdade, acho que é de família.

Parker Stark morreu tem dez anos. Eu penso nele todos os dias. E Peter era sua cópia, e eu amava isso. Só espero que não tenha o mesmo destino que ele. E o fato de que meu pai tentou apagar o próprio filho da história me assombra todos os dias.

— Au! – ele exclamou, me tirando dos meus devaneios. Enfiou o dedo na boca, entregando que furou com o anzol.

— Principiante.

Mas eu realmente queria deixa-lo fora de tudo que estava acontecendo, inclusive as sombras.

— Vocês parecem estar se divertindo. – a voz dele me fez bufar, me virando.

— Peter, esse é o Barão Zemo.

— Oi, eu sou o Peter. – eles apertaram as mãos, e meu sobrinho olhou para mim, desconfiado. Não o culpo. Zemo dormia menos que eu, planejando alguma doidera super importante de feitiçaria. E isso o fez ficar com uma cara acabada e meio insana. Mas ali, ele estava com raiva. Vi o jeito que seus olhos formavam um ângulo não natural e os dentes que não paravam de trincar.

— Continue praticando, se quiser. Outro dia podemos continuar as aulas. O dever chama, Pet. – eu disse, já me afastando com Zemo. – Sua tia deve estar preocupada!

Eu não tinha palavras para dizer o quanto aquele pacto estava acabando comigo. Pepper não falava comigo plenamente desde o incidente com a Natasha, que tem um mês. Mas Zemo acabou se tornando um amigo. Confio nele. Mas constantemente sinto que está escondendo coisas de mim.

São as sombras, ele diz. São as sombras.

— O que? – perguntei, sorrindo, já temendo a resposta.

— Não vai acreditar se eu disser. – disse, e vi ele cerrar os punhos. - Já expliquei que estou trabalhando num feitiço nunca antes feito, certo? – ele perguntou, cruzando o jardim na mesma cadência que eu.

— Sim e não entendi bosta nenhuma. – disse, e ele cruzou os braços.

— É simples. Muito simples. Estou aqui para te ajudar, em dever das sombras, mas não posso parar meus projetos. E esse... é o projeto da minha vida.

— Por que eu acho que não vou querer saber? – ironizei, encarando-o.

— É, não vai. Mas eu preciso do colar para realizar o ritual, já disse.

— Por que exatamente o colar da minha mãe?

Ele deu aquele sorrisinho pretencioso que jogava na sua cara que ele sabia muito mais que você. E isso me dava vontade de soca-lo.

— É meio indelicado, melhor não saber.

O irritante de ele ser imune as três famílias reais por ser o último membro da família Zemo, que governava Avenger, e isso me impedia de ordenar sobre ele, o que era irritante demais. Deixei para lá, entrando em seu laboratório gigantesco. Tinha um telescópio de última geração, com todos os apretechos químicos e físicos, mais todos os livros mais inimagináveis em sua própria biblioteca. Era quase mais perfeito e maior que o meu, e ele exigiu tudo isso para permanecer aqui. Tinha inclusive uma sala lacrada que eu não tinha ideia do que se passava lá. Podem ter corpos e eu nunca saberei.

No centro, havia um pentagrama vermelho no chão, e o colar da minha mãe estava lá, o que me deu arrepios, cercado de velas. Observei um quadro enorme cheio de anotações em giz e papéis colados, inclusive tinha fotos. Steve, Natasha, eu, Pepper, Volo, Bevvan, todo mundo, inclusive algumas milhares de pessoas que nem conheço. Isso é bizarro, mas faltava coragem de perguntar. Descobri com ele que muitas coisas eram melhor ficar sem resposta. No canto, vi um desenho muito realístico de um dragão.

— Então? – perguntei.

Ele se virou para mim. Os olhos estavam completamente negros, como os dos demônios em livros. Minha mão foi até a espada, completamente em choque, Deus, ele estava tão bravo.

— Então que... – sua mão se ergueu, e com ela, a prateleira inteira voou.

Arregalei os olhos, soltando todo o ar que segurava. Minha mente estava no mais completo pânico. Eu definitivamente não sabia que ele conseguia fazer isso. Sua mão mexeu, jogando a prateleira inteira com força em cima do colar. Estava assustado demais para dizer algo, meu coração batia rápido como um... Sei lá, não consegui pensar em nada. Só observava atônito ele levitar a prateleira de volta.

O cordão estava estraçalhado.

— O colar é falso.

(...)

Steve

Passaram dias. Wanda estava complicada. Havia dias alegres onde ela mostrava estar voltando ao normal de pressa, e alguns dias em que ela se recusava falar e parecia assombrada. Bucky, Natasha e Tthomas não saiam de seu lado, mas as vezes ela queria ficar sozinha. Loki não conseguiu faze-la demonstrar nada mágico que não seja leitura de mente que ela entendeu que não devia fazer.

Natasha a fazia andar pelo quarto, comer muitas frutas e ficar horas no sol para faze-la recuperar o que havia perdido. Natasha e eu não nos falávamos a um tempo. Quando nossos olhares cometiam o erro de se cruzarem era terrível. Eu sentia muita falta dela, mas ao mesmo tempo os barulhos dos cacos do meu coração me lembravam que ela tinha mais alguém e eu estava sem ninguém. 

Mattheos e sua família haviam ido embora a dois dias e eu via como ela sentia falta de Naara. Ela pediu para Chharles e Tthomas ficarem e eles ficaram. Mas Chharles desconfiava cada vez mais que estávamos escondendo coisas e estava muito irritado com isso.

  - Essa? - Wanda perguntou.

  - Uhum. - disse.

  - Eu me lembro. Hmm... - ela começou a tocar as teclas do piano devagar e eu a acompanhei. Logo fazíamos um dueto animado que arrancou sorrisos dela e de Bucky.

Assim que Natasha entrou no quarto eu errei uma tecla e o som foi horrível, me fazendo parar de tocar, incomodado.

  - Não precisam parar. - ela ironizou, se encostando na cômoda, e eu me levantei.

  - Tenho uma reunião daqui a alguns minutos. Continua tocando. - falei pra Wanda e saí daquele quarto o mais rápido possível.

  - Vocês dois são os idiotas mais orgulhosos do mundo. - ouvi Bucky dizer.

 Andei até a sala de reuniões e no caminho um guarda corria pelos corredores, claramente vindo até mim. Fez uma reverência rápida e se ergueu novamente.

  - Majestade, o embaixador de Stark está lá embaixo.

  - O que? Por que?

  - Não sei, majestade, mas veio com soldados e uma cara nada agradável.

Segui o homem até as escadas e a primeira visão que tive foi James Rhodes cercado por soldados de Stark e um garoto. Desci as escadas nervoso, tentando parecer o mais impassível possível e acredito que funcionou. Nenhum deles fez reverência.

  - General Rhodes. 

  - Rogers.

 Olhei para o garoto, que sorriu.

  - Oi, majestade, meu nome é Peter Parker.

  - Ele é sobrinho do Tony. Está aprendendo o cargo de embaixador. – ele explicou. - Estamos em guerra, não é assim, Peter. - Rhodes disse, fazendo o garoto encara-lo. Estendi a mão para ele.

  - Sou Steve Rogers. - ele sorriu, apertando minha mão. Rhodes seu um chutezinho em sua perna e ele ficou sério, fazendo um bico na verdade engraçado. - Está aqui para negociar a paz, general?

  - Você sabe que não. - engoli em seco, mas continuei encarando-o.

  - Por favor, me acompanhem até a sala de reuniões e lá podemos conversar. Todo o esquadrão veio, inclusive mais alguns poucos homens meus que nos acompanharam atrás. Apenas Peter, Rhodes e eu entramos. Eu estaria em desvantagem se algo acontecesse.

 Eles se sentaram de frente para mim, sérios.

  - Fala, Steve. - Rhodes disse e eu franzi o cenho.

  - Vocês vieram até aqui, achei que quem tinha algo a dizer era você.

  - Você sabe por que estamos aqui. - ele disse. Antes de a porta se abrir. Natasha tinha arrumado tempo de trocar de roupa para um vestido preto super ameaçador com suas unhas de ferro gigantescas e coroa de pontas. A Cavalaria chegou!

  - Que foi? É minha guerra também. Seja o que for falar com ele pode dizer pra mim. - ela se sentou do meu lado, sorrindo. - Mas eu provavelmente vou reagir um pouco mais agressivamente que ele.

  - Oi, alteza, eu sou Peter Parker. - ele sorriu para Natasha que apenas ergueu uma sobrancelha. Rhodes revirou os olhos. Peter parecia entediado.

  - Você realmente vai me fazer falar? - James cruzou os braços. 

  - Eu não sei do que você está falando, Rhodes. - eu disse, temendo aumentar sua irritação.

  - Você sabe muito bem, Rogers. Se não você, ela. - ele apontou para Natasha, encarando-a.

— Não sei o que está se passando na cabeça de Tony, Rhodes, mas voc...

 - O colar é falso. – ela parou de falar, quase engasgando.

  - O que? - eu disse. E olhei para Natasha. Ela estava tão atônita quanto eu.

  - Não se faça de idiota, Steve, pelo bem do seu reino. Ele ia reunir todo o exército ontem e aparecer na sua porta. De novo. E pela quantidade de homens que ele queria reunir, só existiriam dois reinos por aqui.

Travei a mandíbula.

  - Eu convenci-o de me deixar vir aqui e tentar diplomacia. - ele se levantou, fazendo nós dois fazermos o mesmo. Natasha estava prestes a cortar sua garganta usando as unhas, bastava o menor movimento brusco. - E dizer que vocês tem uma semana para devolver o colar. Ou os dois vão perder a cabeça.

  - Rhodes... Nós não sabíamos de nada. Se é realmente falso você sabe o culpado. - ele não disse nada. - Precisamos de mais tempo para ir até lá e arrancar o colar de Volo.

  - Uma semana. – ele reafirmou. Olhei de soslaio para Natasha, que estava séria.

  -Okay. - concordei.

  - Agora eu tenho uma pergunta. – Nat cruzou os braços. – Melhor o garoto esperar lá fora.

— Peter. – Rhodes pediu, e ele se levantou enquanto revirava os olhos, saindo pela porta.

— Tenho dezesseis anos e já sou formado em matemática e astronomia enquanto curso ciências políticas e sociais, o que eu sei? – murmurou, e ergueria as sobrancelhas se não estivesse focado. Assim que a porta se fechou, Natasha ficou completamente séria.

— General, você sabe que seu rei está usando magia negra a seu favor?

Minha cabeça virou na direção dela tão rápido que achei que meu pescoço ia quebrar. O que?! Ela cruzou os braços, fingindo pensar.

  - Ou devo dizer que a magia Negra o está usando?

  - Mentira. - ele disse. Estava tenso e tentava não demonstrar choque.

  - Você sabe que é verdade, Rhodes. Pepper me contou. Ele está fora de controle. Vai destruir todos nós. Inclusive ele mesmo.

  - Não acredito em suas mentiras, Romanoff. - ele saiu da mesa, andando em direção a porta.

  - O colar. É Magia Negra também. – ele parou. Com certeza estava irritado com a insistência quase insana de Tony nesse colar. - E estava com Maria Stark. Quem quer que seja que fez o pacto dele que isso também. Por que Stark o quer tanto, sei que já se perguntou isso enquanto ouvia ele praguejar. Ele quer porque o outro quer. Seu rei está sendo usado.

Rhodes encarava-a com os dentes trincados e os olhos frios completamente irados nela. Suas mãos tremiam e a respiração estava irregular. Até que ele se virou e saiu, e fomos atrás.

— Vamos, Peter. – Ele disse, e o garoto o acompanhou, lançando um olhar desconfiado para nós.

Encarei-os do topo da escada cruzar o salão de baile e sair. Assim que as portas fecharam puxei Natasha pelo braço mais violentamente do que pretendia e fechei a porta atrás de mim. Coloquei-a contra a parede, bem perto.

  - Tá maluco? - ela perguntou, cruzando os braços na frente dos seios enquanto me olhava num misto de irritação e susto.

  - Explica essa merda. – eu disse, nervoso. Se fosse isso, a situação estaria muito pior e ela sabia disso a dias!

  - Quando eu fui sequestrada e você deu a doida resolvendo explodir as minas dele, ele surtou. Me enforcou, acho que teria me matado se Pepper não tivesse chegado. - engoli em seco, encarando seus olhos verdes. - Ele estava... Completamente sem controle. Cheio de olheiras e com tanta raiva. Pepper me contou que ele havia feito um pacto com as sombras e que havia saído do controle.

 Olhei para sua boca, distraído por alguns instantes, logo voltando o olhar para seus olhos. Ela fez a mesma coisa e de repente me senti em chamas.

  - Com quem ele fez o pacto?

  - Não sei.

Ela descruzou os braços, se aproximando ainda mais de mim, como se fosse possível.

  - Posso ir ou você vai fazer mais alguma coisa?

Ela estava me provocando e funcionou perfeitamente. Travei a mandíbula, me forçando a ficar imóvel. E precisava de muito controle para ver Natasha Romanoff mordendo os lábios a dois centímetros de você e não fazer nada. Mas eu não iria dar esse gostinho para ela.

  - Foi o que eu pensei. - ela saiu, me fazendo respirar fundo.

Essa mulher vai me deixar louco.

(...)

Natasha 

Passaram-se horas e tivemos que agir depressa.

  - Não é uma simples jornada até Romanoff para recuperarmos o colar. De novo. - Steve acrescentou.

Na sala estava Bucky, Hill, Sam, Thor, Loki, Tthomas e Scott, convenci Steve de leva-lo.

— Temos outro destino depois. Vamos deixar os soldados em Romanoff e vamos nos disfarçar de camponeses e ir até Stark.

Hill, Scott e Sam arregalaram os olhos.

  - Não vou obrigar ninguém a ir, mas eu confio em cada um nessa sala. Não vai ser fácil nem seguro e eu não posso contar o que vamos fazer lá. Sei que é pedir muito uma jornada de dias até um país cujo estamos em guerra e por isso vou dar o direito de escolherem.

  - Pode contar comigo. - Scott disse.

  - Comigo também. - Hill disse e sorri para ela. A um tempo éramos amigas de treinamento.

  - Não precisa nem pedir, eu sei que você depende muito de mim. - Sam sorriu. - Vai ser divertido.

  - E... Wanda vai escondida. Ninguém pode saber que ela saiu do quarto. - eu disse, e eles assentiramm

  - Ótimo. Partimos ao amanhecer.

  - Meu tio vai ficar no comando do castelo se acontecer alguma emergência. - Ele disse para Bucky.

  - Acha que Tony vai aproveitar que estamos fora? -  perguntou.

  - Não sei. Mas isso colocaria o colar em risco e sabe que meu tio é cabeça dura quando se trata do castelo do irmão dele. - ele disse, saindo com seus homens e Hill.

Organizamos absolutamente tudo para a viagem. Pelos nossos cálculos, serão simplesmente seis dias de viagem, o que nos dá apenas um para investigar o pântano e dar um jeito de devolver o colar para Tony a tempo. Tentaríamos fazer em menos, mas sempre acontecem imprevistos e será uma viagem perigosa.

Depois disso, jantei na sala de jantar com meus irmãos e Steve, e foi super-hiper-mega-ultra constrangedor. Corri para a cama e demorei a dormir, me sentindo idiota por pensar o tempo todo na mão de Steve apoiando o próprio corpo em cima de mim e sua boca tão perto da minha. Como eu fiquei totalmente quente em absolutamente todos os lugares do meu corpo, que ódio, ele será minha perdição completa.

Depois, dormi. Mesma coisa.

Gigantesco.

Preto.

Escamas.

Fogo.

Morte.

— Eu sou Natasha Romanoff, rainha da prata e dos diamantes, descendente de Romana, deusa dos dragões, a rainha mais poderosa dos três reinos, irmã de Ro e Ark, A sobrevivente e eu vim buscar meu fogo por direito!

E a porta abriu.

Lá estava ele.

Acorrentado.

Pedindo para eu liberta-lo.

Abri os olhos.

Em segundos não me lembrava mais desse sonho.

(...)

Steve

— Tem certeza? – perguntei para meu tio descendo as escadas.

Eu estava desde que o sol raiou resolvendo milhares de coisas sobre minha estadia fora, todos sabiam o que fazer e se nada der errado... vai dar certo.

— A1, A2, A3, A4, A5... Todas, Steve, você é fanático com manobras de defesa, já te disseram isso? – ele cruzou os braços.

— Com estratégias de ataque também. – corrigi.

— É só uma semana. Tudo vai ficar bem.- ele disse.

Inspecionei o hall de entrada que estava caótico. Malas e funcionários ajeitando tudo para minha partida, inclusive cavalos e os soldados que levariamos. Apenas quarenta, meu tio brigou muito para levar mais mas nós iriamos literalmente fugir do castelo e larga-los lá, então menos era arriscado mas sem dúvidas mais adequado.

— Espero que fique mesmo.

— Você sabe que já governei várias vezes enquanto seu ái estava fora. Até nós...

— Brigarem. – completei. Nunca soube porque meu pai expulsou ele do castelo, e ele voltar aqui me parecia uma traição a sua vontade, mas eu realmente precisava dele.

Demos de cara com Natahsa e Bucky, e assim que ela me viu ela simplestamente tropeçou nos degraus, sendo segurada por Bucky.

— Eita, tá bebada? – ele sorriu, e ela revirou os olhos, jogando o cabelo para trás, claramente irritada. Franzi o cenho.

— Eu estou bem!

Ela parecia nervosa. Estava bem estranha nos últimos dias, fugindo de mim igual a uma garotinha. Como era nossa primeira briga feia ainda não sabíamos como concertar isso, eu era orgulhoso demais e ela uma idiota que fica me fuzilando com o olhar. Mas mesmo assim não conseguia deixar de olhar para ela.

 Seu vestido era preto, com detalhes brancos por toda sua extenção, nada muito rebuscado, mas o colar em seu pescoço e a coroa gigantesca em sua cabeça a deixaram estonteantes, assim como o batom em sua boca. Desviei o olhar, afastando os pensamentos ou logo babaria.

— Está tudo certo com... A mala? – perguntei. A mala que mais parecia uma caixa que continha Wanda dentro.

— Sim. – Bucky respondeu.

— Com licença, se não tivermos mais nada para acertar. – disse ao meu tio.

— Juízo, Steve. – ele disse.

— Você também! Não se esqueça que o rei sou eu.

Dei meia volta, andando sozinho atrás de Bucly e ouvi-o bufar.

— Garoto mimado.

— Velho chato.

Desci as escadas, arrumando minha túnica azul com detalhes em preto. Minha coroa era prata, com diamantes. Assim que saí até o pátio já reconstruido do castelo, as tropas entraram em posição e os homens subiram nos cavalos.

— Tudo pronto, majestade; - Sam disse, ele só me chamava assim quando tinha muita gente perto.

— Vamos partir.

Fui até minha carruagem grande, que tinha Tthomas, Bucky, Natasha, e Wanda, que veio escondida numa grande caixa que também estava lá dentro e mesmo assim sobrava espaço. Me sentei ao lado de Bucky, ouvindo os soldados saírem. Mas a porta se abriu antes de começarmos a andar, e cabelos ruivos adentraram meu campo de visão.

— O QUE VOCÊ ESTÁ FAZENDO AQUI? – Natasha expressou o que todos queríamos perguntar, de um jeito bem violento.

— Oh, vocês esqueceram de me chamar para a excursão! – Bevvan se sentou ao lado de Tthomas, que revirou os olhos.

— Não esquecemos não.

— Espera. – ele olhou para Wanda estática e quieta. – Digo o mesmo para você, sestra.

— Eu melhorei. – ela disse, engolindo em seco.

— Cai fora, seu folgado. – Natasha irritou, empurrando-o para fora.

— Que isso, só vou para casa, Sestra, não era isso que você queria?

— Tês horas do lado do Bevvan, uhu! – Bucky murmurou.

— Como é, bastardo? – ele disse, irritado, e eu revirei os olhos.

— Hey, fica na sua! – Wanda o defendeu. Ela realmente estava melhor.

— Parem com isso, não somos crianças mais. Cada um fica na sua e essa carruagem não tomba. Tá legal?

Três minutos depois Natasha e Bevvan começaram a brigar.

Vai ser uma loooonga viagem!

(...)

— AI, CHEGA. – Natasha abriu a porta da carruagem em movimento e ela parou na mesma hora. – PARA, PARA! – ela gritou, fazendo todos os quarenta cavalos que nos cercavam parar, assustados.

— Fraca! – Bevvan sorriu.

— Vamos parar um pouco, okay, pessoal? – eu disse, alto, já fora da carruagem.

— Natasha! – eu disse, indo atrás da ruiva que simplesmente resolveu entrar na floresta. Droga, essa idiota ainda vai acabar se matando.

— O que está acontecendo? Vocês estão gritando a horas. – Sam veio ao meu encontro, indo atrás de Natasha comigo. Andamos alguns poucos minutos até chegarmos numa clareira.

— Bevvan.

Ela estava sendada numa pedra, encarando a floresta.

— Vou esperar aqui. – Sam disse. Fui até ela, parando ao seu lado.

— Dá pra voltar? – pedi, cruzando os braços.

— Cala a boca. – ela disse, e eu soltei um riso debochado, colocando as mãos na cintura.

— Você é inacreditável.

— Não, é sério. – ela se virou para me encarar. – Na tumba a céu aberto, isso é muito importante, a menina meditante que chorou seu pranto meditante o abandono da morte.

— Sim, é a localização do Abuktar de acordo com o livro.

— Eu sei onde é.

— Onde? – ela respirou fundo.

— Eu tenho medo de dragões. – ela soltou, me fazdendo unir as sobrancelhas. Que?

— Você está bem? Bebeu água?

— Estou, Rogers. Você ouviu bem. Meu pai sempre me contava histórias sobre os dragões de Romanoff, sabe? – assenti. – E desde então... Eu tive um sonho sobre um dragão. E uma vez acordei chorando, disse ao meu pai que tinha medo de dragões. Ele me levou até Lutselk, em Satrk. Bem nos pantanos. E recitou essa frase para mim. Escondida no pantano tem uma aldeia destruída, foi queimada. Meu pai disse que foi um dragão. É uma lenda... Sobre a criação dos pantanos.

“Dizem que a vila era mágica. Todos eram feiticeiros e bruxas, eles criavam artefatos mágicos. E os Romanoff... Mandaram um dragão para queimar a aldeia. E apenas uma jovem bruxa sobreviveu. Ela sentou no meio da aldeia e chorou até se formarem os pântanos. E ela morreu, sozinha. É um exemplo da brutalidade dos Romanoff. Mostrou que eu devia ter medo de dragões poque é isso que eles fazem. Porque... somos dragões.

Toda essa história e eu só digeri que ela tem medo de dragões. Fiquei em silencio por um tempo, tentando assimilar.

— Acha que pode nos levar lá?

— Sim. – ela se levantou, me deixando atônito.

— Vocês brigaram? – Sam disse, assim que cheguei perto.

— Sim.

— Tá todo mundo falando disso e sou o último a saber? – sorri, revirando os olhos.

— Quer mesmo saber sobre minha vida conjulgal?

— Não. – ele riu.

(...)

Um tempo depois chegamos em Romanoff e eu realmente sentia falta do meu quarto, mas me contive e não fui até lá. Nós largamos Bucky e a mala que tinha Wanda expremida dentro na floresta, e eles nos esperaríam escondidos até conseguirmos o colar, já que nem ele nem ela podiam entrar em Romanoff.

Natasha atou meu braço no dela.

— Não quero que ele saiba.

Descemos da carruagem, e Volo foi até a entrada nos receber.

— Ora, ora. – Ele disse. Fizemos uma reverência que ele devolveu. Ele nunca reverenciava primeiro.

— A que devo a visita da ilustre família perfeita?

— Papai, vamos entrar? – ela disse, passando por ele. Bevvan andou ao seu lado, e eles conversavam baixinho, ele com certeza abriu o bico sobre tudo, menos Wanda, disse que o recompensaria. Assim que chegamos a sala do tromo, apenas eu, ela e Tthomas permanecemos.

— Vi que escolheu seu lado. – Volo disse, encarando Tthomas. Ele olhou para o lado, ignorando o pai.

— Saiam. – Natasha ordenou aos soldados, que rapidamente saíram em fila. – Eu me pergunto o que passa nessa sua cabeça diabólica.

— Arco-iris e ovelinhas, querida. – ele sorriu.

— Dê para nós de uma vez, Volo. Por favor. – eu disse, cruzando os braços.

— O que? – ele fez uma cara inocente.

— O objeto mais disputado de todo o reino. – ela disse. – O objeto que transformou três reis em inimigos. O objeto mais fora de moda que eu já vi. Eu ´posso falar dele de muitas formas, porque peguei um rançp daquele colar que eu queria que ele desaparessece!

— Vocês me forçaram a isso, sabia que Steve daria pro amiguinho dele o colar e eu estava certo. – optei por ficar quieto.

— Pai, vamos para Lutselk. – Tthomas disse. – Sabemos de tudo. Precisamos dele.

Volo sorriu. Olhou para nossos olhos sem tirar aquele sorriso pretencioso dos lábios.

— Certo.

— Sério? – Natasha perguntou, e ele levantou do seu trono.

— Uhum. Mas eu quero que você pegue. Acho que está pronta para entender tudo de fato. Sua mãe ficaria tão orgulhosa.

— Do que você está falando? – ela perguntou, e ele apenas se colocou do lado dela, apoiando a mão em seu ombro.

— Vai. Senta.

— No trono? Já sentei nisso mil vezes, pai.

— Vamos. Sente.

Ela revirou os olhos, indo até o trono de ferro cheio de espadas pontudas na parte de cima e se sentou, sem cerimônia.

— Uau. – disse, se esforçando para parecer entediada.

— Natasha, é sério. – o pai a repreendeu. – Agora peça o que você quer.

— Não estou entendendo, pai.

—Peça.

— Eu quero o colar.

— Pai... – Tthomas disse, se irritando.

— Quieto. Natasha. – ele se aproximou. Estava sério e com os olhos verdes nos dela. – Peça o que você quer. Você sabe.

Natasha tocou os cabelos ruivos, olhando bem para eles. Seus olhos se encheram de lágrimas e ela olhou para o pai.

— Ah, meu Deus. – ela murmurou. O que estava acontecendo? Só ela e Volo pareciam saber.

— Eu sou Natasha Romanoff... e quero meu fogo.

O trono inteiro tremeu, rapidamente se deslocando para trás, junto com o chão embaixo de si. Natasha arregalou os olhos, segurando firme, e um buraco quadrado enorme e escuro se abriu. Estávamos em choque, divididos por um rombo no chão e meu coração batia forte de preocupação.

— Nat. – eu disse, meio trêmulo. Aquilo não podia ser bom. – Não.

Ela olhou para mim, se levantando. Não sei porque exatamente mas ela estava completamente amedrontada. E isso me deixou com medo.

— Não. – repeti, era um pedido. Ela olhou para o buraco, começando a descer as escadas.

Meu Deus, minha noiva tem completa aversão por me ouvir.

(...)

Natasha

Eu desci as escadas que pareciam infinitas. Eu me lembrava vagamente daquele lugar. As escadas enrolando, grudadas na parede escura que era a única coisa palpável, visto que nem conseguia ver o chão lá embaixo. Cometi o erro de olhar para o vácuo infinito lá trás e meu desespero foi óbvio.

— Não olha, Natasha. – disse a mim mesma.

Estava sendo totalmente guiada pelo meu coração. Eu sabia que eu tinha que descer, e descer, e descer. Para buscar o colar. Mas não só para isso. Novamente, ouço as palavras de Wanda e percebo que se aplicam a mim: o vazio que senti a vida toda parecia estar se preenchendo mais a medida que eu descia cada degrau. Não deixei o medo de lado nenhum segundo. Mas não parei.

Foi muito tempo descendo as escadas, com a tocha em minha mão tremendo junto com a mesma. De algum lugar vinha uma brisa fria irritante, dando a impressão que cairia num mar escuro e gelado. Sim, aquela brisa me lembrava o mar.

E tinham os bixos. Muitas milhares de aranhas, Romanoff já era conhecida por suas aranhas Viúvas Negras, ali então parecia ser a fonte de origem de todas elas. Tremi novamente, mas dessa vez foi de frio. Por que aquele lugar era tão frio? Eu na verdade nunca tinha ido tão fundo. Achei realmente que não era possível nessa época cavar em rochas tão subterrâneas. Se não fosse pela temperatura gelada, diria que estava chegando no inferno de tão fundo.

Quando cheguei lá embaixo, o grande salão de rocha preta ecoava até meus suspiros nervosos. Pareciam trovões de tão escandalosos. E no final dela, havia uma porta gigantesca. Nunca havia visto uma tão grande.

Parei diante dela, pequena como uma formiga. Nunca tremi tanto. Meus olhos estavam cheios de lágrimas e eu sabia exatamente o que tinha ali. Sabia o que dizer.

A voz que saiu de mim parecia confiante. Uma clara mentira.

— Eu sou Natasha Romanoff, rainha da prata e dos diamantes, descendente de Romana, deusa dos dragões, a rainha mais poderosa dos três reinos, irmã de Ro e Ark, A sobrevivente e eu vim buscar meu fogo por direito!

E a porta abriu. Devagar, ruidosamente. Tudo estava escuro. Prendi a respiração. E foi quando um circulo vermelho como sangue e redondo brilhou. Uma pupila de réptil se afinou, formando uma fenda escura naquela imensidão vermelha.

Lá estava ele.

 Acorrentado.

Pedindo para eu liberta-lo.

Aterrorizante.

Meu dragão.


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Notas finais do capítulo

AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA
QUERIA TENTO QUE CHEGASSE NESSA PARTE, VCS NEM ACREDITAM NO QUE VEM POR AÍ!
(aaaaaaaaaaaaa o peter)
comentemmmmmmmmmmmmmm favoritemmmmmmmmmmmm recomendemmmmmmmmmmmmm



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