Castle escrita por Romanoff Rogers


Capítulo 28
XXVIII - Nada dói tanto quanto o amor


Notas iniciais do capítulo

OLÁ GUERREIROS
BOA NOITE
VAMO PRA GUERRA
COMENTEM LÁ NO FINAL, DÊ UM JOINHA E SE INSCREVA NO CANAL

ps. frase super filosófica aí embaixo para passar um ensinamento pra vocês ♥



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Quando sua maior fraqueza for o amor, você será a pessoa mais forte do mundo.— desconhecido

 

Bucky

Quando abri a porta do quarto eu perdi totalmente o controle, fui dominado por emoção e esperança. A primeira coisa que vi foi seus olhos verdes brilhantes como um farol. Nesse momento meu mundo ganhou cor novamente. Minhas mãos começaram a tremer e meus olhos a se encherem de lágrimas.

Notei Natasha e Thor no quarto, mas sequer olhei para eles. Assim que tive coragem dei os primeiros passos em sua direção. As lágrimas começaram a escorrer quando sentei de frente para ela e minha esposa sequer mexeu os olhos para me encarar.

Ela estava sentada com as mãos caindo no colo e os olhos estáticos num ponto específico do quarto. Seus cabelos morenos caíam perfeitamente nos ombros e a boca estava vermelha. 

  - Wanda... - murmurei, erguendo minha mão para tocar sua bochecha. Quando encostei nela suas íris moveram para encarar as minhas.

Abracei-a com força, soluçando e senti uma de suas mãos nas minhas costas. Eu chorava tanto de felicidade quanto de medo. Me senti estasiado com os braços ao seu redor.

  - Por favor. - murmurei. Sabia exatamente o que estava pedindo. Pedi para ela ainda ser minha garota.

  - Ei. - Steve tocou meu braço e devagar e relutantemente me afastei dela, respirando fundo para tentar me controlar e limpei as lágrimas, permanecendo somente meu rosto vermelho.

Ela voltou a encarar a parede.

Olhei para Natasha, que estava encostada na parede com a mão na boca e os olhos cheios de lágrimas, sem coragem sequer de chegar perto dela.

Loki se sentou do outro lado da cama, pegando seus instrumentos para analisa-la. Devagar ele checou seus batimentos, com receio de ela nos jogar para o outro lado do quarto novamente. 

Por favor. Repeti. 

Com um estetoscópio ele analisou sua respiração e encostou em suas mãos para ver se ela reagia. Nada.

 Por favor.

Depois, a lanterna foi até seus olhos, que reagiram ficando menores e depois disso ela olhou para ele.

  - Quem é você? - soltou essa frase, com uma naturalidade inocente. Todos arregalamos os olhos. Era a primeira vez que ela abria a boca em um mês e quinze dias e por isso ela soou rouca. Me esforcei muito para me controlar. Sua voz foi como música para meus ouvidos e eu só queria abraça-la.

  - Sou Loki, princesa. Sou... médico. Você consegue me dizer seu nome?

Ela o analisou por alguns segundos e depois voltou com os olhos para a parede.

Natasha suspirou, apertando o canto dos olhos. Ela parecia realmente prestes a chorar. Vi Steve engolir em seco tentando não olhar para a Nat. Meu foco era apenas encarar seus olhos, tentando captar um mísero sequer sinal de que ela era a mesma.

  - Ela está voltando devagar. É característica de quem acorda de um sono mágico digerir as informações em silêncio. A maioria dos casos eles sonham o tempo todo que dormiram, com a própria magia. É como uma apresentação para a mente, uma transição do mundo mundo mundano para o mundo mágico. - Loki disse, e eu fechei os olhos.

  - Já sabe quem fez isso com ela? - perguntei. 

  - Não.

 

 Ele continuou conversando com Steve e Thor algumas coisas, informações que eu não ligava agora. Fiquei sentado ao seu lado, acariciando suas mãos e as vezes ela me olhava e eu sorria, tentando conforta-la. Eu não tinha ideia do que estava acontecendo com ela. Fui criado por uma família católica e extremamente fechada, não tinha nenhum tipo de conhecimento sobre magia negra. Ainda mal tenho. Isso me assustava exorbitantemente. Mas eu só tinha uma certeza, ficarei ao seu lado. Nunca deixarei ela passar por isso sozinha, nunca. Ela sempre vai ser minha garota, mesmo se sequer me reconhecer. Mesmo se for capaz de coisas inimagináveis. Espero que ela saiba disso.

 Depois de muito tempo ela sorriu também.

  - Senti sua falta. - murmurou. Me fiz controlar meus olhos cheios de lágrimas. Ela precisa de você, Barnes. Se controle.

  - Minha linda, você sabe onde está? - eu disse. Eles pararam de falar para prestar atenção na gente. Ela parecia tentar lembrar, enquanto os olhos passeavam ganhando emoção pelo quarto.

  - Roger. 

  - Qual seu nome? - falei novamente.

  - Wanda. Maximoff. Romanoff. - ela olhou para Natasha que mordeu os lábios. - Por que você e Steve brigaram? - ela soltou, do nada, e todo mundo na sala arregalou os olhos. 

  - O-O que? - ela disse, prestes a perder o controle do corpo. - C-Como você...

  - Ela leu sua mente. - Loki murmurou, sorrindo. - Fantástico.

  - O que? - arregalei os olhos. É muito para processar. 

  - Ah, meu Deus. - Natasha esfregou os olhos, abaixando a cabeça. 

  - Wanda. - falei e ela me encarou. - Qual meu nome?

  - James. - ela disse, sem pestanejar. Pressionei os lábios.

  - E os nomes dos seus irmãos?

  - Piet... - ela parou de falar como se tivesse lembrado de sua morte e seu rosto ficou triste. - Chharles. Tthomas. Mattheos. Bevvan. Natasha.

  - Ela falou até na ordem. - Natasha disse, sorrindo. – Ela está bem.

 - Natasha tem razão. Ela só precisa de um tempo.

(...)

Acho que se passaram algumas horas. Não saí do seu lado. Ela pareceu progredir muito. Se deitou quando ficou cansada de ficar sentada, analisou o quarto em silêncio. Encarava eu, Natasha e Loki sempre, e de vez enquanto dizia algo.

  - Por que meu piano quebrou? 

  - Não sei. - respondi, dando um sorriso.

 ...

  - Por que Steve está machucado?

  - Houve um ataque, Wan.

 ...

  - Por que meus irmãos estão aqui?

  - Como você sabe?

Ela não respondeu.

  - Você assustou todo mundo, minha linda. - eu disse, e ela me encarou.

  - Eu estava assustada.Foi assustador.

  - O que aconteceu? - perguntei, engolindo em seco.

  - Eu... - ela começou, receosa. Vi seus traços em cada gesto. - Estava sonhando. Tinha... vermelho. Por toda parte. No começo... Eu tentei lutar.

Ela fez uma pausa, olhando para as próprias mãos.

— Agora... eu sei o que aconteceu comigo. Entendo o que eu sou.

  - Como você se sente com isso? - Loki perguntou. Ele realmente sabia bem o que estava fazendo.

  - Era como se.. faltasse algo em mim. Minha vida toda... tive esse sentimento. Agora... Parece que estou completa. Você acha... - ela encarou Loki. - Que Pietro seria um bruxo também?

 Loki encarou-a, se perguntando quem é Pietro, com certeza.

  - Talvez.

  - Hm. - ela disse, encarando-o fixamente. - Sinto muito pelo seu pai.

Ele ergueu as sobrancelhas, surpreso.

  - Wanda, pare de ler a mente dos outros, okay? - eu disse, sem saber ao certo o que ela dizia. Ela sorriu.

  - Eu te amo. - Wanda disse e eu sorri, sentindo as lágrimas voltando.

  - Eu também te amo.

Steve

  - Por que não deixamos eles aqui? Acho que vai fazer bem pra ela conversar com ele. E tenho que dizer... algumas coisas. – Loki sussurrou. Olhei para Natasha, que encarava a irmã imóvel e meu coração apertou. Thor tocou seu ombro e ela saiu de transe, o acompanhando para fora. Fomos nós quatro para a sala de reuniões, Thor  buscou as muletas dela e logo entraram e ela se sentou longe de mim, sem me olhar nenhuma vez.

  - Conta, Loki. - Thor disse, impaciente.

  - Contar o que? - perguntei, olhando pra ele. Ele cruzou os braços, encarando Thor com um olhar mortal.

  - Eles precisam saber. – o loiro insistiu.

  - Okay. - ele se sentou de frente pra mim, e Thor ao lado de Natasha e isso me fez encara-lo irritado, mas me forcei a voltar o olhar pra Loki. - Tem algo sobre ela que não contei. 

  - Pode falar. - Natasha disse, ansiosa.

Loki respirou fundo.

  - Eu disse que cada bruxa tem uma cor. E... Que a cor da Wanda é vermelha. Mas... O que eu não disse é... - ele olhou para Thor, que respirou fundo, perdendo a paciência e tomou as rédeas da conversa.

 - Desd...

  - Que porra de papo maluco é esse? - virei a cabeça na direção da voz atrás de mim num susto. Droga.

  - Tthomas, o que você está fazendo aqui?! - Natasha exclamou, vendo o irmão sair de trás da prateleira com um livro nas mãos.

  - Eu sabia que estavam escondendo algo. - seus olhos decepcionados se dirigiram até os de Natasha. - Ela é minha irmã. Eu a amo. Você não tinha direito de esconder isso de mim! Uma bruxa? É sério?

  - Eu fiz isso para proteger ela. – Natasha disse, emocionalmente mal. - Não contamos a ninguém. Sabe o que acontece com ela se alguém descobrir que a princesa de Romanoff é uma bruxa? - Tthomas ficou quieto. - Vão queimar todos nós!

  - Tthomas. - eu disse, interrompendo-a. - Não conte a absolutamente ninguém. Por favor.

 Ele puxou a cadeira, se sentando ao lado de Loki.

  - Eu nunca faria isso. Vocês podem confiar em mim. - ele encarou Natasha. - Achei que alguns de vocês confiavam.

  - Hãham... Wanda passou por um processo de ativação. – Loki explicou para Tthomas. - Todo feiticeiro, bruxa, mago passa por isso. Alguém faz um ritual que inicia o mundano a um período de coma e quando ele acorda... Sua habilidades se manifestam e sua alma faz parte das sombras.

 Ele encarou Loki, de boca aberta.

  - Agora continua o que ia dizer. - eu pedi. Thor respirou fundo novamente.

  - Desde milênios atrás a cor vermelha é na magia negra associada com o Mal.

 Nenhum de nós dois disse nada, apenas encaravamos Thor sem expressão.

  - Não. - Natasha negou com a cabeça. - É impossível. Não é verdade. Ela não consegue fazer mal a uma mosca.

  - Nem todas as pessoas que têm Magia Vermelha são do mal. Mas todas as pessoas do mal... tem Magia Vermelha. - Loki continuou, receoso pela reação de Natasha. Tthomas parecia em pânico, surtando internamente. - É chamada de Magia do Caos.

  - Hã? Que infernos está acontecendo? - Tthomas murmurou, me encarando, e toda a carga de informação que tivemos em um mês caiu em cima dele. - Quem fez isso com ela?

— Não sabemos.

 Esfreguei os olhos, pensando.

  - Precisamos ir até Stark. Até os Pântanos de onde vem o Abüktar. - eu disse. - Acho que lá obteremos respostas.

 - O colar de Maria Stark? - assenti para Tthomas.

  - Tem mais uma coisa que preciso contar. - Loki disse, olhando para Thor, que assentiu, encorajando-o.

Ele respirou fundo. Com um movimento, sua mão se acendeu em uma nuvem verde e brilhante. - Sou um feiticeiro.

  - Puta merda! - Tthomas exclamou, e não consegui dizer nada, apenas fitei aquela luz verde maravilhosamente hipnotizante.

  - Uau. - Natasha murmurou. - Você pode ler mentes?

  - Não. Eu posso me multiplicar, manipular algumas áreas da mente para trapacear, levitar e incendiar coisas... Cada feiticeiro tem suas peculiaridades, é impossível saber todos os poderes de Wanda. 

  - Mas Mágica do Caos é mais poderosa que Mágica da Trapaça. - Thor disse, e Loki revirou os olhos.

  - É claro.

  - Isso é... Doidera. Acho que nunca mais vou dormir. - Thomas murmurou, jogando o corpo para trás. – Posso ve-la?

Natasha assentiu, segurando sua mão.

  - A magia do feiticeiro que fez isso com ela é muito forte. Não consegui rastrea-lo de jeito nenhum. O resultado sempre é o mesmo, diz-se que ele está em todo lugar. - Loki respirou fundo. Ele estava tão preocuoado e nervoso, parecia desorientado. - Provavelmente sua magia é Magia Preta. A Magia do Domínio das Sombras. É a magia mais poderosa existente. Há lendas que Lúcifer possuia essa magia. Não sei o que estamos prestes a enfrentar, mas é perigoso.

 Natasha se levantou, saindo da sala com as muletas e fechou a porta atrás de si. Tthomas foi atrás dela, restando nós três na sala.

  - Tem como reverter a magia dela? - perguntei. Loki logo negou.

  - É impossível. Não existe modo que não seja a morte.

  - Não pode ser, Loki. Tem que ter um jeito.

  - Não tem, Steve. - Thor disse. - Magia Negra vem do inferno. Parece algo assustador, mas muitas vezes não é. Wanda é uma boa pessoa. Só nos resta esperar que continue assim. Ou.. vamos ter que...

  - Não vai acontecer. - eu disse, mordendo os lábios. - Não vai.

 (...)

Tthomas 

  - Nat! - eu disse, finalmente alcançando-a. A fiz parar e ela abaixou a cabeça.  - Ei.

 Ela encostou as muletas na murada e eu a abracei com força, acariciando seus cabelos.

  - Vai ficar tudo bem. - falei, apoiando o queixo em sua cabeça. Ficamos assim por um tempo, sei que ela não chegou a chorar mas senti o quanto ela estava mal. Não só por Wanda, mas soube que aquele filha da mãe do Rogers tinha deixado-a assim.

  - Lembra de quando Wanda caiu do segundo andar do castelo? - ela assentiu e não consegui deixar de sorrir com essa lembrança. - Eu ri muito. Mas... Depois achei que ela tinha morrido. Comecei a gritar e a chorar, berrei que Wanda tinha morrido e que era culpa minha. Não era minha culpa de fato, mas eu desafiei-a a andar na murada. Me senti culpado demais. Quando mil soldados chegaram lá embaixo para socorre-la, inclusive eu, ela sorriu. Sorriu para mim e disse que escorregou. E que não era culpa minha. Disse que eu sou o melhor irmão do mundo, mesmo ela tendo quebrado um braço e quase morrido.

 Ela levantou os olhos para me olhar.

  - Wanda é a pessoa mais boa que existe. E ela é muito forte. Ela aguenta qualquer coisa. Okay? Eu prometo que ela vai ficar bem. - sorri. - E eu acho o Steve um idiota. Mas sei que ele é um idiota que te adora. E... Ele te faz bem. É seu amigo. Tudo vai se ajeitar.

  - Eu te amo. - ela disse, e eu a apertei mais.

  - Também te amo.

Depois que Natasha disse que ia para o quarto, eu fui até o Wanda. Admito que fiquei parado na porta por muito tempo, tentando arrumar coragem. Não sabia o que esperar. Quando consegui, entrei devagar e Bucky me lançou um olhar assustado.

  - Tudo bem, eu sei. - disse, sem tirar os olhos dela. Bucky se levantou e foi até a janela para nos dar espaço. Eu me sentei onde ele estava e notei a diferença nela.

  - Eu senti muita saudade. - Eu falei, e só aí ela notou que eu estava no quarto. Meus olhos se encheram de lágrimas. Parecia outra pessoa.

  - Chharles.

  - Que Chharles o que, menina, tá me insultando? – eu disse, sentindo uma lágrima escorrer. Droga, eu sequer pude nem tentar protege-la, porque não tinha o menor conhecimento disso. Me condenei por ter ficado longe tanto tempo.

  - Brincadeira. - disse, abrindo um sorrisinho. 

  - Você está igual a uma mongolóide, Wandinha, é melhor ficar bem logo. - beijei sua bochecha. - Eu não ligo para mudanças. Você vai continuar sendo minha irmãzinha. 

Ela se deitou, olhando pra cima. Fui até Bucky sem jeito, e ele se virou pra me encarar.

  - Cuida bem dela. 

Ele assentiu.

  - Ela vai voltar. - ele disse. Olhei para ela e e saí do quarto em seguida.

(...)

Natasha

Sentei no chão do quarto para organizar meus pensamentos. Eu tremia como uma criança e o medo era enorme em meu coração. Pensei nas palavras de Tthomas e percebi que agora tudo que podia fazer por ela era protege-la como eu puder, mesmo se isso significar minha morte. 

Pensei em Steve. Um abraço dele era a coisa que eu mais precisava no mundo.

Tomei banho mesmo sendo cedo, troquei meu pijama e dispensei o jantar. Deitei de barriga para cima no meio das cobertas, pensando.

 Sentia saudade do Steve. Não nos falávamos a dias e só quando o perdi percebi o quanto eu precisava dele. O que dizem é verdade, só damos valor a algo quando perdemos.Tentei controlar minha mente, mas eu sempre queria voltar correndo para ele. O pensamento que ele podia nuca mais me olhar com aqueles olhos doces só me fez encolher mais. Eu precisava tanto dele.

Sentia falta de seus braços. Dos seus beijos. Do seu sorriso. Das suas carícias.

Me abracei. Eu realmente queria que fossem os braços dele. O que raios você está falado, Natasha Romanoff? Droga, eu nem me reconhecia mais. Aquele idiota orgulhoso abalou totalmente minhas estruturas, não sabia mais meus preceitos, muito menos o que estava acontecendo, nem o que fazer, o que sentir. Sentia medo o tempo todo e isso nunca acontecia.

Pensei em como nunca tinha dado valor aos pequenos momentos. Seu abraço me dava tanta segurança e, agora, sem eles ao meu redor, não sabia o que fazer. 

Bufei. 

Isso não está certo. Essa não é a Natasha Romanoff que eu sou. Essa não é a Natasha que tenho que ser. Eu tenho que ser fria e calculista, tenho que ser a rainha mais temida da história, tenho que ser a guerreira mais formidável do continente. Não uma garotinha apaixonada, pelo amor de Deus. Espera.

Ah, meu Deus.

Garotinha apaixonada.

Apaixonada.

— Não, não, não, não... – pulei da cama, cambaleando até o espelho. Meus olhos estavam arregalados e cheios de lágrimas. – Você é Natasha Romanoff. Ninguém é mais poderosa do que você. Você é Natasha Romanoff. Ninguém é mais poderosa do que você.

Repeti várias vezes, e pela primeira vez em duas décadas parecia mentira Me sentia fraca e vulnerável.Uma confusão eterna me deixou sem chão. Não sei porque, mas a voz de Wanda ecoou na minha cabeça. Espero que não seja ela lendo minha mente lá do seu quarto.

Quando o amor for a sua maior fraqueza você será a pessoa mais forte do mundo.— ela disse para mim no dia do seu casamento.

Eu estava apaixonada por Steve Rogers. Meu melhor amigo. A única pessoa que me conhece do jeito que eu sou.

 “— Eu podia ter escolhido qualquer outra pessoa, mas meu coração escolheu você. Não tem mais volta pra mim. É o que eu mais quero no mundo. “

Meu Deus. Como eu fui tão burra?

Encarei meu reflexo no quarto iluminado apenas pela luz da lua. Eu parecia tão... Natural. Tão eu. Era assim que eu ficava com ele por perto? Ele me deixou tão linda?

“— Me escolha. - Eu disse, entre suspiros, fechando os olhos. 
— O que? - senti seu sorriso nos meus lábios.
— Me escolha. – repeti.
— Não tem nada pra escolher. - abri os olhos, encontrando os seus a milímetros dos meus. - Eu escolhi você quando tínhamos sete anos. Sempre foi você. - ele sorriu., e eu não consigo. Ele é minha missão, e sempre foi completa.

— Ah, Steve. - disse, para ninguém. 

Acho que não tem mais como negar o que já foi decidido, afinal. 

— Por que eu não escolhi você?

 

 

 

Caí na cama, sem conseguir dormir. E quando consegui, tive um pesadelo horrendo. Sempre o mesmo. 

Ele era gigantesco. Preto. Com escamas enormes, brilhantes como as de uma cobra. Olhos vermelhos, assim como seu fogo. Ele voava, queimando cidades inteiras. Eu via pessoas gritando. Morrendo. Sendo queimadas vivas. Eu me via nele. Eu era o dragão.

Meu pai contava histórias sobre os dragões de Romanoff. Gigantescos, majestosos. Destruidores e indestrutíveis. Só existia uma coisa poderosa o suficiente para matar um dragão. O Amor. Eles se apaixonavam por seus donos e morriam por isso. Seu fogo se apagava, porque nada dói tanto como o amor.

Mas dessa vez, houve uma coisa nova no meu sonho.

Desci as escadas devagar, segurando uma tocha. Estava descendo um poço fundo, escuro e gigantesco. Cabiam dez navios lado a lado. As escadas eram enormes e finas, davam voltas e voltas na parede. Seria uma queda mortal. Após muito tempo descendo, cheguei até uma porta gigante. Nunca havia visto uma tão grande.

A voz que saiu de mim parecia confiante. Uma clara mentira.

— Eu sou Natasha Romanoff, rainha da prata e dos diamantes, descendente de Romana, deusa dos dragões, a rainha mais poderosa dos três reinos, irmã de Ro e Ark, A sobrevivente e eu vim buscar meu fogo por direito!

E a porta abriu.

Lá estava ele. Acorrentado. Pedindo para eu liberta-lo. Aterrorizante. Meu dragão.

Sua imagem sumiu e de repente estava na cama, poucos dias antes da minha mãe ser levada para as montanhas do norte.

— Você é minha dragãozinha. Seus ossos são de ferro, não de vidro. Pode aguentar os baques da vida, Asha. Inclusive o amor.

Abri os olhos.

Em segundos não me lembrava mais desse sonho.


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Notas finais do capítulo

Jura, Natasha? Chocou um total de zero pessoas, parabéns. Ah, Wanda meu xuxu!!!!

Holaaaaaaaaaaa comentem, guerreiros, ou vou matar o Steve na cara dura grrrr. Brincadeira hehe. Talvez não. Na dúvida comentem favoritem e RECOMENDEMM :D
Me digam suas teorias mirabolantes, pedidos e críticas. Já conferiram a nova capa??? E o trailer antigão? Sim??? E a pág no Insta???
@romanoff.rogers
O Twitter??????
@RomanoffRogers4

BEIJOSSSSS



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