Requiem Aeternam escrita por AnaBonagamba


Capítulo 23
Veritates


Notas iniciais do capítulo

O próximo já está a caminho, prometo.



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Corri meus dedos sob a delicada maciez do gramado coberto por luz num delicioso dia de primavera no Hyde Park. Senti as folhas pinicando, o cheiro doce das flores, enquanto observava de longe Victoria, ainda criança, correndo atrás dos pássaros que insistiam em retornar para onde um casal de idosos acabava de despejar as migalhas de um lanche - provavelmente adquirido num Sainsbury's ali perto.           

Os lanches trouxas dali eram espetaculares e muito mais baratos que qualquer outro ponto da cidade.

De repente, toda luz se foi. Um lampejo verde flamejante atravessou o céu, cruzando-o de cima a abaixo, e todos ali se dispersaram. Levantei-me num átimo a procura de Victoria, desesperada por chamar sua atenção, porém, minha voz não saía. Estava silenciada no meio do caos e da dúvida, enquanto minha irmã pequena ainda sorria para os pássaros, que comiam.

Eu gritava por dentro. Outros lampejos se aproximavam.

Victoria finalmente me encarou, confusa. Seu sorriso infantil esvaiu-se ao olhar direto para mim, como se não me visse de certo. Meus membros inferiores jaziam presos na grama, antes fresca, agora, consumida por uma névoa cinza e densa. Tentava me desvencilhar, inerte, antes que alguma das maldições a atingisse, contudo, não podia me mexer.

Foi então que o vi.

Tom Riddle não era mais o jovem que eu conhecera. Era um homem, com menos de 50 anos, e usava vestes trouxas despojadas - que lhe serviam muito bem. Ele passeou pelo caminho entre mim e Victoria como se pudesse me atravessar, com uma calma digna dele, e pegou a menina no colo, erguendo-a de uma vez só. Eu, ainda presa naquela visão, sem entender o que estava de fato ocorrendo, encarei a pequena Victoria de volta enquanto a mesma era levada para longe de mim. Para longe daquele cenário caótico.

E por mais inacreditável que fosse, demorei a distinguir algumas sutilezas na criança: seus olhos verdes em contraste com o tom negro dos cabelos, presos de maneira disforme, lembravam-me de minha irmã em tenra idade; mas a maneira de olhar, a forma como aqueles olhos capturavam os meus em retorno, como se visse além deste plano, a verdade estampada em sua íris... por mais inacreditável que fosse compreendi, atônita, que não era Victoria quem eu via.

Era eu mesma.

Gritei o nome de Tom Riddle apenas uma vez, o som estourando meus próprios tímpanos. Mas ele nunca olhou para trás.

— Você precisa acordar. Está sofrendo! Vamos, Valery. Acorde! - Dorea Black foi a primeira pessoa que vi ao despertar do pesadelo. Ao lado dela, minhas outras colegas de quarto pareciam assustadas e mantinham uma certa distância.

— O que houve? - consegui balbuciar, a voz gutural pouco audível.

— Eu que te pergunto! - Margot deu a volta na cama, pairando ao meu lado. - Você quase matou a gente, literalmente. Não sabia que tinha a capacidade de gritar feito uma mandrágora. Meu coração ainda não voltou ao normal.

— Pegue um copo com água pra ela, Aurora. - pediu Dorea, que continuava a me olhar com preocupação - Você teve uma crise e tanto. Não foram apenas gritos. Você estava chamando por alguém tão claramente que pensamos que o dormitório tivesse sofrido uma invasão.

— Quem eu chamava? - questionei, bebendo um pouco da água. - Victoria?

— Não. Você chamava pelo Tom.

— Tom? - praticamente cuspi a água de volta, em choque. - Tem certeza?

— Sabemos que o amor causa efeitos danosos ao cérebro, Valery, mas isso é realmente preocupante... - Aurora pegou o copo de volta, sussurrando. - Ele fez alguma coisa com você?

— Como assim?

— Te amaldiçoou? Ameaçou de alguma forma? - completou ela.

— Do que vocês estão falando?

— Acho que pode ser outra coisa. - interviu Dorea. - Tenho notado que suas regras são muito irregulares. Na verdade, eu observei que desde que cheguei aqui você não tem sangrado...

— Está grávida, Valery? - apesar de soar absurdo, Margot parecia feliz com a possibilidade. Uma felicidade que se esvaiu logo depois: - Tom não gostou, não é?

— Não! - exclamei, já recuperada. - Nem uma coisa, nem outra. Não fui amaldiçoada. Não estou grávida, tampouco. Foi só... um pesadelo.

— Parecia que estava sofrendo muito. - comentou Margot. - Quando cheguei perto vi seus olhos revirarem. Parecia assombrada. Dorea foi a única que se arriscou a tentar te acordar, tamanho nosso choque.

Encarei Dorea com um misto de vergonha e medo. Incontrolável estive? Que coisas poderia ter dito ou mostrado a ela?

O corpo enfraquece, Valery. A mente, não.

— Desculpe.

— Oh, querida, não há o que ser desculpado agora... - ela me abraçou brevemente. - Eu que quero me desculpar, em nome de todas, pelo julgamento precipitado. Ficamos nervosas.

— Acima de tudo, confiamos em você. - afirmou Aurora. - Mas, Valery, o que houve? Consegue se lembrar do pesadelo? Parecia horrível!

Pensei um pouco, analisando em quais condições eu poderia transitar entre verdade e a mentira. Optei pela segunda opção.

— Lembro, sim. Estava revivendo o momento em que toda minha família foi tirada de mim. Imaginei que fosse Victoria o nome que gritava pois era ela que via antes de ser levada de lá.

— E Tom?

— Ele me tirava de lá. Sinceramente, eu não queria ir. Queria ficar com a minha irmã.

— Oh, querida! - bradou Margot, jogando-se sobre mim pesarosamente. - Que triste vida você teve!

Minha trágica história foi rapidamente aceita pelas jovens e inocentes Aurora e Margot. Dorea Black, porém, não ficara totalmente convencida. Ela assentiu junto as outras e foi a única a expressar suas desculpas por pensarem mal de Tom ou de mim, no caso da gravidez.

Coisa que realmente soava absurdo.

Talvez, não para ela. Afinal, em breve ela se casaria com Charlus Potter e teria seu primeiro filho. Em pouco mais de um ano, Dorea seria uma brilhante esposa que traíra as decisões de sua família para seguir com o sonho de se casar por amor. Seu relacionamento com Charlus era genuíno e eu desconhecia a natureza dele para inferir se eram felizes ou não. Ela sempre me parecera bastante introspectiva.

Contudo, os Grifinórios em geral desconfiavam de Tom por conta de seu excepcional desempenho e da postura etérea que buscava ordem e perfeição. Mesmo em tempos difíceis como aquele, era notável a diferença de comportamento entre os grupos mais elitistas de ambas as casas, onde a Sonserina com certeza ganhava crédito quanto a compostura e elegância.

Até mesmo Abraxas Malfoy, com seu jeito despretensioso, parecia um jovem aristocrata perto da espontaneidade de Charlus, que era de uma das famílias mais tradicionais da Casa do Leão. E também Grisha que, apesar de bela, estava sempre despenteada.

— Professor, poderia me ceder alguns minutos no seu laboratório?

Slughorn estava cochilando sob sua enorme mesa, apoiado sobre os braços. Parecia tão exausto quanto eu, depois da noite turbulenta. Piscou algumas vezes antes de notar que eu estava realmente ali.

— Srta. Westwood? Ora, mas para que precisaria da sala de poções?

— Estou tendo problemas com sono. Se me permitir, pretendo fazer um potente licor do sono. Posso utilizar os ingredientes da horta universal, não vai lhe custar nada.

— Ora, ora... - repetiu ele, levantando-se com dificuldade. - Não se dê ao trabalho. Posso lhe dar um excelente, deixe-me ver onde está...

Horace foi se arrastando até o armário mais adiante, abrindo-o magicamente. Vários frascos de diferentes cores tilintavam enquanto procurava especificamente por um, encorpado e vibrante.

— Aqui está. - entregou-me em seguida, batendo e sua barriga com orgulho. - Esta é uma poção do sono que poucos conseguem fabricar, Srta.

— Imagino que o Senhor tenha se dedicado muito para atingir tal nível de perfeição, professor, obrigada.

— Ora, disponha, mas não diria tanto. Esse foi Tom Riddle que fez.

Sorri. Era exatamente o que eu precisava para extrair dele algumas informações.

— Tom vem sempre aqui?

— Ah, claro, quando há intervalos na monitoria sempre lhe ofereço um chá. - Slughorn voltou a se sentar, jogando o corpo de uma só vez na poltrona aveludada. - Um rapaz como nenhum outro! E também, a Srta. Sabia desde o início que vocês dois se dariam muito bem.

— Tom é realmente esforçado. Gostaria de saber como ele consegue.

— Um talento natural para a mágica, digamos, mas sou suspeito para lhe dizer que também colaboro com essa facilidade. - riu ele, gabando-se. - Ah! Há muito tempo esperamos por um aluno tão distinto quanto Tom.

— Imagino que não seja apenas em poções que o Sr. possa lhe ser útil, afinal, é um mestre como poucos são.

— Lisonjeia-me, Srta. Westwood! De fato, tens razão. Sou muito bom em diversas artes, contudo, poções é meu maior triunfo. - ele riu, balançando-se na poltrona. -  Espero que a poção tenha o efeito esperado.

— Eu gostaria de perguntar mais uma coisa.

— Diga, minha cara. O que é?

Antes que terminasse minha intervenção, Tom surgiu na sala com suas vestes de monitor impecáveis e um sorriso sutil no rosto, que se transformou em dúvida quando me viu ali. Porém, uma rápida análise entre mim, Slughorn e o frasco já lhe dera todas as informações que precisava para acalmar seu espírito alerta.

— Estávamos falando de você, e da sua impecável poção do sono, Tom! – Slughorn o cumprimentou, batendo no braço do alto rapaz. – Valery não anda dormindo bem? Pode fazer mais se for necessário, minha cara, mas aviso de antemão que é possível tornar-se dependente se uso continuado.

— Eu ia perguntar exatamente isso! – mudei de assunto, assumindo uma postura confortável entre os dois. – Pedi ao mestre Slug a gentileza de me ceder um espaço de fabricação, mas veja, parece que já estava ao meu dispor.

Tom sorriu.

— Foi um exercício. – disse seriamente. – Obrigado, professor.

— Oras, é sempre um prazer! – o tom de voz de Horace assumia um timbre agudo quando falava com Tom. Admiração, orgulho, e um pouco de afeto cabiam-lhe à fala. Tudo o que fazia para se referir a Riddle possuía um gosto tão brilhante quanto a poção que eu levava.

Saímos juntos da sala rumo ao Salão Comum, era hora do almoço. O cansaço aparente da noite caindo-me como um dilúvio e, obviamente, não passando desapercebido pelo meu então namorado. Tom caminhou silenciosamente ao meu lado até o acesso principal, onde vários alunos se reuniam para ler O profeta Diário. Com certeza Grindewald era a estampa da primeira página.

— Você está bem? – disse finalmente. – Não dormiu essa noite?

 - Enfrentei um pesadelo mais profundo. – lamentei, coçando os olhos. – Já estou bem. Essa noite recupero minha energia com sua poção perfeita. – ri com o nariz, tomando-lhe a frente rumo ao salão. Tom bloqueou-me.

— Não acho que esteja bem, mesmo que não tenha mentido sobre isso.

— Ah! – exclamei aproximando-me dele. – Preocupe-se com outras coisas. Isso me acontece. Sou cheia de traumas, é natural que apareçam de vez em quando. Seus efeitos são variados, estou aprendendo a lidar com cada um.

— Se esse trauma me envolve, eu quero saber. – inferiu gravemente. – Sou muito condescendente com você, não vejo razão para me gritar meu nome no meio de um pesadelo profundo.

— Entendi. – cheguei mais próximo, quase me colando ao corpo dele para falar baixo. – Alguma das meninas veio falar com você, por isso estava me procurando. Sabia que eu encontraria em Slughorn uma solução, não é? Uma poção eficiente.

— Na verdade foi intuitivo. Pensei que resolveria sozinha, mas não tem recursos pra isso. Se não encontrasse você lá, ou em Hogsmead, tentaria acha-la em Londres.

— Você me conhece. – sorri. – Preocupe-se com outras coisas, Tom. – repeti, beijando-o ali mesmo por mais que as regras de etiqueta e comportamento da época me condenassem, e ele sendo monitor, pudesse me empurrar subitamente e não ficaria nem magoada. Porém, ele me beijou de volta, rapidamente, mas tranquilo. Estava deliciosamente quente.

— O que foi isso?

— No meu pesadelo, eu via um cenário horrendo. Na correria, entre gritos e mortes, havia você. Eu o chamava para tirá-lo dali, mas você saiu por conta própria.

— E você? – questionou-me, tomando minha mão para adentrarmos juntos o refeitório. – O que houve com você?

— Eu morri, Tom, é claro.

Minha revelação o deixara impaciente, contudo, não entendi o motivo. Também não havia me delatado quem seria a amiga – fiel e preocupada – que tinha lhe endereçado tamanho transtorno. Imaginei que fosse Dorea, por sua tez franzida no dia amanhecido, ou Aurora, quem sabe? O pesadelo jazia no passado. Comi as maravilhosas batatas coradas com coxas de frango degustando mais uma vez da imensa fartura que era o banquete. Tom, sobretudo calado e reflexivo, não tirava os olhos de mim. Abraxas conversava sobre algum assunto paralelo e muitas vezes o chamara, porém, ele lhe endereçava a palavra, mas não o olhar. Comecei a desconfiar que me achava doente.

— Grindelwald venceu em Paris! – alguém da Lufa-Lufa gritou, recebendo o correio vespertino com antecedência. Aquela notícia perturbaria nossos dias por algum tempo.

— Ele virá a Londres em breve. – outro muxoxo, agora angustiado. – Quem sabe não planeja de fato uma invasão?

Alguns outros alunos corriam para seus quartos de modo a escreverem o quanto antes aos pais. Aqueles que, assim como eu e Tom Riddle, não tinham recursos para tomar qualquer providência que os favorecesse diante da preocupação latente de uma invasão à escola – coisa que jamais aconteceria segundo meu tempo – largavam seus talheres e fitavam o nada ou, ainda, continuavam a comer com normalidade.

— Essa bomba vai estourar na gente e o cheiro não vai ser bom. – Abraxas não se deu o trabalho de largar os talheres, tampouco comunicar algo aos pais. – Que inferno! Não basta estarem enterrando as cidades com seus mísseis inúteis, agora o Ministério da Magia corre grande risco de estar servindo a esse lunático que acha que é grande coisa.

— Sua opinião me surpreende, Malfoy. – comentei a queima roupa.

— O quê? Não é a minha opinião, Valery. Queríamos um líder melhor. Ele é louco.

— Não é como se precisássemos pensar muito sobre isso. – refletiu Dolohov, impassivo. – Independente de quem vencer, estamos intactos. Nossas famílias garantem essa proteção. Só vamos esperar pra ver. Que se exploda. Eu não ficarei pra limpar a sujeira.

Assim como os outros membros do grupo Sonserino, Dolohov contava com a influência da antiga e poderosa família eslava para garantir todo conforto e cuidado que lhe coubesse, assim como a proteção mencionada, indiferente ao aspecto exterior. A opinião adversa de Malfoy chamou-me a atenção novamente, contudo, após a afirmação convicta do colega, o mesmo foi silenciado bruscamente.

Abraxas em muito diferenciava-se da família Malfoy que eu conheci.

Percebi que as meninas, minhas colegas de quarto e amigas de convívio, não se manifestavam. Dorea estava junto de Charlus na mesa da Grifinória, e Aurora folheava um livro de quadrinhos bruxo enquanto a sopa ao seu lado, quase intocada, esfriava.  O olhar de Margot era distante, mas a mesma não abrira a boca.

— Tom, você pode me acompanhar um momento? – Grisha acercou-se, puxando-o pela manga das vestes. – É urgente.

— Precisa de algo especificamente, Srta. MacLaggen?

A menina loura estranhou tal cordialidade. 

— Wiglaf está chamando nós todos. – o menino branquinho e bonito, Lazarus Smith, cobria as costas de Grisha e gaguejou um pouco em sua fala. Todos nós. Os quatro herdeiros.

Tom ergueu-se num átimo e foi a frente dos dois mais jovens, deixando um espaço mais largo entre seus passos e os de Grisha, que queria acompanha-lo. Eu estava curiosa sobre o debate que seria feito entre os quatro membros com suas divergentes opiniões e me reprimi, severamente, ao questionar a inteligência de caráter e emocional dos outros dois jovens que, mesmo em suas heranças mágicas poderosas, pareciam cervos abatidos.

Grisha principalmente.

Não demorei nem uma hora para saber tudo o que precisava da moça em uma simples pesquisa na biblioteca. Família rica, herdeira única, uma filha muito querida e com certeza amada. Criada para ser livre, nunca fora reprimida em suas escolhas, afinal, uma moça dos anos 40 jamais seria estrategista do time de Quadribol se não provasse seu valor. E ela tinha valor, e muito. Uma influência direta de pelo menos 2 casas mágicas tradicionais da Inglaterra e da Escócia. Bonita, inteligente, gentil. Colega de muitos, amiga de poucos.

E o principal...

— Grisha é uma brisa fresca num dia de calor. – disse Aurora um dia, docemente. – Ela pode ser percebida apenas sob o sol. Quando o clima esfria, ela deixa de ser importante. Mistura-se, perde a essência. Poderia odiá-la se fosse uma Grifa arrogante, entretanto, ela não existe.

Margot riu. – Um verdadeiro desperdício!

Ambas viam em Grisha um potencial extraordinário que seria bem-vindo caso a mesma pertencesse à Sonserina. Sendo da Casa paralela, a menina não brilhava da maneira como deveria, pois o excesso de liberdade desprovia-lhe disciplina.

Ao saber de seu envolvimento como herdeira de Gryffindor, compreendi que talvez a cautela fosse o principal elemento que compunha tal comportamento inferior. De certo modo, Tom também assumira esse papel.

E passando desapercebida, ela não existia.

— Abraxas, quero que me faça um favor pessoal.

— Claro, como posso ajuda-la?

— Quão poderoso é o seu charme?

Ele sorriu.

— Vejo que não é um favor trivial, pois.

— Preciso que convença uma pessoa a ir embora de Hogwarts. O quanto antes, melhor. Não importa o motivo, ela precisa ir.

— Isso? É muito fácil. Quem devo partir o coração?

Respirei profundamente, encarando-o derrotada.

— Myrtle Warren.


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Notas finais do capítulo

Finalmente uma movimentação!



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