Shiver escrita por Artemis Stark


Capítulo 2
Capítulo 2




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Capítulo 02

 

Draco esperava ansioso pela coruja dela. Blaise o ajudava a pesquisar livros fora de publicação, editoras antigas,... Hermione sempre conseguia uma edição perdida, uma cópia, novas publicações. Haviam marcado uma nova reunião para o dia seguinte. Estava imerso no livro de poções que ela conseguira meses antes. Já tinha tirado sua gravata, devido ao calor que desprendia do caldeirão a sua frente. Aquele era o passo que sempre errava na poção e não compreendia o porquê. Dobrou a manga da camisa. Ouviu a porta abrir e virou-se, irritado.

— Sabe que eu não gos- interrompeu-se – Granger?

— Malfoy. Desculpe aparecer sem avisar. – Hermione admirou a imagem de Draco. O cabelo jogado para trás, o rosto levemente corado pelo calor que fazia no ambiente. 

— Entre. – Assim que a porta se fechou, ele disse – Você pode aparecer aqui sempre que quiser, Granger. – Eles se olharam. Draco sabia que era arriscado, mas estava na hora de tentar uma aproximação mais direta.

— Surgiu um imprevisto e não poderei vir amanhã. Aqui está o livro que pediu. – Ela entregou o pesado objeto para ele. Virou-se para sair, mas sentiu a mão dele em seu braço. Pele com pele, diferente da outra vez que usava uma blusa de manga longa. Olhou novamente para os dedos dele e depois para os olhos.

— Você poderia me ajudar no preparo dessa poção? Sempre erro nesse mesmo ponto e não sei o que é. – A mão dele ainda no braço dela. Draco sentiu seu coração acelerar. Puxou-a delicadamente até o caldeirão. Hermione desfez o contato. 

— O que está preparando? – Ela foi até o livro e começou a ler rapidamente.

— O uso da ararambóia. Estou picando como está descrito aqui... – Ele parou próximo dela.

— Aqui está realmente abafado. – Ela falou, sem tirar os olhos do livro. Fez um coque rápido. Draco observou os cachos que ficaram soltos, colados na nuca. O perfume dela era uma constante tentação. - Há quanto tempo está fervendo?

— Cinco minutos. – O loiro respondeu depois de consultar o relógio. – Precisa ficar mais cinco minutos antes de colocar a ararambóia picada. A poção fica pronta, mas está sendo pouco efetiva para casos de febre. A temperatura demora muito para baixar.

— Aqui fala que o efeito deveria ser rápido... – Hermione sentiu um leve desequilíbrio. Apoiou na mesa, esperando que Malfoy não tivesse notado. – Você tem mais ararambóia? E se ao invés de picar, você espremê-la?

— Espremer? – Draco perguntou curioso. – Nunca tentei... Você está bem, Granger?

— Sim. – Ela mentiu. – Vamos tentar espremendo... Snape falou algo sobre isso uma vez. – Sentiu novamente o chão sumir de seus pés. Draco estava de costas, pegando a ararambóia. Hermione voltou-se a apoiar na mesa. Provavelmente o calor extremo e a falta de alimentação estavam afetando-a.

— Granger? – Draco perguntou, preocupado. Hermione não notou que tinha fechado os olhos. Abriu-os e sua visão estava sem foco.

— Malfoy... Preciso ir ao Saint… - A frase ficou incompleta.

— Granger! – Draco correu até ela, aparando sua queda. Com um floreio da varinha apagou o fogo sob o caldeirão. Estava saindo com Hermione nos braços quando Blaise entrou. A piada morreu em seus lábios quando notou o olhar de desespero do amigo.

— Vou levá-la ao St. Mungus.

— Malfoy, temos poções curativas aqui... – Zabini disse, dando passagem para o amigo que ia em direção ao ponto de aparatação.

— A Granger pediu... Avise Potter e Weasley. Eles devem saber do que se trata. – Dizendo isso sumiu no ar. Surgiu em frente ao hospital e entrou com ela. Logo foram atendidos. Um medibruxo começou a sentir a pulsação e perguntar sobre o ocorrido. Foram interrompidos por outro medibrux.

— O que houve aqui? Hermione Granger é minha paciente. Eu cuido disso. Sou Mark Andrews – disse, empurrando a maca. – Você é um Malfoy… - Draco rolou os olhos.

— Granger desmaiou. Ela estava me ajudando no preparo de uma poção. A sala estava um pouco abafada, mas não o suficiente para que ela desmaiasse. – entraram em uma sala.

— Você ministrou alguma poção?

— Claro que não. – Falou irritado – O que está acontecendo? – O homem estava concentrada no feitiço que lançava. Foi até um gabinete de poções. Parou ao ver a porta sendo aberta.

— Esperem todos lá fora. – Ordenou. Pegou um frasco. – Saiam. Agora.

— Vamos, Ron. – Harry falou, tocando o ombro do amigo. Draco estava em dúvida, mas acabou seguindoos dois homens. – O que aconteceu? – Draco passou as duas mãos pelo rosto, nervoso.

— Eu não sei... Granger apareceu na minha sala de preparo de poções. Ela foi me entregar um livro que encomendei. Era para nos encontrarmos amanhã, mas ela falou que não poderia. – Harry notou a preocupação no outro homem e trocou um rápido olhar com o amigo – Pedi ajuda, pois não conseguia ter um bom resultado em uma poção... A sala estava abafada, perguntei se ela estava bem, respondeu que sim... – Sentiu-se culpado por não ter notado a mentira – Quando a olhei novamente vi que estava perdendo os sentidos. Consegui pegá-la antes que fosse ao chão. – Draco olhou para porta fechada e depois para Harry e Rony. – O que está acontecendo?

— Nós não podemos responder por ela, Malfoy. – Rony respondeu. A porta foi aberta e Andrews disse:

— Senhores Weasley e Potter, ela quer falar com vocês. Apenas vocês estão autorizados a entrar. – os dois homens entraram. – Não adianta me perguntar nada, senhor Malfoy.

— Que porra! – Exclamou em voz alta. Deixou o corpo cair numa cadeira. Apoiou os cotovelos na coxa e deixou a cabeça cair sobre as mãos. Depois de um tempo levantou-se e começou andar nervosamente de um lado para o outro. – Não vou ficar esperando...

Abriu a porta e quase esbarrou em Harry e Rony, que saíam. Viu que Hermione estava acordada. Recostada na cabeceira da cama.

— Estaremos aqui fora. – os amigos saíram, fechando a porta.

— Obrigada, Malfoy. – Draco colocou a mão no bolso, incerto se ficava onde estava ou se aproximava. Escolheu a segunda opção.

— Você está bem, Granger? – Hermione olhou-o rapidamente nos olhos, depois desviou. – O que houve?

— Você pensa nas coisas que aconteceram após a morte de Voldemort? Pensa naqueles meses? – Ela perguntou, voltando a olhá-lo. Draco mexeu-se no lugar, de forma desconfortável.

— Às vezes é inevitável. – Deu mais um passo em direção a ela – Pesadelos, lembranças que voltam sem que eu queira... Eu coloquei meu próprio pai em Azkaban, Granger. Eu assinei o atestado de óbito dele ao mandá-lo para lá. – Draco tirou as mãos do bolso. Mais um passo. – Aonde quer chegar?

— Quando ele me capturou… Eu estava tentando encontrar Artur e Percy Weasley. Já era tarde demais, mas eu não sabia…

— Merda, Granger… - Draco voltou a passar a mão pelo rosto – Eu achei que tinha chegado a tempo, mas não cheguei não é mesmo? - Hermione começou a mexer com a barra do lençol que cobria parte do seu corpo.

— Em parte sim... Seu pai decidiu que eu não teria uma morte rápida... Não sei o que ele me deu... Sei apenas que a cada dois meses preciso tomar algumas poções para evitar que o veneno se espalhe pelo corpo. Amanhã seria o dia de tomar,... Eu fico com a saúde mais debilitada... Enfim... – Eles se olharam nos olhos mais uma vez. Draco deu mais um passo, sentindo um peso enorme o consumindo. – Pare de me pedir livros. – Hermione falou, sentindo as lágrimas em seus olhos - Ver você é uma constante lembrança do que ele me fez.

Draco já havia sentido a cruciatus. Aquilo foi semelhante. Abriu a boca para responder, mas não sabia o que dizer. Afastou-se para ir embora, quando colocou a mão na maçaneta falou, sem se virar:

— Eu não sou como ele, Hermione.

—--

Draco entrou em sua casa, quase derrubando a porta ao abri-la com violência. Encontrou Blaise, lendo o Profeta Diário.

— O que houve com a Granger? Draco? – Blaise foi atrás do amigo, que andava até o bar – Draco? – Não percebeu que sua mão tremia. Blaise pegou a garrafa da mão do amigo e serviu o líquido âmbar.

— Por que mesmo depois de morto eu não consigo me livrar de Lucio? Da sombra dele? Das merdas que ele fez? – Blaise não sabia o que responder. Poucas vezes vira o amigo tão fora de si.

— Draco, o que houve com a Granger? – Perguntou depois que o amigo bebeu alguns goles de uísque. A respiração mais calma. Draco contou e ouviu o amigo murmurar um palavrão.

—--

Hermione voltou a trabalhar na semana seguinte. Sentia culpa pelas suas palavras, mas não podia evitar. Esperou que Malfoy não cumprisse o que ela pediu e que aparecesse pedindo algum livro inusitado. Ele não apareceu.

—--

Draco ficou algumas semanas sem encontrar Hermione. Ele parou quando a viu se aproximando. Vinha acompanhada dos amigos. Conversavam e ela sorria. Viu que o sorriso vacilou quando seus olhos se encontraram rapidamente, mas novamente Hermione não deu atenção. Viu quando o ruivo a envolveu em um abraço lateral. Draco ficou imóvel, vendo-a passar diante de si.

—--

— Não estou a fim, Blaise.

— Cara, é um novo pub! Música ao vivo... Vamos! – Draco apenas balançou a cabeça e continuou lendo alguns pergaminhos.

— Prometo que não vou apresentar nenhuma bruxa! – Ele falou, sério. – Você pode ter feito voto de castidade, mas eu não... – Draco não conseguiu segurar a risada.

— Que horas? – Perguntou, olhando para o amigo.

—--

Ignorava os olhares que mulheres lançavam para si. Em sua cabeça ainda martelava a fala de Hermione. Desde aquele dia no hospital, dedicara seus dias para descobrir qual poção seu pai a fizera tomar. Sabia que estava bem perto da resposta... Então novamente a viu e, pela primeira vez, pareceu que ela o notara antes. Estava na companhia de diversos ruivos. E Harry Potter.

O contato visual entre ambos foi quebrado pelos gêmeos que a levaram até uma mesa reservada para eles. Draco estava no balcão. Virou-se de costas, para ela encarando as diversas garrafas dispostas no bar.

— Vai falar com ela? – Blaise perguntou. De repente o homem calou-se – O que você quer, Weasley? – Ao ouvir aquele nome, Draco virou-se novamente.

— Podemos conversar, Malfoy? Do lado de fora? – Os olhos de ambos faiscavam de raiva. O loiro apenas assentiu. Pegou seu copo e acompanhou o auror. Chegaram a uma área do pub mais vazia.

— Então...

— Não sabe o quanto é difícil o que vou dizer... Mas antes preciso te perguntar uma coisa. – Os dois ficaram em silêncio. - Você não sabia sobre a poção que seu pai lançou? – Aquilo enfureceu Draco. Ele segurou a varinha entre os dedos, mas não a puxou do bolso.

— Que merda de pergunta é essa, Weasley? Claro que eu não sabia! – Bebeu um grande gole do uísque. – Tenho pesadelos com o dia que entrei naquele maldito esconderijo de comensais. O jeito que a encontrei... – Draco balançou a cabeça e olhou o vazio. – Por que esconderam isso por anos? Eu poderia ter descoberto antes a maldita poção que Lucio usou.

— Como? Você descobriu? – Aquela informação surpreendeu Rony.

— Ainda não, mas acho que estou perto. – Rony respirou fundo. Nem Gina sabia sobre o veneno que corria pelo sangue de Hermione. Ela não quis contar para ninguém. Já havia muito sofrimento pelas mortes. O tempo passou e a mulher resolveu deixar em segredo.

— Desde quando gosta dela? – A pergunta veio direta. Draco surpreendeu-se.

— Como?

— Eu e Harry notamos a forma como olha para Hermione. Desde quando?

— Isso importa, Weasley? – Draco bebeu mais um gole de uísque. – Vou encontrar a poção que Lucio a fez tomar. – Dizendo isso, o loiro virou-se para ir embora. Parou ao ouvir a voz de Rony.

— Ela também gosta de você. – Draco fechou os olhos rapidamente. Não podia ser verdade. Esvaziou o copo e voltou para o balcão. Procurou-a na mesa. Não a encontrou. Começou a andar pelo pub. Encontrou-a conversando com um bruxo qualquer. Novamente os olhares se encontraram, mas ela voltou à postura de fingir que não o via.

— Não dessa vez. – Murmurou para si. Começou a andar no meio das pessoas, indo até ela. Uma nova música começou a ser cantada. – Precisamos conversar – Falou, ignorando completamente o bruxo que estava ao lado dela.

— Acho que ela já está ocupada. – Draco apenas olhou de forma fria para o homem. Depois, encarou Hermione.

— Eu já volto... – Ela falou, indo até o loiro.

— Não espere. Granger não voltará. – Falou para o homem que o olhava atônito.

So I look in your direction
But you pay me no attention, do you?
I know you don't listen to me
'Cause you say you see straight through me, don't you?

But on and on
From the moment I wake
To the moment I sleep
I'll be there by your side
Just you try and stop me
I'll be waiting in the line
Just to see if you care

Draco andou ao lado dela. Perdendo-se momentaneamente na letra da música.

— Coldplay. – Ela disse, trazendo-o de novo para a realidade.

— O que disse?

— Coldplay é o nome da banda que canta essa música. São trouxas. – Andaram mais um pouco e pararam. Hermione esperou que ele falasse alguma coisa. Ele apenas a encarava de forma profunda. Deu um passo, aproximando-se mais dela.

— Eu mudei. Mudei por muitas razões, Granger. Você não queria que eu mudasse de lado? De pensamento?

Oh, did you want me to change?
Well I've changed for good
And I want you to know that you'll always get your way
And I wanted to say

Draco aproximou-se mais ainda. Hermione tentou recuar, mas a mão dele segurou-a pelo punho. Sentiram um arrepio percorrer seus corpos.

Don't you shiver?
You shiver
Sing it loud and clear
I'll always be waiting for you

So you know how much I need you
But you never even see me, do you?
And is this my final chance of getting you?

— Eu não sou como meu pai. Sabe quanto aquelas palavras doeram em mim, Hermione? – Ela não conseguiu sustentar o olhar dele. – Você realmente acha que sou como ele? Acha, Hermione? – A mão dele deslizou até seus dedos se entrelaçarem aos dela. Hermione voltou a olhá-lo.

— Eu me arrependi assim que falei aquelas palavras… Você era meu inimigo na escola. Você me humilhava. Humilhava meus amigos. Permitiu que comensais entrassem em Hogwarts. – Draco soltou o ar com força. Ela estava certa. Novamente. – E foi você, com todos esses defeitos que me encontrou no meu estado mais frágil. Eu estava ao lado dos corpos de Artur e Percy. Ouvia os insultos do seu pai. Aguentava as maldições até meu corpo estar fragilizado para qualquer tipo de reação... E sentia o líquido transparente que descia pela garganta. O líquido com o veneno que ainda carrego.

— Eu vou descobrir qual foi a poção, Hermione... Não sei quando esse meu sentimento por você começou... Você não notava meus olhares e eu precisava me aproximar de você de alguma forma... – Draco viu-a sorrir levemente.

— Os livros... – O polegar dele fazia um leve carinho na mão de Hermione.

— Os livros. – Ele concordou, sentindo o coração acelerar diante da proximidade de ambos, da pele dela em contato com a sua. – Uma ideia tola, eu sei, mas...

— Senti falta das nossas reuniões... – Hermione o olhava, diversos sentimentos passando pela sua cabeça, seu coração.

— Hermione... – Ele aproximou-se mais um pouco – Há tanto tempo é você... – Com a mão livre, Draco a envolveu pela cintura. Sorriu quando a viu fechar os olhos e murmurar seu nome: Draco. Fechou os seus olhos também e a beijou com a paixão que tinha escondido por anos.

But on and on
From the moment I wake
To the moment I sleep
I'll be there by your side
Just you try and stop me
I'll be waiting in the line
Just to see if you care, if you care

Yeah, I'll always be waiting for you
Yeah, I'll always be waiting for you
Yeah, I'll always be waiting for you

Mini epílogo

— Encontrei! – Draco gritou, assustando Blaise – Lucio, seu escroto de merda! Descobri a poção!

— Sério? – Blaise parou suas anotações e foi até o amigo.

— Um dos livros que pedi para Hermione... Era um livro que tinha no escritório dele. Quando Hermione falou sobre a cor, algo me veio à memória... Vou falar com Snape... Agora temos como curá-la!

—--

— Será uma noite longa... É magia das trevas e tirar isso de você será dolorido. – Andrews falou, segurando a poção escura na mão. – Aqui está a cura definitiva, senhorita Granger.

— Ficarei ao seu lado, Hermione. – Ele sorriu, cúmplice. Hermione tomou o líquido.

— Começará sentir dor e enjoo daqui umas duas horas.

E a noite pareceu lenta para Hermione. Ela vomitava a cada 15 minutos, na primeira hora. Bebia água com a ajuda de Draco. O único líquido permitido. Sentia o veneno sair por todos os poros do seu corpo.

— Draco, eu não vou conseguir... – Disse, apoiando-se no namorado.

— Claro que vai. Faltam poucas horas agora...

Hermione não acreditou quando viu os primeiros raios de sol. Sorriu, ainda enfraquecida.

— Deite-se e descanse. – Draco falou, beijando levemente os lábios dela. Andrews passou a varinha pelo corpo, murmurando feitiços. Hermione fazia força para manter-se acordada.

— Você também precisa descansar, senhor Malfoy. – Voltou-se para paciente – Saberemos mais em breve. Durma, senhorita Granger.

— Deu certo? Ela expeliu todo o veneno?

— Só terei certeza daqui há algumas horas quando repetirei os exames. Descanse, senhor Malfoy. Vou falar com os amigos dela.

Draco sentou-se ao lado da cama. Não conseguia descansar, não até ter certeza que não havia mais nenhum rastro de veneno no corpo dela.

—--

— Então... – O loiro perguntou, angustiado. Harry, Ron e Gina também estavam no quarto. Andrews sorriu e todos repetiram o gesto, por antecipação.

— Sua poção deu certo, senhor Malfoy. Senhorita Granger, não há mais nenhum veneno no seu corpo. Vamos acompanhá-la semanalmente, depois vou espaçar nossas sessões... Apenas para ter certeza...

Draco abraçou Hermione e beijou-a. Depois afastou-se dando espaço para os amigos dela a abraçarem.

—--

— Bom dia, Granger. – Hermione sorriu ao ver Draco entrar em sua sala.

— Granger? – Ela indagou, meneando levemente a cabeça.

— É que eu preciso de um livro e não acho de jeito nenhum... – O loiro falou, de forma falsamente inocente. Hermione levantou-se e Draco foi até ela, beijando-a.

— Agora não precisa mais desses artifícios para me ver... – Hermione disse, próxima aos lábios dele.

— Verdade... Porém é uma boa lembrança. – Beijou-a novamente, segurando-a pela nuca. – Pensei em diversos momentos, lugares,... E pensei: por que não aqui?

— Draco, do que você está falando?

— Quer se casar comigo? – Ele perguntou, sorrindo. Depois riu sonoramente, ao ver que ela realmente não esperava um pedido daquele. Tirou uma caixa do bolso e entregou para ela. – Eu te amo...

— Draco... – Ela sorriu. Abriu a caixa e viu uma delicada aliança. – Voltou a beijá-lo e murmurou um baixo “sim”. Draco aprendeu que ele importava para ela. E mesmo já tendo se beijado e se amado diversas vezes, ambos sentiam um leve arrepio percorrer o corpo sempre que suas peles se tocavam.

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Notas finais do capítulo

N.B.: Ahhhhhh que delicadeza para nossa querida Tonks! Parabéns, querida! Maris

N.A.: Tonks (Stef) fez aniversário... Resolvi presenteá-la com essa fic. Ela me sugeriu três músicas do Coldplay e acabei escolhendo “Shiver”. Espero de coração que goste e que essa seja a primeira de muitas fics que receba! Bjs, Ártemis



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