The Way Back Home escrita por isnotme


Capítulo 5
The turnaround


Notas iniciais do capítulo

Hello!

Antes de tudo, quero agradecer a Rafaella Cintra, Maria Vicente Carvalho e Micheliyacamim pelos comentários! Me incentivaram a postar mais rápido :)

Temos um salto temporal de 4 meses e vamos parar direto no Natal.
Um acontecimento uns dias depois do feriado de fim de ano vai reaproximar esses dois!

Espero que gostem ♥



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/761369/chapter/5

Point Place 

25 de dezembro de 1983 

Tarde  

 

Era tarde de Natal quando o telefone tocou na casa dos Forman. Hyde não prestou muita atenção em como a Sra Forman havia ficado animada, com sua risada mais aguda e os pequenos pulinhos. No entanto, ele ficou completamente atento quando Kitty chamou Donna na cozinha, dizendo que Jackie estava no telefone.  

Ele tentou se manter zen e continuou sentando na poltrona de Red. Mas quando todos ouviram a voz de Donna ficar mais alta tamanha a excitação, o homem sentiu um reboliço no estômago.  

—Donna. - Eric a chamou quando ela voltou para sala. - O que aconteceu? 

A ruiva sorriu para o marido e olhou ao redor do ambiente com entusiasmo, e como se tivesse acabado de perceber algo, o sorriso dela murchou e ela olhou para Hyde com os olhos cheios de algo como pena. 

—Jackie vai se casar. - Ela disse. E Hyde permaneceu estático na poltrona, sentindo o mundo abrir sob seus pés.  

Era isso. 

 

** 

 

Chicago 

24 de dezembro de 1983 

Noite  

 

Era um restaurante bonito e estava bastante cheio, embora fosse véspera de Natal. Jackie tinha essa sensação esquisita de que a noite era importante. Mas talvez era por ser Natal e o primeiro que ela passava sem sentir-se uma intrusa na casa da mãe de Brooke.  

Seu namorado estava arrumado, vestido com um terno elegante, e tinha um brilho no olhar. Talvez fosse a magia do Natal que ela tanto adorava. Eles conversaram e riram durante todo o jantar e Jackie estava tão feliz. Aquilo era o máximo de felicidade que ela poderia sentir. Como se estivesse vivendo em sonho maluco.  

—Jackie, eu preciso te contar algo. - De repente o rosto de Andrew assumiu um tom sério. 

—... Certo.  

—Você sabe aquele canal de Detroit que eu estava te falando? - Ele começou, com um sorriso pequeno no rosto. 

—Sim. - Seu corpo vibrou. Aquilo era bom ou ruim? 

—Eles viram meu programa e me fizeram uma oferta! 

—Andy! Isso é ótimo! - Ela sorriu, ainda ser saber ao certo se aquilo era bom ou ruim.  

—Eu espero que você não fique braba com essa parte... 

—Que parte? 

—Eu disse a eles que aceitaria... com uma condição. 

—Condição?  

—Eu mostrei o seu programa e disse a eles que você era minha noiva e que eu só poderia aceitar se você tivesse uma oportunidade também.  

—Noiv... O quê? - Ela estava zonza.  

—Jackie, eles amaram você!  

—Andrew, o que..? Eu não entendo. 

—Jackie. - Ele segurou sua mão sobre a mesa e a fez olhar para ele. - Você vem comigo para Detroit e... - Andrew suspirou e tirou uma caixinha do seu bolso. - Casa comigo, linda? 

—Oh meu Deus! - Ela levou as mãos ao rosto em completa surpresa. O anel era lindíssimo, uma pequena pedra de diamante brilhava entre alguns cristais menores. Ela perdeu o folego por um momento.   

—Casa?  

Jackie olhou para o homem a sua frente. Era isso. Era sua vida acontecendo bem diante dos seus olhos e por um breve momento ela se sentiu à parte daquilo, como uma telespectadora. Alguém em um sonho. 

Não era um tanto cedo demais? 

—Sim! - respondeu, mandando aquela estranha comichão pro inferno.  

—Sim? - O moreno quis confirmar e ela apenas assentiu.  

Ele levantou para beijá-la e ela fechou os olhos ao sentir os lábios do noivo. As palavras flutuavam desconexas em sua mente. Piscando em luzes neon no fundo mais escuro do seu cérebro.  

Detroit.  

O quão distante? 

Casamento. 

Andrew Haywood 

 

Steven Hyde

 

 ** 

 

Chicago 

10 de janeiro de 1894 

Manhã  

  

O telefone tocou na pequena mesa de Jackie. Ela já estava oficialmente desligada de seu programa no canal, mas ainda tinha algumas pendências pra resolver antes de deixar a cidade. Quando ela atendeu o aparelho de maneira automática, ela não esperava ouvir aquela voz tão característica.  

—Fez? 

—Jackie, você precisa vir pra casa. – e então ela soube que algo não estava bem.  

—O que aconteceu?  

—Red teve um infarto e... Você precisa vir.  

—Ok, ok, estou indo. – seu coração pulava rápido demais. – Estou indo o mais rápido possível.  

 

** 

Point Place  

Noite  

 

Era bem sério. Red estava em um tipo de coma induzido enquanto os médicos tentavam estabilizá-lo depois da cirurgia no coração. Jackie estava sentada ao lado de Eric na sala se espera faziam umas duas horas. Kitty, quem o tinha encontrado desacordado na garagem naquela manhã e feito a massagem cardíaca até o socorro chegar, tinha tido um colapso nervoso e estava medicada agora, descansando em uma cama cedida pelo hospital no qual ela tinha trabalhado tantos anos. Eric aparentava estar calmo, mas a mulher sabia que ele estava tentando ao máximo segurar as pontas.  

—Desculpe Eric, mas eu não consegui encontrá-la. – Donna reapareceu, depois de falhar em sua missão de localizar Laurie. – Mas eu deixei recado com uma garota que dizia conhecer ela.  

—Tudo bem – Eric deu de ombros. – Ela vai dar um jeito de aparecer.  

Donna sentou – se ao lado do marido e esfregou suas costas, depois se dirigiu a Jackie.  

— Onde está Andrew? – Oh Deus.  

— Hum, Andrew não pode vir. Ele estava muito ocupado com a história da mudança. – Jackie se sentiu mal no segundo em que ouviu as palavras em voz alta.  

— Oh! Bem, isso é bom.  

— Sim, eu suponho.  

A morena estava cansada, depois de dirigir por mais de três horas, mas ela acabou ficando com Fez para que Eric e Donna pudessem ir em casa e descansar um pouco. A noite caiu rapidamente e passava da meia noite quando Steven apareceu no hospital. Muito quieto e bastante perturbado, ele mal tinha os visto ali. Algo em sua mente tinha apitado no momento em que o viu e não tinha parado de incomodá-la até agora.  

Quando Eric e Donna retornaram já era mais de duas da manhã, Jackie quis perguntar por Steven, mas por mais que ela estivesse preocupada, ela achou que não fosse conveniente abordar o casal com aquilo.  

— Onde você vai ficar? – Donna lhe perguntou.  

— Eu vou direto para o hotel. – Ela respondeu de forma simples.  

— Não precisa disso, Jackie. – Eric se manifestou. – Você fica lá em casa.  

— Oh, obrigada, mas realmente- 

— Por favor. – Ele a cortou. – É sua casa também e você pode ficar no quarto de Laurie.  

— Tudo bem, então. – A morena concordou, não querendo causar nenhum tipo de problema.  

Jackie dirigiu direto para a casa dos Forman e quando chegou ela viu o El Camino estacionado na entrada da garagem. Ela engoliu o bolo em sua garganta. A casa estava completamente escura e ela acendeu a luz da cozinha ao entrar. Será que ele estava dormindo? Era pouco provável, Steven parecia bem perturbado. Ela achou melhor dar uma verificada no porão. Talvez ele precisasse de algo.  

Ela desceu as escadas em silêncio e na penumbra. Ao chegar no pé da escada, ela o viu sentado no sofá. Ele tinha a cabeça escorada nas mãos, o corpo inclinado para frente e respirava pesadamente. Ele não estava bem, definitivamente.  

— Steven? – Ela chamou com a voz mais suave que pode.  

O homem apenas torceu uma pouco a cabeça para vê-la e depois retornou a colocar sobre as mãos, com um grande suspiro. Jackie ficou de pé ali por mais um tempo, sem saber muito bem o que fazer. Talvez ela devesse deixá-lo sozinho. 

—Você precisa de algo? – Sussurrou.  

Mas Steven não respondeu.  

Então ela se movimentou e sentou ao lado dele no sofá velho, torcendo os dedos de maneira nervosa. Ela pensou em tocá-lo, mas desistiu. 

—É minha culpa. - Ele disse, com a voz soando abafada.  

—Steven, não... - Ela se ouviu dizer em um tom suave. 

—Eu deveria estar aqui. Eu sabia que Eric não iria mais voltar, ou Laurie, eu devia ter ficado. - Ele se levantou repentinamente. - Eu teria visto a tempo e teria o levado para o hospital e a Sra. Forman... 

Então ele parou de se mexer pra lá e pra cá e ficou muito parado, olhando-a com olhos assustados. Jackie se pôs de pé, seu corpo inteiro vibrando.  

—Eu não consigo respirar! - Exclamou, perdendo completamente a cor do rosto.  

—Steven, olhe pra mim. - Sua voz soou mais firme. - Respire! 

—Não consigo.  

Jackie deu os dois passos que os separavam e tomou o rosto dele suavemente entre suas mãos, sentindo a barba crescida dele contra suas palmas. O homem a olhou nos olhos, ainda tremendamente agitado. 

—Respire. - Disse baixo, olhos nos olhos. - Estou aqui e já está passando. Apenas respire.  

Como se suas mãos e olhos e voz operassem mágica, Steven foi lentamente se acalmando.  

—Assim, ok, você está conseguindo, baby. - Ela continuou. - Continue olhando pra mim.  

Então ele ficou estável, respirando o mais normal possível. Jackie ainda o mantinha entre suas mãos e ela foi tomada pela lembrança de um momento muito parecido, anos atrás em Milwaukee. De volta àquele momento, esta era a hora em que ele deveria beijá-la.  

Ela se percebeu prendendo a própria respiração, subitamente consciente do quão perto eles estavam e sentindo a esmagadora sensação de estar sob aqueles tumultuados olhos azuis. Talvez ele quisesse beijá-la. Talvez ela devesse beijá-lo.  

—Eu acho que vou vomitar. - Ele disse muito rápido, antes de correr para o banheiro. 

—Oh! Eew, Steven! 


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Então?

Na série, vimos algumas vezes em que o Hyde se sentiu bem ansioso. Como quando ele foi conhecer o W.B no escritório dele ou na feira de empregos... Quis trazer isso como uma crise de ansiedade moderada.

Espero vcs nos comentários :)



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "The Way Back Home" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.