POV Alice

Benito aparece com seu visual de amante latino convencido. E fiquei mais confusa, será que tudo que me assombrava resolveu fazer uma visita?

– Como ? Quando e o mais importante porquê? - digo ríspida agitando minhas mãos devido o fato de sua aparição repentina e inesperada. Ele se senta tranquilamente.

– Calma uma pergunta de cada vez, como? ... A suas próprias lembranças incluindo seu endereço e trabalho atual, e por coincidência, falo sério - ele sorri- te encontrei aqui.

– Quando? - arqueei a sobrancelha.

– Uma semana depois que soube por minhas fontes que você retornou- ele pisca para mim e parece que vou vomitar.

– Porque?... Resolvi voltar para meu país onde nasci, não vejo problema nisso e sou empresário, posso ver algumas oportunidades aqui e também visitar um casal amigo- ele pega minha mão para beijar mais puxo de volta.

– Sei, até parece - reviro os olhos, pego minha carteira e coloco o dinheiro dentro da conta e me levanto.

– Espere chica ! - ele agarra meu braço e fica me olhando como ele olhou para Jasper aquele dia. Não! ... Ele estava vendo minhas lembranças, tentei me soltar mais ele me segurava com força.

– Me solta ou digo que você é assediador e charlatão! - ele afrouxa seu aperto e puxo meu braço.

– Alice isso é muito sério, me deixe te ajudar?- ele fala com a expressão chocada.

– Fique fora disso, você não pode fazer nada!- digo ferozmente.

– Como não? Você ainda não percebeu que quando quero sou bem insistente- ele da um sorriso torto.

– Claro e oque você ia ganhar com essa sua gentileza?- despejo todo o sarcasmo que posso.

– A gratidão de uma bela dama e de Jasper sempre é bom ter favores a se cobrar- ele arqueia ad sobrancelhas.

– Não ouse fala disso com o Jasper, quanto menos ele souber melhor para proteger ele- diminuo a minha voz imaginando com dor algo de ruim acontecendo a ele.

– Temos um impasse então? Mas sente-se e vamos resolver isso ou vou relatar isso ao seu marido- ele gesticula com a mão.

– Seja breve tenho que voltar para o trabalho- suspiro e me sento.

– Que tal isso? Eu não falo nada para Jasper se você me deixar te ajudar. Estou realmente preocupado com você e se não quer falar para o seu marido, alguém tem que fazer algo- ele me encara e seu olhar parece sincero e ele talvez tenha razão. Meu dom de prever as coisas não estava bom ultimamente, relaxei em praticar por estar aproveitando meu pouco tempo com Jaz e agora está tudo confuso e não consigo ver nada por simples que seja, como se eu não tivesse mais nenhum dom. Então não tinha nenhuma outra opção a não ser me agarrar a qualquer esperança de sair dessa bagunça.

– Tudo bem aceito sua ajuda, mas oque devo fazer?- suspirei ansiosa.

– Bom durante essa semana que ele te deu, vou tentar levantar informações e possíveis ações e se até lá não conseguirmos, você vai com Jacob, mas vou garantir que te rastrei e esteja te acompanhado.- ele parecia mais sério falando assim, nem parecia o idiota de alguns minutos atrás.

Estava me agarrando a esse pequeno ponto de luz instável, mas me deixava menos atordoada. Respirei fundo e fiz uma expressão mais tranquila ao entrar no escritório, para que Bella não desconfiasse de nada, oque foi difícil que essa história toda estava me afetando fisicamente e parava as vezes com minha cabeça girando, até que desmaei depois de ter me levantado para ir pegar água. Não sei dizer quanto tempo fiquei desacordada, mas quando estava recobrando a consciência senti algo em meu braço, e uma mão afagando a minha e abro minhas pálpebras que estavam pesadas devagar e vejo uma silhueta desfocada mas logo entra em foco.

– Jaz ! - sussuro.

– Que susto você nós deu fadinha linda- ele suspira aliviado e me olha com carinho.- Você desmaiou no trabalho e Bella te trouxe aqui no hospital e depois me ligou, vim logo em seguida.

– Nossa não sei oque aconteceu eu estava bem ... E de repente veio umas tonturas e quando fui pegar água ficou tudo escuro- falei meio grogue e olhando ao meu redor o quarto do hospital e o soro que estava tomando.

– Você se alimentou direito senhorita?- ele pergunta desconfiado.

– Sim... Até demais hoje- falei lembrando do pequeno banquete que comi.

– Que estranho, você deve estar estressada com trabalho então- ele me olha preocupado.- Ficou pior com a Renée lá?

– Sim deve ter sido- minto, na verdade era muito pior que a fúria de Renée, mas não podia fala disso para ele. A porta se abre e Edward entra.

– E aí pequena adormecida acordou - ele sorri e vem me ao meu lado e dá um beijo na minha testa. Não sei porque mais esse gesto familiar que ele sempre faxia quando me machucava ou estava doente desde pequena me fez começar a chorar.

–Ei oque foi amor? - Jaz me olha ansioso.

– Não sei... não tem motivo... do nada me deu vontade de chorar- enxugo meus olhos com a mão que estava sem soro. Edward e Jasper se olham tendo algum tipo de comunicação visual. Meu irmão começa a me examinar e fazer perguntas e Jasper parece estar ficando feliz e me olha com carinho se contendo de dizer algo.

– Bom precisamos fazer um enxame de sangue para confirma... Mas...- ele faz uma cara séria que me faz estremecer.

– Mas oque? Eu tenho algo sério?- fico agitada e tento me sentar na cama.

– Calma querida- ele me impede e me faz voltar a deitar delicadamente como se eu fosse me quebrar.

– Acho que provavelmente me vou ser titio!- ele bagunça meu cabelo e fiquei boquiaberta e tentando processar oque tinha acabado de ouvir.

– Parabéns cunhadinho, sempre achei que seria o primeiro pai da família, mas vocês foram mais rápido!- ele vai em direção a Jasper e bate no ombro dele o chacalhando, que estava meio atordoado mas com uma expressão feliz com sorriso cativante.

–E me sinto abençoado em ser - ele beija minha mão e depois meu rosto.

– Vou providenciar um teste de sangue e descobri mais rapidamente para vocês- ele pisca para nós e sai da sala.

– Grá-vi-da!- sussurro ainda perplexa olhando para Jasper que me olhava com carinho.

– Ainda não temos a confirmação mas vou te ajudar em tudo e cuidar de vocês dois com todo meu empenho, você está tensa e preocupada e ...culpada, porque?- ele estava me lendo.

– Lembra do nosso combinado Jaz?

– Sinto muito, mas não vou consegui me conter e se isso me ajudar a cuidar de você vou sim.- ele diz firme- E não tente mudar de assunto porque está se sentindo culpada?

– Nem eu sei na verdade, eu estou em choque e não sei se seria uma boa mãe, porque não planejei e também não queria nesse momento.- Jasper pareceu ficar triste.

– Eu entendo, mas ninguém por mais que planeje não sabe de fato se vai ser boa mãe, mas porque você não quer agora?

– Eu não me estabeleci na minha carreira e...

– Eu não vou deixar falta nada para vocês e vou te ajudar para que não atrapalhe sua carreira- ele pareceu ofendido.

–Não é nada contra você, mas você é contra eu aborte?- odiei dizer isso e não queria estava chocada, porém já amava a ideia de ter um filho do homem que amo , mas talvez se ele me odiar, não ia ser tão difícil eu sumir da vida dele.

– O QUE ? Não acredito que ouvi isso- suas voz subiu muitas oitavas e estava quase gritando e me encara exasperado.

– É meu corpo e podíamos conversar sobre isso- com muita dificuldade olhei duro para ele.

– Não! Nao! - ele agora quase berrava. - Não isso de jeito nenhum- seus olhos estam começando a ficar marejados e ele colocou as mãos na cabeça fechando os olhos, suspirou e me olhou a decepção que lia neles me cortavam por dentro.

– Jasper não me ...- ele me interrompe.

– Chega Alice não há oque discutir, vou exparecer um pouco aqui está sendo insuportável- ele sai pela porta a batendo com força me fazendo estremecer. Uma lágrima silenciosa cai enquanto a porta.

–Me desculpa amor- falo baixo. Coloco a mão pela primeira vez na minha barriga que tinha um possível ser da união do amor entre nós dois.- Tomara que um dia seu pai me perdoe.