Beck e Jade - Como nos conhecemos escrita por Falling Apart Evans


Capítulo 6
Trégua




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/761041/chapter/6

Beck acorda todo animado no dia seguinte, queria se adiantar com Jade, agora que ela deveria estar emocionalmente instável, parecia ser uma ótima oportunidade de se aproximar dela.

"Foi o jeito mais estranho que uma garota me fez gostar dela. Me cortando o cabelo e jogando na minha comida." - ele pensa e ri logo em seguida.

Ele estava chegando na escola quando se depara logo na entrada com Jade. Só que ela não estava sozinha, estava com Joseph. Eles estavam conversando alegremente, ela sorrindo. Ele não estava entendendo, como ela estava tão bem mesmo depois de ter sido rejeitada?

"Talvez ela não queira mostrar que estava mal por causa disso..." - pensa.

Ele passa pelos dois, sem tirar os olhos de Jade, ela nem havia notado ele ali.

― Ah, não é o seu colega de classe? - Joseph por outro lado o vê.
Beck para e olha para os dois. Jade se vira e olha para Beck.

― Ah, é. - ela se vira de volta.

― E aí. - Joseph sorri para Beck.

Beck ferve por dentro. "Se ele não quer nada com ela, por que fica tão em cima?" - pensa.

― E aí. - ele responde de má vontade e sai.

― O que deu nele? - Joseph ri olhando para Jade.

― Eu sei lá e não tô nem aí.

Joseph ri e aperta uma das bochechas de Jade, que tira sua mão com uma cara de brava.

― Bravinha. - ele ri novamente.

Beck estava em seu armário, ele pega algumas coisas e joga na mochila, outras joga no armário. Parecia irritado.

― Beck? - alguém o chama.

Ele olha para cima e vê uma garota. Não era Jade, nem Cat...

― Ah, oi. - ele se levanta ao fechar o armário e colocar a mochila em um dos ombros.

― Eu não sei se você lembra de mim, sou a Caroline, a gente fez uma peça uma vez. - ela sorri.

― Ah, claro que lembro, Carol. - ele sorri.

― Então, eu queria saber se você quer sair comigo algum dia desses. - ela estava toda sorridente.

Caroline era loira, tinha cabelos compridos que estavam feitos em uma trança, olhos verdes e seu estilo era bem menina, arrumada.

― Sabe que que é... Eu... - ele ia rejeitá-la, quando vê Jade passando indo na direção de uma máquina de refrigerante.

― Então, como eu ia dizendo... - ele continua sem tirar os olhos de Jade.

Ela tira um refrigerante e se vira, agora dava pra claramente ver Beck e Caroline juntos. Ele então coloca o braço, escorado no armário em volta da garota. - Então eu acho que vou aceitar. - ele sorri.

Jade passa e vê os dois e revira os olhos, indo na direção do seu armário.

― Ótimo. - ela entrega um papel - Me liga pra gente combinar.

― Certo. - ele vê ela saindo - Até mais.

Ele vira o olhar para Jade. Ela estava normal, não parecia irritada ou triste. Ela fecha o armário e pega seu celular, escrevendo algo enquanto toma seu refrigerante. Beck se aproxima dela, que logo percebe.

― Fala logo o que você quer. - ela diz sem olhar para ele.

― Nada, só queria saber como você está. - ele chega mais perto.

― Pode parar. - ela olha para Beck, o fitando - Você me disse muitas coisas. Mas suas atitudes mostram exatamente o contrário.

― Como assim? - ele escora no armário.

― Como assim? - ela repete sinicamente - Qual é. Você me disse muitas coisas. "Você merece estar em primeiro" - ela o imita, tirando sarro.

― Foi você que disse que queria que eu ficasse longe. - ele cruza os braços.

― Então fique. - ela sorri e sai de perto.

Beck vai atrás dela e segura seu braço.

― Me solta! - ela puxa seu braço, o livrando de Beck, aparentemente furiosa - Não vem atrás de mim, sua nova namorada vai ficar brava. - ela diz se referindo a Caroline que estava bem ali - Agora se me der licença, eu vou pra aula. - e sai pisando firme.

— 

A aula já estava quase no seu final. Haviam alguns alunos fazendo um improviso alfabético no pequeno palco da sala, eles tinham que se concentrar no que estavam fazendo e desviar das bolas que o professor Sikowitz atirava.

― Não, ela não quis o milho gigante! - um dizia.

― O que estamos discutindo ainda?

― Paralelepípedo, eles queriam um paralelepípedo.

― O que? - um disse.

― Ahá! Jenni, fora. Depois da letra P vem a letra Q e não O. Fora. Os outros continuam. - Sikowitz dizia enquanto a garota sai e volta para seu lugar até que o sinal bate - Muito bem, muito bem. Meus parabéns, gostei da criatividade, meio ponto para cada um que participou, na próxima aula vamos fazer um outro tipo se improviso. - ele diz pulando do palco - Bom almoço pra vocês. Jade, pode ficar um momento, por favor? Cat, Beck, André e Robbie.

― E eu. - Rex protesta.

― Quando ele me chama, te chama junto, Rex! - Robbie responde.

― Cala a boca! - Rex da um "tapa" no rosto de Robbie.

― Ai! Essa doeu! - ele diz passando a mão no rosto. 

― Robbie, ou você para de gracinha ou eu corto a sua língua! - Jade diz olhando fixamente para o garoto.

― Tá, foi mal. - ele fica quieto.

― Muito bem - Sikowitz continua - Eu quero que vocês façam um trabalho. Vocês precisam ensaiar essa peça aqui que eu mesmo escrevi. - Sikowitz entrega um papel para cada - E já escolhi o papel de cada um.

― Sou o Jeffrey, o marido de Christina. - Beck diz.

― Sou Gabbie, filha do casal Jeffrey e Christina. - Cat diz sorridente.

― Sou o irmão mais velho de Jeffrey. - André diz dando um tapinha no ombro de Beck.

― Sou Lucius, o juiz que vai cuidar do divórcio de Jeffrey e Christina. - Robbie diz.

Jade ainda estava com o papel em mãos, não estava processando bem.

― Eu sou Christina. Esposa de Jeffrey? - ela olha para Sikowitz. - Por que eu?

― Escuta, não precisa parecer tão ofendida só porque sua personagem é casada com o meu. - Beck diz.

― Escuta Jade, há algum tempo que eu percebi que você e Beck não tem uma boa relação. - Sikowitz começa.

― Ela não tem boa relação com ninguém. - Rex diz.

Jade vira o rosto para Rex com ódio nos olhos.

― Não tá mais aqui quem falou. - ele se defende.

― Quero que vocês se entendam de uma vez. Por isso, os dois vão ter que sair para se conhecer melhor. - Sikowitz diz.

Jade não diz nada, ela amassa o papel e enfia dentro da camisa de Sikowitz e sai apressada, andando a passos mais firmes, demonstrando sua raiva, ela sai batendo a porta.

― Acho que ela não quer o papel. - André diz rindo e vê que Beck estava um pouco triste com coma situação - Foi mal, irmão. 

― Tudo bem. - ele diz rindo.

Jade estava sentada em uma das mesas, comendo um burrito de carne, enquanto pensava na situação. Era muita falta de profissionalismo negar um trabalho por motivos pessoais.

― Ei, André. - ela o chama quando vê que passava por ali.

― Oi, e aí. - ele para ao lado da garota.

— Você tem como pedir pro Sikowitz... Eu vou pegar o papel de Christina. - ela diz não muito feliz.

― O que te fez mudar de idéia?

― Não vim aqui pra negar as coisas por não gostar do colega de cena. - ela diz sorrindo.

― Isso aí, gostei. - ele sorri de volta - Vou pegar o papel pra você.

― Obrigada. - ela diz ao vê-lo sair.

― Ei. - alguém diz aparecendo atrás da garota. Ela o olha.

― O que foi? - e volta para seu prato.

― Eu sei que você quer que eu exploda. - Beck diz ao parar ao lado de Jade que agora estava sentada.

― Não, te explodir seria fácil demais. - ela entrelaça os dedos e sorri.

― Então... Escutei você falando com o André. - ele sorri.

― E desde quando não escuta? - ela diz sarcasticamente.

― O-O que? - ele tenta disfarçar.

― Qual é, você estava ouvindo minha conversa com o Joseph. - ela ri.

― Eu? Pff... Claro que não... - ele sorri, com medo.

― Anda logo, o que você quer?

― Uma trégua. - ele a encara - Vamos ensaiar, fazer o que for preciso, vamos parar de brigar e vamos focar nessa peça.

Jade o encara pensativa. Ela pensa por uns minutos.

― Certo. - Jade estende a mão, convidando Beck para um aperto.

Ele estende a mão e os dois concordam firmes. Por um instante, Beck segura a mão de Jade.

― Já pode soltar. - ela diz séria e ele solta imediatamente.

― A gente pode ensaiar na minha ou na sua casa depois da aula se quiser. - ele sorri.

― Na sua. - ela diz decidida ao se levantar.

― Ah, quer conhecer a minha casa? - ele sorri.

Jade se vira encarando Beck. 

― Até parece que eu vou te levar ao meu inferno particular, que chamam de casa. - ela volta a andar.

― Ah, certo então... - ele sorri.

Beck tinha um plano. Ia conquistar ela, não importa o que acontecesse, ele ia.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Beck e Jade - Como nos conhecemos" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.