The Hunt escrita por Aes


Capítulo 2
Cabelos Vermelhos


Notas iniciais do capítulo

Olá, humunos e humanas.



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Ele estava entediado.

A música era alta, uma batida ritmica sem sentido, e centenas de jovens estúpidos dançavam e bebiam para todos os lados. Ninguém perecia bom o suficiente, ninguém parecia lhe oferecer um bom jogo.


Já fazia messes desde sua última presa e ele estava louco para alguma diversão. A última tinha sido divertida, mas ele sentiu que faltava algo. A vadia era burra e e não lhe deu muitos desafios, ele quase podia sentir o cheiro de seu medo e a cada decisão idiota que ela tomava lhe dava vontade de rir.


Mas ele queria uma inteligente dessa vez. Suas caçadas estavam ficando muito fáceis, sentia falta da adrenalina que sentia no início, a emoção do perigo e de ser pego já não eram tão fortes. Mas sabia que tinha que tomar cuidado: ele tinha ficando muito confiante e as coisas desandaram facilmente com a Vane. 


Estava descido a sair quando a viu.

Seus cabelos eram longos e acobreados, "será que eram naturais?", pensou, ele nunca teve uma ruiva antes. Ela era muito bonita, decidiu. A garota parecia desconfortável no vestido preto que lhe abraçava as curvas e seus olhos olhavam entediadamente em direção a um pequeno pote de amendoim no balcão.

A observou por um tempo até que a viu se levandar do banquinho que estava sentada e ir em direção ao banheiro feminino.


Ele a seguiu e parou quando estava quase à  porta, afinal seria estúpido entrar junto de tantas testemunhas. Parou em uma parede próxima e esperou.

                                    ***

Já fazia quase uma hora que a ruiva sumira atrás da porta branca, ele estava começando a ficar irritado. A garota havia caido no vaso ou o que? "Ela deve estar se escondendo do barulho" percebeu e sorriu lembrado de si mesmo e todas as vezes que fizera o mesmo na adolescência.


Ele tinha de arrumar um jeito de entrar naquele banheiro.


Ohou em volta e avistou em um canto próximo uma pequena placa sinalizadora dobrável um a seguinte escrita "NÃO ENTRE: BANHEIRO EM MANUTENÇÃO". Ele observou a porta por mais alguns segundos e quando tinha certeza que todas as mulheres haviam saido, pegou a placa amarela rapidamente e botou em frente a porta. Duas mulheres que estavam se aproximando para entrar no local lhe lançaram um olhar confuso e desconfiado.


"Desculpe, senhoritas, tivemos alguns probleminhas com a tubulação mas logo será resolvido" disse com um tom de falso profissionalismo. As mulheres assentiram e voltaram em direção a pista.
Aproveitando a deixa, entrou com pressa no banheiro femino e imediatamente, com o fechar da porta, sentio som alto que ecoava no lado de fora ser abafado.

Apreciando o silêncio, parou na entrada um instante e deixou a euforia subir por seu corpo. Começou a caminhar lentamente pelo banheiro deixando seus passos leves porém fazendo um barulho baixo a cada passada. Aquilo foi proposital, sempre fora muito dramático e adorava adicionar isso a suas caçadas, fazer delas um teatro.
Suas peças era cheias de sons ameaçadores, falas e movimentos calculados. Ele estava ali para arrepiar seu público.
Todas as portas estavam abertas menos uma ao canto, aquele deve ser o box que contém a ruiva. Parou em frente a porta dela, bem próximo para que ela pudesse ver seus sapatos lá de dentro. Quase podia sentir a tensão no ar "será que ela vai sair?" mas os segundos se passaram e nem um som venho de dentro da cabine. "Garota esperta"
Virou as costas e saiu do banheiro, tirou a placa de manutenção da porta e se dirigiu a saída.
Foi para um canto da rua no qual podia observar mas não ser observado e, pela segunda vez na noite, esperou pela ruiva. Imaginou a moça no chão, em uma poça de seu próprio sangue e medo nos olhos. "Os cabelos ficarão mais vermelhos do que nunca" pensou com bom humor.

Um tempo depois a garota saiu do clube e ficou parada em frente a porta distraidamente, provavelmente esperando um taxi ou uber. De repente focou os olhos um canto especifico no outro lado da rua, seguindo seus olhos ele encontrou um estranho homem do outro lado da rua: era alto e magro, os cabelos eram pretos e batiam no ombro e o nariz era longo, descendo em formato de gancho. Quem será que era? Anotou mentalmente para procurar sobre ele quando fosse pesquisar sobre a ruiva. Alguns instantes depois o homem de nariz de gancho virou as costa e se foi.

Virou-se pra a moça e percebeu que ela já estava entrando em um táxi, ele pegou seu celular rapidamente e tirou uma foto do carro. Enquanto o carro virava a esquina ele sorrio.

"Que os jogos comecem!"


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Notas finais do capítulo

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