Prometidos escrita por Carolina Muniz


Capítulo 41
Capítulo XXXIX


Notas iniciais do capítulo

Epaaaa q eu já chego agradecendo à DM pela liiiiiinda, maraviwanderful recomendação que ela fez da história, obrigada, obrigada ♥ ♥ adorei mesmo :D enfim, bora com um cap mara procês :)



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Meses mais tarde, Christian estava caminhando pelo corredor com Taylor em seu encalço. Um policial abriu a porta de aço, dando espaço para que ele entrasse. Grey fez um sinal para o segurança, lhe dizendo que era para que ele esperasse do lado de fora, e então entrou sozinho.

Ele esperou a porta se fechar atrás de si e se sentou na cadeira de frente para Elena.

A mulher não parecia a mesma mulher com quem passou anos de sua vida. A postura autoritária permanecia, mas todos os adereços que a fazia parecer poderosa haviam se perdidos. O cabelo loiro estava desbotado e sem vida, o rosto sem maquiagem e cuidados à fazia parecer velha, o macacão laranja deixava-a menos do que comum. Era um contraste terrível comparado ao homem elegante, com um terno caro e bem cortado, que era Christian.

Elena, que sempre pensou em Ana como alguém que não era a altura de Christian, vista agora, a loira não tinha dúvidas de que a garota estava muito melhor, mesmo sem vê-la.

Elena Lincoln estava decadente.

— Você sabe que não precisava vir me ameaçar, não é? Eu já estou presa, não vou sair por um longo tempo - disse a mulher com desdém.

— Eu não vim te ameaçar, Elena, não teria sentido depois de tudo o que você fez - Christian disse sem emoção.

— E como está a coisinha? - perguntou a loira.

— Não é da sua conta.

— E o seu filho? É um menino, não é?

Ele ignorou suas perguntas, assim como a raiva que subiu por seu sangue em lembrar do perigo Teddy havia passado por causa dela.

— Porque fez aquilo, Elena? Por que se dar tanto trabalho e ainda sabendo o que aconteceria no final?

Ele não entendia. Claro que Christian não entendia. Elena foi uma grande parte de sua vida. Ela foi quem o guiou em tudo, nas empresas, a lidar com os pais, e até com o casamento que estava cada vez próximo. Ele entendia o fato de ela ter sido por um longo tempo a única mulher em sua vida, e então de repente Ana chegou tirando seu posto. Mas ciúmes é apenas um sentimento quando as atitudes se tornam loucura.

— Se tudo tivesse dado certo, você nem se lembraria o nome dela hoje em dia - resmungou a loira.

— Você não acredita realmente nisso. Não pode ser tão burra para não ver que eu amo a Ana.

— Ama? - gritou Elena com sarcasmo. - Christian! Sabe, sou eu aqui, pode me falar. Você não ama aquela garota. Você apenas se acomodou em toda essa vidinha de casal feliz porque não teve escolha. Você não podia apenas se livrar disso, teve que ficar com ela e com toda essa bagagem de marido, de compromisso, de ser pai. Você não sabe nem mesmo amar aquela menina, tenho certeza que magoa ela o tempo todo. Você não sabe o que é ser fiel, pode não ter dormido com mais ninguém depois que ela apareceu, mas é só porque ela ainda não deu a desculpa da "dor de cabeça". Você não sabe o que é compromisso, então não sabe o que é amar.

A loira balançou a cabeça, parecendo realmente preocupada com o homem a sua frente.

— Eu só queria te livrar de tudo isso, sabe, de toda essa droga que vai se tornar a sua vida logo logo. Você não merece isso. Você não tem que passar por isso. Christian, você não é homem para cuidar de vômito de criança e mulher histérica. Sabe disso. E você iria me agradecer depois.

Christian balançou a cabeça em descrença.

— Você é louca - concluiu.

— Não, eu te amo. Eu sim amo! Não desse jeito mulherzinha. Eu te amo do mesmo jeito que eu sei que você me ama, do nosso jeito: livre, sem amarras.

Christian se levantou e caminhou até a porta. Já tinha o que precisava, tinha tirado as dúvidas que rondou sua cabeça nos últimos seis meses.

Elena era realmente louca. E não era louca por ele, era louca por ela mesma.

— Christian, Christian! - a loira tentou se levantar, mas as algemas não deixavam. - Você vai voltar, não é? Você sempre volta. Você tem que me tirar daqui. Você me ama. Não sabe viver sem mim.

Christian deu uma batida na porta e o policial do lado de fora a abriu. O Grey se virou de volta para Elena, a mulher parecia histérica, desesperada por uma resposta.

— Não, eu não te amo, Elena - declarou ele, logo ouvindo os gritos da loira atrás de si enquanto saía da sala de interrogatório.

***

Ana se concentrou em não pensar demais enquanto apenas escutava Flynn.

John Flynn era seu psicólogo, ao qual foi obrigada a ir duas vezes por semana assim que saiu do hospital, seis meses atrás, pois segundo os médicos "ela tinha um trauma a ser tratado agora".

Na verdade, tudo o que resultou suas visitas à Flynn foi poder não estar mais tão confusa sobre tudo. Flynn a fazia entender que certas coisas estava tudo bem ela sentir e outras eram preocupantes. Ana estava passando por um processo difícil após os médicos confirmarem que ela não poderia ter outro filho, pois seria fatal a si e até mesmo para o bebê.

Depois disso, Christian simplesmente a obrigou a começar com as injeções anticoncepcionais, mesmo que fosse contra a sua cultura.

Que já não era mais tão sua assim.

Em todo caso, Teddy era o suficiente. E ele sempre seria. Teddy era a alegria do mundo de Ana. Christian junto à Teddy era a sua vida colorida.

Mesmo assim, Ana não entedia muitas coisas, o que levaria tempo, e Flynn tinha uma paciência incrível que o permitia exercer bem sua profissão.

— Às vezes eu acho que sou obcecada pelo Teddy, eu não acho que seja normal o que eu sinto por ele - comentou ela.

Flynn lhe sorriu.

— É o poder do amor de uma mãe, são obcecadas por seus filhos - disse ele.

Ana realmente não entendia nada daquilo, nunca sentiu tal amor tão infinito vindo de sua mãe, nunca sentiu aquela dependência vinda dela para si. Então ela tinha medo, e não sabia explicar o porque.

— Eu sinto como se fosse morrer quando fico longe dele por algumas horinhas. Como agora. Isso é tão confuso - lamentou.

O psicólogo riu fracamente.

— Não é crime amar de uma forma que você não sabe explicar, Ana - garantiu ele.

— Como é o amor de verdade? - questionou ela.

— Tem um monte de tipos de amor. E todos eles acaba um pouco com a nossa cabeça, sabe.

Ana riu.

Ela gostava de Flynn por causa daquilo: ele era espontâneo ao extremo.

— Estou falando de amor, amor que seja bom - insistiu ela.

— Todo amor é bom, Ana. Tem algumas pessoas que não amam de forma pura, mas todo amor é bom. Não é que existe um jeito certo de amar, mas tem pessoas que amam tanto que acabam estragando as coisas, entende?

— Como a Elena? - atirou ela.

— É um exemplo claro. A Elena ama da forma dela, é um tipo de amor obsessivo que é perigoso para quem é amado e é claro, quem está ao redor.

— E você diz que não existe jeito errado de amar, sabe, ela me matou ao meu filho também.

— Amor é amor, não importa se está machucando ou não. Continua sendo amor. Se você ama demais, acaba enlouquecendo. Se você ama de menos, acaba não amando. Você ama seus pais, mas não gosta do que eles fazem, não é? Você não gosta da forma que eles te tratam, mas acha certo porque eles são seus pais. Você ama sua amiga Kate, mas às vezes ela te magoa. Você ama o seu marido, mas nem sempre ele é a melhor pessoa do mundo com você. Está vendo? O amor pode fazer a gente se machucar. Mas mesmo assim, todas essas pessoas que você ama, também te amam, sabe, mesmo te machucando às vezes. Você também machuca as pessoas que te amam, e não por isso o amor que você sente por elas diminui. Cada um reage de uma forma diferente ao amor, alguns reagem bem, outros não.

Ana guardou aquela frase e a colocou em sua vida. Flynn tinha razão: haviam vários tipo de amor. E todos eles passaram pela vida de Ana em seus dezenove anos.

Em todo caso, ela estava tendo o melhor deles agora. Seus pais estavam mais perto, mesmo que ela ainda preferisse manter distância - ainda mais quando eles tentavam colocar alguma autoridade sobre algo relacionado a Teddy. Aos poucos - bem devagar - eles chegariam lá. Também tinha os pais de Christian, que não acatavam o decreto dos pais perante à Teddy. Mas eles já são uma outra história a qual ela não queria se envolver tão cedo.

Às 17h, Sawyer levou Ana para casa, a qual Ana ainda estava perdidamente encantada, apaixonada por cada canto dela. Não era uma casa para festas, era uma casa para uma família. Havia brinquedos de Teddy espalhados pelo chão, o cercadinho montado ainda na sala, e também sapatos - dela e de Christian. Os dois tinham a mania de apenas tirá-los e deixar em qualquer lugar, e então receber os olhares irritados de Gail quando a mulher tropeçava em algum pela casa.

E Ana tirou os tênis e deixou ao lado da porta, ouvindo um resmungo de Teddy que vinha da sala.

Ao entrar no recinto, a garota viu o bebê dentro do cercadinho, tentando pegar os mobiles pendurados e resmungando quando escapavam por estarem girando, e Gail ao lado, tirando o pó que poderia estar nos móveis - que ela limpava todo bendito dia. Ana pegou o pequeno no colo - que se surpreendeu - e o apertou contra si.

Era tão difícil ficar longe dele mesmo que por pouco tempo.

— Ah, olá, sra. Grey - cumprimentou Gail, sorrindo para a patroa.

— Oi - disse Ana, logo voltando a atenção ao bebê. - Você sentiu minha falta? - questionou ao pequeno. - Eu morri de saudades! - resmungou ela, tendo o bebê apertado contra seu peito, sentindo o cheiro bom de neném em seu cabelo.

Gail saiu discretamente da sala e Ana continuava a apertar o bebê.

— Desse jeito você vai sufocar o nosso filho - a voz de Christian retumbou pela sala.

Ana se virou e deu de cara com o marido.

— Você chegou primeiro? - disparou.

O outro franziu o cenho.

— Eu estava no escritório - respondeu ele para o disparo da garota. - Agora pode me beijar?

Ela riu e se esticou na ponta dos pés para tocar os lábios nos dele.

— Acho que alguém está carente - brincou quando o mesmo a puxou novamente depois da garota se afastar.

— Você? Com certeza. Não vive um dia sem mim, parece um ímâ de tanto que gruda - ele rebateu após terminar o beijo, logo pegando Teddy que observava com curiosidade os pais.

Ana abriu a boca em indignação.

— Você me respeita, Grey - disse ela com os olhos semicerrados, fazendo Christian gargalhar. - Agora devolve meu filho, ele precisa ser alimentado - ela tentou pegar o bebê mas Christian o segurou mais, tentando beijá-la novamente. - Você não pode usar nosso filho para conseguir beijinho - reclamou ela, tentando pegar o bebê novamente. - Me dá ele, Christian - pediu mais rindo do que falando.

Ele a beijou de repente, colocando o bebê entre eles, segurando-o com apenas um braço, o outro puxando a garota para si.

— Droga, eu quero você - disse ele.

— Com o nosso filho no colo e pensando nisso? Quantos graus de errado isso tem? - brincou ela, finalmente conseguindo o bebê de volta. - Talvez mais tarde - falou, dando-lhe um selinho e logo seguindo para as escadas.

A morena aninhou o bebê em seu peito assim que se sentou na poltrona do quarto de Teddy, e sentiu a dor fisgante em seu seio. Não doía, apenas era particularmente incômodo, mas nada seria capaz de tirar a beleza daquele ato.

Era tão íntimo e incrível amamentar o próprio filho.

O processo foi rápido, o bebê era faminto, mas ainda ele deveria ter tomado uma mamadeira antes dela chegar, pois o pequeno dormiu depois dos primeiros quinze minutos.

A garota pôs o bebê dorminhoco no berço para a sua soneca, e saiu do quarto em silêncio após ligar os mobiles.

Ela entrou em seu próprio quarto e se maravilhou com Christian sem camisa, saído do banho e secando o cabelo com a toalha. A morena fechou a porta atrás de si com cuidado e abraçou o marido por trás, pegando-o de surpresa.

— Ele já dormiu? - questionou o outro.

— Uhum - resmungou ela enquanto beijava as costas dele, passando a mão por seu peitoral, descendo uma delas por sua barriga.

Christian segurou sua mão no ato.

— É bom você terminar o que está prestes a começar - disse ele, o tom sério.

Ana sorriu contra sua pele e deixou-se ser puxada para a frente dele, ficando de cara com o peito do outro.

— Pode deixar... - sussurrou ela, a expressão inocentemente maliciosa.

Christian apertou com as duas mãos a cintura da garota, fazendo-a bater com o corpo no dele, e ela pôde sentir que ele estava excitado.

Parece que o banho não resolveu muita coisa— pensou ela.

A morena desceu os dedos pelo peito do marido até o cós de sua calça.

— Eu quero você - disse contra os lábios dele, uma das mãos descendo mais um pouco, pronta para adentrar a boxe.

— Você ainda vai me matar, garota.

— Eu prometo que vai ser de prazer... Sr. Grey.

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Notas finais do capítulo

Aaaaai, caralho, acaba com nosso psicológico Ana Safadieeenha, né nom?? haha enfim, o próximo sim é o epílogo ;) até, terráquios xoxo



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