Prometidos escrita por Carolina Muniz
Notas iniciais do capítulo
Oii pessoas :D
| 38 |
Theodore Matthew Grey.
Aquele era o nome do primeiro herdeiro das empresas Grey - e também as inúmeras terras na Bulgária que seriam de Ana um dia.
Foi um auê de emoções quando Ana apresentou o bebê aos seguranças.
Era justo, afinal, Taylor e Sawyer seriam as pessoas que manteriam o pequeno Teddy seguro quando os pais não pudessem, eles fariam tão parte da vida do pequeno quanto Ana e Christian.
E a morena tinha um carinho enorme pelo próprio segurança, Sawyer, qual ela teve de passar longos minutos o convencendo de que estava sim tudo bem, de que ele fez tudo certo. E ele havia ajudado-a a trazer Teddy ao mundo.
Aquilo não tinha preço. Nunca teria.
Já era noite - Ana sabia pelo noticiário na TV - quando Christian recebeu uma mensagem no celular.
Os dois estavam na cama de Ana, a garota amamentando o bebê depois do sufoco dos primeiros minutos ao ter o pequeno sugando seu mamilo sensível. Estava sendo difícil Ana e Christian se desgrudarem, era mais difícil ainda deixar o pequeno Teddy longe de seus braços.
— O que foi? - a morena perguntou quando viu a expressão do marido.
Grey bufou.
— Meus pais estão em Nova York - suspirou ele. - E parece que os seus também, mais precisamente no hospital.
Ana arregalou os olhos.
— O que eles estão fazendo aqui? - questionou ela.
— Não sei.
A garota bufou baixinho.
Seus pais ali só traria mais confusão para sua cabeça.
Ana recostou a cabeça e fez o bebê parar de mamar, ele já havia tido o suficiente, e até dormindo já estava.
— Pode colocá-lo para arrotar, amor? - pediu ao marido.
— Claro - ele pegou o bebê com um cuidado extremo e beijou os lábios da menina antes se levantar e colocar a cabeça do bebê em seus ombros.
Ana riu fraco.
— É tão estranho ver você assim... - comentou.
— O quê?
— Sei lá é tão... Tão pai!— ela riu novamente. - Eu não conseguia ver um pingo de paternidade em você e agora eu não consigo ver você não sendo pai. Você é tão bom com ele - elogiou ela.
Ele se inclinou para ela.
— Você também é incrível com ele, gatinha - sussurrou contra seus lábios, fazendo-a rir novamente.
A garota fez questão de se esticar e beijá-lo de verdade, mas parou automaticamente quando a porta do quarto se abriu.
O casal olhou para ver quem teve a audácia e Ana reprimiu um gemido de desgosto.
— Mãe, pai - cumprimentou ela.
Seus pais entraram por completo no quarto e fora até ela.
— Ai, meu amor, como se sente? Tanta coisa aconteceu. E esse é o nosso principezinho. Ele é tão lindo - disse Carla, olhando para o bebê agora deitado nos braços de Christian. - Qual é o nome dele?
— Teddy. Quer dizer, Theodore - Ana respondeu.
— Ah - a morena viu a decepção nos olhos da mãe.
As mulheres búlgaras tinham o costume de colocar o nome do próprio pai no filho homem, como uma recompensa por ter nascido mulher, o que era um atraso para o pai.
Ana achava aquilo um insulto sem cabimento.
Se fosse há um ano, a garota não teria dúvidas em sua escolha, era o certo a se fazer, com aquele pensamento tão machista que foi imposto em sua mente. Mas ela era uma nova mulher agora, ela sabia o seu lugar no mundo, e não era atrás de um homem. Ela passou longos três meses decidindo sobre o nome de seu filho, e Theodore foi o que ela mais gostou, por seu significado, e Christian escolhera o segundo, o que coincidentemente ou não, combinava.
— Advinha, meu amor? - seu pai começou após lhe dar um beijo na testa e uma olhada no pequeno Teddy, ao menos se importando com o nome do neto. - A filha de Sir Balach está grávida e é uma menina. No mês que vem teremos um jantar de negócios para conversar sobre o casamento.
Estava aí o porque de ele não ter reclamado do nome!
Ana arregalou os olhos enquanto Christian colocava Teddy no berço ao lado da cama.
— Não! - decretou ela, para o espanto dos pais.
— O quê? - Raymond questionou.
— O meu filho vai se casar com quem ele quiser - declarou ela. - Já chega disso. Se vocês querem fazer isso, tenham outro filho e faça com que ele se case. O meu filho está fora disso, desses costumes e dessas tradições machistas e egocêntricas.
— Anastacia, do que está falando? Bateu forte com a cabeça, é isso? - sua mãe se intrometeu, claramente indignada com a atitude da garota perante ao pai e ao jantar. - Que ideia mais idiota, menina. Theodore será...
— O que ele quiser! - completou ela decidida. - Ele não vai ser corrompido por vocês ou por essas culturas horríveis.
— Ele também faz parte de nosso povo, Anastacia, não adianta negar - seu pai foi claro e autoritário.
— Não, ele não faz. Ele nasceu nos Estados Unidos, um país livre, não será obrigado à nada - Ana proclamou.
— Eu realmente não sei onde foi que errei com você. Se tivéssemos tido um menino esse tipo de coisa não teria...
— Já chega! - foi a vez de Christian interromper, calando a voz do sogro e recebendo olhares de espanto.
O Grey olhou de relance para Teddy no berço, tendo a certeza que o filho continuava dormindo tranquilamente antes de virar para os sogros.
— Ana está certa: o nosso filho vai ser o que ele quiser, vai se casar com quem ele quiser. E eu já estou bem cheio de toda essa porra dessas tradições. E eu sugiro que não fiquem insistindo, Ana não pode se estressar e a minha paciência é bem pequena. E quer saber de uma coisa? - ele se aproximou significativamente de Raymond, deixando Ana e Carla apreensivas. - Anastacia é sua filha e você deveria ficar feliz com isso. Ela é uma mulher maravilhosa e incrível, a melhor que eu já conheci. Deveria ter orgulho disso, de ser o responsável por ter colocado uma pessoa assim no mundo, e não ficar vendo defeitos onde não tem. Porque os únicos defeituosos aqui são vocês.
Ana mordeu o lábio inferior e admirou seus pais surpresos sem dizer uma única palavra.
Christian se aproximou da garota, ainda virado para os pais da mesma.
— Agora, eu vou falar uma única vez e é bom que entendam: se vocês querem continuar fazendo parte da vida da Ana e ver o seu neto crescer, é melhor mudar essas atitudes e começar a respeitar as nossas escolhas. Eu fui claro?
A decisão foi decretada e Ana sabia - com alívio - que seu filho faria parte de uma nova geração. Completamente diferente da dela.
|||
Não quer ver anúncios?
Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!
Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
Maaaaaano, segura essa! Gente, provavelmente o próximo é o epílogo #sorry