Premonição - Perigo Nos Trilhos (Reescrevendo) escrita por WILL DEZIR


Capítulo 4
Questionário...


Notas iniciais do capítulo

Não há mortes aqui, mas é um capítulo interessante, já que Helena se revela nada paciente. Boa leitura



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Passaram-se 30 minutos.

Foi difícil ter que suportar todos os olhares de espanto de todas aquelas pessoas dentro do metrô, mas Helena se manteve serena e temporariamente muda.

— Miga, fala comigo. — Halley se abaixa para conversar com Helena, que está sentada num dos bancos vazios. — Você ouviu o rádio da cabine do maquinista? Tem mesmo um caminhão tombado nos trilhos. E você tava prevendo tudo o que tava acontecendo aqui. Aliás, o que tá acontecendo com você?

Helena não diz uma palavra, continua com a cabeça entre os joelhos, praticamente imóvel.

— Ela tá bem? Christine e sua irmã perguntam simultaneamente.

— Eu acho que ela precisa de espaço. — Halley sugere. — Vamos voltar para casa e esquecer isso tudo?

— Por favor senhorita. — Diz o maquinista. — se puder retornar ao seu lugar, vamos poder prosseguir com a viagem. — Os bombeiros já estão no local e conseguiram tirar o caminhão dos trilhos.

— Eu quero sair desse metrô agora! — Helena fica meio alterada. — Não me importa que eu precise ir andando pelos trilhos, mas eu não fico aqui nem mais um minuto.

— Miga se acalma! — Halley tenta confortar sua amiga ruiva. — Você tem que manter o controle. Olha o que você fez! Você salvou centenas de vidas.

— Não interessa!!! — Ela grita. — Abra a porra dessa porta, porque eu vou sair daqui.

— Mas foi você quem chamou a gente pra essa porcaria de passeio e agora tá dando uma de louca querendo ir embora? — Nick dispara.

— Cala a boca cara! — Paul se levanta. — Não tá vendo que ela tá nervosa?!

O maquinista abre as portas do vagão da frente, então todos os amigos de Helena saem atrás dela. Logo depois é possível notar outros dois jovens saindo.

Megan ouve seu nome sendo chamado e vira-se, então se depara com Richard, que corre na direção dela.

— O que você tá fazendo aqui? — pergunta. — Quando você pegou esse trem?

— Na mesma estação que vocês. Eu queria falar com você, mas fiquei nervoso. O que tá acontecendo com a Helena?

— É uma longa história, vamos sair daqui.

E todos seguem correndo pelos trilhos, atrás de Helena.

...

No local do incidente, um guincho puxa o caminhão pela lateral e consegue, finalmente, fazer com que todas as rodas toquem o chão. O motorista, com um corte na testa, está sentado na traseira de uma ambulância, e há um jovem deitado numa maca, dentro da mesma.

— Ele bateu a cabeça e ficou inconsciente, mas não foi nada grave. — Diz um dos paramédicos. — Ele pode acordar a qualquer minuto.

— Obrigado, mas a culpa foi minha, ele me disse que havia sido assaltado na estação do metrô. Eu fiquei meio apavorado e perdi o controle do caminhão. — Confessa o motorista.

— Está tudo bem senhor. Ele não teve nenhum traumatismo. Mas a pancada foi um pouco forte e ele acabou desmaiando. Foi um acidente. Não precisa se culpar.

Um policial, que também está no local, observa uma falha nos trilhos, causada pelo caminhão e conclui que se o trem passar por ali irá descarrilar tragicamente.

— Porra! Nos temos que avisá-lo. — Ele diz apreensivo.

Então corre para sua viatura, ao pegar o rádio para avisar a polícia que o trem não poderia mais seguir, ele ouve os ruídos das rodas metálicas girando sobre os trilhos. Sem mais tempo, ele corre para longe do carro, que é atingido em cheio pelo metrô, já descarrilado. Ele se arrasta por vários metros e todos os vagões, deslizando de lado, derrubam tudo o que está pela frente, como postes e árvores. Finalmente ao chegar no precipício, ele simplesmente desaba e rola por toda a ladeira, se tornando um amontoado de sangue e ferro retorcido.

...

— Que barulho foi esse? — Paul olha para trás. — Vocês ouviram?

— Será que aconteceu alguma coisa pra lá? — Myla pergunta.

...

Mais tarde...

A polícia já estava a espera de todos na estação. Eles foram levados para a delegacia, para um interrogatório.

Todos estão na sala de espera, aguardando a chegada da delegada.

— Sou a agente Jill Perkins, e estou aqui só para esclarecer quaisquer eventuais dúvidas que eu possa ter sobre o que aconteceu.

...

— Você disse que teve uma visão, disse que um caminhão viria a cair nos trilhos e o trem o atingiria. Causando assim um acidente terrível.

Com uma timidez nada comum, Helena apenas balança a cabeça e confirma com um "sim" abafado.

— Você acionou os freios de emergência certo? E logo depois o maquinista do metrô recebeu um aviso de que devia parar o trem. Não é mesmo?

— Exatamente.

— Depois você e todos seus amigos sairam correndo pelos trilhos como um bando de loucos. — Jill dá um sorriso sarcástico. — Eu chamaria esse depoimento de ridículo, se o trem realmente não tivesse descarrilado na saída do túnel por causa da falta de atenção dos policiais, que disseram que o trem já poderia seguir viagem, pois o caminhão já havia sido retirado dos trilhos. Mas todos sabemos que dez toneladas de um caminhão com certeza abalaria a estrutura dos trilhos.

— Como é? Então foi por isso que ouvimos aquele estrondo enorme no túnel?

— Exatamente!

— Droga!! Eu não devia ter deixado aquele maldito continuar com a viagem! Eu tive a chance de salvar todas aquelas pessoas e não fiz. — Helena chora.

— Por favor Srta. Wilson. Mantenha a calma. Eu não vou te prender. — Jill fica desnorteada. — Eu vou acompanhá-la até o lado de fora. Sente-se lá e se acalme. Eu vou conversar com os outros.

...


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Notas finais do capítulo

Desculpem pelo spoiler logo nas notas iniciais, mas foi de propósito, já que virão muitos sentimentos de raiva como esse ao longo da fic. Obrigado pela leitura.



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