Faded Hearts escrita por Yukime Harukaze


Capítulo 32
Encontro com Lorde Braska


Notas iniciais do capítulo

Ola meus leitores!
Estava com problemas para escrever e arrumar esse capitulo porque para mim estava tudo estranho, então tentei corrigir o melhor possível para encaixar com o próximo.



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Há noite quando voltamos da academia, recebi uma carta do rei de Braska me convidando para visita-lo assim que possível.

Não sei quais são suas intensões, mas levando em conta o que me contam sobre ele, é possível que algo tenha chamado sua atenção e trazido curiosidade. Talvez o fato de eu ser um Noxia, pode ser o motivo que levou ele a querer me conhecer, também tem a Selene, a Sombra mais poderosa que existe, ter a aparência de uma menina de 14 anos e agir como qualquer humano.

Optei por ir visita-lo no dia seguinte e antes do sol nascer entramos na carruagem, seguindo viagem para o sudeste de Moria, assim a noite chegamos na fronteira e podemos seguir a estrada principal que leva até a capital de Braska chamada Yaska.

Junto com a Selene, Fior e o Leon, passamos os dois dias de viagem com poucas pausas, que fizemos em pequenos vilarejos, nesses locais somos recebidos de forma calorosa e muito gentil, muitos conheciam a Fior e contavam sobre o quanto ela ajudou a eles. Nunca imaginei que ela tinha feito tanta coisa nesses 5 anos, o trabalho como um caçador Sombras, rendeu a ela muitas amizades e acredito que muitos sorrisos.

Próximo a Yaska, somos abordados pela guarda real do reino que pede para informarmos o motivo da entrada na capital e apresentamos a carta escrita com o selo do rei, permitindo nossa entrada e orientando onde se encontra a mansão do lorde Braska.

É difícil descrever a beleza da cidade que é o berço da cultura de Eternia, as ruas são de paralelepípedo, as calçadas são de pedras branca e pretas formando mosaicos com desenhos de locais importantes do reino e alguns símbolos da religião Noxia, como o cedro do amanhecer e o girassol negro. Também tem postes com mais ou menos 2 metros com uma caixa de quartzo e dentro deles tem cristais de luz que iluminam a cidade ao anoitecer, as casas são feitas com pedras fortes, encontradas próximo a região de Heathcliff ou de madeira de lei da floresta Albinia, mas duvido que enfrentar os Gurus seja uma tarefa fácil, sendo que esses insetos são bem fortes e com peles resistentes a muitos metais.

Me encontro admirado com os teatros feitos de mármore com pilares de rochas escuras e esculturas de calcário. O teatro principal em comum, chamava a atenção por seu formato arredondado, também feito de mármore com e sua frente tem janelas feitas de quartzo refinado e uma gigantesca porta com madeira de mogno.

Embora esteja anoitecendo, consegui identificar alguns detalhes da famosa cidade no caminho até a frente da mansão do lorde Braska.

 

~~~~~~~~~~~~

 

Na frente da mansão, avisto nosso colega e líder da guarda de Arcadia, Jean. Ele está acenando para o condutor da carruagem com um sorriso estampado e usando óculos, iguais ao do Simon.

Paramos na frente dele, que abre a porta do veículo para nós.

−Bem-vindos, a mansão do lorde Braska.

Ele cede sua mão direita para a Fior descer e faz o mesmo com a Selene, logo após elas, Leon e eu saímos.

−Bom dia, Jean!

−Como está?

Comprimento ele como de costume, embora isso seja um padrão de comportamento para os nobres.

−Bom dia, lorde Sabrie.

−Estava no seu aguardo, desde quando lorde Braska confirmou sua vinda.

Caminhando até a porta, ele explica o motivo de estar na entrada da mansão.

−Por aqui, por favor.

−Normalmente lorde Braska, não fica em seus aposentos, ele prefere estar no teatro que ele mesmo construiu, porém depois que vocês foram descobertos, ele não sai de seu escritório.

Seguindo na frente de nós, Jean prossegue conversando comigo e procura pelo Braska em algumas das salas na parte inferior da mansão.

−Fiquei surpreso com a carta dele, nunca imaginei que ele quisesse conversar comigo.

Mesmo tendo algumas ideias do que se trata a minha visita, provavelmente envolve assuntos de origem diplomáticas ou até mesmo sobre Fogels.

−Haa... Lorde Braska parece ter se escondido em algum lugar nos jardins.

−Perdoe a demora, mas temos de continuar até os fundos da mansão.

Jean parece mais entediado do que preocupado com a falta da presença de Braska. Esse lugar é gigante, principalmente os corredores com tapetes vermelhos no chão, as paredes são de mármore com pilares de rocha vulcânica Anglar do continente do Leste, no piso temos a azulejaria tradicional em xadrez, as janelas são de aço com vidros grandes de quartzo refinado e detalhes em ouro puro, algumas delas apresentam mosaicos com vidros coloridos em azul, amarelo, verde e vermelho. O teto segue um formato arredondado com desenhos esculpidos nele, possivelmente em cerâmica, gesso ou pedra sabão. O ambiente é claro e com as janelas grandes facilita a iluminação de dia, aproveitando ao máximo a luz do sol.

Quem pensou nesse detalhe foi bem inteligente.

Seguindo através dos corredores, chegamos aos jardins por um pequeno corredor que sai no centro da construção e pela abóboda que da saída para os dois lados dos jardins, avisto um homem com cabelos pretos e longos até a metade das costas, sentado na mureta do corredor e olhando para a sua frente, perdido em seus próprios pensamentos.

−Huh! Vocês chegaram.

−Estava a sua espera, lorde Sabrie e a Sombra que você chama de Selene.

O homem pula da mureta e fica de pé diante de nós, ele está descalço com uma calça de tecido leve e mole na cor branca, uma blusa de coloração azul com faixas verticais amarelas sobre o peito, fechado por botões e uma flauta bege.

−Prazer em conhece-lo, lorde Braska.

Ele olha para mim como se eu fosse uma peça rara de muito valor, analisando cada detalhe da minha expressão como um psicólogo.

−Vocês são bem diferentes do que eu imaginei, talvez seja apenas a primeira impressão que eu tive quando os vi na sala do conselho da Arcadia.

−Me acompanhem até a sala dos fundos.

Seguimos ele além do corredor entre os jardins, um som baixo de algo caindo era possível ouvir, o cheio de terra sobe e a luz da lua começa a iluminar o lugar, dando vida a noite.

A sala em que entramos, parece um auditório como de um teatro, o fundo vermelho com duas cortinas, os bancos posicionados de frente para o palco que é levemente mais alto que o local em que estamos.

−Estou curioso para saber como vocês dois conseguiram fazer isso.

−Sair do Chaos, ilesos sem falta de memorias, sem ferimentos, traumas ou outras coisas.

Braska para repentinamente entre os bancos e começa a falar suas observações para nós com um estranho leque fechado em mãos apontado na nossa direção. Seu olhar é fixo e penetrante diante de mim, esperando uma resposta para sua curiosidade.

−Vamos, diga.

−O que motivou vocês saírem do Chaos? Ajudar a Arcadia? Perseguir as Sombras e os Graveyard? Fazer tudo isso?

−Vingança pela destruição de Aeternam? Causar um golpe? Matar o Fogels? Destruir o mundo? Ou apenas busca recuperar o que lhe foi tirado?

−Vamos, o que foi tudo isso?

Ele vem para cima de mim e da Selene afobado de curiosidade, nos enchendo de perguntas, uma mais confusa que a outra e com um ar intimidador. Minha intuição me deixa defensivo diante dele com uma expressão possivelmente irritada.

−O que você está fazendo, seu velho maluco?

−Esses 120 anos te deixaram fora de si.

−Eles são apenas crianças, como pode pensar que eles buscam fazer algo.

−Deixe-os em paz ou não me responsabilizo por mim.

Leon entra na nossa frente com tudo, impedindo dele pressionar a mim ou a Selene para lhe dizer algo que satisfaça a curiosidade.

Mamãe sempre falava que ele tinha uma mania absurda de querer pressionar as pessoas para responder suas perguntas e sua loucura pela procura de soluções e de problemas.

−Hmm... Leon Knightray, você é outra pessoa coberta de segredos.

−Demônio de sangue de 100 anos atrás, um homem que matava nas noites de Moria, suas vítimas eram nobres e ladrões.

−O que você me diz sobre essa história, hein?

Braska muda suas perguntas, provocando Leon sobre algum assassino do passado e os olhar deles um para o outro é de hostilidade com um clima tenso.

 Nunca vi Leon reagir de forma tão expressiva desde a luta contra o Cherry, então possível que isso tenha algo a ver com o passado dele, que prefere esconder para não lhe ferir.

Bang!

Bang! Bang!

−Pare de se esconder nas sombras e mostre sua verdadeira face, Lorde Braska.

Fior atingi o corpo do Braska com 3 tiros que desaparece logo ao cair no chão, sob o cheiro de pólvora e a arma apontada para a frente do palco, ela chama a atenção de quem seria o verdadeiro Lorde Braska.

−Hm! Fui descoberto mais rápido do que eu esperava.

−Era o que eu esperava da filha de Aura Alma, embora era o Hector quem deveria descobrir que aquela era apenas uma imagem de mim.

O verdadeiro Braska surge da sombra das cortinas do palco, caminhando calmamente em nossa direção como se fosse a primeira vez que nos encontrássemos, com um leque bege aberto cobrindo a boca, as roupas são as mesmas e apenas o cabelo peso em um rabo de cavalo que diferencia ele da imagem clone.

−O que você quer de nós?

Ele olha para mim ao ouvir as palavras da Fior.

−Apenas saber se Hector realmente é a criança da profecia do Chaos.

−Mas... acredito que minha resposta já foi respondida, afinal de contas.

...

Ele olha fixamente para mim, analisando cada detalhe do meu rosto.

−Uff! Lembro como se fosse ontem.

−Durante 10 anos, Lucina bateu de frente com Fogels, até ela perder tudo e a vir a falecer de forma misteriosa.

−Ela acreditava que você fosse capaz de parar Fogels com sua ideia de criar um grande império...

−Eu devo acreditar nisso também, pelo menos vou ser o único do conselho a ver as coisas dessa forma, porém há coisas mal resolvidas entre seus amigos.

Ele começa um diálogo de quando minha mãe estava viva, seus olhos refletiam algo além de um vazio profundo em sua alma, é como se ele estivesse em busca da esperança. Mas o porquê disso é o que não entendo.

−Mal resolvidas, você quer dizer contar a eles a sobre meu passado?

Leon volta a sua postura normal, diante ao Fogels, curioso e no momento calmo.

−Sim! Você disse para Lucina sobre a Vontade do Chaos e núcleo também.

−Quero entender sobre isso.

Lorde Braska se senta em um dos bancos do pequeno auditório com as pernas para o corredor central, se apoia no encosto do banco e fecha o leque em suas mãos.

−Nunca quis falar disso, mas isso pode ser importante para nós.

Leon não demonstra sinais sentimentais em suas expressões, mas suas palavras para mim tem um tom de tristeza misturado com um medo forte e obscuro.

Seja lá o que for, espero estar pronto para entender melhor.


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Notas finais do capítulo

Mantive foco no central da historia dessa vez para acelerarmos até a parte que realmente interessa, que são as decisões que o protagonista vai tomar a partir daqui.
Até o próximo capitulo.



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