Deus Salve A Todos escrita por GeminianaSensata


Capítulo 11
A Profecia


Notas iniciais do capítulo

Demorei mas tem dois capítulos aeeeee
espero que gostem, aqui dá pra ver mais da personalidade da cat



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Catarina está em seu quarto lendo, quando um vento forte entra pela janela e apaga a vela a sua frente. Ela tem um mal pressentimento. Lucíola percebendo a expressão da princesa se aproxima.

— Alteza, se sente mal?

— Não Lucíola. Eu tive um mal pressentimento, como se algo muito ruim estivesse prestes a acontecer...

Lucíola bate na madeira três vezes.

— Que não seja nada, Alteza!!!

— Lucíola, aquela mulher que diz conseguir prever o futuro, ainda está por Artena?

— Desde que seu pai a expulsou da cidade, dizem que ela vive em uma cabana depois da fronteira de Artena. – Lucíola acende novamente a vela. – Posso saber por que vossa Alteza está perguntando? Não me diga que...

— Eu quero vê-la.

— Mas vosso pai ficaria furioso. – Alerta Lucíola.

— Ele não precisa saber.... Os homens dizem não crer nesse tipo de coisa e se acham muito superiores a nós por isso, mas nós mulheres sabemos que um pouco de cautela nunca é demais. Diga a Delano que prepare a carruagem, quero partir ainda essa madrugada para que ninguém desconfie.

Lucíola consenti e se retira.

—______________

Afonso termina de beijar Amália. Os dois permanecem colados após o beijo. Ele, então, diz calmamente:

— Me perdoe. Eu não devia...

Amália se afasta e vê Thiago se aproximando com dois cavalos.

— Vossa Alteza, precisa ir, Thiago o acompanhará até a fronteira de Artena.

Afonso olha para trás e vê Thiago a sua espera. Ele olha para Amália e sente vontade de beijá-la novamente, mas se controla, então, deposita um singelo beijo em sua testa. Ele sobe em um dos cavalos e vão embora.

Amália coloca uma das mãos na árvore se apoiando, e vê de longe eles se afastarem. Tudo parece muito confuso para ela, Valentim era na verdade um príncipe e ela estava completamente apaixonada por ele.

—________________

Catarina deixa o castelo de Artena em uma carruagem. Delano o capitão do exército e mais alguns soldados de confiança fazem a escolta da princesa.

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Afonso e Thiago cavalgavam o mais rápido possível, porém, Afonso para ao sentir uma dor.

— Você está bem Alteza? – Pergunta Thiago preocupado.

— Sim, estou. Só preciso descansar um pouco. – Ele desce do cavalo e pega um pouco de água para beber. Amália havia colocado água e comida na bolsa que estava no cavalo.

Thiago permanece no cavalo olhando para os arredores.

— Nós não podemos parar por muito tempo, Alteza, tenho medo que bandidos apareçam.

— Você não precisa me chamar de Alteza toda hora. Basta me chamar de Afonso. – Ele volta ao cavalo.

— Mas não é isso que você é? Um príncipe herdeiro... Apesar de fingir muito bem ser um plebeu.

Afonso percebe nas palavras de Thiago seu desapontamento com a mentira que contou.

— Thiago, eu gostaria de lhe pedir perdão, eu não devia ter mentido. Porém, eu não sabia quem eram vocês, eu não podia me arriscar tanto.

— Nossa, não sabia que príncipes eram capazes de pedir perdão.... Mas não precisa pedir, eu entendo perfeitamente. Só há algo que eu não entendo, por que você beijou a minha irmã?

Afonso fica visivelmente sem graça com a pergunta.

— Eu não sei... Amália é uma grande mulher, eu nunca havia visto alguém como ela.

— Sim, e vou logo avisando que ela tem a mão pesada, então, Afonso, você teve muita sorte em não conhecer esse lado dela. – Ele ri e consegue arrancar alguns sorrisos de Afonso.

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Chegando na fronteira de Artena, Thiago deixa Afonso, eles se despendem. Mas a frente Afonso é surpreendido por Virgílio que o espera.

— Valentim!! Ou seria Afonso? Príncipe Afonso. – É possível ver o ódio emanar dos olhos de Virgílio.

— Você!!! O que você faz por aqui? – Afonso não tem bons pressentimentos.

Virgílio puxa sua espada enquanto diz:

— Estou aqui para corrigir o erro de Amália e Thiago. Não deixar que você volte vivo para Montemor.

Afonso puxa a espada que Thiago lhe deu para que pudesse se proteger.

— Se você sabe quem sou eu.... Por que quer me matar?

— Nada contra a vossa alteza. Digamos que faz parte de algo muito maior...

Virgílio desce de seu cavalo, Afonso também o faz. Os dois caminham em círculos estudando os passos um do outro. Virgílio é o primeiro a atacar, apesar de não estar cem por cento bem, Afonso consegue se desviar dos ataques.

— Nada mal para um futuro rei. – Provoca Virgílio.

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Catarina ordena que o cocheiro faça uma rota alternativa, afinal ninguém pode vê-la por aquelas bandas.

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Afonso se desequilibra e Virgílio se aproveita desse momento e o desarma. Ele já estava com a espada apontada no coração de Afonso, quando vê uma carruagem real escoltada por soldados se aproximando.

— Maldição.

Aproveitando a distração de Virgílio Afonso consegue se soltar e recuperar sua espada. Virgílio sabe que não tem tempo para lutar, a carruagem estava cada vez mais próxima e bastava uma palavra do príncipe e ele estaria perdido. Então, ele vai até seu cavalo e diz:

— Parece que vossa Alteza é mesmo um homem de sorte, pois, acaba de escapar da morte pela segunda vez. Mas lhe digo que não escapará na terceira.

Ele sai cavalgando o mais rápido que consegue. Afonso se sente aliviado, porém, ser visto ali, também não estava em seus objetivos. Então, ele se esconde até que a carruagem passe por ele. 

—__________________

A casa da Mandingueira fica próxima dali. A carruagem que leva Catarina para, ela desce com a ajuda de Delano. A princesa usa um capuz preto, para que ninguém a reconheça. Ela bate na porta, a mandingueira, uma mulher negra, baixa, já um pouco velha abre e diz:

— Eu estava a vossa espera, Alteza.

Catarina entra.

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O local é um tanto escuro, algumas velas acesas e muitas ninharias. O ambiente possui uma energia pesada, era a primeira vez que Catarina colocava os pés em um local como aquele.

— Se tens medo Alteza, não deveria ter vindo. – Diz a mulher ao se sentar em frente a uma fogueira.

— Eu não tenho medo. – Diz Catarina convicta.

— Então, o que a traz aqui? – A mulher faz um sinal com a mão para que a princesa se sente de frente para ela. – Seus olhos são iguais ao da sua mãe.

Catarina se senta.

— A senhora conheceu a minha mãe?

— Estive com ela uma vez.

— Eu não vim até aqui para saber dela, como a senhora já deve saber, o príncipe de Montemor morreu e por isso nosso casamento não será possível. Mas meu pai pretende fazer um novo acordo.

— Casar vossa Alteza com o outro Monferrato? Aquele que irá assumir o trono.

— Sim, eu gostaria de saber se isso irá realmente acontecer e se tudo permanecerá bem entre Artena e Montemor.

A mulher joga um tipo de sal na fogueira. As chamas aumentam ainda mais.

— Vossa Alteza, não irá casar-se com este homem. Mas ainda assim será rainha de dois reinos.

— Se não irei me casar com Rodolfo, então com quem? – Catarina está surpresa com as palavras daquela mulher.

— Com alguém que vossa Alteza amará de verdade, com todas as suas forças.

— Diga de uma vez, quem é esse homem?

— Tudo ao seu tempo princesa.

— E Artena? Como será o futuro de meu reino? – Diz ela já impaciente.

Um vento forte entra pela pequena janela, fazendo com o que o fogo da fogueira cessasse de uma vez. A mandingueira fecha seus olhos como se não quisesse ver algo. Ela parece atordoada. 

— O que foi isso? – Aquilo consegue assustar Catarina.

— Eu vi dor, sangue e muitas mortes. E somente a força de uma mulher será capaz de colocar um fim nisso.

— Do que você está falando? Isso acontecerá em Artena?

— Não somente em Artena, como em toda Cália.

— Uma guerra!!! – Diz Catarina preocupada. - Quem é essa mulher que colocará um fim nisso? – Catarina começa a perder a paciência.

— Eu não vi seu rosto. O destino não é algo fixo, ele depende de nossas ações, ele é construído pouco a pouco. A única coisa que posso dizer é que a decisão de um homem desencadeara consequências terríveis para todos.

— Chega! – Catarina pega algumas moedas em uma pequena bolsa que carrega. – Eu vi aqui atrás de respostas e tudo o que a senhora conseguiu foi me deixar ainda mais preocupada. – Ela estende as moedas a mandingueira que pega.

— Eu não tenho culpa se o que digo não é o que a princesa esperava escutar.

Catarina a olha friamente e sai da cabana.

—_______________

Afonso percebe uma cabana dentro da floresta e a carruagem parada na frente, alguns soldados estão esperando alguém que está lá dentro. Afonso desce do cavalo e se esconde atrás de uma árvore. Ele vê uma mulher sair da cabana, porém, não consegue ver seu rosto. A mulher sobe na carruagem e vai embora. Afonso resolve se aproximar da casa, um barulho vindo das árvores chama a sua atenção, ele se vira para olhar, quando retorna, lá está a mandingueira parada em sua frente.

— Você!!! – Diz ela sorrindo. – Todos acreditam que o príncipe está morto, mas ele está aqui vivo.

— Vivo e a caminho de casa. – Responde Afonso.

— Sim, espero que chegue a tempo...

— A tempo de que? Você é a Mandingueira, não é? A mulher que diz prever o futuro. Agora me diga como isso é possível? – Afonso não acreditava em tais coisas.

— Existem muitas coisas que são reais, mesmo que o homem não consiga provar. Mas não irei tomar seu tempo, o príncipe precisa voltar logo a Montemor, para ocupar o lugar que lhe pertence mesmo que seja por pouco tempo.

— O que você quer dizer com isso?

— O mal em forma de uma mulher, já atravessou seu caminho, agora é tarde demais. Ela lhe jurara amor, mas trará o ódio, ela lhe falara de paz, mas trará a discórdia, ela celebrara a vida, mas trará a morte.

— Quem é essa mulher?

— Isso só você poderá responder.

A mandingueira caminha de volta para sua cabana. Afonso pega seu cavalo e vai embora.

—____________

Catarina chega em Artena e vai direto para seus aposentos. Ela entra no quarto seguida de Lucíola.

— Como foi com a Mandingueira, alteza?

— Só fui perder meu tempo, aquela mulher fala coisa com coisa.

— Mas o que ela disse exatamente?

— Que eu não casarei com Rodolfo e sim com um homem que amarei verdadeiramente.

— Ah, então, não foi de todo ruim a conversa. – Diz Lucíola animada.

— Não. Até ela dizer que uma guerra acontecerá e que somente uma mulher será capaz de colocar um fim e que as decisões de um homem trarão consequências terríveis a todos.

— Mas quem será esse homem e essa mulher?

— Não sei... E também não me importo. Meu pai tinha razão isso é perca de tempo. Agora prepare minha cama, eu preciso descansar.

— Sim, Alteza!!!

—________________

Pela manhã finalmente Afonso chega a Montemor. Ele caminha pela cidade sem que ninguém possa reconhece-lo. Quando finalmente ele chega aos portões do castelo, ele tira o capuz, e os guardas muito surpresos rapidamente abrem os portões.

Rodolfo que acaba de vir do quarto da rainha está prestes a falar com Cássio quando vê Afonso entrar no salão principal.

— Meu deus, um fantasma!!! – Ele se esconde atrás de Cássio.

— Afonso!!! – Cássio muito surpreso e feliz vai até Afonso abraça-lo.

— Cássio meu amigo. – Afonso retribui o abraço. – E você Rodolfo não está feliz em me ver?

Rodolfo vai até o irmão com lagrimas nos olhos.

— Meu irmão!!! Isso é um milagre, você está vivo!!! – Ele abraça Afonso fortemente.

— Como isso é possível? Eu mesmo vi o corpo na floresta e seu casaco no chão. – Diz Cássio ainda incrédulo.

— Os bandidos levaram todos os meus pertences, eu fui gravemente ferido, andei pela floresta e fui amparado por boas almas que cuidaram de mim, e agora aqui estou eu. Onde está nossa vó? Eu preciso vê-la.

Rodolfo e Cássio se entre olham.

—____________

Afonso entra no quarto de sua avó que está deitada na cama. Ele se aproxima devagar e fala baixinho.

— Minha vó, sou eu, Afonso. Eu não morri, estou aqui.

Ela abre os olhos com bastante dificuldade e diz:

— Afonso meu neto!!! Não sabe o quanto agradeço a deus por essa felicidade antes de partir.

— Não diga besteiras minha vó, a senhora irá ficar bem, eu tenho tanto para lhe contar, tantas coisas que aprendi e vi nos últimos dias.

— Peço que me perdoe meu neto. Mas o pouco tempo que me resta, não posso me dar ao luxo de escutar, eu preciso lhe falar.

— O que minha vó? Sou todo ouvidos... – Diz ele se aproximando ainda mais dela.

— Peça para que todos saiam. – Diz ela com bastante dificuldade.

Afonso olha para os serviçais no quarto, todos se retiram.

— Pronto, agora a senhora já pode falar.

— Tenha cuidado com Augusto. Eu não sei qual é a real intenção dele para com Montemor. – A respiração dela fica ainda mais difícil. – Você precisa me prometer que cuidará de Montemor, acima de qualquer outra coisa.

— Sim minha vó, eu lhe prometo. – Diz Afonso enquanto lágrimas escorrem por seu rosto.

— Eu te amo, meu neto.

Crisélia falece, Afonso desesperado se agarra ao corpo de sua avó e lhe beija a testa.

—______________

Em Artena.

Amália arruma sua barraca para começar mais um dia de venda na feira. Diana se aproxima.

— Oi Amália, está tudo bem?

— Bom dia Diana, está tudo ótimo por que?

— Nada... – Ela hesita em dizer. – Achei que tinha te colocado em uma confusão ontem.

— Como assim? – Diz Amália sem entender.

— Ontem eu te vi cavalgar com um homem, achei que fosse Virgílio, quando eu disse isso para ele, ficou furioso, achei que tivesse te procurado.

— Não, ele não procurou.... Diana eu preciso sai, você pode cuidar da barraca?

— Sim, claro. Mas aonde você vai com tanta pressa?

Amália sai sem responder Diana.

—____________

Ela chega na casa de Virgílio, bate na porta, mas ele não abre.

— Virgílio, sou eu, Amália. Você está aí? Abra por favor. – Ela continua batendo até que ele abre.

— Entre, vamos, depressa.

Amália entra e vê a casa toda bagunçada. Virgílio vai até o quarto, coloca mais algumas coisas dentro de um baú.

— Virgílio o que você está fazendo? O que aconteceu?

— Eu preciso ir embora o mais rápido possível.

Ele não para de colocar as coisas dentro do baú. Amália o vira para sua direção.

— O que você fez?

— Eu fui atrás do príncipe para mata-lo.

— Você conseguiu? – Diz ela preocupada.

— Não, pode ficar tranquila, ele conseguiu escapar...

— Então, por que você precisa ir embora?

— Você não entende? A essa hora ele já chegou a Montemor, e com certeza mandará soldados para me matarem.

Amália leva uma das mãos a boca.

— E para onde você pretende ir?

— Eu irei para um lugar seguro, não se preocupe, se é que você se preocupa comigo.

— Não diga tolices....

— Eu ficarei fora até a poeira baixar, se alguém perguntar por mim, diga que fui até outra cidade buscar tecidos para a loja. E você tome cuidado, eu não confio naquele príncipe, ele pode saber de algo, fique atenta Amália.

Ela concorda com a cabeça e abraça Virgílio, apesar de sua personalidade forte, Amália tinha carinho por ele.

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Afonso está sentando no trono no salão principal, quando Cássio entra.

— Alteza, eu sinto muito. Mas tudo está pronto para vosso pronunciamento perante o povo.

Afonso está perdido em seus pensamentos, ele se sente culpado pela morte de sua avó. Ele queria ter tido mais tempo, gostaria de ter falado tantas coisas que agora não era mais possível. Ele, então, só concorda com a cabeça, precisa encontrar forças para falar com o povo de Montemor.

—_______________

No pátio do castelo se encontram o povo à espera do pronunciamento de Rodolfo.

— De todas as notícias que eu temia dar a vós, essa certamente é a mais dolorosa de todas elas, a rainha está morta. – As pessoas ficam em choque comentando umas com as outras. - Porém, quis Deus ao tirar a rainha Crisélia de nós, nos devolver o meu irmão, o príncipe Afonso está vivo.

Afonso aparece para as pessoas, todos ficam muito surpresos.

— Em primeiro lugar eu queria pedir perdão a todos vocês pelos transtornos causados pela notícia de minha morte. Eu me encontrava ferido, impossibilitado de retornar a Montemor. Volto a tempo de falar pela última vez com a minha avó. É com muita dor que hoje nos despediremos daquela que foi a maior líder que Montemor já tivera, porém ela continua vivendo em nossos corações, e nós faremos de tudo para continuar horando seu nome.

A multidão grita: - Deus salve o rei!!! Deus salve o rei!!!

Afonso se retira e Rodolfo fica vendo a todos felizes pelo retorno de Afonso, e pensa que uns dias atrás era em seu nome que aquelas mesmas pessoas gritavam.

—___________________

Com muita dor e em uma linda cerimônia acontece o funeral de Crisélia.

—____________

Alguns dias depois em Artena.

Augusto está sentando no trono resolvendo algumas questões quando Catarina se aproxima.

— Onde está o Marquês? Não tive o pra-zer de vê-lo hoje.

— Não precisa mentir, não para mim, minha filha. O marquês precisou regressar a sua cidade, voltará em breve.

Demétrio entra no salão.

— Majestade!! Alteza!! Acabam de chegar notícias de Montemor.

— Que tipo de notícias? – Pergunta Catarina.

— A rainha Crisélia faleceu.

O rei lamenta.

— Quanta desgraça em Montemor.

— Mas não é só isso Majestade. O príncipe Afonso não morreu, ele está vivo.

Catarina sente uma fraqueza atingir suas pernas, ela segura discretamente no trono de seu pai.

— Como isso é possível? – Pergunta o rei.

— Parece que houve um engano, o corpo encontrado era do bandido que roubou os pertences do príncipe. Ele se feriu e foi cuidado por plebeus que moram na floresta.

— Meu deus. Fico muito feliz e aliviado por essa novidade. Demétrio mande uma mensagem imediatamente para Montemor, dizendo que sentimos muito pela perda da princesa e que em breve iremos visita-los.

— Não seria o caso de irmos imediatamente meu pai?

— Não, tenho coisas importantes para resolver em Artena.

— Irei fazer isso, agora mesmo Majestade. Com vossa licença.

Demétrio se retira e Catarina sente um sentimento de felicidade tomar conta de seu coração.

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Catarina entra em seu quarto seguida de Lucíola.

— Ele está vivo Lucíola. Por deus, ele está vivo!!!

— Graças a deus, Alteza. Agora poderão se casar e tudo acontecerá como o planejado.

— Sim, tudo ficará bem!!! – Ela sorri feliz.

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Afonso está sentado no trono pensativo. Cássio entra.

— Mandou me chamar alteza?

— Sim Cássio, quero que você organize um novo grupo de expedição até o monte de Óbidos, precisamos saber se há realmente água naquele local.

— Sim, irei fazer isso. Com vossa licença.

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No outro dia a mensagem do rei Augusto chega a Montemor.

— Alteza, acaba de chegar essa mensagem de Artena. – Cássio entrega a Afonso a mensagem.

Afonso lê.

— É do rei Augusto, lamentando a morte de minha avó e dizendo que em breve virá a Montemor.

— Ele deve querer tratar de vosso casamento com a princesa Catarina. – Diz Cássio.

— Sim... – Afonso não parece muito animado para falar desse assunto.

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Na feira de Artena todos comentam sobre o príncipe que voltou a vida. Amália e Thiago ficam felizes de saber que tudo acabou bem. E se ninguém os tinha procurado até aquele momento significava que Afonso não havia tocado no nome deles.

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A noite Afonso está sentado no trono pensando em tudo o que aconteceu, ele lembra de Amália, das palavras dela sobre o rei Augusto, logo depois ele se lembra das palavras de sua avó também. Ele fica pensativo e apreensivo.

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Em Artena, Amália deitada em sua cama lembra de Afonso, por mais que ela lute para não pensar nele, ela não consegue, todos seus pensamentos se voltam para o homem que ela encontrou entre a vida e a morte.

—____________

Alguns dias depois o grupo de expedição volta com boas notícias.

— Alteza, trago excelentes notícias. O grupo da expedição acaba de retornar, há água, muita água no monte de Óbidos. – Os olhos de Cássio brilham ao contar as boas novas.

Afonso está de costas, com uma das mãos apoiada no trono.

— Fico muito feliz Cássio, você não poderia me trazer notícias melhores.

— E o que vossa alteza planeja fazer agora?

— Agora eu irei fazer uma viagem, peça para que arrumem tudo, partiremos ainda hoje.

— Sim e para onde iremos?

— Para Lastrilha, conversar com o rei Otávio. E depois iremos até Artena ver o rei Augusto.

— Suponho que iremos até Artena para tratar de vosso casamento com a princesa Catarina. Mas o que iremos fazer em Lastrilha? – Diz Cássio apreensivo, a ida a Lastrilha não faz nenhum sentido. 

— Quero propor uma aliança ao rei Otávio. – Afonso se vira e olha bem para Cássio. - E não haverá casamento entre Catarina e eu. 


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Notas finais do capítulo

Quase coloquei o nome do capitulo de "a primeira mancada de Afonso"



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