I Choose You escrita por beanunees


Capítulo 4
Capítulo 4




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Dylan Bones P.O.V

Me ligaram da lanchonete avisando que eu não precisaria trabalhar hoje, já que farei o turno do final de semana. Mas acordei com uma vontade enorme de comer aquele crepe de frango antes de ter que passar na secretaria para assinar os papéis do cancelamento da matéria de segunda à noite. Acho que me empolguei demais e acabei pegando mais matérias que deveria e fiquei feliz em poder cancelar pelo menos a mais chata, pois a turma estava cheia e a lista de espera era enorme.

Chego na lanchonete e o Bruce está no meu lugar no caixa e com uma cara nada satisfeita, pois ele odiava atender os clientes e preferia ficar na produção onde ele podia comer escondido.

− Bom dia, em que posso ajudar? – Ele diz com a cabeça baixa olhando para o monitor do computador.

− Primeiro olhe para os clientes e seja amigável, priminho do coração.

− Primeiro que nem cliente você é, segundo fala logo que a fila está grande.

− Manda para mim um crepe de frango com catupiry e um suco de laranja de 500ml.

− 24 dólares e 25 centavos. Vai levar ou vai comer aqui?

O sino da porta anunciou que mais alguém chegava e eu não pude evitar de notar uma cabeleira ruiva entrando e assumindo o controle da situação e me fazer parecer uma criança.

− Você é surdo ou se finge, diabo? – Bruce fala e eu saio do transe.

− Agora, eu vou comer agora.

− Dinheiro ou cartão?

− Dinheiro. – Entrego 25 dólares e ele me devolve o troco.

− Sua senha é a 76, tenha um bom dia senhor diabo e não volte mais.

− Também te amo. – Digo e vou em direção a uma mesa ao qual ela pode me enxergar e queira sentar comigo, espero que ela não peça para levar.

Eu nem queria saber o tamanho do problema que eu iria arrumar com o Bruce por querer ela, mas é inevitável, ela me atrai de uma maneira que não sei explicar. Ela é tão linda, até distraída olhando para a tela do celular.

Bruce Montgomery P.O.V

Desde que nos consideramos os mais gatos do campus, eu e meu primo sempre dividimos garotas e com a Ashley não seria diferente. Pude ver o brilho em seus olhos quando ela entrou na lanchonete e como não parou de encara-la enquanto ela estava na fila distraída para pedir o seu lanche. Mas entre todas as outras que pegamos, eu tinha a absoluta certeza que ela seria encrenca. Porque eu tinha tanta certeza? O Dylan nunca me escondeu nada e para estar escondendo o interesse nela, deve ser porque ela vai além que qualquer garota. Ah, esse semestre irá ser longo muito mais do que eu havia imaginado. Ashley pediu o que sempre pede de café da manhã e logo enxergou o meu priminho do coração sentado numa mesa vazia. Boa jogada, Dylan. Mas o jogo está apenas começando.

Pedi para que o Gus ficasse no meu lugar no caixa e eu fiquei na entrega dos pedidos, logo o da ruivinha ficou pronto e ela veio na minha direção com um sorriso estonteante. Ela era linda e deixava qualquer guria do campus no chinelo.

− Crepe de frango com bacon e um suco de guaraná de 500 ml. Faltou algo?

− Não, acho que pedi só isso.

− E o coração do atendente também, não acha? – Eu falo e ela automaticamente fica corada.

− Não lembro de ter feito esse pedido, é demais para esse caminhãozinho carregar.

− Faz duas viagens, bobinha. – Sorrio e entrego a bandeja a ela.

− Obrigada, Bruce. Você é um amorzinho.

− As ordens mocinha. Tenha um bom dia e não se atrase para a aula do senhor Potter.

− Por isso acordei bem cedinho hoje, para não correr o risco. Obrigada novamente

Ela segue em direção a mesa de Dylan que estar nervoso por cada minuto que ela passa aqui conversando comigo. Eu o encaro e dou um sorriso debochado e sim pessoal, agora o jogo começou.

 

Ashley Lundrigan P.O.V

Tive a maior sorte de encontrar o Dylan de folga da lanchonete, ele estava lindo como sempre.  E por ironia do destino, não havia nenhuma mesa vaga e tive que me sentar com ele, mas acho que isso se chama sorte

− Posso me sentar aqui enquanto nenhuma mesa fica vaga?

− E porque eu te expulsaria caso uma mesa fique vaga?

− Vai que você goste de ficar sozinho e concentrado no café da manhã.

− Pode sentar, Lundrigan. Fique à vontade.

− Sendo assim, obrigada. – Dou um sorriso sem graça – Como está sendo os primeiros dias de aula para você?

− Eu sou macaco velho nessa universidade, em meus vinte anos e dois anos nesse lugar, eu já vi de tudo. – Ele dá uma risadinha e toma um gole do suco.

− Desculpa se sou nova demais, tanto de idade, como de experiências na Universidade.

− Nova não, somente inexperiente. O que daqui a um tempo, não será mais problema.

− E porque não será? – O encaro séria e logo depois solto um sorriso

− Porque você fez amizade com a pessoa certa

− Amizade? – Por dentro fico triste, mas não posso deixar que ele perceba. – Ah sim, amizade. Achei que fosse me tratar como apenas uma conhecida.

− Talvez seja, é apenas o começo, Lundrigan. Um passo de cada vez.

− Meus colegas de classe não gostaram de mim, me chamaram de cdf. O Senhor Potter me chamou para ser assistente dele na primeira aula, achei estranho.

− Quem hoje em dia usa esse termo? Céus, que coisa mais brega. Não se preocupe, talvez eles saibam que você será uma das únicas a concluir o curso. Não me admira o Potter ter tanto interesse em você. – Ele fala isso e pega na minha mão e faz um carinho. – O Ezra só quer os melhores perto dele, acha que o filho dele trocou de curso porquê? Ser assistente dele não é moleza, mas todos que já foram dão aula em escolas renomadas no país inteiro.

− Não sei se devo aceitar a proposta, parece que ele quer bem mais que uma assistência. E eu quero estar bem longe de confusão.

− Não será a primeira e nem a última aluna que ele deu em cima, o casamento dele acabou por isso. Bruce mal fala com ele e usa o sobrenome da mãe por isso. Foi o babado do ano em Princeton, Potter e sua aluna/assistente se pegando na sala dele e quem pegou/gravou e explanou foi o Bruce. Abafaram a história pois o Ezra é um cara importante para faculdade, transferiram a menina para outra instituição. Com o tempo, a história sumiu, mas o casamento dos meus tios acabou de vez.

Olho espantada para Dylan e percebo o quão difícil é estar na pele dele, ter um pai safado é demais. Vejo como seria difícil para mim ver meus pais se separarem algum dia.

− Sabe qual foi o pior de tudo?

− Não imagino, qual foi? – Pergunto como se estivesse muito afim de saber

− A menina era namorada do Bruce.

− O QUE? – Grito e toda lanchonete para e me encara e eu me abaixo até “sumir” enquanto Dylan ri da minha cara e do vexame que acabei de fazer.

− Você é a melhor pessoa, sério.

− Eu só passo vergonha, isso sim.

− Outro dia eu te conto mais sobre isso. Mas me parece que a história irá se repetir novamente e eu estou doido para ver onde isso tudo vai parar.

− E quem é a menina que seu tio e seu primo estão interessados? – Olho e fico encarando e esperando a resposta.

− Eu estou olhando para ela.

Olho para trás e para os lados e atrás de mim só tinha a parede e do meu lado uma lixeira que recém eles tinham tirado o lixo.

− A não ser que seja a lixeira, eu não estou vendo ninguém.

− Talvez porque você seja a pessoa.

− Eu? De que jeito? Está vendo é coisa, menino. Ninguém se interessaria por mim aqui.

− Eu conheço 3 pessoas que se matariam num duelo pelo seu amor.

− Não viaja, mas se fosse verdade, quem seria?

− Não se faça de desentendida, você sabe.

− Se eu soubesse, não estaria perguntando.

− Bruce, Ezra e eu.

Me afoguei com o suco e comecei a tossir freneticamente e ele teve que me ajudar até que eu pude respirar. Como assim uma família estava afim de mim? Não pude entender, não pude me entender. SE AFASTA, ASHLEY. SE AFASTA ANTES QUE DÊ CONFUSÃO.

− O assunto está ficando muito estranho e eu não quero levar ele adiante e é melhor eu ir. Não quero me atrasar para a aula e como o Bruce disse, o pai dele não gosta de atraso. – Digo e me levanto da mesa e ele segura meu braço quando passo por ele.

− Ei, me escuta. Sei que é demais para você toda essa situação e eu não espero que você fique com algum dos três, eu quero o melhor para ti e eu sei o quanto a minha família é complicado. Faça o que achar melhor para você. No ruim de tudo, quero continuar seu amigo, eu juro.

− É complicado, eu não quero ninguém, mal cheguei aqui.

− Quem mandar ser dona de uma beleza surreal? Vem, eu te levo até o prédio azul. Eu tenho aula no prédio do lado.

− Obrigada, por entender e por me acompanhar.

− É uma honra te acompanhar campus a dentro, menina dos cabelos de fogo.


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